BRPI1004530B1 - formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas - Google Patents

formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas Download PDF

Info

Publication number
BRPI1004530B1
BRPI1004530B1 BRPI1004530A BRPI1004530A BRPI1004530B1 BR PI1004530 B1 BRPI1004530 B1 BR PI1004530B1 BR PI1004530 A BRPI1004530 A BR PI1004530A BR PI1004530 A BRPI1004530 A BR PI1004530A BR PI1004530 B1 BRPI1004530 B1 BR PI1004530B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
formulation
pseudomonas
coconut fiber
days
fact
Prior art date
Application number
BRPI1004530A
Other languages
English (en)
Inventor
Clifford Sutton John
Bettiol Wagner
Barbosa Corrêa Élida
Original Assignee
Embrapa Pesquisa Agropecuaria
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Family has litigation
First worldwide family litigation filed litigation Critical https://patents.darts-ip.com/?family=45992988&utm_source=***_patent&utm_medium=platform_link&utm_campaign=public_patent_search&patent=BRPI1004530(B1) "Global patent litigation dataset” by Darts-ip is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Application filed by Embrapa Pesquisa Agropecuaria filed Critical Embrapa Pesquisa Agropecuaria
Priority to BRPI1004530A priority Critical patent/BRPI1004530B1/pt
Priority to PCT/BR2011/000401 priority patent/WO2012055000A1/pt
Priority to US13/881,936 priority patent/US10631544B2/en
Priority to CA2815564A priority patent/CA2815564C/en
Publication of BRPI1004530A2 publication Critical patent/BRPI1004530A2/pt
Publication of BRPI1004530A8 publication Critical patent/BRPI1004530A8/pt
Publication of BRPI1004530B1 publication Critical patent/BRPI1004530B1/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K35/00Medicinal preparations containing materials or reaction products thereof with undetermined constitution
    • A61K35/66Microorganisms or materials therefrom
    • A61K35/74Bacteria
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N63/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing microorganisms, viruses, microbial fungi, animals or substances produced by, or obtained from, microorganisms, viruses, microbial fungi or animals, e.g. enzymes or fermentates

Landscapes

  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Zoology (AREA)
  • Microbiology (AREA)
  • Wood Science & Technology (AREA)
  • Dentistry (AREA)
  • Environmental Sciences (AREA)
  • Plant Pathology (AREA)
  • Biotechnology (AREA)
  • Agronomy & Crop Science (AREA)
  • Virology (AREA)
  • Pest Control & Pesticides (AREA)
  • Mycology (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Molecular Biology (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Agricultural Chemicals And Associated Chemicals (AREA)
  • Pretreatment Of Seeds And Plants (AREA)
  • Cultivation Of Plants (AREA)
  • Natural Medicines & Medicinal Plants (AREA)

Abstract

formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas. a presente invenção diz respeito a uma formulação de bactérias em materiais de fibra vegetal e pode ser utilizada por meio da incorporação da formulação em solos e tratamento de sementes, bem como em solução nutritiva em sistemas hidropônicos, para a promoção de crescimento de plantas e/ou controle biológico de doenças. preferencialmente a formulação da presente invenção utiliza fibra de coco. uma vantagem da presente invenção é a possível substituição da turfa e de outros materiais orgânicos ou não, utilizados na formulação de inoculantes e de agentes de controle biológico bacterianos e fungicos pela fibra-de-coco.

Description

(54) Título: FORMULAÇÃO DE BACTÉRIAS PARA O BIOCONTROLE DE DOENÇAS DE PLANTAS E PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE PLANTAS (73) Titular: EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. CGC/CPF: 00348003000110. Endereço: Parque Estação Biológica PqEB/W3 - Norte (Final), Brasília, DF, BRASIL(BR), 70770-901 (72) Inventor: WAGNER BETTIOL; JOHN CLIFFORD SUTTON; ÉLIDA BARBOSA CORRÊA.
Prazo de Validade: 20 (vinte) anos contados a partir de 27/10/2010, observadas as condições legais
Expedida em: 21/11/2018
Assinado digitalmente por:
Alexandre Gomes Ciancio
Diretor Substituto de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados
1/19
FORMULAÇÃO DE BACTÉRIAS PARA O BIOCONTROLE DE DOENÇAS DE PLANTAS E PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE PLANTAS
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a uma formulação de bactérias em materiais de fibra vegetal e pode ser utilizada por meio da incorporação da formulação em solos e tratamento de sementes, bem como em solução nutritiva em sistemas hidropônicos, para a promoção de crescimento de plantas e/ou controle biológico de doenças. Preferencialmente a formulação da presente invenção utiliza fibra de coco.
Uma vantagem da presente invenção é a possível substituição da turfa e de outros materiais orgânicos ou não, utilizados na formulação de inoculantes e de agentes de controle biológico bacterianos e fungicos pela fibra-de-coco.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
A formulação de agentes de biocontrole é um passo fundamental para a utilização desses microrganismos na agricultura. Dentre as vantagens da formulação de bioagentes podem ser listados o aumento da vida-de-prateleira dos microrganismos, a eficácia, o crescimento e a sobrevivência no meio ambiente; aliados à compatibilidade com as práticas culturais (MARTIN, F.N.; LOPER, J.E. Soilbome plant diseases caused by Pythium spp.; ecology, epidemiology, and prospects for biological control. Criticai Reviews in Plant Sciences, v.18, n2, p. 111-181, 1999). Diferentes produtos podem ser utilizados na formulação de agentes de biocontrole, sendo esses orgânicos ou inorgânicos, como por exemplo, o talco, a turfa, a caulinita e a vermiculita (NAKKEERAN, S.; DILANTHA, W.G.F.; SIDDIQUI, Z.A. Plant growth promoting rhizobacteria formulations and its scope in commercialization for the management of pests and diseases. In. PGPR: Biocontrol and Biofertilization, Ed. Siddiqui, Z.A. p. 257296, 2005).
O estado da técnica mostra que a fibra de coco e a bactéria Pseudomonas já foram utilizados separadamente como parte da composição em formulações de controle biológico (W02009135289, US2009274646, JP2008120752, US2002146394,
2/19
WO200265836, DE29910002, ΖΑ9510628) e biofertilizantes (US7405181,
NL1005417, GB2252553, FR2722058, CN101624319, CN101497542,CN101468924, CN101284740, CN101054568, RO85118), mas nenhum desses documentos mostra a relação entre a utilização de fibras de coco e bactéria Pseudomonas para controle biológico de doenças de plantas, promoção de crescimento de plantas, biofertilizantes e com tamanha eficiência.
Formulações com bactérias Gram-positivas, como as do gênero Bacillus, são mais frequentes no mercado, quando comparadas com formulações de bactérias Gramnegativas, como, por exemplo, as pertencentes ao gênero Pseudomonas (BETTIOL, W.; MORANDI, M.A.B.; PINTO, Z. V.; PAULA-JÚNIOR, T.J.; CORRÊA, E.B.; MOURA, A.B.; LUCON, C. Μ. M.; COSTA, J. C. B.; BEZERRA, J.L. Bioprotetores comerciais para o controle de doenças de plantas - parte I. In. Revisão Anual de Patologia de Plantas, Ed. Luz, W.C. p. 111-148, 2009). Bactérias do gênero Bacillus produzem endósporos, estruturas de resistência que garantem ampla vida-de-prateleira para o produto formulado. Como exemplo da maior vida-de-prateleira de produtos formulados com os diferentes grupos de bactérias pode ser citada a de dois anos do produto Companion®, formulado com Bacillus subtilis GB03, e a vida-de-prateleira de 56 dias do produto Cedomon® e Cerall®, formulados com Pseudomonas chlororaphis, nas mesmas temperaturas.
Bactérias do gênero Pseudomonas possuem elevado potencial para o desenvolvimento de produtos comerciais, devido a alta efetividade no controle de doenças de plantas da parte aérea e do sistema radicular em diferentes tipos de cultivos (KHAN, A.; SUTTON, J.C.; GRODZINSKI, B. Effects of Pseudomonas chlororaphis and root rot in peppers grown in small-scale hydroponic troughs. Biocontrol Science and Technology, v. 13, n.6, p.615-630, 2003; NAKKEERAN, S., KAVITHA, K., CHANDRASEKAR, G., RENUKADEVI, P„ AND FERNANDO, W.G.D. Induction of plant defense compounds by Pseudomonas chlororaphis PA23 and Bacillus subtilis BSCBE4 in controlling damping-off of hot pepper caused by Pythium aphanidermatum. Biocontrol Science Technology, v.16, p. 403-416, 2006; STOCKWELL, V. O.; STACK, J.P. Using Pseudomonas spp. for integrated biological control. Phytopathology, v. 97, p.244-249, 2007).
3/19
Diversos mecanismos de ação de controle biológico de doenças de plantas têm sido descobertos com o estudo desse gênero de bactérias (BAKKER, P.A.H., PIETERSE, AND VAN LOON, L.C. Induced systemic resistence by fluoescent
Pseudomonas spp. Phytopathology, v. 97, p. 239-243, 2007; BLOEMBERG, G.V., AND LUGTENBERG, B.J.J. Molecular basis of plant growth promotion and biocontrol by rhizobacteria. Current Opinion of Plant Biology, v.4, p. 343-350, 2001; KLOEPPER, J.W.; TUZUN, S.; KUC, J. Proposed definitions related to induced disease resistance. Biocontrol Science Technology, v.2, p.349-351, 1992). Entretanto, são poucos os estudos com relação à formulação de Pseudomonas. Esse fato pode ser explicado devido à sensibilidade desse gênero às condições adversas, e consequentemente difícil formulação e aplicação comercial (PAULITZ, T.C.; BÉLANGER, R.R. Biological control in greenhouse systems. Annual Review Phytopathology, v.39, p. 103-133, 2001).
Formulações de espécies de Pseudomonas com substratos à base de talco e turfa foram sugeridas por Vidhyasekaran e Muthamilan (VIDHYASEKARAN, P.; MUTHAMILAN, M. Development of formulation of Pseudomonas fluorescens for control of chickpea wilt. Plant Disease, v. 79, p.782-785, 1995), Krishnamurthy e Gnanamanickan (KRISHNAMURTHY, K., AND GNANAMANICKAN, S.S. Biological control of rice blast by Pseudomonas fluorescens strain PÍ714: Evaluation of a marker gene and formulation. Biological control, v.13, p.158-165, 1998), Wiyono et al. (WIYONO, S.; SCHULZ, D.F.; WOLF, G.A. Improvement of the formulation and antagonistic activity of Pseudomonas fluorescens B5 through selective additives in the pelleting process. Biological Control, v. 46, p. 348-357, 2008), Kloepper e Schroth (KLOEPPER, J.W.; SCHROTH, M.N. Development of a power formulation of rhizobacteria for inoculation of potato seed pieces. Phytopathology, v.71, p.590-592, 1981), Nakkeeran et al. (NAKKEERAN, S., KAVITHA, K., CHANDRASEKAR, G., RENUKADEVI, P., AND FERNANDO, W.G.D. Induction of plant defense compounds by Pseudomonas chlororaphis PA23 and Bacillus subtilis BSCBE4 in controlling damping-off of hot pepper caused by Pythium aphanidermatum. Biocontrol Science Technology, v.16, p. 403-416, 2006), Vidhyasekaran e Muthamilan (VIDHYASEKARAN, P.; MUTHAMILAN, M. Evaluation of a powder formulation of Pseudomonas fluorescens Pfl for control of rice sheath blight. Biocontrol Science
4/19
Technology, v. 9, p. 67-74, 1999) e Vidhyasekaran et al. (VIDHYASEKARAN, P., SETHURAMAN, K., RAJAPPAN, AND VASUMATHI, K. Power formulations of Pseudomonas fluorescens to control pigeonpea wilt. Biological Control, v. 8, p.166171, 1997); com vida-de-prateleira variando de 2 meses a 4°C (KLOEPPER, J.W.; SCHROTH, M.N. Development of a power formulation of rhizobacteria for inoculation of potato seed pieces. Phytopathology, v.71, p.590-592, 1981) até 12 meses a 5°C (WIYONO, S.; SCHULZ, D.F.; WOLF, G.A. Improvement of the formulation and antagonistic activity of Pseudomonas fluorescens B5 through selective additives in the pelleting process. Biological Control, v. 46, p. 348-357, 2008).
Os resíduos agroindustriais obtidos por meio do processamento do coco verde ou maduro vêm sendo utilizados no beneficiamento de fibras, como combustíveis de caldeiras, na produção de tapetes e estofamentos e na formulação de substratos para uso agrícola. A utilização da fibra-de-coco em diversos segmentos industriais é uma alternativa para minimizar o impacto ambiental provocado por esse resíduo sólido (CEMPRE. Perfil de recicladora de fibras de coco. São Paulo, 1998. Reciclagem & Negócio:Fibra-de-coco.35p; ROSA, M. F.; SANTOS, J. S. S.; MONTENEGRO, A. A. T.; ABREU, F. A. P.; ARAÚJO, F. B. S.; NORÕES, E. R. Caracterização do pó da casca de coco verde usado como substrato agrícola. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2001. 6p. Comunicado Técnico, 5; MOREIRA, Μ. A., DANTAS, F.M., SANTOS, C.P. D., OLIVEIRA, L.M.D., AND MOURA, L.C. Produção de mudas de pimentão com o uso de pó de coco. Rev. Fap., v. 4, p. 19-26, 2008).
Pseudomonas chlororaphis 63-28 é um dos melhores isolados bacterianos utilizados para o controle de podridões radiculares e promoção de crescimento em cultivos em casa de vegetação no Canadá (PAULITZ, T.C.; BÉLANGER, R.R. Biological control in greenhouse systems. Annual Review Phytopathology, v.39, p. 103133, 2001), sendo um eficiente agente de controle biológico e promotor de crescimento em hidroponia (GAGNÉ, S.; DEHBI, L.; LE QUÉRÉ, D.; CAYER, F.; MORIN, J-L.; LEMAY, R.; FOURNIER, N. Increase of greenhouse tomato ffuit yields by plant growth-promoting rhizobacteria (PGPR) inoculated into the peat based growing media. Soil Biology Biochnology, v.25, p.269-272, 1993; LIU, W.; SUTTON, J.C.; GRODZINSKI, B.; KLOEPPER, J.W.; REDDY, M.S. Biological control of Pythium
5/19 root rot of chrysanthemum in small-scale hydroponic units. Phytoparasitica, v. 35, p.159-178, 2007; OWEN-GOING, T.N.; SUTTON, J.C; GRODZINSKI. Relationship of Pythium isolates and sweet pepper plants in single-plant hydroponic units. Canadian Journal of Plant Pathology, v. 25, p. 155-167, 2003). Além da eficiente competição por espaço e nutrientes com patógenos radiculares, o isolado bacteriano produz antibióticos, induz resistência nas plantas e produz hormônios de crescimento vegetal (PAULITZ, T.C.; BÉLANGER, R.R. Biological control in greenhouse systems. Annual Review Phytopathology, v.39, p. 103-133, 2001; ZHENG, J., SUTTON, J.C., AND YU, HI. Interactions among Pythium aphanidermatum,roots, root mucilage, and microbial agents in hydroponic cucumbers. Canadian Journal of Plant Pathology, v. 22, p. 368-379,
2000) . Devido à efetividade de Pseudomonas chlororaphis 63-28 como agente de biocontrole, em 1994 foi implantado o projeto SYNERGIE no Canadá, onde um dos intuitos era formular Pseudomonas chlororaphis 63-28 em turfa para a utilização em cultivos protegidos, com a vida-de-prateleira de seis meses a um ano. Os pesquisadores verificaram a maior sobrevivência do isolado 63-28 em turfa com a umidade de 100150% (v/v) e a menor sobrevivência em turfa com as umidades de 45% e 25%. No entanto, mesmo nas melhores umidades a população bacteriana declinou para níveis inferiores a 106ufc/g após 1 a 2 meses (PAULITZ, T.C.; BÉLANGER, R.R. Biological control in greenhouse systems. Annual Review Phytopathology, v.39, p. 103-133,
2001) .
No mercado internacional estão disponíveis os bioprodutos Cedomon® e Cerall® (Bioagri, Suécia) para o tratamento de sementes de aveia, cevada e trigo formulados com Pseudomonas chlororaphis. A vida-de-prateleira dos bioprodutos é de 56 dias quanto armazenados de 4 °C - 8 °C e de 21 dias em temperatura ambiente (LANTMANNEN BIOAGRI: http://www.bioagri.se/pseudomonas_eng.html, acesso em 25 de setembro de 2009). A formulação da presente invenção demonstra que Pseudomonas chlororaphis 63-28 possui vida-de-prateleira de 224 dias a 3±1°C quando formulada em fibra-de-coco. Demonstrando ser a fibra de coco de grande utilidade para a formulação dessa bactéria.
As barreiras para o uso comercial de Pseudomonas spp. incluem a falta de informações sobre a tecnologia de formulação que otimizem o custo de produção
6/19 massal e a aplicação dos agentes de biocontrole (WIYONO, S.; SCHULZ, D.F., WOLF, G.A. Improvement of the formulation and antagonistic activity of Pseudomonas fluorescens B5 through selective additives in the pelleting process. Biological Control, v. 46, p. 348-357, 2008). Os resultados encontrados no desenvolvimento da formulação com fibra de coco indicam a viabilidade de sua utilização para a formulação de Pseudomonas, devido a sua elevada vida-de-prateleira.
Uma outra aplicação da presente invenção está na utilização da formulação no desenvolvimento vegetal, principalmente em cultivos hidropônicos, visando a promoção de crescimento das plantas.
Desde o início do seu emprego em escala comercial, no ano de 1940, o cultivo hidropônico vem crescendo em todo o mundo (FURLANI, P.R.; BOLONHEZI, D.; SILVEIRA, L.C.P.; FAQUIN, V. Nutrição mineral de hortaliças, preparo e manejo de soluções nutritivas. Informe Agropecuário, v.20, n. 200/201, p. 90-98, 1999;, FURLANI, P.R. Simpósio IV - Pythium em sistemas hidropônicos - danos e perspectivas para o controle: Principais sistemas hidropônicos em operação no Brasil. Summa Phytopathologica, v. 34, p.146-147, 2008; STANGHELLINI, M.E.; RASMUSSEN, S.L. Hydroponics a solution for zoosporic pathogens. Plant Disease, v. 78, n. 12, p. 1129-1138, 1994). O crescimento do cultivo hidropônico é devido às vantagens proporcionadas na produção vegetal por esse sistema, como a padronização da produção, a antecipação do ciclo da cultura, a redução no uso da água, a eficiência do uso de fertilizantes e a maior produção por área (FURLANI, P.R.; BOLONHEZI, D.; SILVEIRA, L.C.P.; FAQUIN, V. Nutrição mineral de hortaliças, preparo e manejo de soluções nutritivas. Informe Agropecuário, v.20, n. 200/201, p. 90-98, 1999). Essas vantagens são em grande parte responsáveis pela utilização de solução nutritiva que fornece os nutrientes necessários, mantendo junto às raízes a composição e a concentração adequada de nutrientes, além do controle do pH da solução, mantendo esse em faixas adequadas para a absorção de nutrientes (FAQUIN, V.; FURLANI, P.R. 1999. Cultivo de hortaliças de folhas em hidroponia em ambiente protegido. Informe Agropecuário 20 : 99-104; FERNANDES, A.A.; MARTINEZ, H.E.P.; PEREIRA, P.R.G.; FONSECA, M.C.M. Produtividade, acúmulo de nitrato e estado nutricional de cultivares de alface, em hidroponia, em função de fontes de nutrientes. Horticultura
7/19
Brasileira, v.20, n.2, p.l 95-200, 2002; MEDEIROS, C.A.B.; ZIEMER, A.H., DANIELS, J.; PEREIRA, A.S. Produção de sementes pré-básicas de batata em sistemas Hidropônicos. Horticultura Brasileira, Brasília, v.20, n.l, p.l 10-114, 2002).
Atualmente, a produção hidropônica se concentra em hortaliças e flores, sendo empregada na produção de alface, rúcula, agrião, almeirão, couve, coentro, salsinha, cebolinha, salsão, tomate, pepino, pimentão, morango, tubérculos e flores (FAQUIN, V.; FURLANI, P.R. 1999. Cultivo de hortaliças de folhas em hidroponia em ambiente protegido. Informe Agropecuário 20 : 99-104; Chatterton, S.; Sutton, J. C. e Boland, G.J. 2004. Timing Pseudomonas chlororaphis applications to control Pythium aphanidermatum, Pythium dissotocum, and root rot in hydroponic peppers. Biological Control 30: 360-373; PAULITZ, T.C.; ZHOU, T. & RANKIN, L. Selection of rhizosphere bactéria for biological control of Pythium aphanidermatum on hydroponically-grown cucumber. Biological Control, v.2, p. 226-237. 1992.;
MEDEIROS, C.A.B.; ZIEMER, A.H.; DANIELS, J.; PEREIRA, A.S. Produção de sementes pré-básicas de batata em sistemas hidropônicos. Horticultura Brasileira, Brasília, v.20, n.l, p.l 10-114, 2002). No Brasil, a principal cultura produzida em hidroponia é a alface, sendo essa produção localizada principalmente próxima as regiões metropolitanas.
Desde a sua criação, os sistemas hidropônicos vêm sendo modificados para a melhor adaptação às condições ambientes e sócio econômicas de cada região, visando o aumento da qualidade e da produtividade das culturas (ANDRIOLO, J.L.; LUZ, G.L.; GIRALDI, C.; GODOI, R.S.; BARROS, G.T. Cultivo hidropônico da alface empregando substratos: uma alternativa a NFT?. Horticultura Brasileira.v.22, n.4, p.794-798, 2004). Os principais sistemas hidropônicos empregados são o nutrient film technique (NFT), o deep film technique (DFT) ou floating, o cultivo em substrato e a aeroponia. O sistema NFT é a técnica mais empregada no Brasil para o cultivo de hortaliças de folhas, onde a solução nutritiva é bombeada para os canais e escoa por gravidade, formando uma fina lâmina de solução que irriga as raízes. A técnica de DFT é empregada com a utilização de uma lâmina profunda de solução nutritiva (5 a 20 cm), onde as plantas são acondicionadas em mesa plana onde a solução circula por meio de bombeamento e gravidade. O cultivo em substratos é utilizado principalmente para as culturas que possuem elevado porte, como pepino, pimentão e tomate, onde a solução
8/19 nutritiva circula através do substrato, geralmente inerte, como a areia, a argila expandida, a vermiculita, a lã de rocha, a turfa e a fibra de coco, retomando ao tanque de solução nutritiva. No cultivo em aeroponia as raízes das plantas ficam suspensas recebendo água e nutrientes por atomizadores (FAQUIN, V.; FURLANI, P.R. 1999. Cultivo de hortaliças de folhas em hidroponia em ambiente protegido. Informe Agropecuário 20: 99-104).
Podridões radiculares causadas por espécies de Pythium são um sério problema para o cultivo hidropônico em todo o mundo. Cultivares resistentes não estão disponíveis para o produtor e não existe fungicidas registrados para o uso em hidroponia. A principal medida de controle da doença é o impedimento da entrada do patógeno no sistema. Uma vez instalada a doença, a sua supressão pode ser realizada por meio da adição de agentes de controle biológico na solução nutritiva. Além de controlarem a doença, a introdução de microrganismos benéficos pode promover o crescimento das plantas, aumentando a receita do produtor. A presente invenção
Atualmente, os principais produtos estudados e utilizados para a formulação de bactérias do gênero Pseudomonas são talco, turfa, serragem, terra diatomácea, bentonita, farinha de algodão, vermiculita e farelo de trigo. Uma das vantagem da presente tecnologia está em se utilizar um substrato orgânico, abundante como resíduo no Brasil, que não contamina e não degrada o meio ambiente.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a uma formulação bacteriana para incorporação em solos e tratamento de sementes, bem como em solução nutritiva para sistemas hidropônicos, visando a promoção de crescimento de plantas e/ou controle biológico de doenças.
Uma das concretizações da invenção é uma formulação caracterizada por compreender:
(a) células de microorganismos;
(b) material de fibra vegetal;
(c) água em quantidade suficiente para manter viáveis as células dos
9/19 microrganismos;
(d) opcionalmente, aditivos nutrientes ou fatores de crescimento selecionado do grupo consistindo de açúcares, aminoácidos, proteínas, sais e semelhantes, ou suas misturas.
(e) opcionalmente adjuvantes selecionados de agentes osmótico-reguladores, agentes de tamponamento ou de ajuste de pH
Uma segunda concretização da invenção diz respeito ao uso da formulação caracterizada pelo fato da dita formulação ser aplicada às sementes e qualquer material propagativo destinados ao plantio.
Uma terceira concretização da invenção diz respeito ao uso da formulação caracterizada pelo fato de dita formulação ser aplicada em culturas hidropônicas.
Uma quarta concretização da invenção diz respeito a um método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação em uma quantidade eficaz para controlar uma praga biológica.
Uma quinta concretização da invenção diz respeito a um método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação em uma quantidade eficaz para permitir o desenvolvimento de plantas hidropônicas.
Uma sexta concretização da invenção diz respeito a um material propagativo de plantas caracterizado pelo fato de serem tratadas com a formulação.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
Figura 1 - Gráficos ilustrando a sobrevivência (Vida-de-prateleira) de Pseudomonas chlororaphis 63-28 em fibra de coco acrescida ou não de carboximetilcelulose (CMC) ou goma xantana (XAN) nas temperaturas de 3±1°C (A) e 22±1°C (B).
Figura 2 - Gráficos ilustrando a sobrevivência (Vida-de-prateleira) de Pseudomonas aureofaciens TX-1 (A-B) e Pseudomonas chlororaphis 63-28 (C-D) e em fibra de coco com diferentes umidades nas temperaturas de 3±1°C e 22±1°C
Figura 3 — Gráficos ilustrando a sobrevivência de Pseudomonas chlororaphis 63-28 em água, óleo de canola e tampão MgSO4 O,1M nas temperaturas de 3±1°C (A) e 22±1°C
10/19 (Β).
Figura 4 — Gráfico mostrando o crescimento foliar de uma folha jovem de planta de alface hidropônica após infestação da solução nutritiva ou não com células de Pseudomonas chlororaphis 63-28 multiplicada por dois dias ou Pseudomonas chlororaphis 63-28 formulada em fibra de coco e armazenada porl40 dias. Figura 5 - Gráfico mostrando a taxa de crescimento foliar de plantas de alface hidropônica após infestação da solução nutritiva ou não com células de com Pseudomonas chlororaphis 63-28 (2 dias) ou Pseudomonas chlororaphis 63-28 (140 dias).
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a uma formulação de bactérias em materiais de fibra vegetal e pode ser utilizada por meio da incorporação da formulação em solos e tratamento de sementes, bem como em solução nutritiva em sistemas hidropônicos, para a promoção de crescimento de plantas e/ou controle biológico de doenças.
A formulação da presente invenção é caracterizada pelo fato de compreender:
(a) células de microorganismos;
(b) material de fibra vegetal;
(c) água em quantidade suficiente para manter viáveis as células dos microrganismos;
(d) opcionalmente, aditivos nutrientes ou fatores de crescimento;
(e) opcionalmente adjuvantes selecionados de agentes osmótico-reguladores, agentes de tamponamento ou de ajuste de pH.
O termo “microrganismo” refere-se a organismos microscópicos tais como bactérias, vírus, fungos e protozoários. Preferencialmente a presente invenção tem como microorganismos os organismos escolhidos do grupo das bactérias. “Bactérias” referem-se a organismos procariotos, com exceção das cianofíceas. A invenção possui uso sobre várias espécies de bactérias, que incluem, mas não estão limitadas ao grupo das Actinobacteria, Aquificae, Bacteroidetes/grupo Chlorobi, Chlamydiae/ grupo
11/19
Verrucomicrobia, Chloroflexi, Chrysiogenetes, Cyanobacteria, Gloeobacteria, Nostocales, Oscillatoriales, Pleurocapsales, Prochlorales, Stigonematales, Deferribacteres, Deinococcus-Thermus, Dictyoglomi, Fibrobacteres/grupo Acidobacteria, Firmicutes, Fusobacteria, Gemmatimonadetes, Nitrospirae, Planctomycetes, Proteobacteria, Spirochaetes, Thermodesulfobacteria, Thermotogae. Preferencialmente a invenção utiliza-se de bactérias selecionadas do grupo das rizobactérias promotoras de crescimento de planta, incluindo Pseudomonas spp, Herbaspirillum spp., Azospirillum spp., Gluconacetobacter spp., Burkholderia spp., e Bacillus spp. Mais preferencialmente a invenção diz respeito às Pseudomonas.
As células dos microorganismos utilizadas na presente invenção são definidas como sendo unidades formadoras de colônias. Preferencialmente para a presente invenção foram utilizadas delxlCfalxlO11 unidades formadoras de colônia (ufc)/ mL.
Conforme utilizado aqui o termo “material vegetal” significa todo e qualquer material oriundo de vegetais tais como cascas e outros componentes fibrosos de sementes e frutas, e caules das plantas. Preferencialmente para a presente invenção foram utilizados fibras de coco. A fibra de coco da presente invenção pode ser utilizada da seguinte forma: moída em diferentes granulometrias, associadas com aditivos para correção de acidez e condutividade elétrica. A quantidade de fibra de coco utilizada irá depender da sua granulometria, podendo ser de 1 mm até 10 mm. Essa granulometria vai depender da utilização da formulação. Para hidroponia, tratamento de semente, pulverização e irrigação será a menor possível (<2 mm). Por outro lado, para mistura com substrato ou solo poderá ser até de 1 a 10 mm. Preferencialmente para a presente invenção a fibra de coco foi peneirada em peneiras com a abertura de 2 mm e foi utilizada na proporção de 10:1 (10 g de fibra de coco:l ml de suspensão de células da bactéria.
A presente invenção é caracterizada pelo fato dos aditivos nutrientes ou fatores de crescimento serem selecionados do grupo consistindo de açúcares, aminoácidos, proteínas, sais e semelhantes, ou suas misturas.
A presente invenção trabalha ainda com adjuvantes selecionados de agentes osmótico-reguladores, agentes de tamponamento ou de ajuste de pH. Preferencialmente
12/19 a invenção utiliza como adjuvantes carboximetilcelulose, goma arábica, alginato de sódio e semelhantes. Preferencialmente a invenção utiliza carbonato de cálcio (CaCO3) como agente de aiuste de pH para a neutralização do mesmo na formulação.
A formulação da presente invenção pode ser utilizada em controle biológico de doenças e pragas. As pragas de atuação da formulação podem ser, mas não estão limitadas as pragas selecionadas do grupo contendo lagartas, cancro, ácaros, traças, vermes, insetos de fungos, besouros, cochonilhas, moscas brancas, gafanhotos, besouros de pulga, centopeias, pulgões, aranhas, formigas e larvas de insetos. As doenças de atuação da formulação podem ser as causadas por fungos, bactérias, fungos, patógenos produtores de zoósporos, patógenos veiculados ao solo, patógenos de raiz e patógenos de parte aérea de planta. O controle de doenças de parte aérea é feito por meio do mecanismo de indução de resistência. Particularmente a formulação da presente invenção atua sobre organismos do reino Stramenopila do filo Oomicota da família Pythiaceae do gênero Pythium, e patógenos produtores de zoósporos.
A formulação da invenção pode ser aplicada às sementes e qualquer material propagativo destinados ao plantio. A formulação da invenção pode estar suspensa em água ou dispersível, pó, em forma de grânulos, ou na forma de um pó de revestimento de sementes.
A formulação da invenção pode ser aplicada em culturas hidropônicas, substratos de produção de mudas, substrato para crescimento de plantas, solos, solução nutritiva e água de irrigação. Na solução nutritiva e água de irrigação a formulação pode ser aplicada diretamente nos tanques. Por outro lado, nos substratos e solos pode ser misturada antes da semeadura/plantio e após via água de irrigação.
A invenção também descreve um método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação da invenção em uma quantidade eficaz para controlar uma praga biológica. O termo “quantidade eficaz” pode ser definido como sendo a quantidade necessária para matar ou reduzir uma determinada praga de uma cultura ou a quantidade necessária para permitir o desenvolvimento de plantas. A quantidade da formulação irá depender do tipo de praga e cultura. Para a presente invenção foi utilizado como modelo biológico o patossistema alface x Pythium aphanidermatum. Preferencialmente para a presente invenção a concentração final utilizada foi de 107 ufc/mL de solução nutritiva.
13/19
A formulação da invenção pode ser aplicada às sementes, mudas e qualquer material propagativo destinado ao plantio. Os materiais propagativos da presente invenção podem ser mas não estão limitados a mudas, sementes, estaca, borbulhas, galhos, porta-enxertos, colmo e todas as partes das plantas passíveis de serem propagadas.
A formulação da invenção pode ainda ser aplicada a substrato de cultivo e na solução nutritiva.
A invenção também descreve um método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação em uma quantidade eficaz para permitir o desenvolvimento de plantas hidropônicas bem como substrato de produção de mudas, de crescimento de plantas e solos. A quantidade da formulação para permitir o desenvolvimento de uma planta irá depender do tipo de cultura. Para a presente invenção foi estudada a cultura da alface. A formulação foi aplicada na solução nutritiva adicionando-se suspensões na concentração final de 107 ufc/mL de solução nutritiva. A formulação para a utilização em cultivos hidropônicos deve ter a granulometria adequada (inferior a 2 mm) para que não ocorra o entupimento do sistema. Formulações para a utilização em cultivos hidropônicos que utilizem substrato orgânico não possuem restrições quanto a granulometria.
A formulação da presente invenção pode ser usada na forma de composição suspensa em água ou dispersível, em grânulos, ou na forma de um pó de revestimento de sementes e outros órgãos de propagação.
EXEMPLOS
A presente invenção é ainda definida nos seguintes exemplos. Deve ser entendido que esses exemplos, enquanto indicam parte da invenção, são colocados como forma de ilustração somente, não tendo, portanto, qualquer cunho limitante do escopo das presentes invenções.
Exemplo 1 - Obtenção das Bactérias
Os isolados de bactérias utilizados na presente invenção foram Pseudomonas aureofaciens cepa Tx-1 e Pseudomonas chlororaphis cepa 63-28. Ambos os isolados pertencem à coleção de cultura da Universidade de Guelph, Canadá e foram obtidos da
14/19 empresa Eco Soils Systems, Inc., San Diego, Canadá.
Exemplo 2 - Multiplicação das bactérias
Isolados de Pseudomonas spp. foram cultivados em meio líquido “Tryptic Soy Broth” (TSB - 3 a 10 g/litro de água) por 48 h em agitador a 150 rpm sob a temperatura de 22±1°C. Após 48 h a suspensão bacteriana foi centrifugada a 2000 g por 15 min, sendo as células ressuspendidas e lavadas por meio da centrifugação a 2000 g por 10 min em tampão MgSO4 0,lM.
Exemplo 3 - Aplicação das células bacterianas na fíbra-de-coco
Para a avaliação da vida-de-prateleira de Pseudomonas spp. em fibra-de-coco foi necessário peneirar-se a fibra, para tanto foi moída e passada em peneira com a abertura de 425 pm e neutralizar-se o pH (7) com CaCO3.
Em sacos de polipropileno compostos de aberturas para a troca de oxigênio, adicionou-se o volume de 90 mL de fibra-de-coco moída e peneirada, previamente esterilizados, sendo a esterilização realizada por meio da autoclavagem por três dias alternados a 120°C. As suspensões bacterianas na concentração de contendo 5 x 109 unidades formadoras de colônia (ufc)/mL foram adicionadas à fibra-de-coco de modo que a umidade da fibra-de-coco fosse ajustada para 75-80%. Os sacos de polipropileno contendo a fibra-de-coco com as suspensões bacterianas foram acondicionados a 3±1°C e 22±1°C, de modo que, a temperatura de 3±1°C proporcionasse maior vida-deprateleira.
Avaliações semanais ou mensais foram realizadas para a avaliação da população bacteriana por meio do plaqueamento em meio TSB acrescido de Ágar.
Exemplo 4 - Avaliação da vida-de-prateleira Paei/Jo/nonas chlororaphis 63-28 e Pseudomonas aureofaciens TX-1 em fibra de coco com diferentes umidades
Para a avaliação da vida-de-prateleira de P. chlororaphis 63-28 e P. aureofaciens TX-1 em fibra de coco (Optimum Hydroponix, Canadá) peneirou-se a
15/19 fibra em peneira com a abertura de 425pm e neutralizou-se o pH com CaCO3. O volume de 90 mL de fibra de coco foi adicionado em sacos de polipropileno compostos de aberturas para a troca de oxigênio. A esterilização do substrato foi realizada por meio da autoclavagem por 3 dias alternados a 120°C. Após autoclavagem as suspensões bacterianas foram adicionadas à fibra de coco. As umidades da fibra de coco foram ajustadas para 25%, 45% e 75%. Os sacos de polipropileno contendo a fibra de coco com as suspensões bacterianas foram acondicionados a 3±1°C e 22±1°C durante 120 dias. Avaliações mensais foram realizadas para a avaliação da população bacteriana por meio do plaqueamento em meio TSB acrescido de Ágar, e da umidade dos substratos.
Exemplo 5 - Avaliação da vida-de-prateleira de Pseudomonas chlororaphis 6328 em fibra de coco, talco e turfa
Maior vida-de-prateleira de P. chlororaphis 63-28 em fibra de coco, com a adição ou não dos aditivos carboximetilcelulose ou goma xantana, foi verificada a 3±1°C, quando comparada com a vida-de-prateleira das formulações armazenadas a 22±1°C (Figura 1).
Diferenças estatísticas foram encontradas nas 19a, 32a e 37a semanas de armazenamento, onde a sobrevivência da bactéria foi superior na fibra de coco sem aditivos a 3±1°C (Figura IA). A adição de carboximelticelulose não aumentou a sobrevivência das bactérias e a adição de goma xantana teve efeito negativo na sobrevivência de P. chlororaphis 63-28 a 3±1°C (Figura 1 A).
Quando armazenada a 22±1°C a população bacteriana decaiu uma unidade log ufc mL1 de substrato após três semanas. Não foram verificadas diferenças com relação aos aditivos na formulação, mantendo-se na mesma unidade log ufc mL1 nas formulações fibra de coco adicionada ou não de aditivos até cinco semanas de armazenamento (Figura 1B). Após nove semanas de armazenamento a 22±1°C, menor população bacteriana foi verificada na fibra de coco com a adição de goma xantana, sendo que não foram encontradas diferenças estatísticas entre fibra de coco adicionada ou não de carboximetilcelulose (Figura 1B). Diferenças estatísticas também foram encontradas após 27 semanas de armazenamento a 22±1°C, onde se verificou maior população da bactéria em fibra de coco adicionada de goma xantana, seguido de fibra de coco sem aditivos, e com a menor sobrevivência em fibra de coco adicionada de
16/19 carboximetilcelulose (Figura 1B).
As formulações da bactéria em turfa e talco não propiciaram a manutenção da sobrevivência da bactéria em elevadas populações, sendo que decaíram três unidades log ufc mL1 após a sua aplicação nos substratos (dados não mostrados).
Exemplo 6 - Avaliação da vida-de-prateleira de Pseudomonas chlororaphis 6328 e Pseudomonas aureofaciens TX-1 em fibra de coco com diferentes umidades
A temperatura de 3±1°C foi mais eficiente na conservação da vida-de-prateleira de Pseudomonas spp. quando comparada com a temperatura de 22±1°C (Figura 2). A formulação de Pseudomonas spp. em fibra de coco com a umidade de 75% proporcionou maior sobrevivência bacteriana quando comparada com 45% ou 25% de umidade (Figura 2). A umidade de 25% causou a maior redução na população bacteriana ao longo do tempo, independente da espécie bacteriana utilizada (Figura 2).
A população de P. aureofaciens TX-1 a 3±1°C teve comportamento semelhante em fibra de coco com as umidades de 45% e 75% até aos 60 dias de armazenamento. Aos 90 dias de armazenamento a população bacteriana foi superior no substrato com 75% de umidade, não diferindo aos 120 dias de armazenamento. Fibra de coco com 25% de umidade apresentou os menores valores de população bacteriana em todos os períodos avaliados (Figura 2A).
Quando armazenada a 22±1°C a população de P. aureofaciens TX-1 foi superior em fibra de coco com 75% de umidade aos 30 dias de armazenamento, seguida por fibra de coco com 45% e 25% de umidade, respectivamente (Figura 2B). Aos 60 dias de armazenamento não foram encontradas diferenças entre as umidades 75% e 45%, sendo que a umidade de 25% proporcionou a menor sobrevivência. Aos 90 e 140 dias de armazenamento a fibra de coco com 75% de umidade proporcionou melhor sobrevivência de P. aureofaciens TX-1, quando comparada com a umidade de 45%. Não foi possível a recuperação das células bacterianas no meio de cultura da fibra de coco com 25% de umidade aos 90 e 140 dias de armazenamento (Figura 2B).
A formulação de P. chlororaphis 63-28 em fibra de coco com a umidade de 75% na temperatura de 3±1°C manteve-se na mesma unidade log ufc/mL de substrato durante os 140 dias de armazenamento (Figura 2C). Aos 30 dias não foram encontradas diferenças estatísticas na população bacteriana entre as umidades de 75% e 45%. No
17/19 entanto, a umidade de 25% apresentou o menor valor de ufc (Figura 2C). Durante os 60 e 90 dias de armazenamento a população bacteriana foi superior na umidade de 75%, seguida por 45% e 25%, respectivamente. Aos 120 dias verificou-se maior população bacteriana na fibra de coco com 75%, onde não foram encontradas diferenças a 45% e 25% na temperatura de 3±1°C (Figura 2C).
O armazenamento de P. chlororaphis 63-28 a 22±1°C causou redução de uma unidade log ufc/mL de substrato na população bacteriana na umidade de 75% aos 90 dias de armazenamento (Figura 2D). Aos 30 dias, a população de P. chlororaphis 63-28 apresentou os maiores valores de ufc quando a umidade foi de 75%, seguido de 45 e 25%, respectivamente (Figura 2D). Durante os 60 até os 120 dias de armazenamentoa população bacteriana foi similar na fibra de coco com 75% ou 45% de umidade, com os menores valores de ufc no substrato com 25% de umidade (Figura 2D).
Exemplo 7 - Avaliação da vida-de-prateleira de Pseudomonas chlororaphis 6328 em água, óleo de canola e tampão de sulfato de magnésio
A temperatura de 3±1°C proporcionou melhor sobrevivência de P. chlororaphis 63-28 do que a temperatura de 22±1°C, independentemente da suspensão utilizada para a conservação da bactéria (Figura 3). Com relação às suspensões utilizadas, a utilização de água e tampão proporcionou melhor sobrevivência bacteriana quando comparada com o óleo de canola (Figura 3). A sobrevivência de P. chlororaphis 63-28 na temperatura de 3±1°C foi superior em água após 15 e 120 dias de armazenamento, seguida de tampão e óleo de canola, respectivamente (Figura 3A). Durante 30, 60 e 90 dias de armazenamento não foram encontradas diferenças estatísticas entre água e tampão. No entanto, o óleo de canola apresentou os menores valores de ufc quando considerado a sua sobrevivência (Figura 3A). Diferenças estatísticas não foram encontradas com relação a população bacteriana em água e tampão durante o decorrer do experimento a 22±1°C (Figura 3B). No entanto, as suspensões em óleo de canola apresentaram os menores valores de ufc em todos os períodos avaliados (Figura 3B).
Exemplo 8 - Promoção de crescimento de alface hidropônica por Pseudomonas chlororaphis 63-28
A partir do quinto dia após a infestação da solução nutritiva com as suspensões bacterianas verificou-se maior crescimento foliar das plantas nos tratamentos com a
18/19 infestação das suspensões bacterianas (Figura 4).
Os dados na Figura 5 demonstram maior taxa de crescimento foliar nas plantas de alface infestadas com os isolados bacterianos. Picos de crescimento foliar foram verificados aos dois e cinco dias após a infestação da solução nutritiva com P. chlororaphis 63-28 (formulada em fibra de coco e com 140 dias de armazenamento) ou sem a infestação com as células bacterianas, e aos dois, quatro e seis dias após a infestação da solução nutritiva com P. chlororaphis 63-28 (multiplicada por 2 dias e utilizada sem formulação) (Figura 5). No entanto, os valores das áreas abaixo das curvas de crescimento e das taxas de crescimento foliares não foram significativos pelo teste F (Tabela 1).
Tabela 01. Efeito da infestação da solução nutritiva ou não de alface hidropônica com Pseudomonas chlororaphis 63-28 multiplicada por dois dias ou Pseudomonas chlororaphis 63-28 formulada em fibra de coco e armazenada por 140 dias, aos oito dias após a infestação das das plantas com sobre a área de crescimento foliar e a área da taxa de crescimento foliar._____________________________________________________
Tratamentos Area de Area da taxa de crescimento crescimento foliar ______
Testemunha 938,27*64,76
Pseudomonas chlororaphis (2 dias) 976,7371,82
Pseudomonas chlororaphis (140 dias) 967,9572,21
-ç--------------------- - ........ ... —' '——
Dados sem letra foram significativos pelo teste F.
A infestação da solução nutritiva com P. chlororaphis preservada em fibra de coco por 140 dias promoveu o desenvolvimento do sistema aéreo de alface hidropônica, diferindo estatisticamente da testemunha sem inoculação (Tabela 2). A utilização de células da bactéria cultivadas em TSB por dois dias promoveu o desenvolvimento do sistema aéreo das plantas, mas a diferença não foi estatisticamente significativa do tratamento testemunha sem a infestação com as bactérias (Tabela 2). Os dados de massa do sistema radicular não diferiram pelo teste F (Tabela 2).
19/19
Tabela 2. Efeito da infestação ou não da solução nutritiva de plantas de pimentão hidropônico com Pseudomonas chlororaphis 63-28 cultivada por dois dias ou formulada em fibra de coco e preservada a 3±1°C por 140 dias sobre a massa de alface hidropõnica.
Tratamento Fresca do sistema aéreo (g) Fresca do sistema radicular (g) Fresca total (g) Seca do sistema aéreo (g) Seca do sistema radicular (g) Seca total (g)
Testemunha 88,65* b 8,33* 96,98 b 5,02 b 0,36 5,38 b
Pseudomonas 92,76 b 8,47 101,23 b 5,27 ab 0,38 5,65 ab
chlororaphis
(2 dias)
Pseudomonas 103,13 a 8,69 111,82 a 5,79 a 0,39 6,18 a
chlororaphis (140 dias)_____________________________________________________________________________ *Dados seguidos pela mesma letra não foram significativos no teste LSD, a 5%. ** Dados sem letra não foram significativos no teste F.
1/2

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Formulação caracterizada pelo fato de compreender:
    a) uma quantidade eficaz de células de bactérias do gênero Pseudomonas;
    b) material de fibra de coco moída;
    c) água em quantidade suficiente para manter viáveis as células dos microrganismos, resultando em teor de umidade de pelo menos 45%;
    d) opcionalmente, aditivos nutrientes ou fatores de crescimento selecionado do grupo consistindo de açúcares, aminoácidos, proteínas, sais e semelhantes, ou suas misturas;
    e) opcionalmente, adjuvantes selecionados de agentes osmótico-reguladores, agentes de tamponamento ou de ajuste de pH.
  2. 2. Formulação de acordo com a reivindicação de 1 caracterizada pelo fato de ser utilizada em controle biológico de doenças e pragas de plantas.
  3. 3. Formulação de acordo com a reivindicação 2 caracterizado pelo fato de as pragas serem selecionadas do grupo contendo lagartas, cancro, ácaros, traças, vermes, besouros, cochonilhas, moscas brancas, gafanhotos, besouros de pulga, centopéias, pulgões, aranhas, formigas e larvas de insetos.
  4. 4. Formulação de acordo com a reivindicação 2 caracterizada pelo fato de as doenças serem causadas por bactérias, fungos, patógenos produtores de zoósporos, patógenos veiculados ao solo, patógenos de raiz e patógenos de parte aérea de planta.
  5. 5. Formulação de acordo com a reivindicação 4 caracterizada pelo fato de os patógenos veiculados ao solo pertencerem ao gênero Pythium.
  6. 6. Formulação de acordo com a reivindicação de 1 caracterizada pelo fato de ser utilizada para promoção de crescimento de plantas.
  7. 7. Formulação de acordo com a reivindicação 1 caracterizada pelo fato de a formulação ser usada na forma de composição suspensa em água ou dispersível, em grânulos, ou na forma de um pó de revestimento de sementes e outros órgãos de propagação.
  8. 8. Uso da formulação definida na reivindicação 1 caracterizado pelo fato de dita
    Petição 870180132725, de 21/09/2018, pág. 9/10
    2/2 formulação ser aplicada às sementes, mudas e qualquer material propagativo destinado ao plantio.
  9. 9. Uso da formulação definida na reivindicação 1 caracterizada pelo fato de dita formulação ser aplicada a substrato de cultivo e na solução nutritiva para o cultivo de plantas em hidroponia ou em solo.
  10. 10. Uso da formulação definida na reivindicação 1 caracterizado pelo fato de ser aplicada em culturas hidropônicas, bem como substrato de produção de mudas, de crescimento de plantas e solos.
  11. 11. Método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7 em uma quantidade eficaz para controlar uma praga biológica ou doença de planta.
  12. 12. Método caracterizado pelo fato de aplicar a formulação da reivindicação 1 em uma quantidade eficaz para permitir o desenvolvimento de plantas.
    Petição 870180132725, de 21/09/2018, pág. 10/10
    1/4
    Fibra de coco i>.......Fibra de coco + CMC )(' Fibra de coco + XAN o
    6 ............-................... ......................-...................................-................-............-..............-.....-.............-............-...............:......-.....................'........................................................................
    0 3 5 9 16 19 22 27 32 37
    3 5
    16 19
    22 27 32
    Tempo de estocagem (semanas) de Pseudomonas chlororaphis 63-28
    FIGURA 1
    2/4 Fibra de coco 25% deumidade .........Fibra de coce 450.¾ de umidade logio ufc/mL _ logio ufc/mL
    0 ’>O 60 OO 120
    Tempo de estocagem (dias) de Pseudomonas aureofaciens TX-1
    Fibra de coce ?j% de umidade
    Fibra Je coco 4^% de umidade
    Fibra de coco 7 5% de umidade
    Tempo de estocagem (dias) de Pseudomonas chororaphis 63-28
    Tempo de estocagem (dias) de Pseudomonas chororaphis 63-28
    Tempo de estocagem (dias) de Pseudomonas aureofaciens TX-1
    FIGURA 2
    3/4
    Sobrevivência de Pseudomonas chororaphis Sobrevivência de Pseudomonas chororaphis
    63-28 (logio ufc/mL) 63-28 (logio ufc/mL)
    Tampão
    Agua —&— Óleo
    6 4..............................................................T..............................-......................-........r........................ -1.......-............. -.............................:....................................................
    0 15 30 60 90 120
    Tempo de estocagem de Pseudomonas chlororaphis 63-28
    FIGURA 3
    4/4
    Crescimento foliar (cm2) „ ,. , 2x
    Area foliar (cm )
    FIGURA 4
    Testemunha
    P. chlororaphis (2 dias) —P. chlororaphis (140 dias)
    1 2
    3 4
    5 6 7
    Dias
    FIGURA 5
BRPI1004530A 2010-10-27 2010-10-27 formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas BRPI1004530B1 (pt)

Priority Applications (4)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BRPI1004530A BRPI1004530B1 (pt) 2010-10-27 2010-10-27 formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas
PCT/BR2011/000401 WO2012055000A1 (pt) 2010-10-27 2011-10-27 Formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas
US13/881,936 US10631544B2 (en) 2010-10-27 2011-10-27 Bacterial formulation for biocontrol of plant diseases and promotion of plant growth
CA2815564A CA2815564C (en) 2010-10-27 2011-10-27 A bacterial formulation for biocontrol of plant diseases and promotion of plant growth

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BRPI1004530A BRPI1004530B1 (pt) 2010-10-27 2010-10-27 formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas

Publications (3)

Publication Number Publication Date
BRPI1004530A2 BRPI1004530A2 (pt) 2013-05-21
BRPI1004530A8 BRPI1004530A8 (pt) 2018-03-20
BRPI1004530B1 true BRPI1004530B1 (pt) 2018-11-21

Family

ID=45992988

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI1004530A BRPI1004530B1 (pt) 2010-10-27 2010-10-27 formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas

Country Status (4)

Country Link
US (1) US10631544B2 (pt)
BR (1) BRPI1004530B1 (pt)
CA (1) CA2815564C (pt)
WO (1) WO2012055000A1 (pt)

Families Citing this family (6)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US9386774B2 (en) 2014-12-16 2016-07-12 Heliae Development, Llc Application of mixotrophic chlorella for the improved yield and quality of solanaceae plants
WO2019094715A1 (en) 2017-11-10 2019-05-16 Heliae Development, Llc Biomass compositions
CA3136475A1 (en) 2019-04-30 2020-11-05 AVA Technologies Inc. Gardening apparatus
USD932346S1 (en) 2020-01-10 2021-10-05 AVA Technologies Inc. Planter
USD932345S1 (en) 2020-01-10 2021-10-05 AVA Technologies Inc. Plant pod
CA3174462A1 (en) * 2020-03-04 2021-09-10 Tu Biomics, Inc. Compositions comprising l-lactic acid and acetic acid for inhibiting fungal pathogens and methods related thereto

Family Cites Families (4)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB8900313D0 (en) * 1989-01-06 1989-03-08 Agricultural Genetics Co Seed coatings
ZA9510628B (en) * 1994-09-16 1996-07-03 Marianne Wilma Venter Methods of and products for stimulating plant growth and protecting plant root systems from attack
US6406882B1 (en) * 2000-03-27 2002-06-18 Council For Scientific And Industrial Research Immobilized microbial consortium for the treatment of phenolic waste-water from petroleum refineries
US20070261299A1 (en) * 2006-05-04 2007-11-15 Paul Kephart Biodegradable modular roofing tray and method of making

Also Published As

Publication number Publication date
WO2012055000A1 (pt) 2012-05-03
US20140026258A1 (en) 2014-01-23
CA2815564C (en) 2023-02-21
CA2815564A1 (en) 2012-05-03
BRPI1004530A8 (pt) 2018-03-20
US10631544B2 (en) 2020-04-28
BRPI1004530A2 (pt) 2013-05-21

Similar Documents

Publication Publication Date Title
Kandula et al. Trichoderma species for biocontrol of soil-borne plant pathogens of pasture species
CN101124915B (zh) 一种防治农作物土传病害的生防菌复配剂及制备方法
Jayaraj et al. Development of new formulations of Bacillus subtilis for management of tomato damping-off caused by Pythium aphanidermatum
BRPI0709328B1 (pt) método de estimulação e provimento de um efeito aditivo com o rizóbio na produção de nódulos de fixadores de nitrogênio em legumes e para acentuar o crescimento da planta
BRPI1004530B1 (pt) formulação de bactérias para o biocontrole de doenças de plantas e promoção de crescimento de plantas
CN105859381A (zh) 一种复合微生物发酵有机肥及其制备方法
Watanabe et al. Effects of soil pH on rhizoctonia damping-off of sugar beet and disease suppression induced by soil amendment with crop residues
CN102657155B (zh) 一种锯木屑作载体的杀线虫颗粒剂及其制备方法
Bacilio et al. Restoration of giant cardon cacti in barren desert soil amended with common compost and inoculated with Azospirillum brasilense
Khaeruni et al. Induction of soybean resistance to bacterial pustule disease (Xanthomonas axonopodis pv. glycines) by rhizobacteria and organic material treatment
Worapong et al. Biocontrol of a root rot of kale by Muscodor albus strain MFC2
Srikanth et al. Field efficacy and persistence of Beauveria brongniartii (Sacc.) Petch applied against Holotrichia serrata F.(Coleoptera: Scarabaeidae) infesting sugarcane in southern India
EP3151673B1 (fr) Méthode et composition pour améliorer la productivité de plantes non légumineuses
Powell The commercial exploitation of microorganisms in agriculture
CN116918832A (zh) 一种复合生防菌剂、制备方法、应用与应用方法
Cruz et al. Use of multifunctional microorganisms in corn crop
Cram et al. Mycorrhizae in forest tree nurseries
Khalil et al. Effects of growing medium on the interactions between biocontrol agents and tomato root pathogens in a closed hydroponic system
Sheetal et al. Effect of TA41 on growth yield and quality of tomato (Solanum lycopersicum L.)
Duruoha et al. Corn root length density and root diameter as affected by soil compaction and soil water content
Gois et al. Exotic arbuscular mycorrhizal fungi and native dark septate endophytes on the initial growth of Paspalum Millegrana GRASS
Wantulla et al. Effects of amending soil with black soldier fly frass on survival and growth of the cabbage root fly (Delia radicum) depend on soil type
Singh et al. Influence of different organic additives (pluses flour) on mycelium growth (spawn) of Oyster Mushroom (Pleurotus djamor)
ES2490395B1 (es) Composición microbiana útil contra nematodos de cultivos vegetales
Charirak et al. Integration of soil solarization with chemical and biological control of stem rot disease of Jerusalem artichoke

Legal Events

Date Code Title Description
B03A Publication of a patent application or of a certificate of addition of invention [chapter 3.1 patent gazette]
B08F Application dismissed because of non-payment of annual fees [chapter 8.6 patent gazette]
B65X Notification of requirement for priority examination of patent application
B08G Application fees: restoration [chapter 8.7 patent gazette]
B65Y Grant of priority examination of the patent application (request complies with dec. 132/06 of 20061117)
B06G Technical and formal requirements: other requirements [chapter 6.7 patent gazette]

Free format text: REFERENTE A PETICAO: 012140000413 DE 22/12/2014. PARA ATENDIMENTO DA PETICAO, APRESENTE DOCUMENTACAO COMPROBATORIA, ONDE CONSTE A CIENCIA DO INVENTOR JA NOMEADO E QUALIFICADO NO PEDIDO MANIFESTANDO SEU DE ACORDO PELA INCLUSAO DOS DEMAIS.

B03H Publication of an application: rectification [chapter 3.8 patent gazette]

Free format text: REFERENTE AO CODIGO 3.1 PUBLICADO NA RPI2211 DE 21/05/2013 RELATIVO AO CAMPO INID (72) NOME DO INVENTOR. CONSIDEREM-SE OS DADOS ATUAIS.

B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according [chapter 6.6 patent gazette]
B06I Publication of requirement cancelled [chapter 6.9 patent gazette]
B07A Application suspended after technical examination (opinion) [chapter 7.1 patent gazette]
B06A Patent application procedure suspended [chapter 6.1 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted [chapter 16.1 patent gazette]

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 27/10/2010, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS.