BRPI1002379A2 - Unidade porta-molde com bocal comandado - Google Patents

Abstract

Unidade porta-molde com bocal comandado. Descreve-se uma unidade porta-molde de enformação de recipientes por uma operação de estiramento-sopro de pré-formas (3) dispostas em moldes (2) compreendendo: - por um lado, uma haste de estiramento (10) sustentada por uma corrediça (13) que é móvel entre uma posição inativa e uma posição ativa na qual sua extremidade livre atinge o fundo do molde(2); - por outro lado, um bocal (15) que compreende um corpo (16) fixo prolongao de um sino (20) que é móvel sob o efeito de meios apropriados para passar de uma posição inativa na qual sua extremidade livre (11) da haste de estiramento (10) para uma posição ativa na qual é aplicada sobre a superfície de entrada (4) do molde (2), de forma estanque, para fechar o circuito do fluido de sopro: o sino (20) comportando uma haste (21) munida de um batente (23), o batente (23) cooperando com um apoio (24) disposto sobre a corrediça (13) para permitir o sino (20) passar de sua posição ativa para a posição inativa com a mesma lei de movimento que a haste de estiramento (10)

Description

"UNIDADE PORTA-MOLDE COM BOCAL COMANDADO" A presente invenção se refere a uma unidade porta-molde disposta em uma instalação de estiramento-sopro de pré-formas, visando à obtenção de recipientes do gênero garrafas ou outros, em material termoplástico. Ela se refere, mais particularmente, ao comando do bocal de sopro, assim como ao processo que é aplicado para realizar o comando.

Em uma unidade porta-molde, o bocal de sopro é constituído de uma parte fixa, que é solidária à armação da unidade porta-molde e de uma sino, que é em forma de anel ou de sino, e cujo papel é de fechar, no momento oportuno, o circuito de transmissão do fluido de alta pressão que é destinado ao molde e, em particular, à pré-forma para soprar. O comando do bocal consiste, na realidade, em deslocar a parte entre, por um lado, uma posição inativa na qual fica suficientemente afastada do molde para deixar uma passagem para os meios de instalação da pré-forma e os meios de carga do recipiente moldado e, por outro lado, uma posição ativa onde ela é aplicada, de forma estanque, sobre a superfície da entrada do molde, isto é a superfície que comporta o orifício pelo qual é introduzido o fluido sob alta pressão, o fluido soprando e colocando o recipiente no volume.

As instalações de sopro funcionam em cadências relativamente consideráveis e, desse modo, a gestão dos movimentos das diferentes peças móveis e a coordenação de todos esses movimentos são uma preocupação maior para evitar as colisões acidentais que têm, por conseqüência, uma parada da máquina.

Assim, para cada unidade porta-molde de uma instalação de sopro, é preciso poder conciliar vários movimentos: por um lado, os movimentos das pinças de transporte que instalam as pré-formas e aquelas que carregam os recipientes que acabam de ser soprados e, por outro lado, os movimentos do sino do bocal. O documento FR 2 876 942 (SIDEL) propõe uma disposição de uma unidade porta-molde e, em particular, dos meios para comandar o deslocamento do equipamento móvel do bocal de sopro e, em particular, da parte móvel, a fim de aplicar, de forma estanque, seu rebordo livre sobre a superfície de entrada do molde, isto é, a superfície que é aberta para passagem do fluido de sopro, o sino cobrindo o orifício de sopro e o conduto da pré-forma instalado no orifício.

Esse deslocamento do sino é comandado por meio de um macaco pneumático disposto de forma original no nível do bocal, de modo a ser quase insensível à pressão muito alta de sopro da pré-forma.

Essa disposição apresenta numerosas vantagens, mas, com o aumento das cadências, observa-se que esse deslocamento do sino do bocal não responde a uma lei de movimento suficientemente precisa, como aquela que se pode encontrar, por exemplo, com a utilização de um comando do sino por meio de um sistema com carne, conforme descrito no documento FR 2 790 704 (SIDEL).

Mas, no caso das instalações de sopro, cuja unidade porta-molde utiliza um comando com um sistema de carne, conforme detalhado no documento pré-citado, se está diante de riscos de poluição por causa da utilização de mecanismos que requerem um mínimo de manutenção e, em particular, uma lubrificação das peças em movimento, daí a presença de lubrificantes, graxa ou outros, capazes de poluírem o ambiente próximo do molde e da impressão do recipiente. O documento WO 02/24435 (SIDEL) propõe um comando original da haste de elongação para fazê-la passar de sua posição ativa para a posição inativa. Esse comando consiste em um macaco de simples efeito utilizado para a colocação em posição ativa, o macaco sendo em seguida desativado para permitir uma subida da haste de elongação sob o efeito da pressão reinante no recipiente após sua colocação em volume. Esse comando não permite garantir a posição do sino do bocal de sopro em relação à superfície superior do molde, quando de seu movimento visando fazê-la passar da posição ativa para a posição inativa.

Esses diferentes tipos de comando do sino do bocal não permitem também modificar, em função das dimensões das pré-formas, a distância que separa o rebordo livre do sino com a superfície de entrada do molde e, dessa forma, eles não oferecem a flexibilidade que é esperada atualmente para esse tipo de instalação. A presente invenção propõe um aperfeiçoamento que permite melhorar esse gênero de instalação de sopro, torná-la mais flexível, e que permite também resolver os problemas encontrados sobre as unidades porta-molde, como detalhadas nos documentos pré-citados.

Inicialmente, a presente invenção tem por finalidade oferecer uma segurança máxima no nível do levantamento do sino do bocal, em relação a um comando clássico do tipo pneumático, e ela permite assim inibir os riscos de colisão entre as pinças de transferência dos recipientes moldados, notadamente, e o sino de bocal.

De acordo com um modo de realização preferencial, a presente invenção permite suprimir o comando do movimento de subida e abaixamento da parte móvel, como, por exemplo, o comando por macaco pneumático, tal como descrito no documento FR 2 876 942 pré-citado. Ela pode, nesse caso, oferecer ganhos importantes no nivel da manutenção da unidade porta-molde em razão da supressão da eletroválvula e dos flexíveis ligados à alimentação do macaco de manobra da parte móvel; ela oferece também mais acessibilidade a essa unidade porta-molde, graças à supressão desse comando do macaco de manobra do sino de bocal. A invenção oferece também mais flexibilidade a nível dos movimentos do sino do bocal da unidade porta-molde. Ela permite, por meio de um comando único, parametrar o curso do sino em função da altura do conduto da pré-forma, isto é, aquela do recipiente.

Graças à invenção, essa parametragem é então diretamente ligada ao curso da haste de estiramento que é parametrada em função das dimensões dos 'recipientes a enformar. O mecanismo de manobra e de comando da haste de estiramento quer se trate de um macaco pneumático ou de um sistema elétrico, conforme descrito, por exemplo, no documento EP 1066149 (TETRA LAVAL), é disposto com um dispositivo de gestão do curso da haste de estiramento. A unidade porta-molde, de acordo com a invenção, é destinada a ser associada a uma instalação de enformação de recipientes, do gênero garrafas, por uma operação de estiramento-sopro de pré-formas dispostas em moldes apropriados do tipo porta-nota ou outros, a unidade compreendendo: - por um lado, uma haste de estiramento sustentada por uma corrediça que é móvel, segundo o eixo do molde ao qual ela é associada, sob o efeito de meios de comando apropriados, a haste sendo móvel por uma distância que é superior à profundidade do molde, entre uma posição inativa, na qual sua extremidade livre é mantida afastada da superfície de entrada do molde para permitir a passagem dos meios de transferência da pré-forma e do recipiente moldado, e uma posição ativa na qual sua extremidade livre atinge o fundo do molde, sem tocá-lo; por outro lado, um bocal que compreende um corpo solidário da armação da unidade porta-molde, o bocal compreendendo adicionalmente um prolongamento estanque telescópico em forma de sino, quase insensível, conforme no documento FR 2 876 942 pré-citado, à pressão muito elevada de sopro, o sino sendo móvel sob o efeito de meios apropriados para passar de uma posição inativa, na qual seu rebordo livre é mantido sensivelmente no mesmo nível que a extremidade livre da haste de estiramento, para uma posição ativa de estanqueidade, na qual o rebordo livre é aplicado sobre a superfície de entrada, de forma estanque, para fechar o circuito do fluido de sopro; o sino comportando meios de acoplamento que cooperam com a corrediça para lhe permitir, ao sino, passar de sua posição ativa de estanqueidade para a posição inativa com a mesma lei de movimento que a haste de estiramento. O fato de associar o sino do bocal com a corrediça para fazê-lo passar de sua posição ativa de estanqueidade para sua posição inativa permite impor ao sino um movimento mais fácil para gerar e controlar. A gestão desse movimento facilita a coordenação dos movimentos simultâneos do sino e meios de transferência da pré-forma e do recipiente moldado e oferece a possibilidade de regular, segundo as necessidades, a distância que separa a superfície de entrada do molde e o rebordo livre do sino.

Segundo uma disposição preferencial da invenção, os meios que cooperam com a corrediça para fazer o sino do bocal de sua posição ativa de estanqueidade para sua posição inativa são constituídos de uma haste que é solidária, em uma de suas extremidades, ao sino, e que comporta em sua outra extremidade, um batente, o batente cooperando com um apoio disposto sobre a corrediça, de forma a ser arrastado por esta, quando do retorno da haste de estiramento para sua posição inativa, a haste sendo paralela a haste de estiramento.

Sempre de acordo com a invenção, a unidade porta-molde comporta meios que permitem realizar um acoplamento de caráter temporário, isto é desativável, entre o batente da haste de acionamento do sino e o apoio do batente que é disposto sobre a corrediça, o acoplamento sendo efetivo sobre a parte do curso da haste de estiramento que corresponde ao deslocamento do sino entre sua posição inativa e sua posição ativa de estanqueidade.

De acordo com um primeiro modo de realização, os meios de acoplamento temporário são constituídos de um dispositivo de bloqueio comandado, o dispositivo, em forma de macaco pneumático ou eletromagnético, que é disposto, de preferência, sobre a extremidade livre da haste e sua lingüeta coopera com um espalhador situado sobre a corrediça.

Segundo uma variante de realização, os meios de acoplamento temporário são do tipo magnético e compreendem um imã que é, por exemplo, situado na extremidade livre da haste, sobre o batente, o imã cooperando com o apoio disposto sobre a corrediça.

Sempre, segundo a invenção, um elemento elástico pode ser interposto entre um rebordo disposto sobre a parte móvel, de forma a tender, permanentemente, a aplicar o sino sobre a superfície de entrada do molde.

De acordo com um outro modo de realização da invenção, o bocal pode também ser disposto para formar um macaco pneumático que compreende um estojo constituído pelo sino e um pistão fixo disposto sobre o corpo do bocal, o macaco permitindo deslocar o sino entre sua posição inativa e sua posição ativa de estanqueidade e inversamente e, nesse caso, a haste de manobra do sino efetua uma atração segura do sino para sua posição inativa.

De acordo com uma outra disposição da invenção, a haste de estiramento é, de preferência, comandada por meio de um sistema elétrico do gênero motor linear. A invenção se refere também ao processo de comando do sino de um bocal de sopro disposto em uma unidade de moldagem, tal como detalhada antes, o processo consistindo em: - aplicar o sino do bocal sobre a superfície de entrada do molde para fechar o circuito do fluido de sopro; simultaneamente, manobrar a haste de estiramento para fazer passar sua extremidade livre de sua posição inativa correspondente sensivelmente àquela do sino, para sua posição ativa de estiramento da pré-forma; e, após a operação de sopro; - fazer colocar em carga o sino pelos meios de acionamento da haste de estiramento, no fim de seu percurso retorno, em uma distância que corresponde ao afastamento entre a superfície de entrada do molde e a extremidade livre da haste de estiramento, quando ela está em posição inativa, fazendo assim passar o sino de sua posição ativa de fechamento do circuito de sopro para sua posição inativa, com um a lei de movimento que corresponde àquela da haste de estiramento, isto é, uma lei que permite melhor coordenar os movimentos do sino com aqueles dos meios de transferência da pré-forma e do recipiente moldado, após a operação de sopro.

Sempre de acordo com a invenção, o processo de comando do bocal consiste também em acionar positivamente a parte móvel, entre sua posição inativa e sua posição ativa, para aplicá-la sobre a superfície de entrada do molde pela utilização de um acoplamento de caráter temporário interposto entre o sino e a corrediça de acionamento da haste de estiramento, o acoplamento sendo desativável, quando o sino é aplicada sobre a superfície de entrada do molde.

De acordo com um primeiro modo de realização, a utilização dos meios de acoplamento de caráter temporário é feita por meio de um bloqueio mecânico comandado entre o batente situado na extremidade livre da haste e a corrediça.

De acordo com uma variante de realização, a utilização dos meios de acoplamento de caráter temporário é feita por intermédio de um bloqueio magnético entre o batente situado na extremidade livre da haste e a corrediça.

Sempre de acordo com a invenção, o processo de comando do sino consiste em acompanhar o movimento de aplicação do sino sobre a superfície de entrada do molde, por meio de um elemento elástico interposto entre o bocal e o sino, formando um comando de tipo desmodrômico.

De acordo com uma variante de realização da invenção, o processo de comando do sino consiste também em acionar o sino por meio de um macaco pneumático disposto sobre o bocal com um estojo constituído pelo sino e um pistão disposto sobre o corpo do bocal, fazendo passar o sino de sua posição inativa para sua posição ativa de estanqueidade e inversamente com, também, um comando de tipo desmodrômico. Δ invenção será ainda detalhada com o auxílio da descrição a seguir e desenhos anexados, dados a título indicativo e nos quais: - a figura 1 representa, de forma esquemática, uma unidade porta-molde disposta com meios de acionamento da haste de estiramento; - a figura 2 ilustra o sino em posição ativa de estanqueidade; - a figura 3 ilustra o sino em posição ativa de estanqueidade e a haste de estiramento em posição ativa de estiramento da pré-forma; a figura 4 representa uma variante de realização dos meios de acoplamento temporário entre a haste e a corrediça de estiramento para fazer passar o sino de sua posição inativa para sua posição ativa, notadamente; a figura 5 representa uma variante de realização da unidade porta-molde, com meios complementares para fazer passar o sino de sua posição inativa para sua posição ativa; - a figura 6 representa uma outra variante de realização da unidade porta-molde, com meios complementares para fazer passar o sino de sua posição inativa para sua posição ativa e inversamente. A figura 1 ilustra, de forma esquemática, uma unidade porta-molde do tipo daquela que se pode encontrar sobre o carrossel de uma instalação de fabricação de recipientes, garrafas ou outros, por uma operação de estiramento-sopro de pré-formas fabricadas em material termoplástico, PET ou outros. A unidade porta-molde comporta uma construção 1 geral que é solidária ao carrossel, não representado. Sobre essa armação se encontra o molde 2 propriamente dito que acolhe uma pré-forma 3. 0 molde 2 pode ser do tipo porta-nota, como esquematizado, constituído de forma clássica de duas semiconchas e de um fundo; o dispositivo de comando descrito a seguir pode também ser conveniente para quaisquer tipos de moldes. A pré-forma 3 se baseia na superfície 4 de entrada do molde 2 . 0 molde 2 compreende duas partes que são articuladas por meio de mancais 5 e 6 sobre um eixo 7 que é solidário à armação 1 da unidade porta-molde e compreende também um fundo 8 que é móvel verticalmente, orientado em uma corrediça 9. A unidade porta-molde comporta uma haste 10 que realiza o estiramento da pré-forma por uma elongação desta até o nível do fundo do molde 2. A haste de estiramento 10 se estende entre sua extremidade livre 11 que penetra a pré-forma para alongá-lo no molde 2 e sua extremidade que é solidária a um dispositivo acionador 12. Do lado do dispositivo acionador 12, a haste de estiramento 10 é portada por uma corrediça 13 que coopera com uma corrediça 14 solidária à armação 1. O dispositivo acionador 12 é, por exemplo, conforme descrito nesse modo de realização, constituído de um motor linear, cujo primário, constituído de ímãs, faz parte da corrediça 13 e cujo secundário, constituído de ímãs também, faz parte da corrediça 14.

Entre o molde 2 e o dispositivo de acionador 12, a haste de estiramento 10 atravessa o bocal de sopro 15. O bocal 15 é constituído de duas partes que são centradas sobre o eixo do molde 2 e sobre a haste de estiramento 10.

Uma parte do bocal 15 é constituída de um corpo 16 que é fixo, solidário da armação 1 da unidade porta-molde, o corpo 16 se apresentando sob a forma de um tubo, do qual uma extremidade é aberta sobre a superfície 4 de entrada do molde e cuja outra extremidade comporta um orifício 17 munido de uma estanqueidade adaptada para a passagem da haste de estiramento 10. O corpo 16 comporta também, do lado do orifício 17, um cano 18 para a passagem do fluido de sopro que é introduzido sob pressão muito elevada, da ordem de 40 bárias, por exemplo, na pré-forma 3 para a enformação. O bocal 1 permite levar o fluido de sopro à entrada do molde 2 e, em particular, na pré-forma 3 para conformá-lo no molde 2, após seu estiramento por meio da haste 10. A haste de estiramento 10 é também orientada por meio de uma bucha 19, a qual é sustentada por braços que são solidários à extremidade livre do corpo 16 do bocal 15. O corpo 16 se estende acima da superfície 4 de entrada do molde 2, a uma certa distância da superfície e o desvio entre os dois permite a passagem dos meios que levam a pré-forma 3, depois evacuam o recipiente, após sua moldagem.

Para se obter a estanqueidade entre o corpo 15 e a superfície 4 à entrada do molde, o espaço que reina entre os dois, de forma anular, é preenchido por meio de um prolongamento estanque telescópico que constitui a outra parte do bocal 15. Esse prolongamento telescópico é em forma de sino 20, concêntrico ao corpo 16 do bocal 15. O sino 20 é móvel, orientado sobre o corpo 16 entre uma posição inativa, conforme representada na figura 1 e uma posição ativa, conforme representada nas figuras seguintes 2 e 3, para fechar o espaço que separa a extremidade livre do corpo 16 e a superfície 4 de entrada do molde. O sino 20, representado esquematicamente sob a forma de um anel ou de uma luva que envolve o corpo 16, é solidário a um elemento de manobra. Esse elemento de manobra é representado, de forma funcional, sob a forma de uma haste 21 que se estende paralelamente à haste de estiramento 10. A haste 21 comporta, em uma de suas extremidades, uma ligação 22 com o sino 20 e, em sua outra extremidade, um batente 23 que coopera com uma disposição em forma de apoio 24, disposta sobre a corrediça 13, o apoio 24 é também disposto em forma de guia, isto é, permite a passagem e a orientação da haste 21. A orientação entre a haste 21 e a passagem no apoio 24 pode realizar um atrito suficiente para realizar o arrasto da haste; modos de arrasto serão detalhados depois. O batente 23 se situa na extremidade livre da haste 21, do lado do acionador 12, e a haste 21 desliza, no nível do apoio 24, conforme detalhado depois, durante toda a maior parte do curso da haste de estiramento 10.

Em posição inativa, a extremidade livre 11 da haste de estiramento 10 e a extremidade 25 livre do sino 20 são sensivelmente no mesmo nivel, a uma distância d da superfície 4 de entrada do molde 2. O curso C da haste de estiramento 10 compreende essa parte que corresponde à distância d e ele compreende toda a profundidade H do molde 2 .

Observa-se, no modo de realização esquematizado nas figuras 1 a 3, que o sino 20 é retido em posição inativa por meio de seu batente 23, pelo apoio 24 da corrediça 13. Também, desde que a corrediça 13 se desloca, sob o efeito do acionador 13, para fazer passar a haste de estiramento 10 de sua posição inativa para sua posição ativa, o sino 20 acompanha o movimento da haste 10, passando de sua posição ativa para uma posição ativa de estanqueidade, em contato com a superfície 4 de entrada do molde 2. Ela acompanha o movimento da haste 10 por seu próprio peso, por atrito entre a haste 21 e a passagem no apoio 24, ou por meios de ligação detalhados depois.

Quando o sino 20 é aplicada sobre a superfície 4 do molde 2, o batente 23 é parado e é abandonado pela corrediça 13 que prossegue seu curso para permitir à haste 10 estirar a pré-forma 3 no molde 2. O curso C da corrediça 23 de estiramento se decompõe, portanto, em duas partes, conforme indicado anteriormente: uma parte de curso d para a colocação do sino 20 em posição ativa de estanqueidade, e uma parte de curso H para realizar o estiramento da pré-forma 3. A lei de movimento da corrediça 13 comporta um tempo de parada ou de quase parada entre as duas partes de curso d e H para evitar chocar o sino 20 contra a superfície 4 de entrada do molde. A figura 2 ilustra o sino 20 em posição ativa de estanqueidade sobre a superfície 4 de entrada do molde 2. Observa-se, como na figura 1, que a extremidade livre 11 da haste de estiramento 10 se situa sensivelmente no mesmo nível que a extremidade 25 livre do sino 20. A figura 3 ilustra o prosseguimento do movimento da corrediça 13 e da haste de estiramento 10, enquanto que o sino 20 é mantido aplicado sobre a superfície 4 de entrada do molde 2.

Por um movimento inverso, a haste de estiramento 10 é extraída do molde e passa de sua posição extrema ativa no fundo do molde 2 para sua posição inativa na qual sua extremidade livre 11 se situa a uma distância d da superfície 4 de entrada do molde 2.

No decorrer desse movimento inverso, o apoio 24 da corrediça 13 entra em contato com o batente 23 da haste 21 e, por conseguinte, ele leva o sino 20, fazendo-o passar de sua posição ativa de estanqueidade para sua posição inativa, isto é, uma posição situada à distância d em relação à superfície 4 de entrada do molde.

Como o movimento para o estiramento, esse movimento inverso de retirada da haste de estiramento 10 não é contínuo; ele ocorre também com um tempo de parada, ou de quase parada, no momento em que ocorre o acostamento entre o apoio 24 da corrediça 13 e o batente 23 que está na extremidade da haste 21, para evitar chocar o batente 23. O batente 23 da haste 21 e o apoio 24 da corrediça 13 formam uma espécie de acoplamento que permite coordenar o deslocamento do sino com aquele da haste 10 de estiramento, quando o sino 20 passa de sua posição ativa de estanqueidade, em contato com a superfície 4 de entrada do molde 2, para sua posição inativa.

Esse acoplamento pode também ser aproveitado para colocar o sino 20 em posição ativa de estanqueidade, isto é, para arrastá-lo e colocar sua extremidade 25 em contato com a superfície 4 de entrada do molde 2.

Segundo o modo de realização da invenção, representado nas figuras 1 a 3, o batente 23 é constituído de um imã permanente e o apoio 24 é constituído de um material magnético apropriado. Obtém-se assim um acoplamento temporário do sino 20 com a corrediça 13, o acoplamento que, por uma escolha apropriada das forças magnéticas em presença, é desativável, ou debreável, isto é, que se libera automaticamente, quando o sino 20 entra em contato com a superfície 4 de entrada do molde 2. A figura 4 representa uma variante de realização dos meios que permitem acoplar, de forma temporária, a corrediça de estiramento e a haste de acionamento do sino para coordenar seus movimentos e, notadamente, para coordenar seus movimentos durante a fase que corresponde à colocação em posição ativa do sino 20 sobre a superfície 4 de entrada do molde 2.

Segundo esse modo de realização da figura 4, os meios de acoplamento temporário permitem realizar um acionamento positivo da haste 21; os meios de acoplamento são constituídos de um dispositivo em forma de trava 26 que é comandado de forma apropriada, segundo sua natureza; a trava 26 pode ser constituída de um macaco do tipo pneumático, hidráulico ou eletromagnético. A trava 26 é, de preferência, instalada sobre a extremidade livre da haste 21 e, em particular, sobre o batente 23. A trava 26 comporta uma lingüeta 27 que coopera com um espalhador disposto sobre o apoio 24 da corrediça 13 de estiramento. A utilização da trava 26 é feita, por exemplo, durante a fase de recolocação em posição inativa do sino 20, quando o apoio 24 entra em contato com o batente 23 para embarcar o sino 20; essa utilização pode, nesse caso, ser automática. A trava 26 fica na realidade ativa durante a fase de colocação em posição ativa do sino 20, sobre a parte d do curso da corrediça 13, uma parte que é de comprimento muito pequeno, da ordem de 30 a 40 mm, por exemplo. A figura 5 representa uma unidade porta-molde na qual o bocal 15 comporta meios complementares para colocar o sino 20 em posição ativa sobre a superfície de entrada do molde 2.

Esses meios complementares podem, para evitar uma redundância, se substituir aos meios de acoplamento temporário descrito anteriormente, constituídos pela trava 26 ou pelo batente 23 magnético. Esses meios complementares têm por efeito comprimir o sino 20 e fazê-la passar da posições para sua posição ativa de estanqueidade, em contato com a superfície 4 de entrada do molde 2.

Esses meios complementares são constituídos de um elemento elástico 28 que é interposto entre um rebordo 16' disposto em torno do corpo 16 do bocal e um rebordo 20' disposto sobre o sino 20. O elemento elástico 28, em forma de mola helicoidal, tende a manter uma pressão sobre o sino 20 na direção da superfície 4 de entrada do molde 2, e isto de forma permanente.

Assim, desde que a haste de estiramento 10 é colocada em movimento para deixar sua posição inativa, o batente 23 acompanha essa haste em seu movimento sob o efeito da mola 28 que exerce sobre o rebordo 20' do sino 20 .

Ao contrário, quando a haste de estiramento 10 está em movimento de retorno para sua posição inativa, o apoio 24 da corrediça 13 embarca o batente 23 da haste 21 e, contra o efeito da mola 28, ele faz passar o sino 20 de sua posição ativa de estanqueidade para a posição inativa. A figura 6 representa, esquematicamente, uma variante de realização da invenção, que permite melhorar e segurar as instalações já equipadas de meios para manobrar o sino 2, para aplicá-la sobre a superfície 4 do molde e para colocar em posição inativa. Esse modo de realização constitui uma espécie de aperfeiçoamento no bocal detalhado no documento FR 2 8767 942 pré-citado.

Nessa figura 6, só a parte do bocal 15 que compreende o corpo 16 com seu sino 20 está representada esquematicamente e as marcações das figuras precedentes 1 a 3 foram conservadas.

Observa-se, na figura 6, o molde 2 com uma parte de pré-forma 3. O corpo 16 do bocal 15 é atravessado por todo o seu comprimento pela haste de estiramento 10 que é orientada nas duas extremidades do corpo 16, por um lado, no nível de sua extremidade livre 11, pela bucha 19 e, por outro lado, na outra extremidade, por um simples orifício 17 com meios de estanqueidade apropriados. O corpo 16 comporta também um orifício 18 para a introdução do fluido de sopro sob alta pressão. Conforme anteriormente, o corpo 16 do bocal 15 é solidário à armação 1 da unidade porta-molde. O movimento do sino 20 para passar de sua posição ativa para sua posição inativa e inversamente ocorre por meio de um macaco 29, que é integrado a esse bocal-sino. O sino 20 comporta uma parte que exerce o papel do estojo 30 para o macaco 29 e o corpo 16 comporta uma disposição que exerce papel de pistão 31. Condutos 32 e 33 são dispostos no corpo 16 para alimentar, respectivamente, as câmaras 34 e 35 do macaco 29. 0 conduto 32 permite fazer passar o sino 20 de sua posição ativa para sua posição inativa de estanqueidade e o conduto 33, ao contrário, permite aplicar o sino 20 sobre a superfície 4 de entrada do molde 2, isto é, fazê-la passar de sua posição inativa para a posição ativa de estanqueidade. O movimento do sino 20 é, com efeito, submetido, conforme anteriormente, através da haste 21, ao movimento . da corrediça de manobra da haste 10 de estiramento. Assim, quando a haste de estiramento 10 vai de sua posição inativa para sua posição ativa de estiramento, o sino 20 passa de sua posição inativa para sua posição ativa, seguindo o movimento da haste 10 de estiramento, sendo manobrada, graças ao ar comprimido que chega ao nível do conduto 33.

Nesse modo de realização, não é necessário também que o batente 23 e o apoio 24 formam um acoplamento magnético, conforme indicado anteriormente. O batente 23, situado na extremidade livre da haste 21, é aplicado sobre o apoio 24 da corrediça 13, ele acompanha a haste de estiramento 10 até o momento em que o sino 20 se apóia sobre a superfície 4 de entrada do molde 2.

Após a operação de estiramento-sopro da pré-forma 3, a haste de estiramento 10 é retraída e, em fim de curso, após a colocação ao ar livre do circuito de sopro para evacuar a alta pressão reinante nesse circuito de sopro, o sino 20 é também retraída. Ela é retraída de forma redundante, por um lado, pelo batente 23 que é arrastado pelo apoio 24 da corrediça 13, quando do fim de curso da retração da haste de estiramento 10 e, por outro lado, pelo movimento da câmara 30 do macaco 29 sob o efeito da pressão do ar comprimido que é introduzido na câmara 34 pelo conduto 32.

Consegue-se assim, nesse caso particular do movimento de retirada do sino 20, um comando de tipo desmodrômico.

Esse tipo de comando permite controlar melhor o movimento do sino 20 e, por conseguinte, garantir melhor coordenação dos movimentos entre o sino e os diferentes meios de transferência que intervém seja para levar a pré-forma, seja para tomar em carga o recipiente moldado, obtido a partir da pré-forma 3. O conjunto, compreendendo a haste 21 com seu batente 23 e o apoio 24 sobre a corrediça 13, constitui também uma espécie de acessório para a melhoria das unidades porta-molde que são montadas sobre os carrosséis das instalações atuais e, em particular, as unidades porta-moldes do tipo daquelas descritas no documento FR 2 876 942 acima citado.

Claims (15)

1. Unidade porta-molde destinada a ser associada a uma instalação de enformação de recipientes, do gênero garrafas, por uma operação de estiramento-sopro de pré-formas dispostas em moldes apropriados do tipo porta-nota ou outros, a unidade compreendendo: - por um lado, uma haste de estiramento (10) sustentada por uma corrediça (13) que é móvel, segundo o eixo do molde (2) ao qual ela é associada, sob o efeito de meios de comando apropriados, em um curso C que é superior à profundidade H do molde (2), entre uma posição inativa na qual sua extremidade livre (11) é mantida a uma distância suficiente da superfície de entrada (4) do molde (2) para permitir a passagem dos meios de transferência da pré-forma (3) e do recipiente moldado, e uma posição ativa na qual sua extremidade livre atinge o fundo do molde; - por outro lado, um bocal (15) que compreende um corpo (16) solidário da armação (1) da unidade porta-molde, o bocal (15) compreendendo adicionalmente um prolongamento estanque telescópico em forma de sino (20), o sino (20) sendo móvel sob o efeito de meios apropriados para passar de uma posição inativa na qual seu rebordo livre é mantido sensivelmente no mesmo nível que a extremidade livre (11) da haste de estiramento (10) para uma posição ativa de estanqueidade na qual o rebordo livre é aplicado sobre a superfície de entrada (4), de forma estanque, para fechar o circuito do fluido de sopro; caracterizada pelo fato de o sino (20) comporta meios de acoplamento que cooperam com a corrediça (13) para lhe permitir passar de sua posição ativa de estanqueidade para a posição inativa com a mesma lei de movimento que a haste de estiramento (10).

2. Unidade porta-molde, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de os meios que cooperam com a corrediça (13) para trazer o sino do bocal (20) de sua posição ativa de estanqueidade para sua posição inativa serem constituídos de uma haste (21) que é solidária, em uma de suas extremidades, ao sino (20), e que comporta em sua outra extremidade, um batente (23), o batente (23) cooperando com um apoio (24) disposto sobre a corrediça (13), de forma a ser arrastado por esta, quando do retorno da haste de estiramento (10) para sua posição inativa, a haste (21) sendo paralela à haste de estiramento (10) .

3. Unidade porta-molde, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de comportar meios que permitem realizar um acoplamento de caráter temporário, isto é, desativável, entre o batente (23), disposto sobre a haste (21) de arrasto do sino (20), e o apoio (24) disposto sobre a corrediça (13), notadamente quando do deslocamento da haste de estiramento (10) a partir de sua posição inativa, o acoplamento sendo efetivo sobre a parte do curso da haste de estiramento (10) que é limitada ao curso d do sino (20).

4. Unidade porta-molde, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato os meios de acoplamento temporário serem constituídos de uma trava (29) comandada, a trava em forma de macaco sendo disposta sobre a extremidade livre da haste (21) e sua lingüeta coopera com um espalhador situado sobre a corrediça (13) .

5. Unidade porta-molde, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de os meios de acoplamento temporário serem do tipo magnético e compreenderem um ímã que fica situado na extremidade livre da haste (21) , sobre o batente (23) , cooperando com o apoio (24) disposto sobre a corrediça (13).

6. Unidade porta-molde, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de comportar um elemento elástico (25) que é interposto entre um rebordo (26) disposto sobre o corpo (16) do bocal (15) e um rebordo (27) disposto sobre o sino (20), de modo a tender, permanentemente, a aplicar o sino (20) sobre a superfície de entrada (4) do molde (2).

7. Unidade porta-molde, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de o bocal (15) ser disposto para formar um macaco (29) que compreende um estojo (30) constituído pelo sino (20) e um pistão (31) fixo disposto sobre o corpo (16) do bocal (15), o macaco (29) permitindo deslocar o sino (20) entre sua posição inativa e sua posição ativa de estanqueidade e inversamente.

8. Unidade porta-molde, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de comportar um dispositivo acionador (12) , do tipo motor linear, para comandar a haste de estiramento (10).

9. Processo de comando do sino (20) de um bocal (15) de sopro constituído de duas partes, o bocal sendo disposto em uma unidade de moldagem, tal como definida nas reivindicações 1 a 8, o processo consistindo: - em aplicar o sino (20) sobre a superfície de entrada (4) do molde (2) para fechar o circuito do fluido de sopro; - simultaneamente, em arrastar a haste de estiramento (10) para fazer passar sua extremidade livre (11) de sua posição inativa correspondente sensivelmente àquela do sino (20), para sua posição ativa de estiramento da pré-forma (3); - caracterizado pelo fato de consistir, após a operação de sopro, em fazer tomar em carga o sino (20) pelos meios de arrasto da haste de estiramento (10), no fim de seu percurso retorno, em um comprimento que corresponde à distância d. que separa a superfície de entrada (4) do molde (2) e a extremidade livre (11) da haste de estiramento (10), quando está em posição inativa, fazendo assim passar o sino (20) de sua posição ativa de fechamento do circuito de sopro para sua posição inativa, com uma lei de movimento que corresponde àquela da haste de estiramento (10) .

10. Processo de comando do sino (20) de um bocal de sopro (15), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de consistir em arrastar positivamente o sino (20), entre sua posição inativa e sua posição ativa, para aplicá-lo sobre a superfície de entrada (4) do molde (2) pela utilização de um acoplamento de caráter temporário interposto entre o sino (20) e a corrediça (13) de acionamento da haste de estiramento (10), o acoplamento sendo desativável, quando o sino (20) é aplicado sobre a superfície (47) de entrada do molde (2).

11. Processo de comando do sino (20) de um bocal de sopro (15), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de consistir em utilizar os meios de acoplamento de caráter temporário por intermédio de um dispositivo (26) de bloqueio mecânico do tipo comandado, o dispositivo (26) sendo disposto entre o batente (23) situado na extremidade livre da haste e a corrediça de estiramento (24).

12. Processo de comando do sino (20) de um bocal de sopro (15), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de consistir em utilizar os meios de acoplamento de caráter temporário por intermédio de um dispositivo do tipo magnético organizado entre o batente (23) situado na extremidade livre da haste (21) e a corrediça de estiramento (24).

13. Processo de comando da sino (20) de um bocal (15) de sopro, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de consistir em acompanhar o movimento de aplicação do sino (20) sobre a superfície (47) de entrada do molde por meio de um elemento elástico (28) interposto entre o bocal (13) e o sino (20).

14.

Processo de comando do sino (20) de um bocal de sopro (15), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de consistir em acionar o sino (20) por meio de um macaco (29) pneumático disposto sobre o bocal (13) com um estojo (30) constituído pelo sino (20) e um pistão (31) disposto sobre o corpo (15) do bocal (13), fazendo passar o sino (20) de sua posição inativa para sua posição ativa de estanqueidade e inversamente.