PT107398B - Filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno - Google Patents

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Abstract

O PRESENTE INVENTO RESPEITA A UM FILME DE POLITEREFTALATO DE ETILENO E GRAFENO E/OU ÓXIDO DE GRAFENO E RESPETIVO MÉTODO DE PRODUÇÃO. O DITO FILME DE POLITEREFTALATO DE ETILENO E GRAFENO E/OU ÓXIDO DE GRAFENO CARACTERIZA-SE POR TER UMA GRANDE RESISTÊNCIA, EXCELENTE IMPERMEABILIDADE E ELEVADO DESEMPENHO ANTIBACTERIANO, O QUE PERMITE A SUA UTILIZAÇÃO NA FABRICAÇÃO DE SACOS DO LIXO, GARRAFAS E EMBALAGENS USADAS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTARES, LÍQUIDOS OU DE SUBSTÂNCIAS DESTINADAS A SEREM CONSUMIDAS PELO HOMEM OU ANIMAIS, NOMEADAMENTE MEDICAMENTOS. PARA ALÉM DAS VANTAGENS DESCRITAS, O PRESENTE INVENTO POSSIBILITA EVITAR O USO DE UMA OU MAIS CAMADAS DE FILME DE ALUMÍNIO NA LAMINAÇÃO DO MATERIAL DAS DITAS GARRAFAS E EMBALAGENS, COM A CONSEQUENTE REDUÇÃO DE CUSTOS E MELHOR DESEMPENHO. ESTA INVENÇÃO CARACTERIZA-SE POR ADICIONAR GRAFENO E/OU ÓXIDO DE GRAFENO AO POLITEREFTALATO DE ETILENO (ATRAVÉS DE UM PROCESSO DE FUSÃO) EM QUE O GRAFENO E/OU ÓXIDO DE GRAFENO SÃO DISPERSOS DE FORMA BASTANTE HOMOGÉNEA DENTRO DO POLITEREFTALATO DE ETILENO GARANTIDO AS PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS SUPRA DESCRITAS, QUE NO ESTADO DE TÉCNICA ATUAL NÃO SÃO POSSÍVEIS DE OBTER.

Description

Resumo
Processo para a obtenção de um filme de politereftalato de etileno e óxido de grafeno e/ou e grafeno
Processo para a obtenção de um filme de politereftalato de etileno e óxido de grafeno e/ou grafeno.
dito filme de politereftalato de etileno e óxido de grafeno e/ou grafeno caracteriza-se por ter uma grande resistência, excelente impermeabilidade e elevado desempenho antibacteriano, o que permite a sua utilização na fabricação de sacos do lixo, garrafas e embalagens usadas para a distribuição de produtos alimentares, líquidos ou de substâncias destinadas a serem consumidas pelo homem ou animais, nomeadamente medicamentos.
Para além das vantagens descritas, o presente invento possibilita evitar o uso de uma ou mais camadas de filme de alumínio na laminação do material das ditas garrafas e embalagens, com a consequente redução de custos e melhor desempenho.
Esta invenção caracteriza-se por adicionar grafeno e/ou óxido de grafeno ao politereftalato de etileno (através de um processo de fusão) em que o grafeno e/ou óxido de grafeno são dispersos de forma bastante homogénea dentro do politereftalato de etileno garantido as propriedades e características supra descritas, que no estado de técnica atual não são possíveis de obter.
Descrição
Processo para a obtenção de um filme de politereftalato de etileno e óxido de grafeno e/ou grafeno
Campo do invento politereftalato de etileno (PET) é termoplástico usado na fabricação de embalagens usadas para a distribuição alimentares, nomeadamente líquidos (ex. leite, ou sumos de fruta) e ou medicamentos.
um polímero garrafas e de produtos iogurtes grafeno é uma forma cristalina de carbono de duas dimensões, caracterizado por uma lâmina de átomos de carbono da espessura de um único átomo com ligações covalentes e dispostos de forma hexagonal que tende a ser uma ligação mais forte que outro tipo de ligações.
óxido de grafeno é um material estratificado produzido graças a um processo de oxidação particular da grafite, que o torna um material altamente oxigenado e hidrofílico.
presente invento refere-se a um filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno que permite a sua utilização na fabricação de sacos do lixo, garrafas e embalagens usadas para a distribuição de produtos alimentares, em particular líquidos, e ou medicamentos, com uma impermeabilidade que possibilita evitar o uso de uma (ou mais) camadas de filme de alumínio na laminação do material de garrafas
1/17 e/ou embalagens usadas para a distribuição de produtos alimentares, com a consequente redução de custos, e com uma desempenho antibacteriano melhor.
Esta invenção envolve adicionar entre 1% a 5% de grafeno e/ou óxido de grafeno (1) ao politereftalato de etileno (2) durante o processo de extrusão.
Embora não seja evidente, mesmo para um técnico ou profissional especializado em processos de extrusão, a adição de mais de 5% de grafeno e/ou óxido de grafeno (1) ao politereftalato de etileno (2) durante o processo de extrusão aumenta a viscosidade tornando o processo de extrusão impossível.
Técnica anterior
Existem várias garrafas e embalagens usadas para a distribuição de produtos alimentares, em particular líquidos, feitas em politereftalato de etileno, mas que não são adequadas para um contacto prolongado com os produtos alimentares, nomeadamente líquidos (ex. leite, iogurtes, sumos de fruta e óleos comestíveis).
Tem-se tentado ultrapassar desvantagem descrita das garrafas produtos etileno, embalagens usadas para distribuição de em politereftalato de destinadas a produtos alimentares feitas principalmente as alimentares, através a aplicação de uma ou mais camadas de material plástico resistente, como por exemplo o copolímero de etileno e de ácido acrílico parcialmente
2/17 neutralizado moldadas através de um processo por sopro. No entanto, quando aplicado por extrusão para o interior da garrafa ou embalagem, as suas propriedades deterioramse quando está em contacto prolongado com determinados produtos alimentares e fissuras podem aparecer quando o material é comprimido ou dobrado. Aparentemente, o processo de extrusão deteriora as propriedades das ditas garrafas e/ou embalagens quando comparado com o processo de sopro, devido à temperatura de processamento ser muito mais elevada (entre 100 e 150 °C).
Existem outras técnicas, através da aplicação de uma ou mais camadas de plásticos diferentes e/ou alumínio unidas por meio de camadas de adesão, resultando em garrafas ou embalagens de plástico capazes de estar em contacto prolongado com determinados produtos alimentares.
Também podemos encontrar garrafas ou embalagens de plástico já com grafeno, mas também produzidas através de uma técnica que recorre à aplicação de uma camada de filme de grafeno (veja-se a este exemplo as patentes US 20130236715 Al, publicada em 12 de Setembro de 2013, EP 2489520 A2, publicada em 22 de Agosto de 2012, WO 2013004718 Al, publicada em 10 de Janeiro de 2013), ou através de técnicas de compressão, absorção e/ou injeção diferentes em vez de fusão por meio de uma técnica de extrusão como a apresentada (veja-se a este exemplo as patentes WO 2012151433 A2, publicada em 8 de Novembro de 2012, CN 102795619 A, publicada em 28 de Novembro de 2012) . Existe ainda outro tipo de técnicas, que recorrem
3/17 ao calor (mas não por meio de uma técnica de extrusão) e com o objetivo de produzir material de politereftalato de etileno amino grafeno modificado que posteriormente pode permitir a produção de filme com essas características (veja-se a este exemplo a patente CN 103044865 A, publicada em 17 de Abril de 2013).
Ou seja, em qualquer uma das técnicas existentes, mesmo aquelas em que é encontrada uma solução eficiente para a fabricação de garrafas ou embalagens capazes de serem usadas para a distribuição e armazenamento prolongado de produtos alimentares e ou medicamentos, implicam sempre a utilização de uma técnica de aplicação de camadas sobre ou no interior do politereftalato de etileno por intermédio da injeção ou absorção do grafeno.
No entanto, o produto final conseguido através das ditas técnicas de injeção ou absorção, que são as mais próximas possíveis do presente invento, não permitem atingir um produto final com as características do presente invento, nomeadamente quanto à impermeabilidade, homogeneidade e, em particular, quanto ao desempenho antibacteriano.
A técnica de absorção ou injeção de grafeno resulta num produto final com estabilidade dimensional (quando exposto a alta temperatura) inferior ao método por extrusão. A resposta tensão-deformação das nano partículas de grafeno e do próprio politereftalato de etileno mostram rebentamentos de 8,5% e 9 % nas simulações de mecânica molecular e 6,5% e 7% na dinâmica
4/17 molecular do produto obtido por intermédio de um processo assente nas técnicas de injeção e absorção respetivamente, quando o produto obtido por intermédio do processo deste invento, usando a extrusão, mostra rebentamentos de 0,5% e 0,5% na dinâmica molecular quando sujeita a um teste nas mesmas condições. A menor tensão obtida a partir da dinâmica molecular em comparação com a mecânica molecular nos testes ao produto obtido por uma técnica de injeção e absorção sugere que a transformação mecanoquímica verificada é mais favorável à temperatura ambiente, ao contrário do que se verifica na técnica por extrusão. Os rebentamentos que se formaram no produto obtido por intermédio de uma técnica de injeção e absorção permaneceram após o teste de tensão de mecânica molecular demonstrando que esta reação é irreversível e a deformação é plástica, quando no caso do produto obtido por intermédio da técnica deste invento, revertem em aproximadamente 80%.
Acresce que o produto obtido por intermédio da técnica deste invento apresenta uma homogeneidade estrutural superior em 40% do que os outros processos supra referidos.
Tudo conjugado, permite concluir que a qualidade do produto obtido por intermédio da presente invenção é bastante superior à qualidade da peça injetada ou absorvente devido à degradação do politereftalato de etileno durante o processo de injeção ou absorção. Por exemplo, quando o ponto de injeção é muito pequeno, como
5/17 acontece quando se lida com nanopartículas, é impossível recalcar a peça eficazmente durante o tempo de cristalização, resultando na formação de vazios, rechupes, maior contração e menor estabilidade dimensional (conforme supra demonstrado) que afetarão as propriedades da peça, nomeadamente a sua resistência e características antibacterianas.
Nos produtos obtidos por intermédio de um processo de injeção ou absorção as transformações resultaram em deformações na ordem dos 16% e em ruturas na curva de tensão-deformação da dinâmica molecular como resultado da liberação de energia, quando sujeitas a uma tensão de 10%. As rachaduras em nanoescala leva a uma falha catastrófica do material, pelo menos quanto às suas características antibacterianas. Para além da deformação de 16% verificou-se um defeito de Stone-Wales, que geralmente acontece durante falha em materiais grafíticos.
Por seu lado, o produto obtido por intermédio do processo deste invento resultam em deformações na ordem dos 0.5% e sem ruturas ou rachaduras em nanoescala que comprometa o material, mantendo assim as características antibacterianas. A curva de tensão-deformação da dinâmica molecular demonstra claramente a plasticidade e a tolerância a danos deste produto ao ser tensionada. Não se verificaram outros defeitos neste produto, nomeadamente defeitos de Stone-Wales como se verificou nos produtos obtidos por outros métodos.
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As atuais soluções são menos eficientes do ponto de vista da segurança alimentar e da conservação dos medicamentos do que a encontrada com o presente invento e, para além disso, envolvem mais processos e mais matérias na garrafas e/ou embalagens para a produtos alimentares, nomeadamente líquidos (ex. leite, iogurtes ou sumos de fruta) e ou medicamentos.
fabricação das distribuição de
Importa dizer que nenhum produto de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno conhecido ou referenciado obtido por outro processo que não seja o de extrusão descrito, permite obter um material:
a) altamente oxigenado e hidrofílico ao nível do aqui apresentado, uma superioridade na ordem dos 15%;
b) com propriedades termoplásticas que transmite rigidez, brilho, termoestabilidade, fotoestabilidade e eficiente como barreira a gases, bactérias e água ao nível do aqui apresentado, numa superioridade na ordem dos 22%;
c) com excelente desempenho antibacteriano devido à estrutura bidimensional da camada de grafeno tornar o plástico estruído e altamente impermeável ao ar e água ao nível do aqui apresentado, uma superioridade na ordem dos 22%;
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d) com elevada estabilidade dimensional, maior homogeneidade estrutural, sem degradação do politereftalato de etileno e sem formação de vazios, repuches ou contrapões em relação a todos os outros produtos de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno obtidos por outros processos;
e) com um coeficiente de difusão (m2 s-1) do grafeno superior a 9,41578E-13, que corresponde a uma difusão muito superior (na ordem de mais 40%) a todos os outros produtos de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno obtidos por outros processos;
f) com porosidade (tamanho dos poros) inferiores a 5 nm e que é inferior à porosidade observada no material de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno obtidos por outros processos (na ordem dos 12 nm), resultando num menor efeito deletério sobre a ductilidade e a resistência á fadiga;
g) com um grau de homogeneização do óxido de grafeno no filme de politereftalato de etileno e grafeno com zero partículas de óxido de grafeno à superfície maior que 2pm/mm2, valor que não é alcançado através de outros processos utilizados para obter um produto de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno;
h) com um grau de homogeneização do óxido de grafeno no filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno sem reprecipitação de partículas grosseiras de
8/17 óxido de grafeno, com 0/mm2 de partículas de óxido de grafeno à superfície maior que 2pm, valores que não são alcançados através de outros processos utilizados para obter um produto de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno;
i) com um grau de homogeneização do óxido de grafeno no filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno com zero partículas de óxido de grafeno à superfície maior que 2pm, grau de homogeneização que não é alcançado através de outros processos utilizados para obter um produto de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno;
j) um grau de homogeneização do óxido de grafeno no filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno com zero partículas de óxido de grafeno à superfície maior que 2pm que aumenta a resistência à tração do filme e diminui a possibilidade de ocorrer fissuras durante o processo de extrusão, resultando numa excelente qualidade do produto extrudido e muito superior ao produto de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno obtidos por outros processos;
k) tendo um rácio do número de vazios na espessura do filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno inferior a 0.1 vazios/pm, considerando poros com tamanhos inferiores a 5 nm;
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l) tendo o filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno inferior uma dureza dinâmica de mais de 5,0 gf / cm2;
m) tendo o filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno uma resistência superior a 585±50Q/sq (lcm x lcm).
Por fim, é de sublinhar que não existe nenhuma patente ou uso conhecido referente à técnica de absorção ou injeção de óxido de grafeno, pois o que é conhecido refere-se exclusivamente ao uso do grafeno. Ora, o óxido de grafeno é que permite conseguir as supra e infra descritas caracteristicas antibacterianas. Tal permite afirmar, de forma isenta de dúvida, que o presente invento permite alcançar um produto completamente diferente dos atualmente conhecidos.
Descrição pormenorizada do invento
O dito processo de extrusão consiste em depositar num funil (8) o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politereftalato de etileno (2) moídos, granulados, em pó ou em solução aquosa, mas que não se restringe a essa forma, que por força da gravidade desliza para dentro de um tubo (9) onde está instalada uma rosca (6), que vai rodando por força de um motor (5) instalado numa das extremidades da dita rosca (6) e que transportará o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politeref talato de etileno (2) por dentro do tambor do referido tubo (9) até à zona de dosagem (4) do mesmo. O dito tambor do referido
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tubo (9) contém um cilindro (7) aquecido que vai
aquecendo o grafeno e/ou óxido de grafeno (D e o
politereftalato de etileno (2) até ao seu ponto de fusão
e que continuam a ser transportados pela referida rosca
(6) até uma zona de compressão promovida pela diminuição progressiva dos sulcos da rosca (6) e/ou pelo alargamento do dito cilindro (7) que assim empurra o dito grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politereftalato de etileno (2), entretanto fundido numa mistura de politereftalato de etileno e grafeno (3) o mais homogénea possível, contra as paredes do referido tambor do dito tubo (9), até que a dita mistura de politeref talato de etileno e grafeno (3) é atirada por força da pressão gerada para uma zona de dosagem (4) acabando por sair na forma de filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno.
Durante o dito processo de extrusão pode ser adicionado um colorante líquido ao grafeno e/ou óxido de grafeno e politereftalato de etileno. 0 dito colorante líquido poder ter entre 0.002% até 20% do peso do grafeno e/ou óxido de grafeno.
O dito filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno pode ser depois filtrado de impurezas, arrefecido e moldado na forma desejada, nomeadamente, mas não exclusivamente, na forma de garrafas e embalagens.
11/17 presente invento vai agora ser explicado com mais pormenor com auxilio dos desenhos anexos, nos quais:
A fig. 1 é apresentado num plano de corte longitudinal vertical onde se observa todo o processo de extrusão e mistura o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politeref talato de etileno (2) até que se funde numa mistura de politereftalato de etileno e grafeno (3) o mais homogénea possível.
Fazendo referências ao desenho na fig. 1 onde está representado genericamente e em plano de corte longitudinal vertical o processo de extrusão referido, o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politeref talato de etileno (2) moídos ou granulados são depositados num funil (8), na proporção de entre 1% a 5% de grafeno e/ou óxido de grafeno (1) da quantidade de politereftalato de etileno (2), que por força da gravidade deslizam para dentro de um tubo (9) onde está instalada uma rosca (6), que vai rodando por força de um motor (5) instalado numa das extremidades da dita rosca (6) e que transportará o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politeref talato de etileno (2) por dentro do tambor do referido tubo (9) até à zona de dosagem (4) do mesmo. 0 dito tambor do referido tubo (9) contém um cilindro (7) aquecido que vai aquecendo o grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politeref talato de etileno (2) até ao seu ponto de fusão e que continuam a ser transportados pela referida rosca (6) até uma zona de compressão promovida pela diminuição
12/17 progressiva dos sulcos da rosca (6) e/ou pelo alargamento do dito cilindro (7) que assim empurra o dito grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e o politereftalato de etileno (2), entretanto fundido numa mistura de politereftalato de etileno e grafeno (3) o mais homogénea possível, contra as paredes do referido tambor do dito tubo (9), até que a dita mistura de politeref talato de etileno e grafeno (3) é atirada por força da pressão gerada para uma zona de dosagem (4) acabando por sair na forma de filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno.
Durante o dito processo de extrusão pode ser adicionado um colorante ao grafeno e/ou óxido de grafeno (1) e politereftalato de etileno (2).
dito colorante pode ter entre 0,001% e 20% do peso do grafeno e/ou óxido de grafeno (1).
O referido· colorante pode ser um raasterbatch sólido ou líquido.
A aludida adíçãc politereftalato de p r e d o m i n a n t e e s c u r g do colorante permite colorir o stileno (2) e atenuar ou alterar a cor provocada pela presença do grafeno.
Uma das diferenças fundamentais do presente invento face aos conhecidos, como é o caso do filme obtido através do processo de injeção, é que o dito filme de
13/17 politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno pode ser depois filtrado de impurezas, arrefecido e moldado na forma desejada, nomeadamente, mas não exclusivamente, na forma de garrafas e embalagens.
Uma das outras diferenças significativas do presente invento face aos já conhecidos é o facto do politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno fundidos resultarem num fluido de elevada viscosidade que, de acordo com a velocidade de extrusão e a temperatura do fundido, permite controlar o inchamento do extrudado ao sair da matriz e consequentemente a sua moldagem. Já no processo de injeção de grafeno no politereftalato de etileno, a injeção é aplicada num molde sem possibilidade de moldagem ou controlo da viscosidade.
presente invento, ao contrário dos já conhecidos, trata-se de um filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno em que a dispersão do grafeno no politereftalato de etileno é inferior a 3nm de diâmetro e, no caso de ser utilizado óxido de grafeno, a dispersão do óxido de grafeno no politerftalato de etileno é inferior a 23nm de diâmetro.
problema
As actuais soluções de garrafas e embalagens, mesmo as que eventualmente possam ser produzidas por processos de
14/17 injecção ou absorção, destinadas à conservação e distribuição de produtos alimentares, nomeadamente líquidos (ex. leite, iogurtes ou sumos de fruta) e ou medicamentos são pouco eficientes quando em exposição prolongada com o produto alimentar ou sujeitas a pressão ou dobragem, ou, para as tornar mais eficientes e seguras para o fim descrito, são sujeitas a processos mais complexos e com maior custo, nomeadamente através da aplicação de camadas de outros plásticos ou alumínios.
Os benefícios
1. Segurança alimentar
As características do grafeno e do óxido de grafeno acima descritas permitem, através da sua fusão com o politereftalato de etileno de acordo com o processo de extrusão explicado detalhadamente acima, obter um filme de plástico que pode ser utilizado na fabricação de garrafas e ou embalagens para a distribuição de produtos alimentares com maior resistência, maior impermeabilidade e melhor desempenho antibacteriano.
2. Vantagens económicas presente invento de um filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno que pode ser moldado para produzir garrafas e ou embalagens para a distribuição de produtos alimentares, em particular
15/17 líquidos, permite reduzir custos de produção (sem perda de eficiência) devido à utilização de um processo mais simples, menos demorado envolvendo a utilização de menos material. Para além do próprio grafeno e/ou óxido de grafeno poder ter um custo inferior ao das matériasprimas utilizadas nas outras soluções, se produzido (ou extraído da natureza) em quantidades industriais.
Acresce que este processo de adicionar e fundir o grafeno e/ou óxido de grafeno no politereftalato de etileno permite um maior controlo da viscosidade do material conseguido e com isso uma melhor modulação do material ao produto final pretendido, o que não é possível através das técnicas até hoje conhecidas.
A superior estabilidade dimensional, homogeneidade estrutural, sem degradação do politereftalato de etileno e sem formação de vazios, repuches ou contrapões durante este processo em comparação com os até agora conhecidos, evita um maior desperdício com as vantanges económicas que dai derviam.
3. Vantagens para o ambiente presente invento de um filme de politereftalato de etileno e grafeno e/ou óxido de grafeno que pode ser moldado para produzir garrafas e ou embalagens para a distribuição de produtos alimentares, em particular líquidos, devido às características acima descritas,
16/17 noineadamente devido à ligação covalente dos átomos resultante da. disposição hexagonal que tende a ser uma ligação forte, permite uma maior resistência resultando num menor desperdício de PET nocivo para o ambiente.
Para além disso, vários estudos demonstraram que o grafeno e óxido de grafeno são ecologicamente inócuos, cf. por exemplo Salas, Sun, Luttge & Tour, Reduction of Graphene Oxide via Bacterial Respiration, Sociedade Americana de Química (2010).
Aplicação industrial
Apesar de quase nenhuma empresa ter capacidade de produzir grafeno e/ou óxido de grafeno a nível industrial, existe pelo menos uma empresa italiana (Nanesa), que trabalha há mais de 4 anos em projectos com grafeno, presidida por um dos co-inventores da presente invenção, com a capacidade de produzir acima de 3 toneladas por ano de materiais nanométricos, nomeadamente o chamado Nanesa Nano Plaquetas de Grafeno (G2Nan) e o Nanexa óxido de Grafeno (GONan), logo a presente invenção tem aplicação industrial.
Porto, 20 de Maio de 2018
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Claims (2)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1- Processo para a obtenção politereftalato de etileno e caracterizado por compreender os de um filme de óxido de grafeno seguintes passos:
    adicionar entre P (massa por massa) de óxido de grafeno (1) ao politereftalato de etileno (2) por intermédio de extrusão em que o óxido de grafeno (1) é fundido e disperso de forma homogénea no politereftalato de etileno (2).
  2. 2- Processo para a obtenção de um filme de politereftalato de etileno e óxido de grafeno de acordo com a Revindicação 1 caracterizado por poder ser ainda adicionado grafeno.
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