PT802539E - Embalagem para guardar discos compactos - Google Patents

Description

Descrição “Embalagem para guardar discos compactos” A presente invenção refere-se a uma embalagem e, mais particularmente, a uma embalagem para um disco compacto ou similar. A patente US 4 709 812 apresenta uma embalagem para um disco compacto (CD), ou similar, que é formada por um suporte de plástico para um CD, para receber de maneira amovível e reter um CD, e uma pluralidade de painéis interligados, não de plástico (tipicamente de cartão) que são móveis entre uma posição aberta, na qual o suporte do CD e qualquer disco compacto nele existente, são acessíveis, e uma orientação fechada, para armazenamento, na qual os vários painéis se sobrepõem ao disco compacto e protegem-no. A embalagem utiliza menos plástico que o bem conhecido guarda-jóias (que é feito quase inteiramente de plástico), e o plástico que ele utiliza, bem como o cartão, podem ambos ser recicláveis e reciclados. Não obstante, esta embalagem não provou ser inteiramente satisfatória em utilização.

Como não se toma qualquer medida para fixar a embalagem na sua orientação fechada para armazenamento, a embalagem pode acidentalmente ficar aberta (isto é, a pluralidade de painéis ser deslocada para a sua orientação aberta), expondo assim os painéis ao pó, às marcas dos dedos e similares. Também, o suporte tem uma face que tem aproximadamente as mesmas dimensões, ou é mesmo menor, que os painéis de cartão, de modo que os bordos destes últimos são coincidentes com o suporte, mesmo estendendo-se para fora do mesmo, com o resultado de serem susceptíveis de se dobrar nos cantos, de se rasgar por esmagamento ou sofrerem uma deformação análoga, devido à manipulação. Além disso, embora a lombada da embalagem, na sua orientação aberta contenha tipicamente informação de identificação importante (tal como a natureza da matéria gravada no CD), que se destina a ser visível quando a embalagem estiver arrumada de maneira apropriada, encostada a embalagens de CD idênticas, tendo visíveis apenas os bordos das embalagens, não é proporcionada qualquer protecção para a lombada, de modo que, com a manipulação continuada da embalagem, a lombada fica sujeita a deterioração e, com ela, a informação de identificação nela contida. (Trata-se de um problema especial, visto que em certos dispositivos de armazenamento apenas a lombada fica exposta ao observador e, portanto, o utilizador tem forçosamente que agarrar na lombada e utilizá-la para separar a embalagem desejada do resto das embalagens no mesmo dispositivo de embalagem). Quando a embalagem contiver uma lombada secundária, oposta à lombada primária, a segunda lombada está também sujeita a dobragem dos cantos e similares, embora isso tenha menor importância que no caso da lombada primária, visto que a lombada secundária raramente contém informação importante para o utilizador. É também conhecida, da patente US-A-4 867 302, uma caixa para guardar um suporte de gravação, que compreende um primeiro e um segundo componentes de caixa, articulados um no outro e que suportam um suporte do meio de gravação articulado. Um dos componentes da caixa inclui uma tampa de extremidade, articulada, que se encaixa no outro componente da caixa para a reter numa posição fechada, com o componente que suporta o meio de gravação nele incluído.

Porém, uma tal caixa destina-se a um meio de gravação relativamente grande e pesado, e não para um CD e, além disso, é do tipo feito inteiramente de plástico. Assim não há qualquer ensinamento relacionado com o aperfeiçoamento de um >7# suporte de CD do tipo que incorpora painéis não de plástico, mas sim de cartão ou material semelhante.

Por conseguinte, é um objecto da invenção proporcionar um meio aperfeiçoado que seja aplicável para a embalagem de discos compactos, do tipo que incorpora painéis não de plástico, de cartão ou similares, que proporciona uma protecção melhorada para a embalagem quando está na orientação fechada.

Este objectivo é conseguido pelas características da reivindicação 1.

Breve descrição dos desenhos

Os objectos atrás referidos, as características e as vantagens da presente invenção serão melhor compreendidos por referência à descrição pormenorizada que se segue, de formas de realização preferidas, embora apenas ilustrativa, da presente invenção, quanto considerada em ligação com os desenhos anexos, cujas figuras representam: A fig. 1, uma vista em planta da embalagem para um disco compacto, ou similar, de acordo com uma forma de realização da presente invenção, estando a embalagem ilustrada na orientação aberta e estando as porções dobradas do molde, antes de serem dobradas, ilustradas a tracejado; A fig. 2, uma vista de baixo, da mesma; A fig. 3, uma vista em alçado lateral, da mesma, mas estando um painel de topo também ilustrado a tracejado, numa posição intermédia, mas não completamente dobrada; A fig. 4, uma vista em planta da mesma, numa escala um pouco maior, na orientação fechada; A fig. 5, uma vista em alçado lateral semelhante ao da fig. 4, mas estando 4 ilustrados dois painéis a tracejado, numa posição intermédia, dobrados parcialmente e não completamente; A fig. 6, uma vista de cima da embalagem de acordo com a invenção, de acordo com uma outra forma de realização da presente invenção, estando a embalagem ilustrada na orientação aberta e a porção dobrada do molde, antes de se dobrar, ilustrada a tracejado, A fig. 7, uma vista de baixo, da mesma; A fig. 8, uma vista em alçado de lado, da mesma; A fig. 9, uma vista em planta, numa escala um pouco maior, na orientação fechada, com porções retiradas, para revelar pormenores da construção interior; e A fig. 10, uma vista em alçado lateral semelhante à fig. 9.

Descrição pormenorizada das formas de realização preferidas A presente invenção consiste numa embalagem para guardar discos compactos e similares. Incluem-se na expressão “discos compactos e similares” as memórias ROM em CD e as disquetes, e similares, que podem ser virgens ou pré--gravadas e podem conter ou estar adaptadas para conter música, palavras, imagens, dados binários e similares, bem como combinações das mesmas.

Fazendo agora referência aos desenhos e, em particular às fig. 1 a 5, nelas está ilustrada uma embalagem para armazenamento de acordo com a presente invenção, com a referência geral (100). A embalagem de armazenamento (100) é constituída por uma pluralidade de painéis, não de plástico, com a designação genérica (112), um suporte feito de plástico, designado genericamente por (114) e uma tampa terminal feita de plástico, genericamente designada por (116). Em contraste com a caixa de jóias, toda de plástico, usada convencionalmente para 5 guardar CD, a embalagem de acordo com a invenção é formada em grau elevado pelos painéis não de plástico (112), sendo estes últimos de preferência feitos de cartão que facilmente se decomponha, nas condições encontradas nas lixeiras, sendo por isso mais aceitáveis ecologicamente do que o plástico. Além disso, tanto os componentes de cartão como os de plástico da presente invenção podem ser feitos de materiais recicláveis e são eles próprios recicláveis, tomando assim a embalagem não só correcta ecologicamente como também economicamente.

Enquanto que as fíg. 1 a 5 ilustram uma forma de realização de uma embalagem com três painéis, de acordo com a presente invenção, embalagens semelhantes que utilizam os princípios da presente invenção podem ser feitas de menos ou mais painéis. A pluralidade dos painéis não de plástico (112) pode ser formada a partir de um molde ou folha recortados unitários, pré-gravados ou pré-impressos, geralmente designados por (120). O molde (120) está de preferência dividido em filas. A primeira fila (122) tem um certo número de secções rectangulares, igual ao número de painéis na pluralidade (aqui, três): designadamente as secções (122a, 122b, 122c). As três secções (122a, 122b, 122c) na primeira fiada (122) estão separadas umas das outras por tiras (124) com uma largura menor que a largura das secções, estando as tiras ligadas por linhas de dobragem (126). Como se evidenciará no seguimento, a largura das tiras (124) será determinada pela necessidade de a tira acomodar um intervalo, entre secções rectangulares adjacentes (122), quando a pluralidade de painéis (112) está disposta numa orientação fechada, para fins de armazenamento, estando cada um dos painéis (112) numa relação de sobreposição.

Por razões de economia, o molde (120) é tipicamente impresso em várias cores ou apenas numa sua superfície, embora seja desejável, por razões de estética, que se imprimam em várias cores as superfícies maiores dos painéis (112) que ficarão expostas à vista. A superfície oposta do molde (120) tipicamente é deixada na sua cor original ou impressa com apenas uma cor. Por conseguinte, o molde (120) tem de preferência também uma segunda fiada (28), constituída por uma ou mais secções rectangulares não ligadas, por exemplo a secção (128c). Por conseguinte, quando as secções rectangulares (122c) e (128c) forem ambas impressas em várias cores, apenas numa superfície, uma delas é depois dobrada pela sua linha de dobragem entre as mesmas, de modo a ficar numa relação de sobreposição, e definem um painel (112c) com as superfícies impressas a várias cores, das secções expostas, e as superfícies impressas apenas com uma cor ficam mutuamente coladas e escondidas da vista.

De preferência, por várias razões, não há nenhuma secção na segunda fiada (28) adjacente à secção (22a) que está adaptada para receber o suporte (14). Primeiro, visto que a secção do painel (22a) terá uma superfície que é totalmente coberta pelo suporte (14), não há qualquer razão estética para ter uma secção adjacente na fiada (28). Segundo, a superfície não pintada com várias cores ou não revestida, da secção (22a), permite que o suporte (14) seja fixado na mesma melhor que o seria numa superfície pintada com múltiplas cores. Terceiro, a secção em falta não é necessária para conferir resistência e rigidez adicionais à secção (22a) (como o seria se a secção em falta e a secção (22a) fossem dobradas e coladas entre si), visto que a secção (22a) é subsequentemente reforçada e rigidificada pela presença, na mesma, do suporte (14). Quarto, a secção em falta aumentaria desnecessariamente a espessura de toda a embalagem, na sua orientação fechada, o que representa um problema particular quando a embalagem se destinar a ocupar o mesmo volume que uma caixa de jóias convencional (por exemplo, para permitir a utilização de instalações de armazenamento existentes para as embalagens de CD do tipo de caixa de jóias).

Pode colocar-se uma secção (128b), semelhante à secção (128c) da segunda fiada (28), na segunda fiada adjacente à secção (122b) da primeira fiada, ficando uma linha de dobragem intermédia. Neste caso a secção (128b) pode ser dobrada pela linha de dobragem e colada na sua secção adjacente (122b), da mesma maneira que a secção (128c), para formar um painel. Porém, como é ffequentemente desejável colocar literatura amovível dentro da embalagem do CD (por exemplo um folheto que descreve à matéria pré-gravada, a criação dessa matéria, o artista, instruções para a utilização ou similar), a secção (128b) pode ser colada na secção (122b) apenas nas suas extremidades laterais (a extremidade da secção (122b) adjacente à secção (122a) e a sua extremidade adjacente à secção (122c)) de modo a definir, com a secção (28c), um painel (112b) que tem uma bolsa com a abertura em cima, em cujo interior pode guardar-se a referida literatura ou folheto. Para facilitar o acesso à bolsa, esta secção (128b) tem de preferência a configuração de um trapezóide rectângulo, em vez de um rectângulo,. sendo a extremidade livre comprida da secção (128b) colada à extremidade da secção (122b) adjacente à secção (122c) e, de preferência, a extremidade livre curta da secção (128b) colada à extremidade da secção (122b) adjacente à secção (122a). A pluralidade de painéis não de plástico (112), formada a partir do molde (120) (depois da dobragem e colagem das secções da segunda fiada (128) a secções adjacentes da primeira fiada (122)) incluem um par de painéis terminais (112a) e 8 (112c) e, optativamente pelo menos um painel (l 12b), intermédio aos dois painéis extremos (112a) e (112c) e ligando os mesmos. A pluralidade de painéis não de plástico (112) define ainda duas extremidades livres opostas (118) e duas paredes laterais opostas (119). O painel (112a) é, evidentemente, constituído por apenas uma secção (122a). A pluralidade de painéis (112) é móvel entre uma orientação aberta, que permite o acesso ao conteúdo da embalagem (fig. 1 a 3), através de uma orientação intermédia, na qual alguns dos painéis estão sobrepostos e uma orientação fechada, para fins de guarda (fig. 4 e 5), na qual todos os painéis (112a, 112b, 112c) estão sobrepostos. Por outras palavras, na onentação aberta, não há nenhum painel sobreposto ao painel (112a) no qual está colocado o suporte (114), permitindo desse modo o acesso ao suporte (114) e a qualquer disco compacto nele contido, e na orientação fechada, todos os painéis (112a, 112b, 112c) se sobrepõem uns aos outros, para desse modo proporcionar uma embalagem compacta para armazenamento. O suporte (114) compreende, de preferência, um elemento de plástico moldado por injecção, que difere em certos aspectos do suporte que se encontra na caixa de jóias do tipo da técnica anterior. O suporte (114), juntamente com uma tampa terminal (116), constitui uma forma de realização de um elemento intermédio de acordo com a invenção e está disposto no painel (112a), para formar a embalagem completa.

Compreender-se-á que, embora esteja ilustrada uma forma de realização com três painéis, podem usar-se mais painéis ou menos painéis. De preferência, o painel (112) no qual está colocado o suporte (114) define uma extensão (208), para além da 9 extremidade do suporte (114), de modo a permitir que a extensão (208) se enrole em tomo da superfície traseira da tampa terminal (116) e a cubra, como será explicado mais adiante com mais pormenor.

Embora a bolsa, aberta em cima para conter a literatura ou uma brochura, esteja ilustrada como sendo definida por um painel (122b), é evidente que a mesma poderia ser definida, em vez disso, pelo painel (112c) ou completamente dispensada (caso em que a secção parcial (128b) teria tipicamente a dimensão completa e cobriria completamente a face oposta da secção (122b)). E claro que o painel (112a) é constituído por apenas uma única secção (122a), como é o painel onde está colocado o suporte (114).

Nos seus aspectos convencionais, o suporte (114) tem um corpo rectangular genericamente plano (140), que define uma cavidade (142) na sua superfície exposta, configurada e dimensionada por forma a receber o CD com um furo central (que tipicamente tem um diâmetro exterior de cerca de 12 cm (4,7”)). A profundidade da cavidade (142) é suficiente para assegurar que a superfície superior do disco CD não se estenda acima da superfície do corpo (140) do suporte, em tomo da cavidade (142). Na cavidade (142) está disposto um elemento de retenção (144), que se projecta para cima a partir do mesmo, para reter o CD no suporte (114). Pode usar-se um qualquer dos meios convencionais para proporcionar um encaixe com atrito entre o elemento de retenção (144) e a circunferência interior do CD, apêndices de plástico flexível verticais, tais como os usados no suporte da caixa de jóias convencional, para se encaixarem com atrito na circunferência interior do furo central do CD e manter assim este último no lugar. Adicionalmente, proporcionam--se, de preferência, várias ranhuras ou cavidades (146) em dedos (estão ilustradas 10 duas), de modo que o utilizador pode fazer deslizar um dedo por baixo do bordo do CD, ao mesmo tempo que exerce uma ligeira força nos meios de retenção (144), para facilitar o desprendimento do CD do elemento de retenção (144) para retirar o CD da cavidade (142). As cavidades dos dedos (146) estão de preferência colocadas em extremidades opostas de um diâmetro da cavidade (142) do suporte, que se estende de lado a lado do suporte (114), por exemplo, paralelamente às paredes laterais (150) do mesmo. O suporte (114) está disposto num painel de extremidade (aqui o painel de extremidade (112a), mas optativamente o painel de extremidade (112c)). Quando a pluralidade de painéis estiver numa orientação fechada, como se ilustra na fig. 4 e 5, o outro painel de extremidade (112c) e quaisquer painéis intermédios (aqui o painel (112b)) estão dispostos intermediariamente ao painel de extremidade (112a) que suporta a tampa de extremidade (116) e uma porção (164) da tampa de extremidade (116). O suporte (114) inclui ainda duas paredes laterais opostas, designadas genericamente por (150), dispostas ligeiramente para fora das paredes laterais (19) no painel (122a) em que ele está disposto. Cada uma das paredes laterais (50) inclui 1 uma primeira porção (52), que se estende substancialmente para cima, acima do plano do corpo de suporte (42), substancialmente a todo o comprimento do suporte (114), definindo uma primeira porção (152) meios de encaixe, ilustrados como uma abertura (172) dispostas acima do plano do painel de extremidade (112a), que funcionam para se encaixarem de maneira amovível em meios de encaixe cooperantes, dispostos na tampa de extremidade (116). Adicionalmente, as paredes laterais (152) do suporte estendem-se apreciavelmente para baixo, abaixo do plano 11 do corpo (142) do suporte (142), substancialmente a todo o seu comprimento. Mais particularmente, como melhor se ilustra na fíg. 5, as paredes laterais (150) do suporte estendem-se para baixo, abaixo do plano do corpo (140) do suporte de pelo menos a espessura do painel (112a) no qual o suporte (14) está disposto e, para cima, a partir do plano do corpo (40) do suporte de pelo menos a espessura dos painéis restantes (112b, 112c), quando a pluralidade de painéis (12) se encontra na orientação fechada. Assim, as paredes laterais (50) do suporte sobrepõem-se essencialmente e protegem as paredes laterais (19) da pluralidade de painéis (12a, 12b, 12c), na orientação fechada. Todas as porções das paredes laterais (118) do painel de extremidade são protegidas pelas paredes laterais (150) do suporte. A tampa de extremidade de plástico (116) está fixada directamente, de maneira rotativa, no suporte (114), mais particularmente na extremidade adjacente (114a) do suporte (114). A tampa de extremidade (116) está fixada na extremidade (114a) do suporte, por meio de uma charneira viva (200) e é feito unitariamente, numa só peça, integralmente com o suporte (114), sendo os dois moldados conjuntamente numa única operação de moldação. O plástico utilizado para o suporte (114) e para a tampa da extremidade (116) (e, evidentemente, para a charneira viva (200), tem de ser resistente, mas substancialmente flexível quando for fino, de modo a ser capaz de formar uma charneira viva, sendo preferido o polipropileno. A charneira viva (200) estende-se substancialmente a toda a largura do suporte (114), entre as suas paredes laterais (150). A charneira viva (200) é de preferência formada como uma linha de espessura reduzida, entre o suporte de plástico (114) e a tampa de extremidade (116), sendo as porções enfrentadas desses elementos adjacentes à charneira viva (200) de preferência biseladas, de modo a 12 permitir o movimento de rotação da tampa de extremidade (116), num ângulo de pelo menos 90°. A tampa de extremidade (116) tem assim, tipicamente, a mesma cor que o suporte (114) e não tem qualquer porção transparente. A tampa de extremidade (116) tem a forma geral de um U e tem duas paredes laterais opostas verticais (160) e uma porção de ligação, designada genericamente por (201), que liga as mesmas. A porção de ligação (201) tem uma secção transversal em forma de L e inclui uma porção de dobra (162) e uma parede de extremidade vertical (164) que é perpendicular à porção de dobra (162). A parede de extremidade (164) está configurada e dimensionada para servir como retentor, incluindo de preferência um lábio (202) na sua extremidade livre, para facilitar a preensão da tampa de extremidade (116) e melhorar a secção de alavanca que pode por ela ser exercida pelo utilizador. A tampa de extremidade (116) é susceptível de oscilar em tomo da charneira viva (200), de uma orientação de não retenção, na qual a porção de dobra (162) está genericamente no mesmo plano que o suporte (114), e a parede de topo (164) é perpendicular ao mesmo (como se ilustra nas fíg. 1 a 3), e uma orientação de retenção, na qual a porção de dobra (162) é substancialmente perpendicular ao plano do suporte (114) e a parede de topo (164) é genericamente paralela ao mesmo (como se ilustra nas fig. 4 a 5). As paredes laterais de extremidade (116) estão ligadas directamente quer à porção de dobra (162), quer à parede de topo (164), definindo cada uma os meios de encaixe (170) ilustrados como uma orelha que se projecta para fora, adaptada para se encaixar, de maneira amovível, nos meios de encaixe cooperantes (172), ilustrados como uma abertura ou cavidade na parede lateral (152) do suporte.

Como está ilustrado, os meios de caixa na tampa terminal (170) são orelhas 13 que se projectam para fora, na superfície exterior de cada parede lateral (160) da tampa de extremidade, sendo os meios (172) de encaixe no suporte aberturas ou cavidades, de cada lado lateral do suporte (150), configurados e dimensionadas para receber e reter de maneira amovível em si as orelhas salientes (170), impedindo desse modo o movimento acidental da pluralidade de painéis (112) para fora da orientação fechada. Mas, como é evidente, as aberturas (172) poderiam estar nas paredes laterais (160) da tampa de extremidade e as orelhas (170) nas paredes laterais (150) do suporte. Na realidade, o sistema de abertura-e-orelha pode ser substituído por outros meios de encaixe amovível.

Para limitar a pressão exercida pelo retentor (164) da tampa terminal no suporte (114), e portanto em quaisquer discos compactos colocados no interior da cavidade (142) do suporte, a tampa de extremidade (116) define meios de encosto (180), na forma de uma orelha que se estende para fora a partir de cada uma das porções laterais da mesma (160), definindo cada uma das paredes laterais (150) do suporte uma superfície de encosto fixa superior, adaptada para se aplicar a uma orelha (180) e funcionando como um batente, para limitar o movimento da tampa de extremidade (116) a partir da sua orientação de não retenção, para além da sua orientação de retenção. Em alternativa, ou adicionalmente, as superfícies, apropriadamente biseladas, do suporte (114) e da tampa de extremidade (116) em tomo da charneira viva (200) podem também limitar a pressão exercida de cima para baixo pelo retentor (203) da tampa, no suporte (114).

As paredes laterais (160) da tampa de extremidade (116) estão afastadas de modo tal que são facilmente recebidas entre as paredes laterais (150) do suporte (114), quando a tampa de extremidade (116) se desloca para a orientação de retenção, encaixando-se, de maneira amovível, os meios de encaixe (170, 172) da tampa de extremidade (116) e o suporte (114), respectivamente. Para permitir o movimento de rotação fácil da tampa de extremidade (116) para a orientação de retenção, as paredes laterais (150) do suporte em tomo dos meios de encaixe (172) e junto da charneira viva (200) são de preferência flexíveis elasticamente para fora, de modo a permitir de maneira flexível a passagem das orelhas (170) entre as paredes laterais (150) do suporte, até que as orelhas (170) assentem nas aberturas (172). Em alternativa, ou adicionalmente, as paredes laterais (160) da tampa de extremidade podem ser flexíveis elasticamente para dentro.

Como atrás já foi mencionado, o painel (112a) (formado pela secção (122a)) define de preferência uma extensão (208) na sua extremidade livre, sendo a extensão (208) colada pela superfície exterior na porção da dobra (162) da tampa de extremidade (116). A extensão (208) serve como lombada na qual é impressa informação de identificação do CD na embalagem (100). De preferência, a superfície exterior da porção de dobra (162) da tampa de extremidade define uma cavidade adaptada para receber em si a extensão (208), de modo que os bordos da extensão (208) ficam protegidos contra a dobragem nos cantos, o rasgamento ou similares.

Fazendo agora referência às fig. 6 a 10, nelas está ilustrada uma segunda forma de realização (100’), que é semelhante à primeira forma de realização (100), excepto que a tampa de extremidade e o suporte estão ligados por duas charneiras de pino-e-furo, em vez de uma charneira viva. Os elementos da segunda forma de realização, com uma estrutura ou função correspondentes às dos elementos da primeira forma de realização, são identificados pelos mesmos números providos de plica.

Com referência agora à fig. 6 em particular, o molde usado na segunda forma de realização (100’) é substancialmente idêntico ao molde usado na primeira forma de realização (100), com a excepção de que, como a segunda forma de realização (100’) está ilustrada na forma de realização com dois painéis, não existe qualquer painel correspondente ao painel (112c) (nem as secções (122c) e (128c) de que se compõe o painel (112c). Mas, como é evidente, a segunda forma de realização (100’) poderia, em alternativa, ter um maior número de painéis (112). Além disso, a extensão (208) do painel (112a) é colada não à tampa de extremidade (como na primeira forma de realização (100), mas antes à extremidade (114a’) do suporte (114’) adjacente à tampa de extremidade (116’). Enquanto que a extensão (208) pode ficar total ou parcialmente escondida pela tampa de extremidade (116’), quando a pluralidade de painéis está na orientação aberta, quando a pluralidade de painéis estiver na orientação fechada (como se ilustra nas fig. 9 e 10), a extensão (208) é facilmente visível. O suporte (114’) da segunda forma de realização (110’) é, sob muitos aspectos, semelhante ao suporte (114) da quarta forma de realização (100), mas as porções elevadas da parede lateral (152’) não se estendem neste caso até ao bordo (114a’) do suporte, deixando desse modo uma porção (220) da parede lateral do corpo principal do suporte exposta. Em cada uma das porções da parede lateral do suporte expostas (220) há meios de encaixe (172’), ilustrados na forma de uma cavidade ou abertura adjacente à extremidade da primeira porção (152’) da parede lateral (150’) do suporte, e uma abertura ou cavidade (302) de recepção do pino, adjacente à parede de topo (114a’) do suporte e portanto da tampa de extremidade (116’). 16 A tampa de extremidade (116’) da segunda forma de realização (100’) é genericamente semelhante à tampa de extremidade (116) da primeira forma de realização (100), mas difere em certos aspectos críticos. A tampa de extremidade (116’) tem geralmente a forma de U e define duas paredes laterais elevadas (160’) e uma porção de ligação (201 ’), que liga as mesmas e serve de parede de extremidade (164’) (não havendo qualquer porção correspondente à porção de dobra (162) da primeira forma de realização (100)). As paredes laterais (160’) da tampa de extremidade estão além disso afastadas de modo que se situam no mesmo plano que as paredes laterais (150’) do suporte. Cada uma das paredes laterais (160’) da tampa de extremidade define um pino (304) que se projecta para dentro (como melhor se vê na fig. 9), que é recebido rotativamente no interior da abertura ou cavidade (302) do suporte, para definir uma charneira de pino-e-abertura. Os dois conjuntos de pino-e-abertura (304, 302), um de cada lado do suporte (114’), definem duas charneiras que permitem a rotação da tampa de extremidade (116’) relativamente ao suporte (114’) entre a orientação de desbloqueio e a orientação de retenção. Quando a embalagem está na orientação fechada, as paredes laterais (160’) da tampa de extremidade estendem-se até, ou quase até às extremidades das porções (152’) das paredes laterais do suporte (de modo a cobrir as porções expostas das paredes laterais (220) do suporte) e cooperam com as mesmas na protecção das paredes laterais de protecção (118) do painel (112b) contra a dobragem dos cantos, o rasgamento e similares.

Enquanto que a charneira viva (200) da primeira forma de realização (100) está ilustrada como ligando a tampa de extremidade (116) ao fundo do suporte (114) 17 (isto é, a porção do suporte (120) estreitamente adjacente ao painel (112a) ao qual está fixada), em alternativa, a charneira viva (200) pode ligar a tampa de extremidade (116) à parte superior do suporte (114). Substancialmente, a charneira viva (200) ligaria então directamente o suporte (114) e a parede de extremidade elevada (164) da tampa de extremidade (116), estendendo-se as paredes laterais (160) da tampa de extremidade transversalmente, em relação à parede de extremidade elevada (164). Nessa variante da primeira forma de realização (100), o suporte (114) e a tampa de extremidade (116) teriam uma estrutura tipicamente semelhante à dos elementos correspondentes (114’, 116’) da segunda forma de realização (100’), excepto que a charneira viva (200) seria utilizada em vez dos pinos (304) e as aberturas (302).

Na realidade, numa outra vanante da primeira forma de realização na qual a charneira viva liga a tampa de extremidade (116) à parte superior do suporte (114) (em vez de à sua parte inferior), as paredes laterais (160) da tampa de extremidade (116) podem estar mais juntas que as paredes laterais (150) do suporte (114), podendo proporcionar-se ranhuras que se estendem para baixo na superfície superior do suporte (114) para nelas serem recebidas as paredes laterais (160) da tampa de extremidade quando a tampa de extremidade (116) estiver na orientação de retenção. Uma abertura de um lado de cada ranhura receberia as orelhas salientes da tampa de extremidade, para manter, de maneira amovível, a tampa de extremidade (116) na orientação de retenção.

Assim, compreender-se-á que, conforme a variante preferida, as paredes laterais da tampa de extremidade podem dispor-se num mesmo plano que as paredes laterais do suporte, ou mais próximas uma da outra. Tipicamente, as paredes laterais 18 da tampa de extremidade não devem ser dispostas fora dos planos das paredes laterais do suporte, pois isso aumentaria as dimensões globais da embalagem, sem nenhuma vantagem.

Resumindo, a presente invenção proporciona uma embalagem para um disco compacto ou similar, que inclui meios para manter a embalagem na orientação fechada e meios para impedir a dobragem dos cantos, o rasgamento ou outra destruição semelhante das lombadas e dos bordos expostos das paredes laterais dos painéis de cartão. A embalagem é satisfatória ecologicamente, visto que pode ser composta substancialmente por peças de plástico ou de cartão reciclados e/ou recicláveis, bem como ser económica e simples a sua fabricação.

Agora, tendo sido ilustradas e descritas em pormenor formas de realização preferidas da presente invenção, serão evidente para os especialistas várias modificações e aperfeiçoamentos. Por conseguinte, o escopo da presente invenção dever ser considerado de uma forma lata, limitado apenas pelas reivindicações anexas e não pela memória descritiva anterior.

Lisboa, 6 de Julho de 2000

1250 LISBOA

Claims (14)

1. Reivindicações 1. Precursor para uma embalagem para guardar um suporte de gravação, que compreende um suporte (114), feito de material plástico sintético, tendo o referido suporte uma porção adaptada para receber e manter no mesmo um suporte de gravação configurado para conter no seu interior uma tampa do tipo formado por painéis interligados, que podem ser dobrados em tomo do referido suporte (114), para se sobrepor ao suporte de gravação quando mantido no mesmo, e tendo ainda duas extremidades opostas que limitam a referida porção para receber o suporte de gravação e uma tampa de extremidade (116), feita de material plástico sintético, caracterizado por a referida tampa de extremidade (116) estar fixada rotativamente numa das duas extremidades opostas referidas, do referido suporte (114), para se mover em tomo de um eixo de rotação, e ter uma porção afastada do referido eixo de rotação para se encaixar de maneira amovível com uma porção do referido suporte (114) afastado da referida extremidade, sendo a disposição tal que, em utilização, a referida, tampa de extremidade serve para se encaixar e reter num painel da tampa, numa relação de sobreposição com o suporte de gravação referido.
2. 2. Precursor de acordo com a reivindicação 1, no qual a referida tampa de extremidade (116) está fixada rotativamente, directamente no referido suporte (114), por meio de uma charneira viva (200).
3. 3. Precursor de acordo com a reivindicação 2, no qual a referida charneira viva (200) se estende substancialmente por toda a largura do referido suporte (114).
4. 4. Precursor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, no qual a referida tampa de extremidade (116) e o referido suporte (114) são 2 construídos numa só peça unitária e integral, moldada numa operação de moldação única.
5. 5. Precursor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, no qual o referido plástico é o polipropileno.
6. 6. Precursor de acordo com a reivindicação 1, no qual a referida tampa de extremidade (116) está fixada rotativamente directamente no referido suporte (114) por meio de duas charneira de pmo-e-furo, afastadas (302, 304).
7. 7. Precursor de acordo com a reivindicação 6, no qual cada uma das charneiras (302, 304) está colocada num dos lados opostos do suporte (114).
8. 8. Precursor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, no qual a referida tampa de extremidade (116) tem uma cor diferente da do referido suporte (114).
9. 9. Precursor de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, no qual a referida tampa de extremidade (116) tem a forma geral de um U e tem duas paredes laterais elevadas opostas (160), que definem meios de encaixe (170) da tampa de extremidade e uma porção de ligação (201) que liga as mesmas, tendo o referido suporte (114) um corpo genericamente plano e genericamente rectangular e duas paredes laterais opostas (150), que definem meios de encaixe cooperantes (172), adaptados para se encaixar cooperativamente com os referidos meios de encaixe da tampa.
10. 10. Precursor de acordo com a reivindicação 9, no qual as referidas paredes laterais (150) do suporte se estendem para cima, além do plano do referido corpo de suporte na maior parte do seu comprimento, estando os referidos meios de encaixe (172) que cooperam com o suporte dispostos no restante do seu 3 comprimento.
11. 11. Precursor de acordo com a reivindicação 9, no qual as referidas paredes laterais (150) do suporte se estendem, para baixo, para além do plano do referido corpo do suporte, substancialmente a todo o comprimento do mesmo.
12. 12. Precursor de acordo com a reivindicação 9, no qual o referido suporte e a referida tampa de extremidade definem, cada um, meios de encosto (180) adaptados para se encostar mutuamente e limitar o movimento relativo num sentido determinado, para desse modo limitar a pressão que pode exercer-se pela referida tampa de extremidade no referido corpo do suporte.
13. 13. Precursor de acordo com a reivindicação 12, no qual os referidos meios de encosto estão nas paredes laterais (150, 160) referidas do referido suporte (114) e da referida tampa de extremidade (116).
14. 14. Embalagem para guardar um suporte de gravação que compreende um precursor de acordo com qualquer das reivindicações anteriores.

    1 Resumo “Embalagem para guardar discos compactos” Uma embalagem (10), para guardar um disco compacto ou similar, que tem uma pluralidade de painéis (12), que não são de plástico inclui um par de painéis de topo (12a, 12c) e, optativamente, pelo menos um painel (12b) intermédio ao par de painéis de topo e que ligam os mesmos. A pluralidade de painéis (12) é móvel entre uma orientação aberta (fig. 2), que permite o acesso aos conteúdos da embalagem e uma orientação fechada, para fins de armazenamento, tendo cada um dos painéis duas paredes laterais opostas (19), e definindo a pluralidade de painéis, na posição fechada, pelo menos uma lombada (32, 34). Um suporte (14), feito de plástico, está disposto num (12b) dos painéis, para receber e manter em si um disco compacto. Uma tampa terminal (16) está disposta num dos painéis terminais, ou montado rotativamente no suporte (14), estando a tampa terminal adaptada para se aplicar de maneira amovível ao suporte, quando a pluralidade de painéis (12) está na orientação fechada, para desse modo impedir um movimento acidental da pluralidade de painéis, fora da orientação fechada. Figura 2