PT2210472E - Cabeça de colheita e máquina automotriz cavaleira fazendo aplicação daquela, utilizáveis para a colheita de sebes frutíferas - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "CABEÇA DE COLHEITA E MÁQUINA AUTOMOTRIZ CAVALEIRA FAZENDO APLICAÇÃO DAQUELA, UTILIZÁVEIS PARA A COLHEITA DE SEBES FRUTÍFERAS" A presente invenção refere-se a uma cabeça de colheita de pequenos frutos produzidos por sebes frutíferas, em particular, em arboricultura frutífera. Refere-se, igualmente, a máquinas automotrizes cavaleiras aplicando aquela, ou seja, aos conjuntos constituídos por um veículo automotor cavaleiro dotado de uma cabeça de colheita montada na retaguarda do chassis deste veículo.

Actualmente, para a colheita de oliveiras cultivadas em sebes frutíferas, certos oleicultores utilizam máquinas de grandes dimensões semelhantes às máquinas de vindimar a uva, nomeadamente nas regiões onde são cultivadas vinhas com um embardamento relativamente elevado (por exemplo, da ordem de 2 m) .

Estas máquinas compreendem uma cabeça de colheita compreendendo, geralmente, um sistema de sacudidura constituído por dois conjuntos de desprendimento de frutos, montados frente a frente e separados por um espaço vertical, compreendendo, estes conjuntos cada um, uma pluralidade de sacudidores sobrepostos, por exemplo, constituídos por barras flexíveis, fixas, por intermédio das suas extremidades, a dois veios verticais dos quais um, pelo menos, é um veio de accionamento 1 oscilante sujeito a um tirante de sacudidura permitindo comunicar àquele um movimento oscilatório. Uma tal cabeça de colheita compreende, igualmente, dois sistemas de transporte laterais para receber e encaminhar os frutos colhidos até um dispositivo de recepção (cesto ou outro), as partes horizontais destes sistemas de transporte assegurando, também, a estanquidade em redor da parte baixa dos troncos (cepas de vinha), por baixo dos conjuntos de sacudidura. A cabeça de colheita está montada de forma fixa na retaguarda do chassis de um veículo automotor cavaleiro que pode ser equipado com meios permitindo subi-la ou descê-la entre uma posição baixa de transporte em estrada e uma posição elevada de trabalho; neste caso, a cabeça de colheita está sujeita ao referido chassis cujos movimentos de sustentação ou de abaixamento, por conseguinte, acompanha. 0 documento FR 2607091 descreve uma máquina agrícola de tipo tractor cavaleiro ou máquina de colheita de cultura em linha.

De acordo com este documento, proporcionam-se meios para deslocar verticalmente e simultaneamente a cabina 4 de condução da máquina relativamente ao chassis 2 desta e a ferramenta 5 constituindo a cabeça 1 de colheita está montada sobre um apoio fixo à referida cabina de condução. Deste modo, a parte inferior da ferramenta ou da cabeça de colheita segue os movimentos verticais da cabina de condução e ocupa posições variáveis em altura relativamente ao solo, conforme a cabina constituindo o chassis porta-ferramenta da ferramenta, se encontra colocada em posição elevada ou em posição baixa. 2

Um inconveniente destas máquinas, qualquer que seja a sua utilização, é constituído pelas suas dimensões importantes (da ordem de 3 m de largura e 4 m de altura), o que coloca problemas para o seu transporte em camião de plataforma ou as suas deslocações por estrada, para ir de uma plantação para outra.

Porém, o maior constrangimento imposto pelas máquinas actualmente utilizadas é constituído pela passagem sob a arcada do porta-ferramenta cavaleiro cuja altura pode variar entre 2,20 m e 2,80 m e as capacidades da cabeça de batimento a sacudir uma sebe frutífera arborícola em vez de uma vinha embardada. A parte activa desta cabeça de batimento apresenta uma altura da ordem de 1,80 m. O facto de se dispor de uma altura de batimento de 1,80 me de uma passagem sob a arcada de uma altura de 2,20 m, obriga o condutor da máquina de colheita a regular o porta-ferramenta cavaleiro em posição alta (2,80 m) para poder deixar passar as árvores de fruto (por exemplo, oliveiras) sem as partir, mas o problema que se cria, então, é que o sistema de estanquidade inferior da cabeça de colheita solidário com os movimentos de sustentação e de abaixamento do referido porta-ferramenta cavaleiro, se encontra totalmente na vegetação, ao nível dos ramos, em vez de estancar em redor do tronco das árvores, o que causa perdas importantes de frutos para o solo, parte muitos ramos e, ao mesmo tempo, deixa no lugar, na parte de baixo das árvores, todos os frutos que não estiveram em contacto com os braços de colheita da cabeça de colheita.

No caso contrário, se o condutor regula o porta-ferramenta cavaleiro na sua posição mais baixa, para não deixar frutos e para evitar as perdas para o solo, as oliveiras (no caso de um 3 olival) que têm uma altura superior a 2,20 m vão ser forçadas a passar sob a arcada do porta-ferramenta cavaleiro com o risco de as partir rente ao solo.

Em contrapartida, se apesar de tudo, as oliveiras chegarem a dobrar sem se partir para passar sob a arcada do porta-ferramenta cavaleiro (2,20 m) , a cabeça de colheita (1,80 m) vai deixar todos os frutos que estão na parte superior das árvores, durante a passagem destes últimos na referida cabeça de colheita e danificar uma grande parte com o mecanismo de batimento.

Existem, também, máquinas híbridas concebidas para a colheita da uva e de azeitonas que são, na realidade, máquinas de vindimar adaptadas com uma passagem sob a arcada da ordem de 2,40 ma 3 me uma altura de batimento de 2 ma 2,80 m. Estas são, actualmente, as únicas que funcionam efectivamente nos olivais.

Um importante inconveniente destas máquinas, é que são desmesuradamente grandes para compensar os constrangimentos das máquinas de vindimar padrão mencionadas acima.

Portanto, este tipo de máquina é mais alto, mais largo, mais comprido e mais pesado e mais dispendioso. A sua polivalência é posta em causa quando se quer vindimar uva, devido ao facto de ter sido sobredimensionado, já não estando este tipo de máquina perfeitamente adaptado aos vinhedos, porque é praticamente impossível efectuar as meias-voltas na extremidade da fileira durante as vindimas. 4 0 objectivo da presente invenção é propor aos profissionais da colheita automática de pequenos frutos produzidos em arboricultura frutífera (azeitona, ameixa, cereja do cafezeiro, etc.) uma cabeça de colheita especialmente concebida para a colheita das sebes de oliveiras (ou outra árvore de fruto cultivada em sebes) e destinada a ser montada num porta-ferramenta cavaleiro polivalente padrão utilizável igualmente em viticultura, de modo a constituir um conjunto automotor cavaleiro permitindo solucionar os problemas anteriormente expostos e remediar os inconvenientes decorrentes.

De acordo com a invenção, este objectivo é alcançado graças a uma máquina automotriz cavaleira para a colheita das sebes frutíferas, compreendendo, por um lado, um veículo (5) automotor cavaleiro compreendendo um chassis (6) suportado por meios (13, 14) de sustentação ajustáveis em altura e, por outro lado, uma cabeça (1) de colheita compreendendo um chassis (2) em forma de pórtico suportando um sistema de sacudidura constituído por dois conjuntos de desprendimento de frutos, montados frente a frente e separados por um espaço vertical e dois sistemas de recepção e de transporte para receber e encaminhar os frutos colhidos até um dispositivo de recepção, constituindo as partes (3) horizontais inferiores destes dois sistemas de transporte a parte inferior da cabeça (1) de colheita, assegurando, também, a estanquidade, por baixo dos conjuntos de sacudidura; esta cabeça (1) de colheita sendo transportada por uma estrutura (4) de montagem fixa rigidamente ou apta a ser fixa rigidamente na retaguarda do veículo (5) cavaleiro automotor, caracterizada por a cabeça (1) de colheita estar ligada à estrutura (4) de montagem por intermédio de meios (4a, 7, 8, 10) permitindo uma regulação em altura daquela relativamente à estrutura (4) de montagem, de modo a que, quando 5 a referida estrutura de montagem é fixa sobre o chassis (6) do veículo (5) automotor cavaleiro, a cabeça de colheita se encontra igualmente montada de modo ajustável em altura relativamente ao referido veículo automotor cavaleiro e por a distância (Dl) da parte (3) inferior da cabeça (1) de colheita relativamente ao solo (S) permaneçer igualmente a mesma quando o veículo automotor cavaleiro se encontra em posição baixa ou posição de estrada, que quando este último se encontra colocado em posição alta correspondente à posição de trabalho da máquina.

De acordo com outra disposição característica, a estrutura de montagem está ligada ao chassis porta-ferramenta da cabeça de colheita através de paralelogramos articulados laterais.

De acordo com um modo de execução interessante, cada paralelogramo articulado lateral compreende: um dos lados da estrutura de montagem, um tirante superior e um tirante inferior ligados, por intermédio de uma das suas extremidades e através de articulações, na parte alta e na parte baixa do referido lado, respectivamente. Por outro lado, as extremidades opostas dos referidos tirantes são ligadas, através de articulações, respectivamente, a elementos laterais do chassis da cabeça de colheita; meios de actuação permitindo a deslocação dos paralelogramos articulados assegurando os movimentos verticais da cabeça de colheita relativamente à estrutura de montagem desta, ou seja, relativamente ao veículo automotor cavaleiro, quando esta última está instalada na retaguarda do veículo automotor cavaleiro.

De acordo com um modo de realização preferido, estes meios de actuação são constituídos por um actuador ligando, por intermédio das suas extremidades opostas e através de 6 articulações, o tirante superior e a parte baixa do lado correspondente da estrutura de montagem. A máquina automotriz cavaleira de acordo com a invenção compreende um veiculo porta-ferramenta cavaleiro compreendendo um chassis suportado por meios de sustentação ajustáveis em altura e uma cabeça de colheita realizada do modo indicado acima, fixa na retaguarda do chassis por intermédio da sua estrutura de montagem.

De acordo com outra disposição caracteristica, o sistema de sustentação do veiculo automotor cavaleiro e, pelo menos, de um dos eixos de articulação de, pelo menos, um dos tirantes de, pelo menos, um dos paralelogramos articulados, está dotado de sensores angulares permitindo a assistência à regulação da posição da cabeça de colheita relativamente ao referido veiculo automotor cavaleiro de modo a manter a referida cabeça de colheita e, particularmente, a parte inferior desta, a uma distância programada relativamente ao solo.

De acordo com a invenção, esta distância permanece a mesma, quer o veiculo automotor cavaleiro esteja colocado em posição baixa ou posição de estrada ou este último esteja colocado em posição elevada ou posição de trabalho.

Os objectivos, caracteristicas e vantagens acima, e outros ainda, surgirão melhor da descrição que segue e dos desenhos anexos, nos quais: A figura 1 é uma vista lateral simplificada de uma cabeça de colheita de acordo com a invenção. 7 A figura 2 é uma vista lateral de carácter esquemático de um veiculo automotor cavaleiro polivalente padrão sobre o qual pode ser fixa esta cabeça de colheita. Este veículo automotor cavaleiro representado está em posição elevada. A figura 3 é uma vista lateral de um conjunto de colheita constituído pela cabeça de colheita ilustrada na figura 1 montada no veículo automotor cavaleiro representado na figura 2. Este conjunto está representado em posição de circulação em estrada. A figura 4 é uma vista lateral idêntica à figura 3 mostrando o referido conjunto numa posição de colheita.

Será feita referência aos referidos desenhos para descrever um exemplo interessante, embora de modo algum limitativo, da cabeça e da máquina de colheita de acordo com a invenção. A cabeça 1 de colheita de acordo com a invenção compreende, de modo semelhante às máquinas de vindimar a uva, um chassis 2 em forma de pórtico suportando, por um lado, um sistema de sacudidura (não representado) constituído por dois conjuntos de desprendimento de frutos, montados frente a frente e separados por um espaço vertical e, por outro lado, dois sistemas 3 de transporte para receber e encaminhar os frutos colhidos até um dispositivo de recepção (cesto ou outro).

As partes horizontais inferiores destes dois sistemas de transporte asseguram, também, a estanquidade por baixo dos conjuntos de sacudidura.

De um modo preferido, esta cabeça de colheita é concebida para receber o maior número de braços de colheita (28 pares em 3,40 m de altura) de modo a colher toda a altura do embardamento permanecendo ao mesmo tempo no gabarito de 2,50 m de largura e 3,60 m de altura. A cabeça 1 de colheita é transportada por uma estrutura 4 de montagem destinada a ser fixa rigidamente, de um modo preferido de modo amovível, na retaguarda de um veículo 5 cavaleiro automotor correntemente chamado veículo automotor cavaleiro, por exemplo, por intermédio do sistema de fixação de três pontos equipando este último. Mais precisamente, a cabeça 1 de colheita destina-se a ser fixa num veículo 5 automotor cavaleiro compreendendo um chassis 6 ajustável em altura, de modo em si conhecido.

De acordo com a invenção, a posição da cabeça 1 de colheita é ajustável em altura relativamente à estrutura 4 de montagem. Nestas condições, quando a estrutura 4 de montagem da cabeça 1 de colheita é fixa rigidamente sobre o chassis 6 do veículo 5 automotor cavaleiro, encontra-se, igualmente, montada de modo ajustável em altura relativamente ao referido veículo automotor cavaleiro.

De acordo com outra disposição característica, a estrutura 4 de montagem está ligada ao chassis 2 porta-ferramenta da cabeça de colheita através de paralelogramos articulados laterais.

Cada paralelogramo articulado lateral compreende: um dos lados 4a da estrutura 4 de montagem, um tirante 7 superior e um tirante 8 inferior ligados, por intermédio de uma das suas 9 extremidades e através de articulações 7a, 8a, na parte alta e na parte baixa do referido lado 4a, respectivamente. Por outro lado, as extremidades opostas dos referidos tirantes estão ligadas, através de articulações 7b, 8b, respectivamente, a elementos 9, 10 laterais fixos do chassis 2.

Meios de actuação permitem a deformação ou deslocação dos paralelogramos articulados assegurando os movimentos verticais da cabeça 1 de colheita relativamente à estrutura 4 de montagem da cabeça de colheita, ou seja, relativamente ao veículo 5 automotor cavaleiro, quando este último está instalado na retaguarda do veículo automotor cavaleiro.

Estes meios são constituídos, por exemplo, por um actuador 11 ligando, por intermédio das suas extremidades opostas e através de articulações, o tirante 7 superior e a parte baixa do lado 4a correspondente à estrutura 4 de montagem. Compreende-se que o alongamento dos actuadores 11 provoca a rotação para cima dos tirantes 7 superiores, enquanto a recolha ou encurtamento dos referidos actuadores assegura a rotação para baixo dos referidos tirantes.

As figuras 3 e 4 ilustram uma máquina de colheita de acordo com a invenção constituída por um veículo 5 automotor cavaleiro sobre o chassis 6 e na retaguarda do qual está montada uma cabeça de colheita compreendendo as disposições características anteriormente descritas. 0 veiculo 5 automotor porta-ferramenta (figura 2) pode ser constituído por um veículo automotor cavaleiro polivalente padrão de um tipo correntemente utilizado em viticultura e equipado, de modo conhecido em si, com meios permitindo a 10 regulação em altura do seu chassis 6 relativamente às suas rodas 12 de sustentação, ou seja, relativamente ao solo S sobre o qual rolam estas últimas.

De acordo com uma disposição vantajosa, o veículo 5 automotor cavaleiro e a cabeça 1 de colheita são dispostos de modo a que a altura PI da passagem sob a arcada do veículo automotor cavaleiro, seja claramente inferior, quando este se encontra em posição baixa ou posição de estrada, à altura P2 da passagem sob a arcada da cabeça 1 de colheita, ao passo que a altura PI' da passagem sob a arcada do veículo 5 automotor cavaleiro pode ser sensivelmente igual ou inferior à altura P2 da passagem sob a arcada da referida cabeça 1 de colheita, em posição elevada do veículo automotor cavaleiro correspondente à posição de trabalho da máquina.

Pelo menos um dos eixos de articulação de, pelo menos, um dos tirantes 7 e/ou 8, de um modo preferido o eixo 8a de articulação dos tirantes 8 inferiores está dotado de um sensor Cl angular. Por outro lado, o sistema 13 de sustentação das pernas telescópicas na frente e/ou braços 14) das rodas de trás do veículo 5 automotor cavaleiro, de um modo preferido os braços 14 de rodas, é dotado igualmente, de sensores C2 angulares. Estes sensores Cl e C2 estão ligados a um calculador ou sistema análogo, de modo a permitir assistir a regulação da cabeça 1 de colheita e do veículo 5 automotor cavaleiro, de modo a manter a referida cabeça 1 de colheita e, particularmente a parte inferior desta, a uma distância 01 programada relativamente ao solo S. Esta distância 01 permanece a mesma, quer quando o veículo automotor cavaleiro se encontra em posição baixa ou posição de estrada, quer quando este se encontra em posição elevada ou posição correspondente à posição de trabalho 11 da máquina.

Na figura 3, observa-se que, em posição de estrada, o veiculo 5 cavaleiro é baixado ao máximo, de modo a baixar o centro de gravidade e assegurar uma boa estabilidade, ao passo que a cabeça 1 de colheita é subida ao máximo, relativamente ao referido veículo cavaleiro, o que resulta numa máquina completamente padrão ao nível do atravancamento (2,50 m de largura x 3,60 m de altura) e não necessita de transporte especial. Por outro lado, a altura PI de passagem sob a arcada é, por exemplo, de 2,20 m para o veículo cavaleiro, ao passo que a altura P2 da passagem sob a arcada de, é por exemplo, de 3.40 m para a cabeça 1 de colheita.

Na figura 4 vê-se que, em posição de trabalho, o veículo cavaleiro 5 é colocado na posição mais alta graças ao seu sistema de sustentação ajustável e a cabeça 1 de colheita é descida ao máximo relativamente ao referido veículo cavaleiro o que dá uma altura Pl' de passagem sob a arcada de 2,80 m para o veículo cavaleiro e uma altura P2 de passagem sob a arcada de 3.40 m para a cabeça 1 de colheita equipada com braços de colheita.

Lisboa, 14 de Junho de 2012 12

Claims (7)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Máquina automotriz cavaleira para a colheita de sebes frutíferas, compreendendo, por um lado, um veiculo (5) automotor cavaleiro compreendendo um chassis (6) suportado por meios (13, 14) de sustentação ajustáveis em altura e, por outro lado, uma cabeça (1) de colheita compreendendo um chassis (2) em forma de pórtico suportando um sistema de sacudidura constituído por dois conjuntos de desprendimento de frutos, montados frente a frente e separados por um espaço vertical e dois sistemas de recepção e de transporte para receber e encaminhar os frutos colhidos até um dispositivo de recepção, constituindo as partes (3) horizontais inferiores destes dois sistemas de transporte a parte inferior da cabeça (1) de colheita, assegurando, também, a estanquidade, por baixo dos conjuntos de sacudidura; sendo esta cabeça (1) de colheita transportada por uma estrutura (4) de montagem fixa rigidamente ou destinada a ser fixa rigidamente, na retaguarda do veículo (5) cavaleiro automotor, caracterizada por a cabeça (1 ) de colheita estar ligada à estrutura (4) de montagem por intermédio de meios (4a, 7, 8, 10) permitindo uma regulação em altura desta relativamente à estrutura (4) de montagem, de modo a que, quando a referida estrutura de montagem é fixa sobre o chassis (6) do veículo (5) automotor cavaleiro, a cabeça de colheita se encontre, igualmente, montada de modo ajustável em altura relativamente ao referido veículo automotor cavaleiro e que a distância (Dl) da parte (3) inferior da cabeça (1) de colheita relativamente ao solo (S) permaneça igualmente a mesma, quer quando o veículo automotor cavaleiro se 1 encontra em posição baixa ou posição de estrada, quer quando este último se encontra colocado em posição alta correspondente à posição de trabalho da máquina.
2. 2. Máquina automotriz cavaleira de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a estrutura (4) de montagem estar fixa de modo amovivel no chassis (6) do veiculo (5) automotor cavaleiro.
3. 3. Máquina automotriz cavaleira de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2 , caracterizada por a estrutura (4) de montagem estar ligada ao chassis (2) porta-ferramenta da cabeça de colheita através de paralelogramos (4a, 7, 9-10, 8) articulados laterais.
4. 4. Máquina automotriz cavaleira de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por cada paralelogramo articulado lateral compreender: um dos lados (4a) da estrutura (4) de montagem, um tirante (7) superior e um tirante (8) inferior ligados, por intermédio de uma das suas extremidades e por meio de articulações (7A, 8A) na parte de cima e na parte de baixo do referido lado, respectivamente; por outro lado, as extremidades opostas das referidas tirantes estão ligadas, através de articulações (7B, 8B) , respectivamente, a elementos (9, 10) laterais do chassis (2) da cabeça (1) de colheita; meios (11) de accionamento permitindo a deslocação dos paralelogramos (4A, 7, 9-10, 8) articulados assegurando os movimentos verticais da cabeça de colheita relativamente à estrutura (4) de montagem desta, ou seja, relativamente ao veiculo (5) automotor cavaleiro, quando este último está instalado na retaguarda do veiculo automotor cavaleiro. 2
5. 5. Máquina automotriz cavaleira de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os meios de actuação serem constituídos por um actuador (11) ligando, por intermédio das suas extremidades opostas e através de articulações, do tirante (7) superior e da parte de baixo do lado (4A) correspondente da estrutura de montagem.
6. 6. Máquina automotriz cavaleira de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por a altura (Pl) da passagem sob a arcada do veículo (5) automotor cavaleiro ser claramente inferior à passagem (P2) sob a arcada da cabeça de colheita, quando o veículo automotor cavaleiro se encontra em posição baixa ou posição de estrada, ao passo que que a altura (Pl') da passagem sob a arcada do veículo (5) automotor cavaleiro pode ser sensivelmente igual ou inferior à altura (P2) da passagem sob a arcada da referida cabeça (1) de colheita, quando o referido veículo automotor cavaleiro se encontra em posição alta correspondente à posição de trabalho da referida máquina.
7. 7. Máquina automotriz cavaleira de acordo com uma das reivindicações 3 a 6, caracterizada por o sistema (13, 14) de sustentação do veículo (5) automotor cavaleiro e, pelo menos, um dos eixos (7A, 8A) de articulação de, pelo menos, um dos tirantes (7, 8) de, pelo menos, um dos paralelogramos articulados estar dotado de sensores (Cl, C2) angulares permitindo a assistência à regulação da posição da cabeça (1) de colheita relativamente ao referido veículo (5) automotor cavaleiro, de modo a manter a referida cabeça de colheita a uma distância (Dl) programada relativamente ao solo (S). Esta distância (Dl) permanecendo a mesma, quer quando o veículo 3 automotor cavaleiro se encontra em posição baixa ou posição de estrada, quer quando este último se encontra colocado em posição alta correspondente à posição de trabalho da máquina. Máquina automotriz cavaleira de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o eixo (8a) de articulação de, pelo, menos um dos tirantes (8) inferiores ligando a estrutura (4) de montagem ao chassis (2) da cabeça de colheita estar dotado de um sensor (Cl) angular, ao passo que, pelo menos, um dos braços de roda (14) de trás do veiculo (5) automotor cavaleiro está dotado de um sensor (C2) angular. Lisboa, 14 de Junho de 2012