PT1363543E - Implantes e dispositivo para ligar áreas de tecido - Google Patents

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PT1363543E
PT1363543E PT02700094T PT02700094T PT1363543E PT 1363543 E PT1363543 E PT 1363543E PT 02700094 T PT02700094 T PT 02700094T PT 02700094 T PT02700094 T PT 02700094T PT 1363543 E PT1363543 E PT 1363543E
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PT02700094T
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Marcel Aeschlimann
Laurent Torriani
Antonino Lanci
Joerg Mayer
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Woodwelding Ag
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DESCRIÇÃO "IMPLANTES E DISPOSITIVO PARA LIGAR ÁREAS DE TECIDO" A invenção refere-se a um implante de acordo com o conceito genérico da primeira reivindicação independente da presente patente. 0 implante serve para efectuar ligações que pelo menos em parte proporcionam um encaixe perfeito com áreas de tecido humano ou animal, nomeadamente com partes de esqueleto, realizando-se com o auxilio dos implantes a ligação entre áreas de tecido ou de áreas de tecido com elementos artificiais, que por exemplo apoiam áreas de tecido ou que as substituem, ou ainda com outros dispositivos auxiliares terapêuticos. Além disso a invenção refere-se a um dispositivo de acordo com o conceito genérico da respectiva reivindicação independente da patente. 0 dispositivo e o processo servem para implantar os referidos implantes.
Implantes já conhecidos para efectuar ligações com partes de esqueleto (ossos) são por exemplo parafusos, espigões, agrafes, etc., com os quais se ligam ossos com ossos ou ossos com peças artificiais, que são portantes, estabilizantes, de apoio ou que são ainda partes de esqueleto (placas de estabilização ou de fixação, fios, fios metálicos, elementos de articulação artificiais, dentes artificiais, etc.). Tais elementos de ligação a implantar são por exemplo feitos de metal ou de matéria sintética, mas também de matéria sintética reabsorvivel. Após a cicatrização esses elementos são, caso necessário, novamente retirados por meio de uma intervenção 1 cirúrgica, podendo no entanto permanecer também no corpo, onde em determinados casos são gradualmente decompostos e substituídos por tecido vital.
Para a estabilização de uma fractura óssea, fixa-se na zona da fractura, mediante os já referidos parafusos, por exemplo uma placa de fixação provida de furos adequados. Para tal a placa e os parafusos são feitos por exemplo de metal (por exemplo de aço inoxidável ou de titânio). Os parafusos são autoroscantes e enroscados em orifícios desprovidos de rosca, que são abertos no osso ou então são enroscados em orifícios roscados previamente abertos. Para fins similares cravam-se também espigões e agrafes em orifícios previamente abertos. As ligações assim obtidas proporcionam regra geral uma fixação por aderência e eventualmente também um encaixe perfeito.
Em todos os casos torna-se necessário exercer, ao utilizar os elementos de ligação atrás referidos, forças relativamente grandes (forças de torção e forças de percussão), sendo essas forças novamente exercidas em implantes do género referido que devem voltar a ser retirados, e isto durante a sua remoção. Isto significa em muitos casos que os implantes devem apresentar uma estabilidade mecânica mais elevada, que permita suportar não só a implantação como também, dado o caso, a remoção, do que a que esses implantes têm de suportar no estado implantado. Nomeadamente no caso dos implantes feitos de matérias sintéticas reabsorvíveis, que têm uma resistência mecânica consideravelmente menor do que a de metais, isto faz com que os implantes tenham de apresentar secções transversais relativamente grandes, razão pela qual se torna também necessário abrir orifícios bastante grandes no tecido vital, o que é indesejável. 2 A colocação dos implantes por via mecânica, durante a qual é necessário vencer por exemplo a fricção que produz a liqação por aderência, está também associada ao desenvolvimento de quantidades de calor consideráveis que afectam os tecidos circundantes, nomeadamente quando se trata de abrir roscas, de enroscar parafusos autoroscantes e de cravar implantes sem furação prévia. Para realizar as ligações atrás referidas são também conhecidos no dominio da cirurgia materiais plásticos, que são endureciveis (por exemplo cimentos com partículas dispersas numa base hidráulica ou polimera) , que num estado altamente viscoso são injectados à pressão a partir do exterior entre o implante e o tecido vital ou em lesões do tecido e que solidificam in situ. Deste modo são também realizáveis ligações com encaixe perfeito, mas só se os orifícios para dentro dos quais esses materiais são premidos apresentarem recessos adequados.
Pela publicação com o número US-3919775 ficou além disso a ser conhecido um método que consiste em introduzir no canal radicular de um dente uma bucha de vedação, que é feita de guta-percha, para deste modo vedar esse canal. A bucha é premida para dentro do canal com o auxílio de um instrumento, sendo esse instrumento, caso necessário, aquecido electricamente ou excitado por ultra-sons para adicionalmente amolecer a bucha, de forma que a mesma possa ser premida tanto quanto possível inteiramente para dentro do canal radicular ou para dentro dos canais laterais.
Face ao exposto o objectivo da invenção é o de criar implantes para efectuar ligações com encaixe perfeito com áreas de tecido (nomeadamente com partes ósseas, com partes de 3 cartilagem, com partes de ligamentos, com partes de tendões ou também com outras áreas de tecido), implantes esses gue podem ser implantados de maneira simples, aplicando forças reduzidas e nomeadamente de forma rápida e que permitem fornecer imediatamente ligações de muito boa qualidade (estabilidade primária). Adicionalmente seria desejável que os implantes tivessem menos problemas no que se refere às quantidades de calor produzidas e à concentração de tensões do que é o caso em pelo menos uma parte dos implantes já conhecidos, e ainda que fosse possível reduzir ainda mais o volume do material estranho a implantar. Além disso o objectivo da invenção é o de criar um dispositivo e um processo que permitem implantar implantes.
Estes objectivos atingem-se pela adopção de implantes e do dispositivo definidos nas reivindicações da presente patente. A invenção faz uso do facto já em si conhecido, por exemplo pela publicação com o número WO-98/42988, de que nomeadamente materiais polímeros termoplásticos podem ser liquefeitos de maneira controlada pela aplicação de pulsações mecânicas, podendo neste estado ser injectados à pressão, por acção de uma pressão hidrostática, em cavidades (por exemplo poros de madeira), o que faz com que após a solidificação sejam criadas ligações com encaixe perfeito.
De acordo com a invenção os implantes que servem para efectuar ligações com encaixe perfeito em relação a áreas de tecido são portanto constituídos pelo menos parcialmente por um material que a temperaturas relativamente baixas (<250 °C) pode ser levado por acção de energia mecânica pulsatória (nomeadamente ultra-sons), isto é, por acção de uma fricção interna e/ou externa, a um estado liquefeito tal que sob o 4 efeito de uma pressão exterior pode ser premido para dentro de poros e de outros orifícios de uma área de tecido onde, solidificado de novo, esse material providencia uma ligação com encaixe perfeito.
Para servir de materiais liquidificáveis pela aplicação de energia mecânica para os implantes de acordo com a invenção prestam-se no essencial polímeros que se tornam plásticos a temperaturas relativamente baixas, tratando-se nomeadamente dos termoplásticos já utilizados em medicina, como o polietileno (PE), o polimetilometacrilato (PMME), o policarbonato (PC), poliamidas, poliésteres, poliacrilatos ou os correspondentes copolímeros, que não são reabsorvíveis, ou então os polímeros reabsorvíveis à base de leite e/ou de ácido glicólico (PLA, PLLA, PGA, PLGA, etc.), bem como poli-hidroxalcanoatos (PHA), policaprolactonas (PCL), polisacarídeos, polidioxanas (PD), polianidridos ou os correspondentes copolímeros. Igualmente apropriados são os já em si bem conhecidos cimentos hidráulicos ou polímeros, que têm propriedades tixotrópicas, como por exemplo cimentos de fosfato de cálcio, de sulfato de cálcio ou de metacrilato, que podem também conter materiais preparados de maneira tixotrópica, tecidos pertencentes ao próprio corpo ou transplantados. Graças às suas propriedades tixotrópicas, tais cimentos podem ser levados pela aplicação de energia mecânica, nomeadamente de ultra-sons, de um estado altamente viscoso a um estado líquido sem aumento da temperatura.
Para a implantação um implante de acordo com a invenção é levado ao contacto com a área de tecido (na superfície ou numa cavidade eventualmente aberta especificamente para o implante) e seguidamente sujeito à acção por exemplo da energia de ultra-sons, sendo simultaneamente premido de encontro à área de 5 tecido. Através de uma moldagem adequada do implante e através de um correspondente doseamento da energia pode-se conseguir que do material liquidificável só seja efectivamente liquefeito no grau minimo necessário no local da aplicação. Quando tiver sido liquefeito e injectado à pressão material em quantidade suficiente, interrompe-se a adução de energia, de modo que o material liquefeito solidifica com a forma que tem, sendo de um modo preferido mantida de pé a pressão que é exercida sobre o implante.
Para efeitos de implantação os materiais referidos não são portanto liquefeitos por acção de calor externo mas sim por intermédio de energia mecânica (energia pulsatória, energia vibratória) devida a atrito interno e/ou externo. Durante essa operação as solicitações térmicas sobre os tecidos circundantes mantêm-se reduzidas. A energia mecânica faz com que se consiga um elevado efeito de cisalhamento entre as diversas fases de material. Isto contribui para que os materiais a liquefazer sejam liquefeitos uniformemente sem afectar grandemente os tecidos vizinhos e atinjam uma baixa viscosidade. 0 material assim liquefeito é então premido mediante pressão hidrostática para dentro dos poros e das cavidades dos tecidos circundantes. Deste modo torna-se possivel impregnar os tecidos circundantes, reforçando-os pelo aproveitamento deste efeito hidrostático.
Caso necessário será vantajoso adicionar ao material liquidificável substâncias suplementares que proporcionam outras funções, tratando-se por exemplo de substâncias que reforçam mecanicamente o material, que fazem com que numa segunda reacção o material aumente de volume e se formem poros no mesmo, bem como substâncias que são libertadas para a envolvente vital para assim fomentar uma cura ou uma regeneração ou ainda substâncias 6 que devem assumir outras funções. Para servirem de substâncias que fomentam a cura ou a regeneração é possível adicional ao material por exemplo factores de crescimento, antibióticos ou anti-inflamatórios, de tal maneira que estas substâncias podem ser levadas com o fluxo de material até um ponto pretendido ou então ser distribuídas numa zona do tecido ou, no caso de se tratar de um material reabsorvivel, ser libertadas com retardamento.
Com os implantes de ligação de acordo com a invenção torna-se possivel obter ligações mais pontuais ou então ligações em grande superfície. Em virtude disso é possivel influenciar e guiar de maneira controlada a distribuição de cargas. Assim, por exemplo, é possivel fixar em grande superfície, mediante os implantes de acordo com a invenção, placas de fixação ou de estabilização numa superfície óssea (vejam-se por exemplo as figuras 15 ou 16) ou então de forma mais localizada e com efeito em profundidade (vejam-se as figuras 2 a 4). Ligações à superfície obtêm-se por exemplo colocando placas ou outros dispositivos de apoio ou de fixação que integram zonas liquidificáveis ou que comportam camadas de liquefacção inteiras nos locais a ligar, sendo seguidamente esses locais excitados pelo menos localmente para serem liquefeitos pela aplicação de energia mecânica (por exemplo de vibrações por acção de ultra-sons) . De maneira vantajosa as zonas liquidificáveis estão para esse efeito equipadas de guias de direccionamento da energia ou estão em contacto com tais guias. Estas guias de direccionamento da energia apoiam uma liquefacção local. No que se refere às guias de direccionamento da energia pode tratar-se de elementos que sobressaem, que têm por exemplo a forma de pirâmides, de cones, de semiesferas ou de nervuras, e que provocam uma concentração da energia mecânica aplicada. 7
Obtêm-se ancoragens com efeito em profundidade fazendo com que os implantes, que têm por exemplo a forma de um espigão ou de uma bucha e que apresentam ao longo do seu comprimento uma secção transversal (ou uma geometria da secção transversal) uniforme ou variável e que são constituídos parcialmente ou inteiramente por um material liquidificável, sejam aplicados na superfície do tecido ou introduzidos nesses tecidos e seguidamente excitados. De uma maneira vantajosa estes implantes estão configurados de tal maneira que a liquefacção começa em pontos predefinidos (bico, zonas especificas da haste). Também neste caso é possível conseguir uma liquefacção controlada mediante guias de direccionamento da energia (elementos que sobressaem e que têm uma forma definida) . Pela introdução do implante abaixo da superfície consegue-se obter uma ancoragem com efeito em profundidade. As condições hidrostáticas podem ser escolhidas de tal maneira que o material liquefeito é premido sob grande pressão para dentro das áreas de tecido contíguas. 0 dispositivo utilizado para a implantação dos implantes de acordo com a invenção, isto é, para a liquefacção do material liquidificável de um implante que se encontra em contacto com a área de tecido e para a sua injecção à pressão no tecido pode servir adicionalmente para um controlo activo da distribuição de temperaturas no tecido circundante e no material, de modo que se conseguem impedir quantidades de calor e temperaturas incomportáveis, bem como impedir de maneira eficaz que em virtude disso sejam afectados tecidos vitais. 0 processo de implantação é eventualmente guiado por um controlo activo da energia introduzida e dissipada (distribuição e gestão do calor) por meio de um comando do dispositivo e eventualmente por sensores e elementos térmicos resistivos dispostos de uma maneira apropriada. Isto significa que se influencia o processo através do doseamento da energia introduzida e da dissipação do excesso de energia. A energia aplicada para obter a liquefacção do material é de um modo preferido gerada por meio de uma excitação piezoeléctrica ou magneto-resistiva. Uma unidade vibratória (por exemplo um elemento piezoeléctrico mais um sonotrodo), que, comandada por um gerador, é excitada de modo a vibrar, transmite ondas na gama de frequências de cerca de 2 a 200 kHz, tratando-se de preferência de ultra-sons (por exemplo de 20 ou de 40 kHz) , ao implante que tem uma ligação funcional com aquela unidade (premindo o implante de encontro àquela unidade). Este implante está acoplado ao osso a ligar ou então ao tecido de tal maneira que a energia acústica resulta numa absorção de energia interior ou superficial por parte do material liquidificável, o que faz com que o mesmo seja liquefeito pelo menos localmente. O processo de liquefacção consegue-se por acção de um elevado efeito de cisalhamento. Um segundo componente de densidade distinta, que está incorporado localmente no material a liquefazer (por exemplo sob a forma de pequenas esferas), permite influenciar a fricção interna e em virtude disso a liquefacção interna, tal como é por exemplo o caso quando forem utilizados cimentos tixotrópicos contendo partículas para servirem de implante ou de parte de um implante.
As ligações criadas pelo processo a efectuar com o auxílio dos implantes e do dispositivo de acordo com a invenção baseiam-se sobretudo num efeito de encaixe perfeito, podendo os elementos que de ambos os lados formam o encaixe perfeito ser muito pequenos (irregularidades da superfície ou rugosidades da superfície, poros do tecido) ou também maiores (cavidades de 9 maiores dimensões no tecido ou entre áreas de tecido ou então orifícios ou cavidades abertos por via mecânica no tecido). Os implantes de ligação são excitados mecanicamente mediante ultra-sons de tal maneira que são liquefeitos nomeadamente na zona de contacto com a área de tecido ou no interior da mesma. A liquefacção realiza-se regra geral à superfície da área de tecido ou numa correspondente reentrância (cavidade), que foi por exemplo originada pela penetração do implante de ligação através da superfície para o interior do tecido ou que foi efectuada anteriormente mediante outros meios mecânicos. 0 efeito que se observa ao introduzir em profundidade o material liquidificável pode de uma maneira muito simplificada e esquemática ser descrito da seguinte maneira: à semelhança de um êmbolo de um cilindro hidráulico o material ainda não liquefeito do implante de ligação está situado numa cavidade e preenche-a de modo a no essencial vedar essa cavidade. Dado que o material liquefeito não se pode em virtude disso escapar da cavidade, forma-se, devido à carga exercida pelo lado de fora (pressão exercida sobre o implante), uma pressão hidrostática. Esta pressão e as vibrações ultra-sónicas fazem com que o material liquefeito seja premido para dentro de espaços ocos já existentes e/ou acabados de ser formados no material circundante a ligar (tecido vital). A profundidade de penetração do material depende entre outras coisas da natureza desta envolvente, dos parâmetros operacionais ajustados e da natureza do material liquidificável (nomeadamente da sua viscosidade). O volume liquidificável ou liquefeito de implante de ligação faz com que se possa definir a quantidade de material premido para dentro do tecido. Caso se torne necessário dispor de muito material ou caso a quantidade e o número das cavidades existentes no tecido forem desconhecidos, é possível utilizar implantes ou 10 componentes de implantes que podem ser abastecidos posteriormente com material, e isto a qualquer altura.
Evitam-se picos de tensão criados pelo material deslocado e comprimido que poderiam por exemplo conduzir ao rebentamento do tecido, e isto devido a uma aplicação controlada de ultra-sons e de pressão mecânica ou hidrostática harmonizadas entre si, bem como mediante uma configuração adequada dos implantes e dos materiais liquidificáveis neles aplicados. Espaços ocos e fissuras são preenchidos pelo material liquefeito, e isto, quando se trata de tecido suficientemente poroso, sem efectuar furações prévias. Por meio de uma compressão controlada e por zonas do material nas áreas adjacentes de tecido consegue-se que os implantes de ligação proporcionem uma forte retenção mesmo em tecidos muito porosos (por exemplo tecidos ósseos atacados por osteoporose). Em virtude disso conseguem-se obter elevadas forças de extracção mecânica ou capacidades de carga que, sendo utilizado um material pelo menos em parte reabsorvivel, se reduzem de maneira controlada após a fase inicial de um processo de cicatrização ou então essas forças são assumidas pelos tecidos que vão crescendo (estabilização secundária). A invenção presta-se por exemplo para fixar uma prótese dentária num maxilar. Para tal a prótese dentária apresenta de um modo preferido uma estrutura de base de tipo normalizado que tem a configuração de um implante de acordo com a invenção e que pode ser ligada a diversos tipos de dente. A estrutura de base é portanto constituída inteiramente ou em parte por material que pode ser liquefeito pela aplicação de energia mecânica, material esse que, após colocação numa cavidade já existente no maxilar, é liquefeito pela aplicação de energia mecânica, sendo premido para dentro dos poros do tecido ósseo. Durante essa operação o 11 implante adapta-se à cavidade e aos poros do tecido, entrando nos mesmos. Em virtude disso obtém-se uma base bem ancorada e imediatamente estável (estabilização primária) para a fixação da parte de cima do dente, e isto não só dentro da cavidade radicular do dente no maxilar mas também nos tecidos ósseos vizinhos, base essa que mais tarde é eventualmente substituída pelo menos em parte por tecido ósseo regenerado (estabilização secundária).
Um outro campo de aplicação da invenção aqui revelada refere-se à área da medicina dos implantes e mais especificamente por exemplo a elementos de articulação artificiais. Tanto um acetábulo articular como também uma cabeça articular ou então a sua haste podem ser ligados por meio dos implantes de acordo com a invenção com o tecido ósseo vital ou então serem ancorados nesse tecido. Adicionalmente e para obter uma introdução suave da carga durante a implantação os materiais utilizados são escolhidos de maneira a evitar na medida do possivel saltos de rigidez, dando todas estas caracteristicas um contributo positivo para a vida útil do implante. 0 dispositivo utilizado para a implantação dos implantes de acordo com a invenção pode de uma maneira simplificada ser descrito da seguinte maneira: um gerador serve para gerar pulsações eléctricas, que através de um elemento de transmissão, por exemplo um cabo, são transferidas para uma unidade pulsatória. A unidade pulsatória apresenta de maneira típica um elemento pulsatório (unidade de accionamento) e um ressoador, tendo estes componentes uma ligação funcional um com o outro. A unidade de accionamento (por exemplo um elemento piezoeléctrico) excita a produção de pulsações por parte do ressoador. Um dispositivo deste género ficou a ser conhecido pelo documento da 12 GB-A-2277448, em cujo conceito genérico se baseia a reivindicação 17. As pulsações do ressoador são transferidas para o implante directamente ou por meio de um elemento de transmissão. Este passa então pelo menos localmente ao estado liquido devido a processos de liquefacção internos ou em consequência de um contacto com uma envolvente não pulsatória (um tecido ou uma outra parte do implante). Durante essa operação o implante pode ser mantido em posição por meio de uma fixação adequada, sendo guiado por meio de uma guia. Nomeadamente quando se trata de cirurgia minimamente invasiva é conveniente fixar o implante directamente na unidade pulsatória. Especialmente vantajosos são dispositivos de fixação e/ou de guiamento que servem não só para uma retenção ou uma fixação temporária do implante mas também para obter uma gestão da temperatura (nomeadamente da dissipação de calor).
Devido a maneira com que o material do implante é liquefeito de um modo controlado e localizado, não são produzidas quantidades de calor significativas. Adicionalmente a temperatura dos tecidos vizinhos do implante pode ser controlada de maneira activa por meio de uma gestão da temperatura, por exemplo mediante elementos térmicos resistivos, que têm um efeito controlado de dissipação de calor, ou mediante liquidos de arrefecimento (por exemplo uma solução esterilizada de Ringer), que tem o efeito de controlar a temperatura. 0 processo de implantação de um implante de acordo com a invenção, por exemplo num esqueleto humano ou animal, efectua-se da seguinte maneira: o implante é levado ao contacto com a parte em questão do esqueleto, sendo seguidamente geradas pulsações mecânicas que são transferidas para o material do implante o qual pode ser liquefeito por acção da energia mecânica, e isto 13 enquanto o implante é premido de encontro à parte em questão do esqueleto. É aduzida energia mecânica durante o tempo necessário para que o material liquidificável tenha atingido um estado suficientemente líquido e penetre junto da zona de contacto no tecido ósseo ou pelo menos nas irregularidades à superfície da parte em questão do esqueleto. Seguidamente interrompem-se as pulsações mecânicas, o que faz com que o material liquefeito solidifique (de maneira vantajosa mantém-se de pé a pressão hidrostática) e o implante fique ancorado com encaixe perfeito na parte em questão do esqueleto.
Implantes de ligação de acordo com a invenção têm por exemplo a forma de espigões, de buchas ou de placas/folhas. Servem para estabelecer uma ligação entre tecidos ou entre tecidos e elementos artificiais.
De maneira vantajosa utiliza-se para uma implantação do género acima descrito um kit ou um conjunto que abrange pelo menos um tipo de implante de acordo com a invenção, de maneira vantajosa no entanto um sortido de implantes de diferentes dimensões, apropriados para um determinado campo de aplicação, bem como um dispositivo destinado a realizar a implantação. De maneira vantajosa o kit abrange também meios destinados a providenciar uma utilização asséptica do dispositivo (invólucros esterilizados para o dispositivo) e eventualmente partes de substituição de componentes (nomeadamente o ressoador, partes distais do ressoador e a parte de transmissão) que podem ser esterilizados. Estas peças de ressoador podem também ser adaptadas, se tiverem diversas formas, a diferentes tipos de implante e/ou de aplicação. Além disso o kit vem de maneira vantajosa acompanhado de instruções de implantação, de indicações sobre os parâmetros de implantação para tipos 14 específicos de implante e de outros meios auxiliares para a preparação do tecido (por exemplo brocas próprias para determinados implantes), de instrumentos de posicionamento, de instrumentos de controlo ou de guias de implante adaptadas a implantes específicos e/ou aos ressoadores.
De um modo preferido o kit ou o conjunto é mantido sempre pronto a ser utilizado por intermédio de fornecimentos posteriores de implantes. O sortido rege-se pelas necessidades e pode variar com o tempo. Os fornecimentos posteriores (kit de substituição ou kit complementar) abrangem por um lado a substituição de implantes usados, bem como novos tipos de implante, que vêm de novo acompanhados por exemplo dos respectivos meios para a preparação dos tecidos, de instrumentos de posicionamento, de instrumentos de controlo, de ressoadores adaptados ou de partes de ressoador, de guias de implante e nomeadamente das correspondentes instruções para proceder à implantação. A invenção é explicada mais em pormenor mediante as figuras que se seguem. Mostra-se na:
Figura 1 a título de exemplo uma forma de realização do dispositivo destinado à implantação de implantes de acordo com a invenção, bem como a utilização desse dispositivo;
Figura 2 uma placa de posicionamento fixada num osso por meio dos implantes de acordo com a invenção;
Figuras 3 e 4 exemplos de implantes de acordo com a invenção, que podem por exemplo ser utilizados na aplicação 15 segundo a figura 2, bem como ligações assim realizadas entre ossos e placa;
Figuras 5a a 5e exemplos de secções transversais de implantes de acordo com a invenção, em forma de espigão, que apresentam guias de direccionamento da energia;
Figuras 6 a 8 cortes longitudinais de dois exemplos de implantes de acordo com a invenção, em forma de espigão, com partes de implante feitas de um material não liquidificável;
Figuras 9 a 13 exemplos de formas de realização de meios de fixação que interactuam uns com os outros e que estão dispostos em implantes em forma de espigão ou de bucha e em ressoadores;
Figura 14 aplicações de implantes de acordo com a invenção na área de ossos humanos do crânio e do maxilar;
Figuras 15 a 17 exemplos de implantes de acordo com a invenção, próprios para serem aplicados na área do crânio, e exemplos de ligações entre duas partes de osso do crânio efectuadas com esses implantes;
Figura 18 um exemplo de um sistema de ressoador destinado às aplicações das figuras 16 e 17;
Figura 19 mais outra aplicação dos implantes de acordo com a invenção na zona da coluna vertebral humana; 16
Figura 20 mais outra aplicação dos implantes de acordo com a invenção para a fixação de uma prótese dentária; Figuras 21 e 22 cortes de dois exemplos de implantes de acordo com a invenção destinados à aplicação ilustrada na figura 20; Figura 23 um dispositivo de posicionamento que se encontra fixado num osso do antebraço por meio dos implantes de acordo com a invenção; Figura 24 um exemplo de um implante de ligação apropriado para a aplicação segundo a figura 23; Figura 25 um corte do dispositivo de posicionamento de acordo com a figura 23, fixado no osso por meio de implantes de acordo com a figura 24; Figura 26 mais outro exemplo de um implante de ligação apropriado para a aplicação de acordo com a figura 23; Figura 27 uma placa de trocânter fixada com o auxilio de um implante de acordo com a invenção, para a fixação de um colo de fémur fracturado; Figura 28 uma haste para uma cabeça artificial de articulação fixada num osso comprido por meio do implante de acordo com a invenção; 17
Figura 29 um ligamento de articulação fixado num osso por meio de implantes de acordo com a invenção;
Figura 30 um corte de uma cavidade num tecido, por exemplo criada por um tumor, que se pretende preencher ou que está preenchida com um implante. A figura 1 mostra esquematicamente e de uma maneira muito simplificada um exemplo de uma forma de realização de um dispositivo 1 de implantação que pode ser utilizado para implantar implantes de acordo com a invenção. O dispositivo 1 comporta um gerador 2 e uma unidade pulsatória 3 que estão ligados entre si por um cabo 4. A unidade pulsatória 3 alojada em parte num corpo 5 tem a configuração de um aparelho manejado à mão que, no que se refere ao seu manuseamento, é utilizado de uma maneira semelhante à de um berbequim manual. A unidade pulsatória 3 apresenta um elemento de pulsação (não representado mais em pormenor) integrado no corpo 5, elemento esse que tem uma ligação funcional com um ressoador 6 (sonotrodo). Pelo menos uma parte distai do ressoador projecta-se para fora do corpo 5. O gerador 2 abastece o elemento de pulsação com energia. Excitado pelo elemento de pulsação o ressoador vibra a uma frequência predefinida ou, dado o caso, com um padrão de frequências predefinido. Especialmente apropriadas são frequências de 2 a 200 kHz e amplitudes de ressonância de 1 a 100 μπι na direcção indicada pela seta dupla (direcção z) . As frequências podem ser ajustadas em função do campo de aplicação, dos materiais a liquefazer e da forma do ressoador, bem como do implante. Também é pensável sobrepor às pulsações na gama dos ultra-sons adicionalmente vibrações mecânicas, que terão por exemplo uma frequência baixa e uma 18 grande amplitude. Em muitos casos será no entanto suficiente que o dispositivo esteja concebido para uma única frequência de pulsação, por exemplo para 20 ou 40 kHz, e por exemplo para uma amplitude de ressonância de cerca de 20 a 30 μιη na direcção z (direcção na qual um implante 7 é premido por acção do ressoador 6 de encontro a uma área de tecido) . Para ajustar a potência (energia aduzida por unidade de tempo) a excitação pode ser pulsada, para o que poderão ser ajustados o afastamento entre pulsos e eventualmente a duração dos pulsos.
De uma maneira vantajosa e de um modo já em si bem conhecido a frequência de pulsação e a forma do ressoador estão harmonizadas de tal maneira entre si que o ressoador oscila com uma onda estacionária e a sua extremidade distai, com a qual é premido sobre o implante, apresenta uma amplitude máxima na direcção z. Além disso será vantajoso conferir aos implantes em forma de espigão um comprimento que está sintonizado para uma frequência de excitação preestabelecida e para um material de implante predefinido. A extremidade distai do ressoador 6 pode, como se encontra representado na figura 1, estar configurada para segurar um implante 7, o que facilita o posicionamento do implante numa área de tecido ou num orifício de uma área de tecido, tratando- se no presente caso de um osso 10 da perna. Para um posicionamento e uma implantação sem que exista um orifício, está prevista uma guia de implante que se apoia no corpo 5. É no entanto muito bem possível, numa forma de realização que não faz parte da presente invenção, configurar o ressoador 6 à maneira de um martelo com uma superfície frontal plana e premir muito simplesmente essa superfície contra um implante fixado num orifício do tecido ou por uma guia ou uma fixação separada que 19 seja apropriada para o efeito. Num ressoador deste tipo terão de tomar-se as medidas necessárias para que a sua superfície frontal distai não fique colada ao implante durante a operação de implantação. Isto consegue-se por exemplo aplicando na superfície frontal do ressoador um material adequado, não aderente, ou pela utilização de uma parte de implante vizinha do ressoador, que é constituída por um material não liquidificável.
Para que o dispositivo possa ser utilizado numa sala de operações esterilizada, esse dispositivo é por exemplo metido num invólucro esterilizado. De uma maneira vantajosa o invólucro esterilizado apresenta para a parte distai do ressoador uma abertura, podendo o ressoador ou a parte distai desse ressoador ser removido, substituído ou esterilizado.
Outros exemplos de realização do dispositivo 1 de implantação de acordo com a invenção têm por exemplo a configuração de aparelhos manejados à mão que integram todos os componentes (incluindo a alimentação eléctrica, por exemplo sob a forma de um acumulador) ou também a configuração de aparelhos estacionários. A figura 2 mostra uma placa 21 de posicionamento ou de estabilização fixada numa parte de um osso 20 na zona de uma fractura ou de uma fissura desse osso por meio de implantes 7 de acordo com a invenção, placa essa com o auxilio da qual se estabiliza a fissura ou a fractura. A parte de osso 20 apresenta neste caso uma camada cortical exterior 22 que não é muito espessa mas bastante compacta e por baixo dessa camada um tecido 23 do tipo spongiosa, que é poroso. Diferindo do que se encontra representado na figura 2, a transição do córtice para a parte de spongiosa é no tecido natural uma transição gradual na qual o 20 tecido se torna cada vez mais poroso. Os implantes 7 atravessam a placa 21, que para esse fim apresenta orifícios, bem como o córtice 22 e a parte 23 de spongiosa, e estão ancorados pelo menos na parte 23 de spongiosa.
As figuras 3 e 4 mostram em corte e numa escala ampliada dois exemplos de implantes 7 de acordo com a invenção que podem ser utilizados por exemplo para a aplicação representada na figura 2. A figura 3 mostra um implante após a sua implantação e a figura 4 um outro implante que, para sobre ele poder ser exercida uma energia pulsatória, está posicionado num orifício 24 aberto na placa 21 e no córtice 22.
Para efectuar a implantação deverá entrar-se pelo menos na camada cortical 22, por exemplo mediante a abertura de um furo. Esse furo pode, caso necessário, prolongar-se para dentro do tecido 23 do tipo spongiosa sob a forma de um furo cego. Dado que o córtice não apresenta poros apropriados para injectar à pressão material liquefeito, é possível criar nessa camada, por exemplo pela abertura de uma rosca 25 ou então tornando ásperas as paredes interiores dos furos, orifícios ou rugosidades de superfície nos quais se injecta à pressão o material liquefeito, que solidifica formando uma ligação com encaixe perfeito. No tecido 23 do tipo spongiosa o material liquefeito do implante é premido para dentro dos poros, sendo o implante 7 deste modo ancorado em profundidade. Verificou-se que a injecção hidrostática à pressão do material liquefeito nos poros do tecido poupa muito mais os tecidos do que a inserção mecânica de um material sólido. Por esse motivo torna-se também possível estabelecer ligações estáveis com tecidos que não têm uma resistência mecânica elevada, como por exemplo tecidos ósseos atacados de osteoporose. 21
Para ligar o implante 7 com a placa 21 pode estar prevista uma cabeça, tal como nos parafusos mecânicos e da maneira que se mostra na figura 2. Por outro lado e conforme a figura 3 pode também estar prevista na placa 21, que é por exemplo feita de metal, uma rosca do género que se pode abrir também no córtice 22, rosca na qual o material liquefeito penetra, solidificando então para formar uma ligação com encaixe perfeito. Neste caso pode prescindir-se de uma cabeça. 0 implante 7 é alinhado à face da placa 21, o que se consegue cravando um implante adequadamente dimensionado até à posição pretendida e não pelo corte da parte que sobressai, o que é indesejável.
Para uma placa 21 feita de uma matéria sintética termoplástica, como se encontra representado na figura 4, a ligação entre a placa e o implante (protecção contra afrouxamento) pode ser efectuada por meio de uma ligação corpórea (soldadura ou colagem em simultâneo com a ancoragem no tecido). Esta ligação corpórea começa a formar-se ao cravar o implante no ponto de ligação 26. Também neste caso o implante 7 é de maneira vantajosa cravado ao ponto de no fim ficar alinhado com o lado de fora da placa 21.
Dado que não se torna necessário enroscar os implantes 7 no tecido, não se torna também necessário configurá-los, como acontece nos parafusos enroscados mecanicamente, com meios que estão concebidos para suportar a introdução de uma força de torção bastante elevada. 0 dimensionamento dos implantes pode efectuar-se unicamente com vista à sua função no estado implantado, isto é, os implantes podem ser mais delgados e os orifícios a abrir no tecido podem ser menores do que seria o caso quando se tratasse de parafusos convencionais feitos do 22 mesmo material. Dado que as ligações com encaixe perfeito são obtidas mediante uma liquefacção e uma solidificação subsequente do material, essas ligações estão sujeitas a menos tensões e a menores efeitos de cisalhamento, o que faz aumentar ainda mais a sua resistência e o que as torna menos propicias a efeitos de fadiga de material.
Implantes de acordo com a invenção que, tal como se indica nas figuras 2 a 4, devem ser ancorados em profundidade numa área de tecido, têm de uma maneira vantajosa a forma de um espigão ou de uma bucha e estão dotados do material liquidificável, por exemplo na sua extremidade distai, bem como em outras zonas da sua superfície junto das quais é desejável obter uma ancoragem (por exemplo na rosca, na placa 21 ou no córtice 22) . Para tal esses implantes podem, como se encontra representado nas figuras 2 a 4, ser inteiramente constituídos pelo material liquidificável, estando a extremidade distai e as zonas da superfície em que o material deverá ser particularmente liquefeito equipadas de maneira vantajosa de guias de direccionamento da energia, ou estando tais guias de direccionamento da energia previstas nas superfícies que entram em contacto com essas zonas. Estas guias de direccionamento da energia são por exemplo extremidades distais de implantes que têm a configuração de uma ponta ou que se adelgaçam de qualquer outra maneira para formar uma ou várias zonas de bico, com uma forma no essencial puntiforme ou filiforme. Outras zonas da superfície a liquefazer apresentam por exemplo protuberâncias, bicos ou nervuras, cujas alturas e larguras devem ser adaptadas à ancoragem a obter. As guias de direccionamento da energia sobressaem pelo menos 10 μιη em relação à superfície, podem no entanto ser também consideravelmente maiores e conduzir sob a forma de nervuras que se estendem na direcção axial, por exemplo 23 a secções transversais de espigão providas de protuberâncias ou de arestas, como se encontra por exemplo representado nas figuras 5a a 5e. Implantes em forma de espigão apresentam secções transversais deste género ao longo de todo o seu comprimento ou então só ao longo de uma parte do seu comprimento.
Nos implantes em forma de espigão que em complemento de uma ancoragem na zona da sua extremidade distai são ancorados unicamente ao longo da sua superfície lateral devem ser previstos orifícios (por exemplo furações) no tecido, que ao introduzir o implante permitem obter pelo menos em alguns pontos um ajuste por aderência entre o tecido e o implante ou as guias de direccionamento da energia, que são portanto um pouco mais estreitas do que a secção transversal dos implantes.
Para obter outras funções o material liquidificável pode conter fases estranhas ou outras substâncias. 0 material liquidificável pode ser reforçado mecanicamente, nomeadamente pela adição de fibras ou de whiskers (por exemplo whiskers cerâmicos ou vítreos à base de fosfato de cálcio), podendo o material liquidificável apresentar ainda componentes que aumentam de volume in situ ou que são solúveis, pelo que formam poros (por exemplo poliéster, polisacarídios, hidrogéis, fosfato de sódio) ou então podem juntar-se-lhes substâncias que são libertadas in situ, tais como factores de crescimento, antibióticos, anti-inflamatórios ou substâncias tampão (por exemplo fosfato de sódio), que se opõem aos efeitos inconvenientes da decomposição num meio ácido. Também se podem imaginar aditivos para tornar o material visível em radiografias ou ainda funções similares. 24
Verificou-se que para uma ancoragem no tecido do tipo spongiosa de implantes de acordo com as figuras 2 a 4, que são constituídos por polímeros, como por exemplo o PC ou o PLLA ,e têm um diâmetro de 3 a 4 mm, sejam de uma maneira vantajosa utilizados para a operação de cravar forças situada na gama de 0,5 a 5 N por cada mm2 de secção transversal de implante. Forças da ordem de grandeza atrás referida permitem cravar os implantes no tecido com uma velocidade que é superior a 5 mm/s.
As figuras 6 a 8 mostram mais outros três exemplos de implantes 7 em forma de espigão. Esses implantes apresentam em complemento das zonas feitas de material liquidificável um núcleo 11 (figuras 6 e 7) ou um casquilho 13 (figura 8) de um material não liquidificável, como por exemplo um metal, uma cerâmica, um vidro ou um material compósito.
Os implantes de acordo com as figuras 6 e 7 apresentam na sua extremidade distai uma capa 12 feita de um material liquidif icável, capa essa que termina mais ou menos em bico (figura 6) ou que apresenta várias zonas terminais (figura 7) que convergem em bico ou em forma de linha. A superfície lateral do núcleo 11 está completamente envolvida com material liquidificável (figura 6) ou então só em algumas partes, estendendo-se estas partes na direcção axial, podendo ter uma forma anular (figura 7), ou então encontram-se distribuídas uniformemente ou não uniformemente pela superfície lateral do implante. Também nestas zonas da superfície lateral deverão de maneira vantajosa ser previstas guias de direccionamento da energia do género já atrás descrito em relação a implantes feitos inteiramente de um material liquidificável. Conforme a profundidade de ancoragem pretendida na zona da parede lateral o 25 material liquidificável é mais espesso ou mais fino, não devendo no entanto ser mais fino do que cerca de 10 μιη.
Para servirem de guias de direccionamento da energia prestam-se também reduções escalonadas da secção transversal, tal como se encontra representado na figura 6. Implantes com um escalonamento deste género são de maneira vantajosa implantados em aberturas do tecido correspondentemente escalonadas ou que se vão estreitando. A actuação sobre um implante em forma de espigão ou de bucha com um núcleo 11 não liquidif icável pode estender-se a toda a extremidade proximal do implante ou então só à zona exterior de forma anular, que é constituída por material liquidificável.
No implante de acordo com a figura 8 o material liquidificável está alojado no interior do casquilho 13 não liquidificável. O casquilho 13 está provido de orifícios que estão posicionados nos pontos em que se pretende obter uma ancoragem. Uma forma de realização desse género do implante de acordo com a invenção presta-se nomeadamente à aplicação de materiais altamente viscosos e tixotrópicos que servem de material liquidificável, uma vez que um material deste género não está em condições de resistir à solicitação mecânica do ressoador, que faz pressão sobre o implante. Os orifícios no casquilho devem ser dimensionados de tal maneira que o material altamente viscoso não consegue sair normalmente mas pode muito bem sair na sua forma liquefeita. Prestam-se ao efeito nomeadamente casquilhos 13 feitos de materiais sinterizados, que são porosos. Um implante com casquilho 13 deve ser posicionado num orifício do tecido, sendo o ressoador assente unicamente no material liquidificável, pelo que a secção transversal desse 26 ressoador deve ser adaptada à secção transversal da parte de dentro do casquilho.
Na extremidade proximal de implantes em forma de espigão ou de bucha pode por exemplo estar prevista uma dilatação em forma de cabeça, podendo também estar fixada uma peça artificial ou um outro dispositivo auxiliar terapêutico que substitui ou que fixa uma parte do tecido ou pode ainda estar previsto um meio de fixação para um fio de sutura ou para um fio metálico de cerclagem. Na extremidade proximal de um implante em forma de espigão ou de bucha pode também estar previsto um meio de fixação que pode cooperar com um correspondente meio de fixação solidário do ressoador (vejam-se as figuras 9 a 11).
Um núcleo 11, que será por exemplo metálico e que está previsto num implante em forma de espigão ou de bucha destinado a ser implantado por ultra-sons, serve habitualmente de reforço mecânico para o implante, estando dimensionado em conformidade. 0 núcleo pode no entanto ser consideravelmente mais fino e pode ser facilmente retirado do implante. Neste caso esse núcleo serve por exemplo para tornar o implante visivel na radiografia, por exemplo quando se trata de um implante minimamente invasivo, ou para servir de fio metálico de guia, sendo retirado de novo directamente após ter sido implantado.
Um implante com um núcleo que será por exemplo metálico e que de acordo com a invenção é ancorado no tecido por meio de um material liquidificável e reabsorvivel confere a este material uma estabilidade primária imediata. Devido à degradação do material de ancoragem essa ancoragem solta-se, sendo dinamizada uma estabilização criada pelo implante, de modo que sucessivamente deverão ser suportados pelo tecido mais e mais 27 esforços, o que fomenta um processo natural de regeneração e evita em muitos casos processos de degradação. Após a degradação do material liquidificável o núcleo pode ser retirado de maneira muito fácil sempre que a sua superfície estiver configurada de tal maneira que o tecido vital não se liga a essa superfície. Nos casos em que a sua superfície está no entanto configurada de tal maneira que é fomentada uma adesão (superfície biologicamente activa) obtém-se uma estabilidade secundária ideal para um implante que permanece no tecido ou então para um núcleo de implante que deve permanecer no tecido (veja-se também a figura 28). Núcleos de implante do género representado nas figuras 6 e 7 podem ser feitos não só de metal (por exemplo de diferentes tipos de aço, de titânio ou de ligas de cobalto e de crómio) mas também, consoante a aplicação, ser feitos de matérias sintéticas (por exemplo de cetonas de polietarilo, de polifluoretilenos e/ou de policloroetilenos, de polietirimidas, de polietersulfonas, de cloreto de polivinilo, de poliuretanos, de polisulfonas e de poliéster) ou de materiais cerâmicos ou vítreos (por exemplo de óxido de alumínio, de óxido de zircónio, de silicatos, de cerâmicas ou de vidros de fosfato de cálcio) ou de materiais compósitos (por exemplo de termoplásticos de alta temperatura reforçados por fibras de carbono).
As figuras 9 a 13 mostram exemplos de diversas aplicações para a fixação de um implante 7 de acordo com a invenção, em forma de espigão ou de bucha, dentro da ou junto da parte distai de um ressoador 6 (sonotrodo) do dispositivo 1 de implantação (figura 1) . Esta fixação pode por exemplo ser uma fixação por encaixe perfeito, tal como se encontra representado nas figuras 9 e 10. 0 encaixe perfeito é realizado por exemplo sob a forma 28 de um fecho por encaixe (figura 9) de um prolongamento proximal 14 em forma de mola de um núcleo 11 de implante ou de um implante 7, gue pode ser introduzido numa correspondente abertura 15 existente na extremidade distai do ressoador 6, engatando nessa abertura. A ligação por encaixe perfeito pode também ser realizada com o auxilio de um espigão 16 correspondentemente travado, que se estende através do ressoador 6 e do prolongamento proximal 14 de um núcleo 11 de implante ou do implante 7. Para tal tomam-se de maneira vantajosa as medidas necessárias para que o encaixe perfeito esteja localizado a uma distância d da extremidade distai do ressoador, ponto no qual para as pulsações na direcção z está situado um nó, tornando-se nesse ponto a amplitude na direcção z portanto no essencial igual a zero. A figura 11 mostra uma ligação por aderência entre o ressoador 6 e o implante 7, e isto por meio da ligação roscada 17. Caso esta ligação roscada estiver sujeita a uma tensão prévia tal que as pulsações se propagam sem atenuação para além da superfície limite, o implante 7 fica a constituir uma parte do ressoador 6, devendo ser correspondentemente dimensionado. Isto significa que a extremidade distai do ressoador 6 não necessita de ter nenhuma amplitude máxima da direcção z, podendo no ponto de ligação estar situado por exemplo também um nó.
As figuras 12 e 13 mostram fixações vantajosas de implantes 7 no ressoador 6 para implantes cuja extremidade proximal é constituída pelo material liquidificável. Trata-se em ambos os casos de uma modelação e de uma colagem por efeito de ultra-sons da extremidade proximal do implante 7 na extremidade distai do ressoador 6, efeito esse que é iniciado por meio de adequadas guias de direccionamento da energia do ressoador 6. A figura 12 29 mostra um ressoador 6 com uma superfície distai que tem a configuração de uma superfície de percussão de um martelo para granular, enquanto que a outra parte da figura 12 mostra um ressoador 6 com uma guia central de direccionamento da energia. Em ambos os casos a extremidade proximal do implante 7 é posta em contacto com as guias de direccionamento da energia do ressoador 6, sendo esse ressoador 6 posto a pulsar. 0 material liquidificável situado na zona das guias de direccionamento da energia do ressoador é aquele que é liquefeito em primeiro lugar e colado ao ressoador, assumindo a forma daquela superfície distai e formando uma cabeça 18 no caso que se encontra representado na figura 12. A fixação dos implantes do género representado nas figuras 9 a 13 é de uma maneira vantajosa efectuada antes do posicionamento do implante à superfície ou no interior da área de tecido, sendo essa fixação novamente solta após a implantação, efectuando-se essa operação nos casos de acordo com as figuras 12 e 13 por meio de uma força mediante a qual o ressoador 6 é solto do implante 7, por exemplo quebrando a ligação ou torcendo a ligação. A figura 14 mostra a título de exemplo de mais campos de aplicação dos implantes de acordo com a invenção a fixação de uma placa 30 de cobertura feita de osso ou de um material artificial que está ajustado a uma abertura da abóbada craniana 29 e a fixação de uma placa 31 de fixação, que será por exemplo artificial, num osso maxilar 32 fracturado ou fissurado. Aplicações similares são pensáveis no domínio da cirurgia restaurativa da área da face. As ligações a estabelecer entre a placa 30 de cobertura e os tecidos ósseos envolventes limitam-se de maneira vantajosa a pontos seleccionados da fenda 33 30 existente entre a placa e o osso nativo. Do mesmo modo a placa 31 de fixação é ligada ao osso do maxilar em sitios seleccionados 31' da placa. As ligações nos pontos seleccionados são obtidas por passos de implantação consecutivos, usando o dispositivo 1 de implantação.
As figuras 15 a 17 mostram em corte e numa escala ampliada ligações que podem ser obtidas com implantes 7 de acordo com a invenção e que se prestam por exemplo às aplicações ilustradas na figura 14. A figura 15 mostra um implante 7 de acordo com a invenção que é posicionado (do lado de cima) para obter uma ligação pelo menos localizada entre o osso 29 da abóbada craniana e uma placa 30 de cobertura a inserir numa abertura do osso da abóbada craniana, placa essa que é por exemplo feita de um material poroso (tratando-se por exemplo igualmente de um osso da abóbada craniana) e seguidamente implantado por meio de energia de ultra-sons (seta dupla) para ligar (do lado de baixo), passando por cima da fenda 33, o osso 29 da abóbada craniana com a placa 30 de cobertura. A fenda 33 tem de maneira vantajosa uma configuração inclinada de tal maneira que forças de compressão exercidas pelo lado de fora sobre a zona da fenda são suportadas pela abóbada craniana 29, sendo a fenda 33 alargada do lado de fora para permitir o posicionamento do implante 7. O implante, que tem por exemplo a forma de uma esfera ou de um chouriço e que é feito de um material termoplástico ou tixotrópico, é posicionado no alargamento exterior da fenda e submetido à acção da energia pulsatória. Em virtude disso o material do implante é liquefeito, entrando à pressão de um dos lados nos poros da 31 abóbada craniana 29 e do outro lado nos correspondentes poros da placa 30 de cobertura feita de osso ou então entra em aberturas artificialmente abertas (por exemplo a ranhura desenhada a traço e ponto) correspondentemente distribuídas numa placa artificial. Deste modo é criada uma ligação ancorada de ambos os lados, com encaixe perfeito, entre a abóbada craniana 29 e a placa 30 de cobertura. A figura 16 mostra uma folha 35 de fixação que pode também ter a forma de uma estrutura têxtil plana e que pode por exemplo ser utilizada para a fixação local da placa 30 de cobertura na abertura do osso craniano 29. A folha 35 tem por exemplo a forma de uma tira e é de maneira vantajosa flexivel. É inteiramente constituída por um termoplástico liquidificável ou é por exemplo reforçada por uma manta de fibras ou por uma estrutura similar. Essa estrutura é colocada por cima da fenda 33 e excitada de ambos os lados (seta dupla) com o auxílio do dispositivo de implantação (figura 1) de tal maneira que fica colada na superfície da abóbada craniana 29 e da placa 30 de cobertura (ligação em grande superfície e pouco profunda que se pode limitar também a uma multiplicidade ou a um padrão de pontos de fixação singulares). Caso necessário, as partes da superfície nas quais se pretende que o implante seja ligado ao material que se encontra por baixo do implante são submetidas a um correspondente tratamento prévio (sendo por exemplo tornadas ásperas) ou então estão previstos na placa artificial 30 relevos de superfície adequados (irregularidades da superfície, reentrâncias, sulcos, etc.). Para ligar a folha 35 com uma superfície óssea basta uma pressão na ordem de grandeza de 0,5 a 3 N por mm2 de superfície frontal do ressoador. 32 A figura 17 mostra uma placa 36 de fixação que é fixada por cima da fenda 33 com o auxilio de uma folha 35 de fixação ou de uma correspondente estrutura têxtil plana, placa essa que para poder suportar forças correspondentemente maiores é por exemplo feita de metal e pode por esse motivo ser utilizada, a par da sua aplicação no crânio, também numa aplicação no maxilar, que se encontra igualmente representada na figura 13, ou então na aplicação de acordo com a figura 2. A placa 36 de fixação é portanto constituída por um material que no sentido da presente invenção não é liquidificável e que apresenta na sua superfície voltada para a estrutura têxtil um relevo superficial apropriado para criar um encaixe perfeito. A pelicula 35 é posicionada entre a placa 36 e a estrutura têxtil ou o material a fixar e sujeita através da placa 36 pelo menos localmente à energia pulsatória, sendo em virtude disso ligada com a superfície da abóbada craniana 29 ou da placa 30 de cobertura. A ligação com encaixe perfeito entre a folha 35 e a placa 36 de fixação pode ser efectuada durante a implantação ou então a placa 36 pode ser utilizada em conjunto com a folha 35 a ela ligada, para constituir um implante pronto a ser aplicado. Num implante de duas camadas do género referido a ligação entre as camadas pode também ser uma ligação corpórea (colagem ou soldadura). Num implante de duas camadas deste género a folha 35 pode também limitar-se a um revestimento da placa, revestimento esse que de uma maneira vantajosa não tem uma espessura constante mas que, à maneira de guias de direccionamento da energia, é constituído por um padrão de saliências, bicos ou nervuras, que apresentam uma altura mínima (espessura de revestimento) de cerca de 10 μιη. A placa 31 de fixação representada na figura 14 apresenta por exemplo zonas 31' de folha dispostas em correspondentes recortes e tem uma superfície exterior provida de guias de 33 direccionamento da energia, sendo ligada nestes pontos com o osso maxilar situado por baixo da placa.
Especialmente na aplicação representada na figura 16 poderá ser vantajoso configurar o ressoador utilizado de tal maneira que as pulsações transmitidas ao implante não estão orientadas perpendicularmente à superfície de ligação a obter (direcção z), como se encontra esboçado nas figuras por meio de setas duplas, mas sim paralelamente a essa direcção (direcção x/y). Para esse efeito presta-se em determinadas circunstâncias um elemento 37 de transmissão do género representado na figura 18. Este elemento 37 de transmissão está ligado com encaixe perfeito ao ressoador 6, e isto num ponto em que a onda pulsatória apresenta um nó (amplitude = 0) na direcção z, razão pela qual a onda tem na direcção x/y uma amplitude máxima. Esta pulsação na direcção x/y é transmitida pelo elemento 37 de transmissão à película 35. A figura 19 mostra esquematicamente e de maneira muito simplificada, a título de exemplo de mais outra aplicação dos implantes de acordo com a invenção, um elemento 40 de apoio para a região da coluna vertebral humana. O elemento 40 de apoio é elástico e apoia a região da coluna vertebral de maneira estacionária e eventualmente também de maneira temporária. O elemento 40 de apoio é fixado, no âmbito da presente invenção, em corpos de vértebras, e isto pelo facto de esse próprio elemento ser constituído por um material correspondentemente liquidificável, sendo fixado nos corpos das vértebras ou superficialmente (analogamente à ligação da figura 16) , pelo facto de ser constituído por um material não liquidificável e ser ligado por meio de uma folha e não em profundidade (analogamente à disposição da figura 17), ou então com furação prévia e com efeito em profundidade (analogamente à disposição 34 das figuras 2 a 4). Na figura encontram-se representados implantes 7 em forma de espigão que apresentam por exemplo uma cabeça que sobressai em relação ao elemento de apoio, cabeça essa que é feita da maneira representada na figura 12. Para um apoio estacionário utilizam-se implantes de ligação e elementos de apoio feitos de materiais não reabsorviveis, enquanto que para um apoio temporário se pode pensar em peças feitas de materiais reabsorviveis.
A figura 20 mostra a aplicação de um implante 7 de acordo com a invenção, em forma de bucha, servindo de base para um dente artificial 40 a implantar num osso 32 de maxilar. O implante 7 é constituído pelo menos parcialmente por um material termoplástico ou tixotrópico. Do lado frontal esse implante apresenta meios para fixação de um dente artificial 40, de uma ponte ou de uma prótese. O implante é introduzido com ou sem o dente artificial numa correspondente cavidade 41 e premido para dentro dessa cavidade sob o efeito de uma vibração produzida por ultra-sons. Dado que durante essa operação pelo menos uma parte do implante se liquefaz, o material preenche não só em larga medida a cavidade como também entra à pressão nos poros do osso maxilar, de modo que se obtém uma ligação com efeito em profundidade, como se encontra por exemplo representado em corte na figura 21. A figura 22 mostra em corte um exemplo de mais outra forma de realização do implante de acordo com a invenção, que se presta nomeadamente a uma utilização do género representado na figura 20. Trata-se aqui de um implante cuja parte de material liquidificável não está disposta à superfície mas no interior de um casquilho 13 que é permeável ao material liquidificável quando este se encontrar no estado liquefeito, tal como se 35 descreveu já em relação à figura 8. O implante encontra-se representado em corte longitudinal à esquerda da linha central antes da aplicação dos ultra-sons e à direita da linha central depois da aplicação dos ultra-sons. 0 casquilho 13 é feito por exemplo de um material metálico ou cerâmico sinterizado, com poros abertos, assumindo a função de servir de suporte para o implante. 0 casquilho apresenta no caso representado uma abertura 42, que está por exemplo provida de uma rosca interior, na qual pode ser fixado um dente artificial, uma ponte ou uma prótese dentária. Esse casquilho apresenta mais outra abertura 43 de forma anular na qual está posicionado o material liquidificável, tratando-se por exemplo de uma porção 44 de forma cilíndrica do material liquidificável. Para obter uma liquefacção controlada, encontram-se dispostas no interior da abertura 43 de forma anular guias 45 de direccionamento da energia, com as quais o material liquidificável se encontra em contacto. 0 implante de acordo com a figura 22 é posicionado por exemplo numa cavidade de um osso maxilar (indice de referência 41, figura 20), sendo o material liquidificável então sujeito à acção da energia mecânica com o auxilio de um ressoador 6 configurado de forma anular na sua parte distai. Em virtude disso o material é liquefeito e premido de modo a passar através do material poroso do casquilho para dentro do tecido ósseo envolvente, o que faz com que o implante fique ancorado nesse tecido.
Para a aplicação representada nas figuras 19 e 20 será nomeadamente vantajoso escolher para o material liquidificável um material que pode ser reabsorvido, enquanto que a parte nem portante é constituida por um material que não é 36 liquidificável nem reabsorvível e que proporciona uma resistência mecânica suficientemente grande para a fixação do dente, da ponte ou da prótese. Para tal pelo menos a superfície da parte central é biologicamente activa (por exemplo porosa, tal como se descreveu em relação ao casquilho 13) , isto é, essa superfície fomenta a soldadura com o tecido ósseo. Um implante deste género apresenta imediatamente após a implantação uma estabilidade primária, que é suficiente para a fixação e a utilização normal dos dentes, das pontes ou das próteses. 0 material reabsorvível é então substituído gradualmente por matéria vital e fica então ligado à parte central do implante, o que é fomentado pela superfície biologicamente activa daquela parte. 0 implante de acordo com a invenção oferece portanto uma estabilidade primária imediata, sem ser necessário utilizar cimento, e após a fase de reabsorção ou de regeneração uma estabilidade secundária duradoura, que não fica atrás da estabilidade de implantes já conhecidos. Em comparação com processos de implantação já conhecidos é no entanto suprimida uma fase transitória na qual de acordo com o estado actual da técnica a cavidade 41 é fechada e se aguarda a regeneração do tecido ósseo antes de o dente, a ponte ou a prótese serem fixados directamente no osso regenerado. A figura 23 mostra um dispositivo externo 51 de fixação, com apoios 52 e com uma barra 53 de suporte ligada aos apoios 52, dispositivo esse que está fixado por exemplo num osso comprido 50 de um braço humano por meio dos implantes de acordo com a invenção. Para tal os apoios 52 estão concebidos de modo a constituírem implantes de acordo com a invenção. A parte média de um osso comprido apresenta maioritariamente tecidos corticais e só poucas zonas de tecido que, no sentido da presente invenção, devem ser consideradas porosas. Por esse motivo 37 aproveita-se, como se mostra mais em pormenor nas figuras 24 e 25, o espaço 54 da medula no interior do osso comprido 50 para premir para dentro desse espaço o material liquidificável. Dado que a medula só consegue opor à pressão hidrostática uma resistência insuficiente, os apoios estão por exemplo providos de placas 55 de base.
Para a fixação do dispositivo de fixação furam-se portanto no osso comprido 50 orifícios 56 (caso necessário providos de rosca 25) que se estendem até ao espaço 54 da medula, correspondendo o diâmetro do furo ao diâmetro do implante 7, nomeadamente ao diâmetro da placa 55 de base desse implante. O implante 7 apresenta um apoio 52 numa posição central em cuja extremidade distai está fixada a placa 55 de base e em torno do qual, bem como da placa 55 de fundo, está disposta uma zona 57 em forma de anel ou de tubo que no essencial cobre aquelas partes e que é constituída por material liquidificável. O implante é introduzido no orifício 56 e fixado a uma profundidade preestabelecida com meios adequados que são aplicados pelo lado de fora. Seguidamente prime-se a toda a volta do apoio 52 o material liquidificável 57, sob o efeito dos ultra-sons, contra a placa 55 de base, de modo que esse material é premido entre o osso 50 e a placa 55 de base para dentro do espaço 54 da medula, formando assim uma ligação com encaixe perfeito que mantém o apoio 52 em posição dentro do orifício 56. Esta ancoragem permite uma fixação unicortical e à prova de desalinhamento dos apoios 52, o que de acordo com o estado actual da técnica só é possível por meio de uma fixação bicortical. A figura 26 mostra mais outra forma de realização do implante 7 de acordo com a invenção, que se presta nomeadamente 38 à aplicação que se mostra na figura 23. Neste caso o material liquidificável, que é por exemplo um cimento tixotrópico, está disposto no interior do apoio 52, estando previstos acima da placa 55 de base orifícios 58 cujo tamanho é tal que o cimento não consegue sair por esses orifícios na sua forma altamente viscosa mas pode muito bem sair na sua forma liquefeita, e isto por acção do ressoador 6. A extremidade do apoio 52 está no presente caso configurada portanto à maneira de um casquilho de uma forma de realização equivalente à da figura 8. 0 cimento espremido com o auxilio do ressoador 6 através dos orifícios 58 imobiliza o apoio dentro do espaço oco 54 da medula e do eventual tecido ósseo contiguo. A figura 27 mostra um parafuso tensor 60 equipado de maneira a formar um implante de acordo com a invenção, parafuso esse que é utilizado por exemplo em conjunto com uma placa 61 de trocânter para a fixação do osso fracturado do colo do fémur. O parafuso tensor 60 é oco (de maneira equivalente ao casquilho 13 de implante da figura 8) e apresenta pelo menos na sua zona distai orifícios através dos quais pode sair um material liquidificável para poder ancorar melhor esta zona distai, por exemplo num tecido ósseo atacado por osteoporose, do que seria possivel unicamente por acção da rosca do parafuso tensor. No presente caso a rosca do parafuso serve portanto nomeadamente para comprimir o tecido na zona do ponto de fractura, e isto até que a extremidade distai do parafuso tenha sido ancorada no tecido por meio do material liquidificável. A figura 28 mostra numa representação muito esquemática e em corte um osso comprido 50, no qual por meio de um implante 7 de acordo com a invenção é fixado um elemento artificial 62 de articulação. A haste 63 do elemento 62 de articulação e o 39 material liquidificável 57 disposto em torno da haste constituem o implante 7 de acordo com a invenção, que é premido sob o efeito dos ultra-sons para dentro do osso comprido 50, ao que o material 57 é liquefeito e penetra nos poros dos tecidos 23 do tipo spongiosa e nas irregularidades da superfície do lado de dentro do córtice 22. De maneira vantajosa a haste 63 apresenta, de uma forma equivalente à da placa 36 representada na figura 17, um relevo superficial apropriado para criar uma ligação de encaixe perfeito com o material liquidificável 57.
Uma forma de realização especialmente vantajosa da haste 63 é nomeadamente feita de titânio e apresenta uma superfície porosa e em virtude disso biologicamente activa, estando essa superfície envolvida por um material liquidificável, que é reabsorvível. Um implante deste género apresenta imediatamente após a implantação uma certa estabilidade primária, que permite sujeitar o implante pelo menos a esforços moderados. A estabilidade primária é depois substituída por uma estabilidade secundária, que é uma estabilidade criada resultante da adesão de tecido ósseo vital à superfície porosa da haste 63 de titânio. Isto significa por outras palavras que o elemento de articulação artificial pode ser sujeito a esforços imediatamente após a implantação, mesmo sem ser utilizado cimento, o que favorece a regeneração do tecido vital e previne uma degradação (osteoporose). Apesar disso o tecido vital entra numa fase subsequente em adesão com a haste de titânio. A figura 29 mostra de uma maneira também muito esquemática uma articulação 70 em cuja área um ligamento 71 liga entre si os ossos 72 e 73. O ligamento 71 está ligado ao osso, podendo esta ligação romper em caso de sobrecarga. Para a reparação podem ser utilizados implantes 7 de acordo com a invenção, podendo para 40 esse efeito ser por exemplo aplicadas, de maneira adequada, formas de realização de acordo com as figuras 2 a 4. Para tal é aberto o córtice do osso da articulação, sendo cravados implantes 7 em forma de espigão através do ligamento 71, implantes esses que são providos do lado de fora de uma cabeça de retenção (por exemplo de acordo com a figura 13).
Podem também imaginar-se formas de realização com uma menor actuação em profundidade, e isto de acordo com as figuras 16 e 17 . A figura 30 mostra finalmente que a realização de uma ligação com um implante 7 semelhante mas não de acordo com a invenção não tem de servir forçosamente para ligar dois elementos (duas áreas de tecido ou uma área de tecido e um componente artificial). É também pensável utilizar um implante para encher uma cavidade 80 do tecido, provocada por exemplo por um tumor. Para esse efeito utiliza-se de maneira vantajosa um implante 7 feito de um material 81 altamente viscoso e tixotrópico que, caso necessário, é introduzido na abertura 80 com o auxilio de uma guia 82 posicionada em torno da abertura de modo a sobrepor-se à mesma. O ressoador 6 utilizado para esta aplicação corresponde, no que se refere à sua secção transversal, à secção transversal do lado de dentro da guia 82, de modo que com essa guia é possivel premir da mesma maneira que com um cilindro o material 81 para dentro da abertura 80. Durante essa operação a abertura 80 não só é preenchida por inteiro mas o material 81, que se torna mais liquido sob o efeito dos ultra-sons, é também premido para dentro dos poros de tecido que desembocam na abertura 80, formando dentro desses poros, após a solidificação do material, uma ligação com encaixe perfeito, tal como se encontra representado na figura 30. Esta 41 ligação com encaixe perfeito fixa o implante 7 de maneira segura na abertura 80, sem gue esta tenha de apresentar para o efeito recessos e sem gue se torne necessário aplicar outros meios de fixação (por exemplo peças de periósteo cosidas por cima da abertura).
Ao material liquidificável 81 pode também ser adicionado material ósseo do paciente, que foi previamente preparado de modo a ter uma granulometria adequadamente fina.
Se em vez de um cimento tixotrópico utilizado num caso do género representado na figura 30 for utilizada uma matéria sintética termoplástica, a abertura 80 pode também ser uma abertura preparada de uma maneira especial, sendo possível fixar dentro dessa abertura e com o auxílio da matéria sintética um elemento 83 de fixação para um fio metálico 84, tal como se encontra representado a traço e ponto na figura 30 (só na parte de baixo da ilustração).
Exemplo 1
Espigões de PLLA e de policarbonato produzidos por um processo de moldagem por injecção, com uma secção circular e com diâmetros compreendidos entre 3,5 e 4,25 mm, bem como com comprimentos de 26 a 40 mm (comprimento ideal a 20 kHz: 35 mm) e com extremidades distais em forma de bico rombo, e ainda com estrias que se estendem axialmente ao longo de 10 mm a contar da extremidade distai, foram ancorados com uma frequência de excitação de 20 kHz num tecido do tipo spongiosa (colo do fémur) de bovinos acabados de ser abatidos. Para tal abriu-se a fina camada de córtice situada acima do tecido do tipo spongiosa, não 42 tendo essa camada de spongiosa no entanto sido previamente furada. Os implantes foram premidos de encontro ao tecido com pressões de 60 a 130 N e excitados à frequência de excitação (amplitude do sonotrodo: cerca de 20 a 25 μιη) . O avanço foi limitado a 10 mm. Essa profundidade foi em todos os casos atingida em menos de 2 s. Seguidamente os implantes foram mantidos em posição sem excitação durante 5 s.
Obtiveram-se profundidades de ancoragem da ordem de grandeza de 15 mm que, ao arrancar o implante, apresentaram uma resistência maior do que a dos próprios implantes (os implantes foram arrancados com forças máximas superiores a 500 N) . Nos sensores que foram posicionados no córtice com um afastamento de 1 mm em relação à furação prévia (1,5 mm abaixo da superfície do córtice) mediram-se cerca de 10 s após o inicio da implantação temperaturas de 44 °C no máximo (cerca de 22° acima da temperatura ambiente). Os excessos de temperatura cairam em cerca de 30 s para metade do valor.
No que se refere ao material à base de PLLA não se verificou no material implantado nenhuma degradação do peso molecular, quando comparado com o material do implante ainda não implantado.
Lisboa, 22 de Novembro de 2006 43

Claims (35)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Implante (7) para realizar uma ligação de encaixe perfeito com uma área de tecido, para depois ligar essa área de tecido com mais outra área de tecido ou com um elemento artificial, que substitui ou apoia mais outra área de tecido ou é um dispositivo auxiliar terapêutico, sendo o implante (7) constituído pelo menos parcialmente por um material que pode ser liquefeito pela aplicação de energia mecânica e estando o material liquidificável disposto no implante (7) de maneira a poder ser levado ao contacto com a área de tecido, podendo o implante ser excitado por pulsações mecânicas e ser simultaneamente premido de encontro à área de tecido para liquefazer pelo menos uma parte do material liquidificável e para premir esse material para dentro das cavidades da área de tecido.
  2. 2. Implante de acordo com a reivindicação 1, em que o material liquidificável é termoplástico ou tixotrópico.
  3. 3. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 ou 2, em que o material liquidificável comporta pelo menos uma componente reabsorvivel.
  4. 4. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, em que o material liquidificável contém substâncias aditivas destinadas a assegurar outras funções.
  5. 5. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, em que esse implante tem a forma de um espigão ou de uma bucha. 1
  6. 6. Implante de acordo com a reivindicação 5, em que o mesmo apresenta numa zona proximal material que é liquidificável pela aplicação de energia mecânica.
  7. 7. Implante de acordo com a reivindicação 5 ou 6, em que o mesmo apresenta uma zona proximal com uma configuração em forma de cabeça.
  8. 8. Implante de acordo com a reivindicação 5, em que o material liquidificável está disposto numa superfície de uma extremidade distai do implante e/ou numa superfície lateral do implante e em que o material liquidificável apresenta escalões que funcionam como guias de direccionamento da energia.
  9. 9. Implante de acordo com a reivindicação 5, em que o material liquidificável está disposto numa superfície de uma extremidade distai do implante e/ou numa superfície lateral do implante e apresenta um núcleo (11) feito de um material não liquidificável.
  10. 10. Implante de acordo com a reivindicação 5, em que o mesmo apresenta um casquilho (13) feito de um material não liquidificável, estando o material liquidificável disposto no interior do casquilho e apresentando o casquilho orifícios (58) destinados a permitir a saída de material liquefeito.
  11. 11. Implante de acordo com as reivindicações 9 ou 10, em que o material liquidificável é reabsorvível e o núcleo (11) ou o casquilho (13) apresentam pelo menos em parte uma superfície que fomenta uma adesão com a área de tecido em questão. 2
  12. 12. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 4 a 11, em que o mesmo apresenta meios de fixação (14, 15) na sua extremidade proximal.
  13. 13. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, em que o mesmo tem a forma de uma placa (35 e 36) ou de uma folha (35).
  14. 14. Implante de acordo com a reivindicação 13, em que a placa ou a folha (35) é de uma só camada.
  15. 15. Implante de acordo com a reivindicação 13, em que a placa (35 e 36) ou a folha apresentam uma camada do material liquidificável e uma camada de um material não liquidificável e em que o material liquidificável cobre pelo menos uma parte da superfície do material não liquidificável, estando as duas camadas ligadas uma à outra com encaixe perfeito ou por intermédio de uma ligação corpórea.
  16. 16. Implante de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 15, em que o mesmo é um meio de ancoragem para um elemento artificial de apoio ou de fixação, para um elemento de articulação artificial, para um dente artificial, para uma ponte, para uma prótese dentária, para um fio de sutura, para um fio metálico de cerclagem ou para um dispositivo auxiliar terapêutico.
  17. 17. Dispositivo (1) de implantação para implantes (7) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 16, com um gerador (2), um elemento pulsatório e um ressoador (6), estando o gerador (2) equipado para fazer com que o elemento pulsatório seja excitado de modo a produzir pulsações mecânicas, formando o 3 ressoador (6), que tem uma ligação funcional com o elemento pulsatório, uma unidade pulsatória (3) e podendo o ressoador (6) ter uma ligação funcional com o implante (7), para transmissão das pulsações mecânicas, e estando o mesmo configurado para premir o implante (7) de encontro à área de tecido, caracterizado por o dispositivo comportar adicionalmente uma guia de implante apoiada num corpo (5).
  18. 18. Dispositivo de implantação de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por o dispositivo estar concebido para o ressoador (6) produzir pulsações mecânicas com uma frequência de 2 a 200 kHz.
  19. 19. Dispositivo de implantação de acordo com qualquer das reivindicações 17 ou 18, caracterizado por ser possível ajustar frequências distintas para as pulsações mecânicas, padrões de frequência distintos e/ou pulsações distintas da energia.
  20. 20. Dispositivo de implantação de acordo com qualquer das reivindicações 17 a 19, caracterizado por o ressoador (6) ou uma parte distai do ressoador (6) ser intermutável ou esterilizável.
  21. 21. Dispositivo de implantação de acordo com qualquer das reivindicações 17 a 20, caracterizado por o ressoador (6) estar preparado para segurar um implante (7) em forma de espigão ou em forma de bucha.
  22. 22. Kit para efectuar ligações com áreas de tecido, kit esse que está equipado de um dispositivo (1) de implantação que comporta um gerador (2), um elemento pulsatório e um 4 ressoador (6), estando o gerador (2) previsto para excitar o elemento pulsatório de modo a provocar no mesmo pulsações mecânicas, formando o ressoador (6), que tem uma ligação funcional com o elemento pulsatório, uma unidade pulsatória (3), e podendo o ressoador (6) ter uma ligação funcional com o implante (7), para transmissão das pulsações mecânicas, e por esse ressoador estar equipado para premir o implante (7) de encontro a uma área de tecido, e por esse kit comportar múltiplos implantes (7) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13.
  23. 23. Kit de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por o kit comportar uma multiplicidade de implantes em forma de espigão e pelo menos uma placa (21) provida de orifícios adaptados aos implantes (7) em forma de espigão.
  24. 24. Kit de acordo com a reivindicação 23, caracterizado por a placa (21) ser feita de metal, por os implantes (7) em forma de espigão apresentarem numa zona proximal que estabelece a ligação com a placa (21) material que pode ser liquefeito pela aplicação de energia mecânica, e por os orifícios estarem previstos para estabelecerem um encaixe perfeito com o material liquidificável.
  25. 25. Kit de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por os orifícios estarem providos de uma rosca interior.
  26. 26. Kit de acordo com a reivindicação 23, caracterizado por a placa (21) e/ou uma extremidade proximal do implante apresentarem material liquidificável de tal maneira que a placa (21) e a extremidade proximal do implante podem ser 5 soldadas ou coladas uma à outra pela aplicação de pulsações mecânicas.
  27. 27. Kit de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por o ressoador (6) do dispositivo (1) de implantação apresentar na sua extremidade distai meios de retenção e por os implantes (7) terem a forma de espigões ou de buchas e por a extremidade proximal dos mesmos apresentar meios de retenção adaptados aos meios de retenção do ressoador (6).
  28. 28. Kit de acordo com a reivindicação 27, caracterizado por os meios de retenção do implante e os meios de retenção do ressoador estarem configurados para proporcionar uma fixação com encaixe à pressão.
  29. 29. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 28, caracterizado por o mesmo comportar diversos implantes em forma de espigão ou em forma de bucha, bem como ressoadores (6) ou partes distais de ressoador, cujas superfícies distais correspondem às secções transversais proximais dos implantes.
  30. 30. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 29, caracterizado por pelo menos uma parte do implante (7) ter a forma de um espigão e por o kit comportar além disso brocas cujo diâmetro está adaptado ao maior diâmetro dos implantes (7) , para deste modo se poder obter um ajuste por aderência.
  31. 31. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 30, caracterizado por pelo menos uma parte dos implantes (7) apresentar o material liquidificável dentro de um casquilho (13) provido de orifícios (58) e por o kit estar além disso dotado de um ressoador (6) ou de uma parte distai de 6 ressoador cuja secção transversal está adaptada à secção transversal interior e proximal do casquilho (13).
  32. 32. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 31, caracterizado por o kit comportar além disso guias (82) com uma abertura e pelo menos um ressoador (6) ou uma parte distai de ressoador cuja secção transversal está adaptada àquela abertura.
  33. 33. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 32, caracterizado por o mesmo estar além disso provido de invólucros esterilizados para o dispositivo (1) de implantação.
  34. 34. Kit de acordo com qualquer das reivindicações 22 a 33, caracterizado por ser possível ajustar no dispositivo (1) de implantação diferentes frequências de pulsação, diferentes padrões de frequência e/ou diferentes pulsações de energia e por o kit estar além disso provido de instruções de ajuste para os diferentes implantes.
  35. 35. Kit complementar com um ou vários implantes (7) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 16, kit complementar esse que além disso está dotado de instruções para implantar os implantes por via mecânica com o auxílio de energia pulsatória. Lisboa, 22 de Novembro de 2006 7
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