PT2073863E - Um filtro para a remoção de substâncias de produtos sanguíneos - Google Patents

Um filtro para a remoção de substâncias de produtos sanguíneos Download PDF

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PT2073863E
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Paolo Bonaguidi
Massimo Bertolucci
Marco Bruini
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Fresenius Hemocare Italia S R L
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Description

1
DESCRIÇÃO "UM FILTRO PARA A REMOÇÃO DE SUBSTANCIAS DE PRODUTOS SANGUÍNEOS" A invenção presente diz respeito a um filtro para a remoção de substâncias do sangue ou de componentes do sangue e mais especialmente a um filtro para remoção de leucócitos e de plaquetas, adaptado para utilização em dispositivos de purificação do sangue, tais como sistemas de sacos de sangue que se utilizam convencionalmente para a separação de sangue integral a componentes de sangue de que se retiraram os leucócitos.
Os filtros de sangue, aos quais a invenção presente diz respeito, incluem tipicamente uma caixa com portas de entrada e de saída e pelo menos um elemento poroso dentro da caixa, interposto entre a porta de entrada e a de saída. 0 elemento poroso é em geral constituído por uma rede, que pode ser formada por uma ou diversas camadas de material filtrante, tipicamente um material não tecido constituído por fibras poliméricas.
Os poliésteres, tais como o politereftalato de butileno (PBT) e o politereftalato de etileno (PET), constituem materiais poliméricos preferidos hoje em dia. Sabe-se que materiais não tecidos feitos de poliésteres 2 tais como fibras de PET ou de PBT podem interactuar fortemente com as plaquetas; portanto, a sua utilização para a filtração do sangue deveria levar a uma grande taxa de remoção das plaquetas. Por outro lado, em experiências de filtração também se torna evidente que os polímeros referidos têm uma pequena capacidade para remover leucócitos e que a sua baixa molhabilidade diminui a taxa de passagem das componentes do sangue e aumenta o período da filtração. A modificação da superfície das fibras em poliéster é portanto fortemente preferida nos dispositivos de filtração do sangue.
Para aumentar a molhabilidade ou a Tensão Crítica de Molhagem da Superfície (CWST) , que é uma medida da hidrofilia do material, as fibras de uma resina hidrofóbica, tal como o PBT, têm sido revestidas com um polímero mais hidrofílico, incluindo com poliuretanos hidrofílicos.
Os poliuretanos (PU) são largamente utilizados a título de polímeros biocopmpatíveis. Em especial, os poliuretanos segmentados com uma cadeia de polietilenoglicol a título de bloco macio são considerados como polímeros biocompatíveis que induzem pouca trombogenicidade.
Sabe-se que a molhabilidade de um poliuretano segmentado contendo um segmento macio em polietilenoglicol (PEG) pode ser regulada modificando o conteúdo em PEG do 3 polímero. Por outro lado, um tal aumento da molhabilidade vem amiúde acompanhado por um aumento dos filtrados aquosos. Além disto, materiais mais molháveis também podem induzir um aumento da compatibilidade com plaquetas e portanto uma diminuição da sua taxa de diminuição na componente sanguínea que se está a filtrar. 0 W02005/113.136 descreve um material em poliuretano com uma melhor capacidade de adsorção de leucócitos, constituído por uma unidade estrutural de um composto de di-isocianato, uma unidade estrutural de um polímero de um composto diol uma unidade estrutural de extensão de cadeia, contendo preferivelmente um grupo amina terciária. De acordo com a descrição e as reivindicações, o poliuretano tem que possuir uma massa molecular média em número maior ou igual a 20.000 mas não mais do que 1.000.000, uma vez que a solubilidade em água destes poliuretanos com uma massa molecular média em número inferior a 20.000 foi descrita como não sendo suficientemente pequena para se utilizar esse poliuretano a título de material para filtros de leucócitos.
De acordo com a invenção presente, verificou-se que - ao contrário dos ensinamentos do WO 2005/113.136, os poliuretanos obtidos por reacção de adição de um di-isocianato, um polímero de diol (tal como um polietilenoglicol) e um diol monomérico, exibem o melhor compromisso entre aquelas propriedades que são necessárias para a sua utilização a título de material adequado para 4 filtros de sangue, quando a sua massa molecular média em número é não superior a 10.000 Da.
Em especial, os poliuretanos da invenção permitem optimizar necessidades diferentes e divergentes, tais como: • o melhor compromisso em termos de remoção de leucócitos e de plaquetas; • a ausência de permeados aquosos significativos; • uma boa molhabilidade para assegurar a passagem das componentes sanguíneas através do filtro; • um período curto até ao funcionamento em contínuo. A matéria sobre a qual versa a invenção é portanto um filtro para a remoção de substâncias do sangue ou de componentes do sangue, incluindo um material para um filtro tal como se define nas reivindicações apensas. A matéria sobre a qual versa a invenção é também relacionada com a utilização do filtro para retirar leucócitos e plaquetas quer de sangue integral, quer de componentes do sangue, em processos ex vivo, bem como sistemas de purificação de sangue e dispositivos que incluam um tal filtro, tal como se define nas reivindicações apensas. 5 0 termo "poliuretano", tal como se utiliza neste documento, inclui copolimeros de poliuretanos. 0 di-isocianato que se utiliza para a preparação do poliuretano é preferivelmente um di-isocianato alfático, tal como em especial o di-isocianato de isoforona (IPDI), o di-isocianato de hexametileno (HDI), o di-isocianato de diciclohexilmetano (HMDI), o di-isocianato de trimetil-hexametileno, o di-isocianato de 1,3- bis(isocianometil)ciclohexano e os di-isocianatos de ácidos diméricos. 0 diol polimerizado é preferivelmente polietilenoglicol, embora se possam utilizar outros dióis polimerizados, tais como polipropilenoglicol, politetrametilenoglicol, copolimero de poli(etilenoglicol/propilenoglicol), copolimero de poli(etilenoglicol/tetrametilenoglicol).
Os dióis polimerizados e em especial o polietilenoglicol com uma massa molecular média em número menor ou igual a 400 Da são preferidos. 0 diol monomérico que se prefere é o butanodiol, em especial o 1,4-butanodiol, embora em geral se possam utilizar compostos diol monoméricos com entre 2 e 6 átomos de carbono. 6 0 poliuretano que se utiliza de acordo com a invenção tem uma massa molecular média em número inferior a 10.000 Dalton; preferivelmente além disto, a massa molecular média em número é inferior a 10.000 Dalton. Obtém-se um pequeno grau de polimerização através de um desequilíbrio propositado da estequiometria no sistema poliuretano. Num poliuretano estequiometricamente equilibrado, o número (equivalentes) de grupos isocianato, durante a reacção de adição, é aproximadamente igual à soma dos grupos hidroxilo do diol polimerizado (PEG) e do diol monmérico (butanodiol).
Por outro lado, os poliuretanos estequiometricamente desequilibrados são obtidos utilizando na reacção um excesso estequiométrico do diol monomérico, de tal modo que o número total (equivalentes) de grupos hidroxilo proporcionados durante a reacção pelo diol polimerizado e pelo diol monomérico está em excesso em relação ao número (equivalentes) dos grupos isocianato.
Deste modo, a invenção diz respeito a um filtro para a remoção de substâncias do sangue ou de componentes do sangue, incluindo um material polimérico filtrante que seja revestido por um revestimento em poliuretano, caracterizado por o poliuretano referido ter uma massa molecular média em número que não seja superior a 10.000 Da, em que o referido poliuretano seja obtido pela reacção de adição de um di-isocianato, um diol polimérico e um diol 7 monomérico desequilibrando-se a estequiometria da reacção de adição proporcionando um excesso do diol monomérico.
Podem sintetizar-se os poliuretanos por processos convencionais. De acordo com o processo preferido, faz-se reagir em primeiro lugar o di-isocianato com uma quantidade do diol polimérico (PEG) estequiometricamente insuficiente, num solvente orgânico adequado, tal como metiletilcetona anidra, à temperatura de refluxo, na presença de um catalisador, tal como diacetato de dibutilestanho; aquece-se a mistura reaccional até à temperatura de refluxo e deixa-se reagir; em seguida, adiciona-se o diol monomérico (butanodiol) num excesso estequiométrico e deixa-se a mistura reaccional reagir mais uma vez à temperatura de refluxo, até reagir toda a funcionalidade isocianato.
Deixa-se então arrefecer a mistura até à temperatura ambiente, e precipita-se o polímero que se obteve vertendo a mistura reaccional sobre um solvente não polar, tal como hexano. Seca-se então o precipitado resultante e dissolve-se num solvente polar, tal como acetona. Para se conseguir uma melhor purificação, pode submeter-se o polímero a mais uma precipitação a partir de água. Em especial, uma dupla precipitação do poliuretano a partir de água assegura que os polímeros não sejam solúveis em água e que a quantidade de qualquer material solúvel em água se encontra muito diminuída. - 8 -
Preferivelmente, os poliuretanos que se utilizam de acordo com a invenção têm um conteúdo em diol polimérico (preferivelmente PEG) não superior a 35 %, em peso; devido ao seu equilíbrio hidrofilico/hidrofóbico e também devido ao processo de purificação preferido, os poliuretanos sintetizados não são solúveis em água.
Na concretização preferida da invenção, aplicam-se os poliuretanos como revestimentos de panos não tecidos em poliéster, obtidos de fibras melt-blown (sopradas do fundido) de PET ou de PBT. Os revestimentos podem ser produzidos de acordo com a técnica habitual de revestimentos em solução, tal como se descreve nos testes de molhabilidade que se seguem. A interacção entre o revestimento e o substrato (nomeadamente o PBT) é provavelmente devida apenas a interacções hidrofóbicas e não parece estar envolvida nenhuma ligação entre o revestimento e o substrato em nenhum dos passos do revestimento.
Ilustra-se a invenção melhor através dos exemplos não limitativos que se seguem. Os exemplos 1 e 2 relacionam-se com a preparação de poliuretanos estequiometricamente desequilibrados (identificados como polímeros UB) para utilização no filtro da invenção; os exemplos 3-6 são exemplos de comparação relacionados com poliuretanos estequiométricos (identificados como polímeros ST) .
EXEMPLOS
Exemplo 1
Colocam-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 300 mL de butanona (MEK) anidra, 21,80 g de PEG com uma massa molecular média de 204,4 Da (0,107 mol), 48,06 g de di- isocianato de isoforona (0,216 mol) e 0,079 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente até ao refluxo a mistura reaccional (temperatura interna de cerca de 82°C). Passadas duas horas interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 10,98 g (0,122 mol) de butanodiol em 35 mL de MEK. Iniciou-se mais uma vez o aquecimento até se atingir de novo o refluxo da mistura. Passadas 15 horas, verificou-se no IV a ausência da banda do isocianato para se avaliar se a reacção se havia completado ou não. Deixou-se arrefecer a mistura até à temperatura ambiente e o polímero precipitou quando se verteu a mistura sobre 800 mL de hexano. Secou-se o precipitado obtido e dissolveu-se em acetona para se obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante UB 15) em 2,2 L de água e depois secou-se.
Exemplo 2 10
Coloca-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 300 mL de butanona (MEK) anidra, 23,11 g de PEG com uma massa molecular média de 204,4 Da (0,113 mol), 50,05 g de di-isocianato de isoforona (0,225 mol) e 0,073 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente a mistura reaccional até ao refluxo (a temperatura interna era de cerca de 82°C). Passadas duas horas, interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 11,72 g (0,130 mol) de butanodiol em 40 mL de MEK. Recomeçou então a aquecer-se até que se restabelecesse o refluxo da mistura. Passadas 15 horas, verificou-se a ausência da banda de isocianato no espectro de IV para se avaliar se a reacção se tinha completado. Deixou-se a mistura arrefecer até à temperatura ambiente e precipitou-se o polímero vertendo a mistura reaccional sobre 800 mL de hexano. Secou-se o precipitado resultante e dissolveu-se em acetona para se obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante UB 20) em 2,2 L de água e depois secou-se.
Exemplo 3 - de Comparação mistura
Coloca-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 620 mL de butanona (MEK) anidra, 46,51 g de PEG com uma massa molecular média de 202,2 Da (0,230 mol), 100 g de di-isoacianato de isoforona (0,450 mol) e 0,16 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente a 11 reaccional até ao refluxo (a temperatura interna era de cerca de 82°C). Passadas duas horas, interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 19,83 g (0,220 mol) de butanodiol em 60 mL de MEK. Restabeleceu-se então o aquecimento até se atingir de novo o refluxo da mistura. Passadas 15 horas, verificou-se a ausência da banda de isocianato no espectro de IV para se avaliar se a reacção se tinha completado. Deixou-se a mistura arrefecer até à temperatura ambiente e precipitou-se o polímero vertendo a mistura reaccional sobre 4 L de hexano. Secou-se o precipitado resultante e dissolveu-se em acetona para se obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante ST27) mais uma vez em água (água/solução de polímero = 5:1, em peso) e depois secou-se.
Exemplo 4 - de Comparação
Coloca-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 300 mL de butanona (MEK) anidra, 29,17 g de PEG com uma massa molecular média de 204,4 Da (0,143 mol), 44,88 g de di-isocianato de isoforona (0,202 mol) e 0,079 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente a mistura reaccional até ao refluxo (a temperatura interna era de cerca de 82°C). Passadas duas horas, interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 4,94 g (0,055 mol) de butanodiol em 30 mL de MEK. Restabeleceu-se o aquecimento até se atingir de novo o refluxo da 12 mistura. Passadas 15 horas, verificou-se a ausência da banda de isocianato no espectro de IV para se avaliar se a reacção se tinha completado. Deixou-se a mistura arrefecer até à temperatura ambiente e precipitou-se o polímero vertendo a mistura reaccional sobre 800 mL de hexano. Secou-se o precipitado resultante e dissolveu-se em acetona para se obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante ST37) em 2,2 L de água e depois secou-se.
Exemplo 5 - de Comparação
Coloca-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 300 mL de butanona (MEK) anidra, 34,95 g de PEG com uma massa molecular média de 204,4 Da (0,171 mol), 42,05 g de di-isocianato de isoforona (0,202 mol) e 0,079 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente a mistura reaccional até ao refluxo (a temperatura interna era de cerca de 82°C). Passadas duas horas, interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 1,3 g (0,014 mol) de butanodiol em 30 mL de MEK. Restabeleceu-se o aquecimento até se atingir de novo o refluxo da mistura. Passadas 15 horas, verificou-se a ausência da banda de isocianato no espectro de IV para se avaliar se a reacção se tinha completado. Deixou-se a mistura arrefecer até à temperatura ambiente e precipitou-se o polímero vertendo a mistura reaccional sobre 800 mL de hexano. Secou-se o precipitado resultante e dissolveu-se em acetona para se 13 obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante ST 45) em 2,2 L de água e depois secou-se.
Exemplo 6 - de Comparação
Coloca-se num balão reaccional equipado com um tubo de carga e com um condensador de refluxo, 130 mL de butanona (MEK) anidra, 10,61 g de PEG com uma massa molecular média de 403,4 Da (0,026 mol), 18,00 g de di-isocianato de isoforona (0,081 mol) e 0,043 g de diacetato de dibutilestanho. Aqueceu-se suavemente a mistura reaccional até ao refluxo (a temperatura interna era de cerca de 82°C). Passadas duas horas, interrompeu-se o aquecimento e adicionou-se gota a gota uma solução de 4,93 g (0,055 mol) de butanodiol em 40 mL de MEK. Restabeleceu-se o aquecimento até se atingir de novo o refluxo da mistura. Passadas 15 horas, verificou-se a ausência da banda de isocianato no espectro de IV para se avaliar se a reacção se tinha completado. Deixou-se a mistura arrefecer até à temperatura ambiente e precipitou-se o polímero vertendo a mistura reaccional sobre 800 mL de hexano. Secou-se o precipitado resultante e dissolveu-se em acetona para se obter uma solução a 20 %. Para se obter um polímero mais puro, precipitou-se o polímero (doravante ST30-400) em 2,2 L de água e depois secou-se.
Determinaram-se as massas moleculares de todos os polímeros que se prepararam por análise por GPC. 14
Utilizou-se para a análise um equipamento de HPLC Shimadzu HPLC 10 Avp, equipado com uma coluna PL-Gel 5 pm MIXED-D e com um detector de R.I.. As determinações por GPC foram levadas a cabo a 30°C, utilizando tetrahidrofurano como fase móvel; calibrou-se o sistema contra padrões de poliestireno monodispersado.
Resumem-se os resultados da análise na Tabela 1.
TABELA I
Polímero :-1 1Mn(Da) JLJkJ^LJL mm/m„ ; UB15 2 7 | 3450 | 8412 1 2,4 | UB2 0 27 | 3310 757 0 1 to X >1 1ω ST27 27 | 56199 156529 2,7.........| ST37 1 37 1 14500 h 29783 2, 0 ST45 45 | 14939 1 30580 1,2 ST-30-400 | 32 | 18905 I 41395 2,2 polietilenoglicol (% em peso, na alimentação)
AVALIAÇÃO DOS LIXIVIADOS COM ÁGUA 0 material em PBT revestido que se utiliza no filtro de acordo com a invenção foi também testado com sucesso para a possível remoção de espécies solúveis em água, de acordo com o método descrito no exemplo seguinte para a avaliação dos lixiviados com água, que é um método 15 modificado a partir do método 3.2.6 da Ph. Eur., tal como se indicava na ISO EN 10993/12.
Para avaliação dos lixiviados de água, introduzem-se 40 camadas do tecido com uma área superficial de 50 cm2 (revestido com uma solução a 0,5 % do poliuretano em acetona) num recipiente munido de uma abertura de entrada e uma de saida.
Circularam-se 250 mL de água destilada através de um filtro empregando uma bomba peristáltica com um caudal de 1 L/h durante duas horas a 37°C. Analisou-se a solução obtida como se segue.
Mediu-se a absorvância da solução entre 230 e 360 nm.
Fez-se reagir 20 mL da solução com 20 mL de uma solução 0,01 N de permanganato de potássio na presença de ácido sulfúrico à temperatura de ebulição, durante 3 minutos. Depois de se arrefecer a solução, adicionou-se-lhe um excesso de iodeto de potássio e titulou-se o iodo que se formou com tiossulfato de sódio 0, 01 N. Tratou-se uma solução em branco da mesma forma. Calcula-se a diferença entre os volumes de titulação com permanganato (Δ Ox, mL).
Determinou-se o peso do resíduo sólido seco: evaporaram-se 100 mL da solução e secou-se o resíduo a 100-105°C até peso constante. 16
Para todos os polímeros que se testaram, a absorvância medida era inferior a 0,2 ao longo de toda a gama examinada, Δ Οχ < 1 mL, e o resíduo sólido seco < 3 mg.
TESTES DE MOLHABILIDADE
Utilizaram-se todos os materiais sintetizados para revestir telas baseadas em PBT não tecidas. Mergulharam-se estas telas numa solução de cada polímero em acetona, depois espremeram-se para remover excesso de solução e então secaram-se durante 16 h a 70°C, ao ar.
Avaliou-se a molhabilidade com água para a tela revestida colocando cinco gotas de água sobre a tela e medindo o período de tempo necessário para uma absorção completa das gotas pela tela. Na solução de revestimento para esta medição de molhabilidade, a concentração em polímero era de 2%, em peso.
Listam-se os períodos de absorção na Tabela II.
TABELA II
Polímero PBT IUB 151UB2 0 íiíST2 71ST37 ST451 ST30-I 4 0 0 10
Período de Tempo |>600| 227 | 107 iii>600| 490 | 73 17
TESTES DE FILTRAÇÃO DE SANGUE
Obteve-se sangue inteiro (450-550 mL) de voluntários saudáveis seleccionados ao acaso, em sacos em PVC com 70 mL de capacidade.
Filtrações em pequena escala
Telas em PBT não tecidas, revestidas a 2 % e mão revestidas, foram cortadas obtendo-se círculos com 3 cm de diâmetro por intermédio de um punção, colocando-se as amostras num recipiente munido de uma entrada e de uma saída que permitia a passagem de sangue através das amostras de tela.
Filtraram-se 2 mL de sangue humano inteiro através do dispositivo que continha três camadas da tela não tecida.
Determinou-se o conteúdo em células para cada amostra, utilizando um contador automático de células.
Os resultados listados (Tabela III) são valores médios de pelo menos cinco experiências de filtração. 18
TABELA III l Polímero | Remoção de PLT, % ii Remoção de WBC, % NT 1 48 \ 79 1 UB 15 1 34 1 92 1 íi UB2 0 1 35 \ 92 ST27 | 31 l 81 ST45 j 27 | 90 ST30-400 | 20 | 92 É evidente a partir dos dados listados, que o melhor compromisso entre remoção de plaquetas (PLT) e de leucócitos (WBC) se obtém recorrendo a telas revestidas com os poliuretanos da série UB.
FILTRAÇÃO À ESCALA DE BANCO DE SANGUE
Preparação dos filtros: colocaram-se num recipiente 40 camadas da tela com uma área superficial de 50 cm2 (revestidas com uma solução a 0,5 % do poliuretano em acetona ou não revestidas), munido de uma tubagem de entrada e uma de saída para permitir a filtração de sangue por efeito da gravidade.
Arrefeceram-se todos os sangues inteiros doados a -24°C sob placas de 1,4-butano-diol. Utilizou-se um contador automático de células para se determinarem as concentrações em células, antes da filtração e depois da 19 filtração, para se determinar a % de remoção total de plaquetas (PLT) . Contaram-se as células brancas do sangue (WBC) filtrado numa célula de Nageotte.
Resumem-se os resultados que se obtiveram na
Tabela IV.
TABELA IV li Fabrico! Tela IFiltrante i Período de iFiltração (minutos) % de jRemoção ! de PLT ! WBC ! jResiduais/unidades| x K)6 | 1 1 ! PBT não i 30 99 ! 0, 7 0.1 0, 5 ! tratado i | 2 UB 15 14 | íoo 0, 3 2 ± 0,2 | 3 UB2 0 14 100 0,19±0,1 I 4 j ST45 16 75 j 0,18±0,3 1 \ 5 ST27 20 98 : 0, 52 * 0, 5 |
Confirma-se portanto que a utilização dos poliuretanos da série UB incrementa o desempenho na filtração (remoção de células e período de filtração) por parte das telas revestidas.
Lisboa, 2 de Dezembro de 2011.

Claims (13)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Um filtro para a remoção de substâncias do sangue ou de componentes do sangue, que inclua um filtro polimérico com um revestimento que inclua poliuretano, caracterizado por o poliuretano referido ter uma massa molecular média em número não superior a 10.000 Da, em que o poliuretano referido seja obtido por uma reacção de adição de um di-isocianato, um diol polimerizado e um diol monomérico, e desequilibrando a estequiometria da reacção de adição por adição de um excesso do diol monomérico.
2. Um filtro de acordo com a reivindicação 1, em que o di-isocianato seja um di-isocianato orgânico, preferivelmente di-isocianato de isoforona.
3. Um filtro de acordo com as reivindicações 1 ou 2, no qual o diol polimerizado possua uma massa molecular média em número não superior a 400 Da.
4. Um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, no qual o poliuretano referido tenha um conteúdo em diol polimérico não superior a 35 %, em peso.
5. Um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, no qual o diol polimerizado seja plolietilenoglicol. 2
6. Um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, no qual o diol polimerizado seja butanodiol.
7. Um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, cujo material polimérico filtrante inclua uma tela em poliéster não tecido revestido com o referido revestimento em poliuretano.
8. Um filtro de acordo com a reivindicação 7, em que o referido material em poliéster não tecido inclua fibras de tereftalato de N-polibutileno ou de tereftalato de polietileno obtidas por sopragem do fundido.
9. Um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, no qual o poliuretano referido possua uma massa molecular média em número que seja não superior a 10.000 Da.
10. A utilização de um filtro das reivindicações 1 a 9, para se retirarem leucócitos e plaquetas de sangue inteiro ou de componentes do sangue, em processos de filtração ex vivo.
11. Um dispositivo para a purificação de sangue, que inclua um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9. 3
12. Um dispositivo para a purificação de sangue de acordo com a reivindicação 11, que inclua um dispositivo contendo um saco de sangue para a separação do sangue em componentes de sangue pobres em leucócitos, incluindo um primeiro saco ligado, por uma comunicação permitindo um caudal de fluido, com um segundo saco, através de um filtro de leucócitos de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9.
13. Um método para se produzir um filtro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, que inclua revestir-se um substrato poroso constituído por uma tela não tecida num material em fibra de poliéster, com um revestimento em poliuretano, tal como se descreveu em qualquer uma das reivindicações 1 a 9. Lisboa, 2 de Dezembro de 2011.
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