PT92012B

PT92012B - Bogia motor para veiculo ferroviario de pavimento baixo a todo o seu comprimento

Info

Publication number: PT92012B
Application number: PT92012A
Authority: PT
Inventors: Alain Rodet
Original assignee: Alsthom Gec
Priority date: 1988-10-18
Filing date: 1989-10-17
Publication date: 1995-08-09
Also published as: FR2637861B1; EP0364847A1; EP0364847B1; FR2637861A1; ATE77317T1; PT92012A; CA2000750A1; DE68901847T2; CA2000750C; ES2033064T3; DE68901847D1

Description

BOGIA MOTOR PARA VElCULO FERROVIÁRIO DE PAVIMENTO BAIXO A TODO

O SEU COMPRIMENTO

A presente invenção diz respeito a um bogia motor para veículo ferroviário de pavimento baixo em todo o seu com primento, que compreende:

a) uma travessa de carga, ligada por uma coroa à caixa do veículo e suportada por intermédio de suspensões secundárias por um chassis que, por sua vez, se apoia, por sus pensões primárias, em dois eixos que levam as rodas de rolamento ,

b) pelo menos um motor ligado aos eixos por inter médio de redutores, e

c) discos de travagem.

É em especial apropriado para ser usado nos bogias extremos e intermédios dos carros elêctricos para a circulação urbana, onde se deseja facilitar o acesso e a saída às crianças, pessoas idosas e deficientes.

Até muito recentemente, os bogias motores dos carros elêctricos suportavam na sua parte central o conjunto dos órgãos que constituem a cadeia cinemática, motor único ou duplo, acoplamentos, redutores, discos de travão. Devido ao espaço que eles ocupam, era-se obrigado a colocar o pavimento da caixa a pelo menos 850 mm acima do carril, na direcção dos bogias motores.

Foram recentemente propostos bogias que permitem

-2descer o pavimento da caixa, também por cima dos bogias motores, mas recorrendo a soluções técnicas complexas, ou bogias com um só eixo, cujas rodas se orientam segundo um princípio próximo do das rodas dos automóveis, ou bogias com dois eixos, que não têm movimentos verticais relativamente à caixa, e de que certos órgãos de transmissão se dispõem por baixo destes, ou bogias de dois eixos unicamente utilizáveis como bogia intermédio sob um pavimento de inter-circulação.

A presente invenção tem por objecto proporcionar um bogia de veículo ferroviário com um espaço ocupado vertical suficientemente pequeno para se adaptar a uma caixa de pavimento baixo, por exemplo a cerca de 350 mm acima dos carris, apre sentando no entanto uma estrutura tão simples como a dos bogias clássicos com um espaço ocupado vertical importante.

O bogia segundo a presente invenção ê caracterizado por compreender dois motores, e acoplamentos, redutores e discos de travão, dispostos lateralmente, de um lado e do outro, no exterior das rodas de rolamento, accionando cada motor as duas rodas de um mesmo eixo.

referido bogia apresenta além disso pelo menos uma das características seguintes:

- Os seus eixos são fixos e as suas rodas independen tes em rotação, e ligadas por um diferencial mecânico.

- Os seus eixos são rotativos e as suas rodas ligadas em rotação.

- Os discos de travão estão dispostos em veios de saída dos motores.

- Os discos de travão estão colocados em veios das rodas de rolamento, fora dos planos formados por estas.

-3- Estes eixos são orientáveis.

Descrevem-se a seguir, a título de exemplos e com referência ãs figuras do desenho anexo, um bogia motor para carro eléctrico conhecido e um bogia motor para carro eléctri co segundo a presente invenção.

A fig. 1 representa, em perspectiva, um bogia motor conhecido, com motor suportado pelo chassis do bogia.

A fig. 2 representa em perspectiva um bogia motor segundo a presente invenção, de eixos rotativos e rodas ligadas em rotação.

Na fig. 1, o bogia compreende uma travessa de carga (1), que suporta a caixa por intermédio de uma coroa de esferas de tipo conhecido, não representada. A travessa é solidária com dois blocos laterais (IA) e (1B), ligados por sua vez a suspensões secundárias de tipo conhecido, tais como (2) e (3), por exemplo em sanduíche, de placas metálicas e de placas de um material elastomérico.

As suspensões tais como (2) e (3) estão ligadas a placas laterais verticais tais como (2A) e (3A) solidárias com longarinas longitudinais (4) e (5) do bogia que formam o chassis deste último. As extremidades destas longarinas estão elevadas em relação ã sua parte central e vão assentar, por suspensões primárias, tais como (6) e (7), em caixas de eixos, tais como (8) e (9). Estas estão ligadas aos eixos móveis (10) e (11) que levam as rodas (12) , (13) , (14) e (15) .

motor único (16) está suspenso no chassis do bogia. Ele está ligado por acoplamentos (17) e (18) aos redutores (19) e (20) que transmitem a rotação do motor, após desmultiplicação, aos eixos (10) e (11).

-4Discos de travão, tais como (21), providos de estri_ bos, tais como (22), são suportados por estes estribos.

Compreender-se-ã que a posição central do motor (16) e dos redutores (19) e (20) não permite dar ao carro eléctrico um pavimento baixo, pelo menos por cima do bogia.

No bogia segundo a presente invenção, representado na fig.2, a travessa de carga (31) que suporta a caixa do veículo por intermédio de uma coroa de esferas, não representada, está ligada pelas suspensões secundárias, tais como (32) e (33) (formadas por placas metálicas e placas de elastómeros em sanduíche), ao chassis (34) do bogia. Este ultimo estã, por sua vez, suportado pelos eixos (39) e (40) por intermédio das suspensões primárias (35), (35A), (36), (36A), (37), (37A),(38), (38A). Estes veios suportam nas suas extremidades as rodas de rolamento (41), (42), (43) e (44).

Os motores (45) e (46) suspensos no chassis do bogia estão dispostos lateralmente, sendo os seus eixos exteriores aos planos longitudinais das rodas. Estes motores estão ligados por acoplamentos (47), (48) aos redutores (51), (52), semi-suspensos no chassis do bogia, e também exteriores aos planos das rodas que atacam os eixos destas. Cada motor acciona portanto as duas rodas de um mesmo eixo. Isso traduz-se, na versão clássica, por eixos rotativos nos quais se fixam as rodas de rolamento e, numa versão mais elaborada, por veios fixos em rotação nos quais rodam as rodas de rolamento ligadas uma à outra por um diferencial mecânico de tipo automóvel (as rodas são então independentes em rotação).

Os discos de travão, tais como (53) £ o disco ligado ao eixo (40) não é visível J estão dispostos nos veios das

-5rodas de rolamento exteriores a estas formados pelas partes dos eixos exteriores ãs rodas, em oposição aos redutores. Os seus estribos (55) e (56) estão fixados no chassis do bogia /

(34) .

Uma outra variante consiste em dispor os discos de travão providos dos seus estribos nos veios dos motores. Os seus estribos estão então solidários com os cárteres dos motores ou com os cárteres dos redutores.

A disposição exterior dos motores, acoplamentos, redutores e discos de travão, lateralmente em relação aos pia nos das rodas de rolamento, permite dispor a caixa muito mais próxima do plano dos eixos e portanto obter um pavimento da caixa baixo, por exemplo a cerca de 350 mm acima dos carris.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1.- Bogia motor utilizável na extremidade ou em posição intermédia entre duas caixas para veículo ferroviário de pavimento baixo em todo o seu comprimento, que compreende:

a) uma travessa de carga (31) suportada por intermédio de suspensões secundárias (32,33) por um chassis (34) que se apoia por sua vez por intermédio de suspensões primárias (35,36,35A,36A) em dois eixos (39,40) que levam as rodas de rolamento (41,42,43,44),

b) pelo menos um motor ligado aos eixos por acoplamentos e redutores,

c) disco de travagem, caracterizado por compreender dois motores (45,46), acoplamentos (47,48,49,50), redutores (51,52,53,54) e discos de travagem (55,

56, 57,58) correspondentes dispostos lateralmente de um lado e do outro no exterior das rodas de rolamento e de modo tal que cada motor acciona as duas rodas de um mesmo eixo.

i
2.Bogia de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as suas rodas (41,42,43,44) estarem ligadas em rotação por eixos rotativos (39,40).
3. - Bogia de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os seus eixos (39,40) estarem fixos e as suas rodas (41,42, 43,44) independentes em rotação, ligados por um mecanismo diferencial .
4. - Bogia de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por os discos de travagem (53) estarem dispostos nos veios das rodas de rolamento, no exterior dos pianos formados por estas.
5. - Bogia de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por os discos de travagem estarem dispostos em veios de saída dos motores.
6.- Bogia de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por os seus eixos serem orientáveis,

Lisboa, 17 de Outubro de 1989

O Agan!e Oíidal da Picpi tciadc Industriai

RESUMO

Bogia motor para veículo ferroviário de pavimento baixo a todo o seu comprimento

A invenção refere-se a um bogia motor extremo ou intermédio entre duas caixas para veículo ferroviário de pavimento baixo a todo o seu comprimento, que compreende: a) uma travessa de carga (31) suportada por intermédio de suspensões secundárias (32,33) por um chassis (34) que, por sua vez, se apoia por intermédio de suspensões primárias (35,36,35A,36A) em dois eixos (39,40) que levam as rodas de rolamento (41,42,43,44), b) pelo menos um motor ligado aos eixos por acoplamentos e redutores, accionando cada motor em rotação as duas rodas de um mesmo eixo, c) discos de travagem.

0 bogia compreende dois motores (45,46), acoplamentos (47,48), redutores (51,52) e discos de travagem (53) dispostos lateralmente de um lado e do outro no exterior das rodas de rolamento .