BR102012003929A2

BR102012003929A2 - Correia transportadora de folhas de vidro

Info

Publication number: BR102012003929A2
Application number: BR102012003929A
Authority: BR
Inventors: Mario Balbi; Giorgio Bisol
Original assignee: Bottero Spa
Priority date: 2011-02-23
Filing date: 2012-02-23
Publication date: 2014-01-28
Also published as: EP2492222A1; US20120211332A1; IT1404269B1; US8931625B2; ITTO20110152A1; CN102673940A; EP2492222B1

Abstract

CORREIA TRANSPORTADORA DE FOLHAS DE VIDRO. Trata-se de uma correia de tração motorizada (10) em uma correia transportadora (6) que serve para transportar folhas de vidro (2), a qual possui uma superfície de suporte principal (13) e é munida de um dispositivo de retenção por sucção (18) para reter as folhas de vidro (2) nela. O dispositivo de retenção (18) possui ao menos um corpo oco (20, 30) que cobre, ao menos em parte, a superfície de suporte principal (13). O corpo oco (20, 30) define uma superfície de suporte para as folhas de vidro (2) e possui ao menos uma parte elasticamente deformável (26) afastada da superfície de suporte principal (13) a fim de definir, junto com a superfície de suporte principal (13), uma câmara de volume variável (25, 33) que se conecta a uma fonte de sucção

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para “CORREIA TRANSPORTADORA DE FOLHAS DE VIDRO”

A presente invenção refere-se a uma correia transportadora de

folhas de vidro.

A presente invenção é vantajosa em especial, embora não

exclusivamente, para uso em máquinas de esmerilação e/ou perfuração de folhas de vidro, às quais a descrição a seguir se refere a título meramente exemplificativo.

Como se sabe, uma máquina de esmerilação/perfuração compreende um ou mais cabeçotes de usinagem e uma unidade de alimentação para transportar uma folha de trabalho ao longo de uma via de esmerilação ou mantê-la em dada posição de referência.

Por via de regra, as unidades de alimentação conhecidas compreendem um ou mais pares de correias transportadoras, cada uma das quais compreende uma correia de tração, que define uma superfície de suporte para a folha 15 de trabalho e possui uma fileira de recessos, cada um deles formado através da correia de tração, com uma abertura que culmina na superfície de suporte e é fechada, em uso, por uma folha de vidro, e cada um deles delimitado por uma parede inferior, na qual se formam uma ou mais passagens que conectam o recesso a uma fonte de sucção.

Na prática, dependendo do tamanho das folhas e/ou da

distância entre folhas consecutivas na correia, ao menos um, e normalmente mais de um, dos recessos parcial ou totalmente permanece aberto. Além disso, dado o grau de contaminação da área de trabalho por poeira, fragmentos triturados de vidro e/ou refrigerantes, é só uma questão de tempo até que os recessos entupam, debilitando 25 assim aos poucos a capacidade da correia transportadora de reter as folhas. Por conseguinte, de vez em quando, é necessário limpar cuidadosamente as correias transportadoras conhecidas, o que envolve tanto a mão-de-obra direta quanto as despesas indiretas com o tempo de inatividade.

Ademais, apesar da sucção em cada recesso ou grupo de 30 recessos ser controlada de acordo com a localização dos recessos, o fato de que alguns deles encontram-se, com frequência, completamente abertos aumenta em grande medida o consumo de ar de sucção, levando a um custo considerável ao longo do tempo, e, de qualquer forma, torna necessário o uso de sistemas de sucção de alto desempenho.

Por fim, a presença e, em especial, o tamanho das aberturas

dos recessos resultam no enfraquecimento local da correia de tração. Um dos objetivos da presente invenção consiste em proporcionar uma correia transportadora de folhas de vidro projetada para conferir uma solução simples e econômica às desvantagens acima.

De acordo com a presente invenção, propomos uma correia transportadora para transportar folhas de vidro; a qual compreende uma correia de tração motorizada com uma superfície de suporte principal e meios de retenção por sucção para reter uma folha de vidro na referida correia de tração; a referida correia transportadora sendo caracterizada pelo fato de que os referidos meios de retenção compreendem ao menos um corpo oco que repousa sobre a referida superfície de suporte principal e a encobre, ao menos em parte; o referido corpo oco definindo uma superfície de suporte para sustentar as referidas folhas de vidro, a qual é afastada da referida superfície de suporte principal e compreende ao menos uma parte elasticamente deformável voltada para a referida superfície de suporte principal e afastada dela, e definindo também, junto com a referida superfície de suporte principal, uma câmara de volume variável que se conecta a uma fonte de sucção.

Descreveremos uma concretização não-limitante da presente invenção a título exemplificativo e com referência aos desenhos anexos, dentre os quais:

a figura 1 ilustra uma representação esquemática, substancialmente em blocos, de uma máquina para trabalhar folhas de vidro que possui duas correias transportadoras de acordo com os ensinamentos da presente invenção;

a figura 2 ilustra uma vista em perspectiva em maior escala de

um detalhe da figura 1;

a figura 3 ilustra uma vista anterior em maior escala do detalhe

da figura 2 em três posições operacionais diferentes;

a figura 4 ilustra uma vista em perspectiva em maior escala de outro detalhe da figura 1; e

a figura 5 ilustra uma vista anterior em maior escala, como na figura 3, do detalhe da figura 4 em três posições operacionais diferentes.

O número 1 na figura 1 indica, como um todo, uma máquina, por exemplo, um esmeril, para usinar folhas de vidro 2.

A máquina 1 compreende uma estação de usinagem 3, para usinar folhas de vidro 2, e um transportador 4, para mover as folhas de vidro 2 através da estação de usinagem 3. No exemplo ilustrado, o transportador 4 compreende duas correias transportadoras 6, cada uma compreendendo um quadro de suporte oco 7, ao menos duas polias 8 (somente uma delas ilustrada na figura 1) e uma correia de tração motorizada 10 disposta em torno das polias 8 e reforçada com várias cordoalhas de aço lado a lado 11 espaçadas transversalmente na correia de tração 10. Em uma concretização alternativa não-ilustrada, as cordoalhas são substituídas, ao menos em parte, por uma malha de aço ou outro material de reforço metálico equivalente.

A correia 10 é delimitada externamente por uma superfície de suporte principal 13, voltada para as folha de vidro 2 em uso, e possui uma seção de distribuição 10a, que se mantém em contato com a superfície superior 15a de um corpo de referência fixo 15 do quadro 7 graças a vários corpos magnéticos 16 conectados integralmente ao corpo fixo 15.

Cada correia de tração 10 sustenta um dispositivo de retenção por sucção 18 para reter as folhas de vidro 2 sobre ela.

Conforme ilustram as figura 2 e 3, o dispositivo 18 compreende um corpo anelar 20 que envolve a correia de tração 10 a fim de cobrir por completo a superfície de suporte principal 13 da correia de tração 10 e que é integrado, por exemplo, colado ou fundido por pressão, à correia de tração 10. No exemplo ilustrado, o corpo anelar 20 compreende duas

partes ou bordas laterais 21, que repousam sobre as laterais da superfície de suporte principal 13, e uma parte anelar revestida com borracha 22, que circunda as bordas 21 a certa distância da superfície de suporte principal 13 e define uma superfície de suporte 23 para sustentar as folhas de vidro 2, a qual é paralela e afastada em relação à superfície de suporte principal 13.

Em uma primeira concretização, a parte revestida com borracha 22 é separada das bordas 21 e conecta-se, de maneira estanque a fluidos, às bordas 21 de uma maneira conhecida. Como alternativa, a parte revestida com borracha 22 e as bordas 21 fazem parte de um corpo inteiriço. Em ambos os casos, as bordas 21 conectam-se, de maneira estanque a fluidos, à superfície de suporte principal 13 a fim de definir, junto com a correia 10 e a parte revestida com borracha 22, uma câmara hermética 25.

Em ambos os casos, a parte revestida com borracha 22 compreende várias partes de membrana elasticamente deformáveis 26, cada uma delas localizada sobre um respectivo orifício 27 formado na correia 10 para conectar a câmara 25 a um tanque de vácuo 28 conectado a uma fonte de sucção conhecida não-ilustrada. Cada parte de membrana 26 compreende um ou mais orifícios passantes 26a que conectam a câmara de volume variável 25 ao exterior. Os orifícios 26a são muito menores em diâmetro do que os orifícios 27, têm seções transversais que permitem somente a passagem de um sinal de pressão e são formados excentricamente em relação aos orifícios 27 e, para maior conveniência, próximos a uma extremidade periférica externa das respectivas partes de membrana 26, conforme ilustram as figuras 3 e 5. Em uma concretização alternativa não-ilustrada, as partes 26 não possuem orifícios 26a.

Cada parte de membrana 26 é concebida de modo que seja coplanar ao restante da correia 10 e, portanto, faça contato com as folhas de vidro 2 quando da ausência de vácuo na câmara 25 (figuras 2 e 3a), repouse em parte sobre a superfície de suporte principal 13 para fechar o orifício 27 relacionado quando da ausência de folhas de vidro 2 (figura 3b) ou seja disposta em uma posição intermediária para reter as folhas de vidro 2 (figura 3c). Na concretização das figuras 4 e 5, o corpo anelar 20 é

substituído por vários corpos ocos 30 alinhados ao longo da correia de tração 10 e separados no sentido de deslocamento dela. Para maior conveniência, cada corpo oco é em forma de paralelepípedo ou na forma de uma placa oca, apresenta uma concavidade voltada para a superfície de suporte principal 13, é feito de material elastomérico em uma só peça e compreende uma parede inferior 31, que define uma das partes elasticamente deformáveis 26, e uma parede lateral 32, que circunda um respectivo orifício 27 e é posicionada e encaixada, de maneira estanque a fluidos, sobre a superfície de suporte principal 13 para definir uma câmara de volume variável 33 relacionada.

Em outra concretização, não-ilustrada, cada corpo 30 consiste

em um corpo anelar, que define uma parede lateral 32, e uma placa inferior elasticamente deformável distinta do corpo anelar e encaixada nele de uma maneira estanque a fluidos conhecida, por exemplo, com cola ou por outro meio de conexão equivalente.

Sendo assim, a correia transportadora 6 descrita não é afetada

por contaminantes externos, isto é, poeira, fragmentos de vidro e/ou refrigerantes, pois os orifícios de sucção 27, à diferença do que ocorre nas soluções conhecidas, são isolados do exterior o tempo todo. Ou seja, os orifícios 27 comunicam-se o tempo todo com uma câmara que, quando da presença de uma folha de vidro, é fechada pela referida folha de vidro e, quando não há folhas de vidro, é deixada de lado pela fonte de sucção na parte 26 associada. A capacidade de reter folhas das correias 6, portanto, permanece praticamente inalterada, sem a necessidade de nenhuma manutenção de rotina específica. Ademais, quando ociosa, isto é, sem vácuo nas câmaras, a superfície que sustenta as folhas de vidro é plana, possibilitando remover qualquer corpo estranho e/ou contaminante com facilidade.

Além disso, quando as câmaras 25 e 33 encontram-se no

modo a vácuo e não há folhas de vidro sobre a correia, ou elas cobrem somente em parte uma ou mais partes deformáveis 26, estas são sempre posicionadas fechando os respectivos orifícios 27, independentemente de sua posição ao longo da via das folhas de vidro 2, diminuindo assim o consumo de ar em grande medida. A diferença das soluções conhecidas, as correias descritas

também não são afetadas pela carga nem por mudanças repentinas na carga em deslocamento, pois estas são absorvidas pela correia de tração 10, que é homogênea e reforçada substancialmente sem alterações em sua seção resistente à tração.

Por fim, os orifícios 26a melhoram a força de retenção das folhas por parte da correia.

É evidente que é possível fazer alterações à correia 6 sem, com isso, divergir do âmbito de proteção da reivindicação 1. Mais especificamente, os corpos 20 e 30 que cobrem a superfície de suporte de folhas 2 podem ser projetados e encaixados na correia de tração 10 de outras maneiras que não as descritas a título exemplificativo e ainda servir para conectar integralmente à correia de tração 10 uma superfície de suporte de folhas diferente da superfície de suporte principal da correia de tração 10.

Claims

1. Correia transportadora para transportar folhas de vidro; a correia compreendendo uma correia de tração motorizada com uma superfície de suporte principal e meios de retenção por sucção para reter folhas de vidro sobre a referida correia de tração; a correia transportadora sendo caracterizada pelo fato de que os referidos meios de retenção compreendem ao menos um corpo oco que repousa sobre a referida superfície de suporte principal e a encobre, ao menos em parte; o referido corpo oco definindo uma superfície de suporte para sustentar as referidas folhas de vidro, a qual é afastada da referida superfície de suporte principal e compreende ao menos uma parte elasticamente deformável voltada para a referida superfície de suporte principal e afastada dela, e definindo também, junto com a referida superfície de suporte principal, uma câmara de volume variável que se conecta a uma fonte de sucção.

2. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a referida superfície de suporte principal é atravessada por um orifício de conexão que conecta a referida câmara de volume variável à referida fonte de sucção.

3. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que a referida parte elasticamente deformável move-se entre duas posições-limite, uma das quais fecha o referido orifício de conexão, e uma posição intermediária, que retém a referida folha de vidro.

4. Correia transportadora, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que o referido corpo oco é em forma de paralelepípedo e possui uma concavidade voltada para a referida superfície de suporte principal; meios de conexão sendo dispostos para conectar, de maneira estanque a fluidos, uma borda terminal do referido corpo oco à referida superfície de suporte principal.

5. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a referida borda repousa diretamente sobre a referida superfície de suporte principal.

6. Correia transportadora, de acordo com as reivindicações de1 a 3, caracterizada pelo fato de que o referido corpo oco é um corpo anelar que circunda a referida correia de tração.

7. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que o referido corpo anelar compreende duas partes ou bordas laterais, encaixadas de maneira estanque a fluidos na referida superfície de suporte principal da referida correia de tração, e uma parte revestida com borracha disposta em Ioop sobre as referidas bordas, a qual define a referida superfície de suporte para sustentar as referidas folhas de vidro e que, junto com as referidas bordas, define a referida câmara de volume variável; o referido corpo anelar compreendendo várias partes elasticamente deformáveis.

8. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que as referidas bordas repousam sobre a referida superfície de suporte principal.

9. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizada pelo fato de que a referida parte revestida com borracha disposta em Ioop constitui parte integrante ou distinta das referidas bordas.

10. Correia transportadora, de acordo com as reivindicações de 1 a 3, caracterizada por compreender um corpo de referência acoplado a uma superfície de suporte da referida correia de tração, a qual é munida de membros metálicos, e que possui meios magnéticos para reter os referidos membros metálicos a fim de manter a referida correia de tração em contato consigo.

11. Correia transportadora, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada por compreender ao menos um orifício formado através de cada uma das referidas partes elasticamente deformáveis para conectar a referida câmara de volume variável ao exterior; o referido ao menos um orifício sendo excêntrico em relação ao referido orifício de conexão que conecta a referida câmara de volume variável à referida fonte de sucção.

12. Máquina para usinar folhas de vidro, a máquina compreendendo ao menos uma estação de usinagem, para usinar folhas de vidro, e transportadores, para ao menos deslocar as referidas folhas de vidro através da referida estação de usinagem; a máquina sendo caracterizada pelo fato de que os referidos transportadores compreendem ao menos uma correia transportadora de acordo com a reivindicação 1.