PT689874E

PT689874E - Dispositivo para a pulverizacao de uma mistura de dois componentes

Info

Publication number: PT689874E
Application number: PT95108994T
Authority: PT
Inventors: Dietmar Weitzel; Guillermo Reidel; Hans Grothoff
Original assignee: Aventis Behring Gmbh
Priority date: 1994-06-28
Filing date: 1995-06-12
Publication date: 2002-03-28
Also published as: DE59509633D1; ATE206078T1; EP0689874A1; KR960000314A; US5605255A; JP2923448B2; JPH0810329A; EP0689874B1; ZA955304B; AU697686B2; NO952538D0; CA2152749C; NO952538L; KR100367190B1; DK0689874T3; AU2327695A; CA2152749A1; NO301696B1; ES2163460T3

Description

DESCRIÇÃO "Dispositivo para a pulverização de uma mistura de dois componentes" A invenção refere-se a um dispositivo que possui duas seringas, cujas bocas terminam numa cabeça de pulverização, com tubeiras de pulverização (pulverizadores). Este dispositivo é apropriado para pulverizar dois líquidos, como uma mistura, e eventualmente aplicá-los numa superfície.

Descrevem-se coladores de tecidos, que se baseiam na reacção de fibrogénio com trombina, com a formação de ilhas de coagulação de fibrina, que são usualmente pulverizados, em superfícies grandes, para obter camadas de fribrina finas, uniformes. Para isso é conhecido um dispositivo (Ep-A-0 302 411), no segmento designado por (1), encaixando-se seringas de aplicação, cheias com os componentes, numa cabeça de pulverização. Esta cabeça de pulverização apresenta dois canais separados, para os dois componentes, e possui uma ligação equipada com um encaixe Luer para ar comprimido, através dos quais podem pulverizar-se os componentes através de uma pressão simples simultânea dos dois êmbolos de injecçâo.

Apesar dos bons resultados obtidos pelos injectores que podem ser obtidos por este sistema, ele está ligado com consideráveis inconvenientes de utilização, que têm impedido a divulgação do seu emprego: é necessária uma ligação para ar comprimido, ou outro gás impulsor, que existe por norma da maior parte das 1

salas de operações alemãs. Fora da Alemanha há aliás outras normas incompatíveis e não há de todo ligações; - é necessário um redutor de pressão ou um regulador de pressão, para reduzir a pressão elevada de uma alimentação de ar comprimido central para uma pressão de trabalho de cerca de 0,15 Mpa a 0,25 Mpa (1,5-2,5 bar); - 0 ar comprimido que sai da ligação de ar comprimido não está naturalmente esterilizado, tendo portanto de ser filtrado, de maneira estéril, por meio de um filtro especial; - 0 tubo flexível de ligação entre a tomada na parede e o sistema de pulverização tem de ser suficientemente comprido, para poder ser utilizado universalmente. Por esta razão o tubo é proporcionado demasiado comprido, de modo que pode ser considerado como um tropeço para o pessoal OP; - Não é possível a pulverização fora do alcance do tubo flexível de pressão, não podendo portanto o sistema ser utilizado em carros de pronto-socorro e em tratamento ambulatório ou no âmbito dos consultórios; e - A montagem deste sistema rouba muito tempo e proporciona diversas fontes de erro que, no trabalho do día-a-dia das clínicas, perturbam podendo mesmo tornar-se perigosos.

Na patente EP-A-0 037 393 (2), também se descreve um dispositivo semelhante ao dispositivo da patente (1).

Na patente US 4 978 336, está descrito um dispositivo para a pulverização de dois líquidos, que formam uma mistura, contendo este dispositivo duas seringas para a recepção dos 2 líquidos. 0 volume total na cabeça de pulverização é no entanto diminuído por meio do corpo de encaixe. 0 objectivo da presente invenção consiste em pôr à disposição um sistema que não tem esses inconvenientes. A partir das duas publicações (1) e (2) indicadas, resulta a necessidade da misturação de dois componentes como o indício essencial. Os inconvenientes de (2), neste sentido, foram já em (1) suficientemente apresentados. Mas também (1) apresenta, além do inconveniente geral da dependência do ar comprimido, neste ponto ainda consideráveis inconvenientes. Assim, a falta, já apontada em (2) relativamente a (1), de uma mistura insuficiente dos componentes, também não é eliminada com (1). É certo que (1) diminuiu notavelmente o problema da independência da distância (realização do ponto de corte) de (2), mas apesar disso não introduziu no fim de contas qualquer melhoramento relativamente à precisão da mistura e do grau de homogeneidade. Em vez isso, deve poder verificar-se que a relação de mistura dos componentes entre si, medida em toda a superfície da pulverização produzida, varia de maneira extraordinariamente forte. Em especial nas zonas marginais da superfície pulverizada, podem encontrar-se componentes individuais na forma não misturada, como pode ver-se a partir da fig.4 (1). Quanto mais as fracções componentes se afastam da nervura de separação, menos intensivamente são arrastados na operação de mistura. Este efeito negativo é ampliado no caso das pequenas distâncias da pulverização, sendo além disso muito dependente da pressão do ar comprimido. O resultado obtido não é na prática de modo nenhum satisfatório. Além da manipulação complicada devido à alimentação adicional de ar comprimido, a heterogeneidade da mistura, bem como os valores da resistência e da aderência da colagem ou da cicatrização 3

produzidas, bem como as características da superfície das películas, não são óptimas. A invenção evita os inconvenientes e as dificuldades atrás referidas e estabelece como objectivo proporcionar um dispositivo que assegura que, já antes da colocação propriamente dita dos componentes no interior do dispositivo, tanto se ajusta de maneira exacta a relação de mistura prescrita dos componentes entre si, como também se realiza uma mistura uniforme dos componentes entre si devendo ser possível realizar esta operação, bem como a própria aplicação, de maneira puramente manual se necessidade de energia adicional, de modo que se exclui a influência de factores exteriores ou da manipulação, de maneira ampla. 0 problema é resolvido, de acordo com a invenção, doseando-se os componentes individuais, através de dois ou vários corpos de seringa usuais no mercado, acoplados entre si no movimento e na saída, para uma pré-câmara misturadora, indo a partir daí, depois de atravessar um troço de pré-mistura, através de vários canais transversais, para uma câmara de homogeneização, onde se realiza uma mistura definitiva das correntes individuais e homogeneização dos componentes individuais e fazendo-se a aplicação propriamente dita, só depois de abandono da câmara de homogeneização. São conhecidos pulverizadores para a pulverização de cosméticos, de produtos de limpeza e outros líquidos, sem a utilização de um gás sob pressão ou gás propulsor. A pulverização de colas de tecidos com dois componentes, sem utilização de gás sobre pressão ou gás propulsor, com uma mistura e portanto ligada com um princípio de reacção de 4 polimerização dos componentes, ainda antes de deixar o corpo pulverizador, era até agora considerado impossível. Por um lado, trata-se nestes componentes, em especial no concentrado de fibrinogénio, de soluções de proteínas altamente viscosas e, por outro lado, os componentes reagem, quando da mistura, aderindo um ao outro, fazendo-se a cicatrização dentro de alguns segundos (cerca de 4 a 5 segundos) , de modo que tinha que temer-se um entupimento das tubeiras de pulverização.

Nos USA, é conhecido um preparado de trombina, que pode ser pulverizado para a hemóstase local, por meio de um simples pulverizador embalado esterilmente. Isto, no caso das soluções de trombina, é possível sem complicações, visto que elas podem utilizar-se em solução inerte e muito fluída, de modo que as tubeiras de pulverização não podem entupir-se.

Mas este pulverizador não é apropriado para coladores de tecidos. 0 material adesivo não pode ser pulverizado, visto que as tubeiras de pulverização se entopem dentro de um curto lapso de tempo.

Poderia desenvolver-se um pulverizador (cabeça de pulverização com tubeira de pulverização) no qual poderia reduzir-se ao mínimo a perda de uma substância cara e o volume total do pulverizador. Desse modo, poderia reduzir-se o tempo de permanência dos componentes misturados no pulverizador, de modo tal que não se verificava, em condições normais, o entupimento das tubeiras de pulverização. Este sistema evita os inconvenientes dos sistemas fixos.

Além disso, a cabeça de pulverização de acordo com a invenção é fácil de substituir quando, no caso de um tempo de 5 aplicação mais longo, se interrompe e já não é possível uma nova pulverização. A invenção reduz, além disso, de maneira notável o lixo de plásticos.

Modo de funcionamento do dispositivo no exemplo de uma forma de realização preferida 0 objecto da presente invenção é um dispositivo para a pulverização de dois líquidos, numa mistura, contendo este dispositivo duas seringas, para a recepção dos líquidos, cujas bocas estão ligadas com uma peça de ligação, que conduz os dois líquidos conjuntamente e termina numa cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização.

Os dois líquidos são de preferência os componentes de uma cola de dois componentes, em especial de uma cola de tecidos à base de fribrinogénio. Nas fig. 1,2 e 3, está representada uma forma de realização preferida. Formas de realização equivalentes são também objecto da invenção, como é evidente.

Para a colagem de tecidos por meio de colas de dois componentes, usualmente preparam-se, primeiro, os dois componentes, dissolvendo-se os componentes, existentes na forma sólida, num solvente respectivo e aplicando os mesmos, com as seringas de aplicação, pouco antes da utilização.

As seringas assim obtidas, cheias com as soluções de fibrinogénio e trombina são encaixadas nas aberturas em forma de Y, previstas para esse fim (fig. 1, passo N° 1) e introduzidas nas cavidades cónicas do suporte das seringas. As seringas são depois fixadas no suporte das seringas (passo Ν°2) . Ligam-se então as hastes dos êmbolos das seringas com a placa de preensão (passo N°3) , de modo que se evita uma deformação das hastes dos êmbolos.

Neste sistema, finalmente, enrosca-se ou encaixa-se o pulverizador, por exemplo numa ligação de encaixe Luer (cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização) (passo N°4).

Para a pulverização, a partir de uma distância de cerca de 10 a 20 cm do objecto a pulverizar, com uma pressão do polegar ininterrupta e uniforme na placa de preensão, empurra-se o conteúdo das seringas de aplicação, através de dois canais de trabalho da peça de ligação em forma de Y, e mistura-se no interior da câmara de pré-mistura do pulverizador (cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização) e desloca-se, com velocidade crescente, devido à diminuição de secção produzida pelo do corpo de encaixe ( E) no espaço de passagem, até à tubeira de pulverização exterior (S). A cola dos tecidos sai da tubeira de pulverização como um nevoeiro fino e irregular, cobrindo o tecido com uma fina película.

No caso de, devido à interrupção da aplicação, se entupir o pulverizador ( cabeça de pulverização e tubeiras de pulverização), ele pode facilmente ser substituído por outro.

Numa outra utilização vantajosa, a cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização ( pulverizador) é utilizada como dispositivo de homegeneização, para uma aplicação, por meio de uma agulha encaixada na tubeira de pulverização. Desse modo, o colador de tecidos pode ser colocado orientando para pequenos pontos de colagem, realizando-se a acção de colagem muito rapidamente, devido à boa misturação. 7

Isto é vantajoso, do ponto de vista de técnica de utilização, visto que o dispositivo pode ser fornecido já com a cabeça, que contém as tubeiras de pulverização montada e podendo, depois da colocação do corpo das seringas cheias, para a utilização de pulverização, sem ser necessário outra montagem. No caso da aplicação da agulha, esta é então simplesmente adicionada. Como esta operação de mudança pode ser feita muito rapidamente, pode, durante uma utilização, mudar-se de uma para oura forma de aplicação, sem se temer que os componentes para a utilização seguinte endureça e os êmbolos das seringas se bloqueiem, por se entupir a tubeira de pulverização.

As fig. 1, 2 e 3 mostram outros pormenores das acções vantajosas do corpo de encaixar: - Redução do volume total - Limitação da profundidade de encaixe das tubeiras - Função de pré-mistura mediante o desvio múltiplo da corrente volumétrica e cobertura

Cobertura da câmara do homogeneizador parcial dos canais transversais

Relativamente à fig. 1 Montagem a cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização no dispositivo de cola de dois componentes. (Pulverizador) Z Pulveriador (cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização)

Peça de ligação 8

V

Fig. 2 Corte longitudinal da cabeça de pulverização com tubeiras de pulverização AB Furo de saida S Tubeira de pulverização E Corpo de encaixe VS Trajecto de pré-mistura VK Câmara de pré-mistura ZK1 Entrada do componente 1 ZK2 Entrada do componente 2 KZV Espiga de acoplamento Peça de ligação Fig. 2a Corte transversal (A-A) Fig. 3a Corte transversal pela peça da tubeira de pulverização QKZ Entrada do canal transversal QKG Limite de sobreposição do canal transversal HK Câmara de homogeneização AB Furo de saída Fig. 3 Corte transversal da peça de tubeira de pulverização QK Canal transversal Fig. 4 Pulverizador com agulha de seringa encaixada Fig 4a Corte transversal da peça da tubeira de pulverização QKZ Entrada do canal transversal 9

Fig. QKG Canal transversal-limite sobreposição de HK Câmara de homogeneização AB Furo de saída 4b Corte longitudinal da peça tubeira de pulverização da QK Canal transversal

Lisboa, 26 de Dezembro de 2001

O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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Claims

REIVINDICAÇÕES Dispositivo para a pulverização de uma mistura de um primeiro e de um segundo liquidos, que contém I) primeira e uma segunda seringas, para a recepção e com saída dos primeiro e segundo líquidos II) uma peça de ligação, com um primeiro e um segundo canais, para a condução conjunta das primeiras e segundas saídas das seringas, terminando os referidos canais numa câmara de pré-mistura, para a pré-mistura dos primeiro e segundo líquidos para preparação de uma mistura, III) em seguida a isso, uma zona com volume total reduzido, desembocando esta zona com volume total reduzido numa câmara de homogeneização, para a homogeneização do líquido, e IV) uma abertura de saída para a pulverização da mistura de líquidos.
2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por possuir um suporte para recepção das seringas.
3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por as hastes de êmbolo das seringas estarem ligadas com uma placa de preensão.
4. Dispositivo de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por a referida câmara de pré-mistura, a zona com volume total reduzido e a câmara de homogeneização serem 1 formadas numa cabeça de pulverização, que pode ser substituída com facilidade.
5. Dispositivo de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por a referida zona com volume total reduzido e a referida câmara de homogeneização serem separadas por uma pluralidade de canais transversais.
6. Dispositivo de acordo com as reivindicações 1 a 5, caracterizado por se encher as seringas com os componentes de uma cola com componentes múltiplos.
7. Dispositivo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o colador com componentes múltiplos ser um colador de tecidos.
8. Utilização de um dispositivo de acordo com as reivindicações 1 a 5, caracterizado por ser usado para a colocação de um colador com componentes múltiplos.
9. Utilização de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por se pulverizar uma cola de tecidos. Lisboa, 26 de Dezembro de 2001

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