BRPI0800094B1

BRPI0800094B1 - Sugar cane harvesting

Info

Publication number: BRPI0800094B1
Application number: BRPI0800094-8A
Authority: BR
Inventors: Sávio Marchini Roberto
Original assignee: Santal Equipamentos, Comércio E Industria Ltda.
Priority date: 2008-01-28
Filing date: 2008-01-28
Publication date: 2017-06-13
Also published as: WO2009095763A2; WO2009095763A3; BRPI0800094A2; US8240115B2; US20100307121A1

Abstract

colhedora de cana-de-açúcar. a presente invenção refere-se a uma colhedora de cana-de-açúcar (1) com cabíne (23), a qual compreende um chassi (5), um dispositivo de corte de ponta (2), um dispositivo divisor de linha das canas (3), um dispositivo de corte de base (14), um conjunto de rolos para transporte da canade-açúcar (6), dispositivo picador de cana-de-açúcar (15), dispositivo de limpeza de cana (8), motor, um elevador (9) localizado na sua parte central e compreendendo um mecanismo de giro de 180 graus e um motor (12) alocado na sua parte traseira independente do chassi. a colhedora de cana-de-açúcar (1) da presente invenção possui um dispositivo de corte de base (14) com o ângulo de ataque entre a máquina e o início do corte de 65 graus em relação ao solo e discos de corte de base cuja extremidade está perfeitamente alinhada com o ponto onde o pneu (13) toca primeiramente o solo.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COLHEDO-RA DE CANA-DE-AÇÚCAR".

CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a uma colhedora de cana-de-açúcar de tamanho substancialmente reduzido com a capacidade de colher até duas fileiras de cana-de-açúcar. A colhedora pica e limpa a cana durante sua colheita no campo e depois lança os toletes da mesma para um caminhão ou transbordo receptor.

DESCRICÃO DA TÉCNICA ANTERIOR

Atualmente, a maioria das colhedoras de cana-de-açúcar são muito grandes e com motores de alta potência e uma eletrônica muito complexa. O usuário das colhedoras muitas vezes são pessoas que não possuem condições para fazer ajustes de colheita e reparos nas mesmas quando necessário.

Um outro inconveniente das colhedoras do estado da técnica é o fato da maioria possuir o motor na região central do chassi, o que causa um grande transtorno quando há a necessidade de sua manutenção. Como ele geralmente fica adjacente à cabine, é necessário que os mecânicos fiquem em algumas situações até de cabeça pra baixo para alcançar certas partes do mesmo.

Também um outro inconveniente é o fato dos elevadores serem dispostos na parte traseira da colhedora e alguns desses modelos não girarem 180° para o descarregamento. A localização traseira do elevador, além de prejudicar a estabilidade da colhedora também restringe o seu campo de giro para que a cana cortada seja depositada no transbordo ou no caminhão que acompanha a colhedora. Muitas vezes, não é possível utilizar um caminhão para acompanhar e coletar as canas que são lançadas pela colhedora, pois, em razão de imperfeições do terreno, não há como situá-lo no lado único determinado da colhedora. O pedido brasileiro PI 7607340 publicado em 04.10.1977 descreve uma colhedora de cana-de-açúcar compreendendo vários equipamentos: um dispositivo de corte de ponta da cana, divisores de linha, corte de base, rolos transportadores, facão picador, extrator primário, elevador e ex-trator secundário. A referida colhedora é movida por meio de esteiras metálicas ou pneus.

Uma desvantagem dessa máquina está no sistema de alimentação entre o corte de base e os rolos transportadores que são de diferentes diâmetros e de difícil acesso para manutenção. Em razão dos diferentes diâmetros dos rolos, a velocidade periférica entre eles é diferente, o que provoca danos no corpo e na gema da cana e, portanto, prejudica a sua qualidade. Um outro problema situa-se no extrator primário que possui orientação prejudicada por falta de um duto condutor da palha (capuz) e a palha fica então espalhada no solo prejudicando a colheita das fileiras de canas. O e-levador dessa patente não é articulado e, dessa forma, transfere todo o impacto do mesmo com o transbordo ou caçamba de caminhão para o chassi da máquina. Um outro problema reside na disposição do seu corte de base, o que faz com que tal colhedora não consiga colher a cana rente ao solo de modo a provocar o "arranquio" da soqueira ou o inverso, deixando a soquei* ra com um tamanho indesejado ou corte alto. A referida colhedora usa esteiras metálicas as quais são de alto custo de manutenção e dificultam o acesso para a manutenção mecânica. Um outro problema é o fato do motor dessa máquina ser localizado na sua parte central ê o elevador ser localizado na parte traseira e ser basculado e não articulado, isso faz com que a colhedora fique instável até em razão de ela ter sido projetada para uso em topografia de terrenos planos e sem qualquer declive. Nota-se ainda que o posicionamento do motor no centro da máquina dificulta o seu acesso para manutenção.

Um outro documento da técnica anterior é o PI 9804182-7 publicado em 28.03.2000, o qual trata de uma colhedora de cana-de-açúcar compreendendo um dispositivo de corte de ponta da cana, divisores de linha, corte de base, rolos transportadores, facão picador, rotor para lançamento do tolete e ventilação de limpeza dos mesmos. Ela não possui um elevador com giro de 180 graus e que é basculante ou articulado. Tal fato prejudica a estabilidade e transporte da máquina em razão da altura do ele- vador. Os rolos transportadores da cana cortada possuem diâmetros distintos o que prejudica a sincronização dos mesmos na mesma velocidade. Outro fato é o grande tamanho da bitola da máquina (distância entre os centros dos pneus em um mesmo eixo) o que complica o transporte da mesma para o iocal onde se deseja utilizar (realizado por caminhões). Ainda um outro problema é que a disposição do seu corte de base faz com que tal colhedora não consiga colher a cana rente ao solo. Sendo assim, ela provoca o "arran-quio" da soqueira ou deixa a soqueira com o tamanho indesejado ou corte alto para a rebrota. Ela não possui rolo tombador, que é o primeiro a tocar a cana para facilitar a sua condução para o interior da máquina, mas possui apenas uma chapa defletora. O elevador só é articulado lateralmente o que pode prejudicar caso haja impacto entre o elevador e a caçamba do caminhão receptor da cana. O documento norte-americano US 6.363.700 B1 publicado em 02.04.2002 trata de uma colhedora de cana-de-açúcar contendo dispositivos de corte de ponta da cana, divisores de linha, corte de base, rolos transportadores, facão picador, elevador substancialmente central fixo, extrator de palha premente (de sopro) com motor traseiro e direção traseira. Nessa colhedora o corte de base é adiantado ao pneu dianteiro. Um problema é que a disposição do seu corte de base faz com que tal colhedora não consiga colher a cana rente ao solo de modo a provocar o arranquio da soqueira, deixando a soqueira com o tamanho indesejado ou corte alto. Uma outra desvantagem dessa máquina está no sistema de alimentação entre o corte de base e os rolos transportadores que são de diferentes diâmetros e difícil acesso a manutenção. A distância entre os rolos provoca perda da cana-de-açúcar e o peso dos rolos superiores móveis provoca o esmagamento da cana. O elevador é central fixo e só lança (carrega) os pedaços de cana lateralmente. A direção da colhedora fica situada nas rodas traseiras da máquina o que faz com que as respostas para voltar no centro da linha sejam lentas, principalmente em lugares com declive. Ainda existe problema com o tamanho das bitolas o que prejudica o transporte da máquina sob carretas. Seu eixo tra- seiro dificulta a manutenção e acesso aos rolos transportadores. A presente invenção resolve os inconvenientes apontados acima por meio de uma colhedora com cabine que compreende um chassi, um dispositivo de corte de ponta, um dispositivo divisor de linha das canas, um dispositivo de corte de base, um conjunto de rolos para transporte da cana-de-açúcar, um dispositivo picador de cana-de-açúçar, um dispositivo de limpeza de cana, motor, elevador localizado na sua parte central e compreendendo um mecanismo de giro de 180 graus. Ademais, a referida colhedora possui o motor alocado na parte traseira independente do chassi.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO É um objetivo da presente invenção reduzir os custos de colheita de cana por tonelada colhida. É um objetivo da presente invenção reduzir as horas paradas para manutenção da colhedora de cana-de-açúcar. É um objetivo da presente invenção reduzir o custo de compra e, conseqüentemente, o custo de fabricação da colhedora de cana-de-açúcar. É um objetivo da presente invenção reduzir os componentes do seu circuito hidráulico. É um objetivo da presente invenção reduzir seu peso e, conseqüentemente, diminuir a compactação do solo aumentando a produtividade do canavial. É um objetivo da presente invenção facilitar o acesso para manutenção do motor e de outros componentes. É um objetivo da presente invenção melhorar a estabilidade de uma colhedora no campo em terrenos de alta declívidade. É um objetivo da presente invenção melhorar a germinação da cana através do não arranquio e abalo de soqueira.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a uma colhedora de cana-de-açúcar que possui a localização do corte de base favorável ao ângulo de ataque de corte da cana em relação ao solo, o que melhora a qualidade das mudas para plantio. Nota-se que a colhedora possui um copiador de solo em conseqüência da interseção do foot print dos pneus dianteiros direcionais e as facas do corte de base. A referida colhedora também possui um elevador central com giro de 180a, o que facilita o descarregamento da cana cortada para qualquer lado. O elevador possui uma articulação no início da sua parte mais superior.

Mais especificamente a colhedora de cana-de-açúcar com cabi-né da presente invenção compreende um chassi, um dispositivo de corte de ponta, um dispositivo divisor de linha das canas, um dispositivo de corte de base, um conjunto de rolos para transporte da cana-de-açúcar, dispositivo picador de cana-de-açúcar, dispositivo de limpeza de cana, motor, um elevador localizado na sua parte central e compreendendo um mecanismo de giro de 180 graus e um motor alocado na sua parte traseira independente do chassis. A colhedora de cana-de-açúcar da presente invenção possui um dispositivo de corte de base com o ângulo de ataque entre a máquina e o início do corte de 65 graus em relação ao solo e discos de corte de base cujas extremidades estão perfeitamente alinhadas com o ponto onde o pneu dianteiro toca primeiramente o solo. Com relação aos pneus e às rodas, nota-se que a modalidade preferida da presente invenção é construída com quatro rodas com pneus, mas que uma segunda modalidade compreende a troca dos pneus traseiros por duas meias esteiras na colhedora. O uso da meia esteira na parte traseira da máquina proporciona mais tração ao conjunto da máquina e permite que ela se desloque com mais facilidade em lugares com grande declividade e de difícil estabilização, melhorando assim a versatilidade da colhedora. O conjunto de rolos transportadores da cana-de-açúcar da presente invenção compreende pelo menos um rolo tombador, capaz de inclinar a cana a ser cortada em 65 graus com relação ao solo, e pelo menos um rolo levantador para erguer a cana para transporte para o interior da máquina, de modo que os rolos fixos inferiores e superiores móveis conduzam e limpem a cana de impurezas minerais e vegetais. O conjunto de rolos transportadores da cana-de-açúcar possui os rolos superiores liberavelmente fi- xados por um único pino de pivotamento e um anel interno de proteção contra terra no seu motor hidráulico. O dispositivo picador de cana-de-açúcar possui uma caixa de engrenagens blindada impedindo assim a contaminação do óleo e possíveis manutenções decorrentes de impurezas nas engrenagens.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS A figura 1 ilustra uma vista lateral esquerda da colhedora da presente invenção. A figura 2 ilustra uma vista em perspectiva tomada do lado frontal esquerdo da colhedora da presente invenção. A figura 3 ilustra uma vista em perspectiva tomada do lado traseiro esquerdo da colhedora da presente invenção. A figura 4 ilustra uma vista frontal da colhedora da presente invenção. A figura 5 ilustra uma vista traseira da colhedora da presente invenção. A figura 6 ilustra uma vista em perspectiva do dispositivo de corte de ponta da cana da colhedora da presente invenção. A figura 7 ilustra uma vista em perspectiva da montagem da suspensão direita da colhedora da presente invenção. A figura 8 ilustra uma vista em corte do lado direito da colhedora da presente invenção. A figura 9 ilustra a montagem do conjunto de meia esteira no lugar das rodas e pneus traseiros na colhedora.

DESCRICÃO DETALHADA DOS DESENHOS

Deve ser verificado na descrição a seguir que a maioria das figuras ilustra a totalidade dos componentes, mas por razões de melhor entendimento da invenção serão citadas e apenas descritas em seqüência aquelas que melhor ilustrarem os componentes numerados e separadamente explanados.

Na figura 1 é proporcionada uma visão geral da colhedora 1 que compreende um dispositivo de corte de ponta 2 contendo dois discos reuni- dores 20.0 referido dispositivo é geralmente construído com chapas e tubos metálicos soldados, jateados com granalhas de aço, pintados e montados e fixados por parafusos e porcas, rolamentos e graxa. Ele possui a função de reunir as pontas das canas para o centro do corte de pontas através de dois discos reunidores 20, girando, um no sentido horário e outro no anti-horário com dedos adequados. Ele encaminha as canas para o disco de corte central, que gira no sentido horário e anti-horário e é provido de laminas cortantes (faquinhas). Os discos reunidores possuem, além dos dedos, um disco serrilhado para auxiliar no encaminhamento das pontas da cana para o centro do dispositivo. Os movimentos (regulagem de altura) podem ser realizados através de cilindros hidráulicos.

Na figura 2 podem ser vistos os divisores de linhas 3 que são construídos com chapas e tubos metálicos soldados, jateados com granalhas de aço, pintado, montados e fixados por parafusos e porcas, rolamentos e graxa. Eles separam as linhas de cana tombadas por vendavais e algumas canas caídas no próprio ato da colheita, as quais ficam caídas no solo, encaminhando-as para o centro da maquina. Tudo isso é feito através dos divisores esquerdo e direto, sendo que cada um deles 3 é montado com dois "pirulitos" 21 (rolos separadores com espirais para levantamento da cana). Seus movimentos também são realizados por meio de cilindros hidráulicos independentes. O acionamento se dá através de geralmente (4) quatro motores hidráulicos do circuito. Um cilindro hidráulico para cada divisor 21 faz com que seja regulada a altura do bico em relação ao solo, o que é feito ao comando do operador.

Na figura 1 e na figura 7 também são ilustrados os conjuntos da suspensão 4, os quais são construídos com chapas e tubos metálicos soldados, jateados com granalhas de aço, pintados e montados com rolamentos, anéis trava, roldanas 22, rodas e pneus 13 dianteiros e cilindros hidráulicos. Além de ser responsável pela forma com que o chassis 5 da colhedora enfrenta os terrenos de todo tipo, o conjunto da suspensão 4 ainda possui a finalidade de abaixar e levantar o disco de corte de base 14, bem como copiar a superfície do solo com movimentos independentes (esquerdo e direito) dada a montagem em paralelo dos cilindros hidráulicos. Logicamente esse conjunto ainda proporciona dirigibiltdade básica à colhedora. A direção da máquina é atuada por meio de um cilindro hidráulico de movimento esterçan-te e com dois cilindros do levante. Uma válvula hidráulica é responsável pela sua regulagem e é acionada pelo operador eletricamente.

Nota-se que um sistema deslizante por roldanas 22 permite movimentos suaves em qualquer tipo de terreno, sem nenhum esforço radial na estrutura do chassi 5, ou seja, sem bandejas. Nas figuras 3 e 7 pode ser visto que a suspensão 4 é de fácil montagem e manutenção. O chassi 5 é construído com chapas e tubos metálicos soldados e sustenta vários dispositivos, por exemplo, o dispositivo de corte de ponta 2, divisores de linhas 3, corte de base 14, rolos transportadores 6, facão picador 7, extrator primário 8, elevador 9, tanque hidráulico 10, caixa do motor 12, tanque de combustível 11, cabine, componentes hidráulicos, componentes elétricos, óleo hidráulico e óleo combustível, transmissão, suspensão, rodas e pneus. Ele é um chassis independente que não é monobloco.

Os rolos transportadores 6 (preferencialmente seis unidades) são montados com pinos e fixados por parafusos, porcas e rolamentos. Eles transportam toda a cana para o facão picador 7. O rolo tombador 15 ilustrado na figura 4 faz o primeiro toque de inclinação (65 graus) da cana a ser cortada, e após ela ser cortada o rolo levantador ergue a cana para os rolos fixos 6 inferiores (fixos) e superiores (móveis) que a conduzem para ser picada e lançada para o extrator de palha 8 e depois para o elevador 9.0 pino único de pivotamento dos rolos superiores móveis possui um diâmetro aproximado de 50 mm, o que faz com que haja uma menor necessidade de manutenção. O acionamento é feito através de aproximadamente (9) nove motores hidráulicos do circuito. Seus rolamentos possuem blindagem especial de modo a evitar o engraxamento constante. Todos os diâmetros dos rolos que são responsáveis pelo efetivo transporte são iguais, o que proporciona uma mesma velocidade periférica e, além disso, todos são acionados por motor hidráulico igual. A regulagem dos rolos móveis superiores, acontece por si só de acordo com o volume (camada) de cana e suas respectivas va- riedades.

Na figura 3 a colhedora é também ilustrada de modo a serem visualizados quase todos os seus componentes. Com relação aos rolos de transporte 6, nota-se que existe um anel interno (não mostrado) de sustentação dos rolos 6 que permite a montagem e desmontagem do motor hidráulico sendo necessário apenas um mecânico. Tal anel ainda serve de proteção contra a entrada de terra. Um facão picador 7 é melhor visualizado na figura 4 e é construído com chapas e tubos metálicos soldados, jateado com gra-nalhas de aço, com tratamento interno especial, pintado e montados com engrenagens, rolamentos, retentores, graxa e óleo lubrificante. O referido facão 7 compreende rolos picadores inferiores e superiores. Há a possibilidade de construção da caixa do facão 7 em aço fundido. A função do facão picador 7 é a de picar a cana em toletes e lançá-los para o extrator primário 8 e para o elevador 9. O facão picador 7 compreende uma caixa de engrenagens e um volante inercial com embreagem para compensação do torque dos motores hidráulicos. Os movimentos opostos dos rolos picadores com facas afiadas, que transpassam entre si no momento do corte, executam a separação dos toletes. O acionamento do facão é feito, geralmente, através de (2) dois motores hidráulicos do circuito. A regulagem das facas é feita geralmente somente no rolo superior. A caixa é construída de fórma blindada, sem a necessidade de abrir para fazer os ajustes das facas. Nota-se ainda que com essa facilidade apenas um mecânico é capaz de trabalhar na sua manutenção. O extrator primário 8 que pode ser visualizado nas figuras 1 a 5 segue basicamente a mesma forma de construção dos outros equipamentos, ou seja, é feito com chapas e tubos metálicos soldados, jateados com grana-Ihas de aço, pintados e montados com rolamentos e fixados por parafusos e porcas. O capuz 18 também pode ser feito com poliuretano-rotor moldado. O extrator 8 é utilizado para extrair palha no momento em que os toletes são picados e lançados no elevador 9. Ele geralmente possui (4) quatro pás girando no sentido horário com spineer no centro para sugar o ar de fora para dentro carregando consigo as palhas, as quais são direcionadas através do capuz para o solo lateralmente à colhedora. O extrator 8 é acionado por um motor hidráulico do circuito. A vazão do ar é controlada pelo operador através de válvula hidráulica elétrica reguladora de vazão. O capuz permite que a palha seja direcionada ao solo sem sujar o trator e o transbordo.

Nas figuras 2 e 3, o elevador 9 pode ser melhor visualizado. Ele também é construído com chapas e tubos metálicos soldados montados e fixados por parafusos e porcas, correntes e tafiscas (partes estruturais e componentes do elevador). Ele serve para transportar e elevar os toletes limpos da colhedora para o transbordo ou caminhão, através das taliscas espaçadas e fixadas nas correntes. Em razão do elevador possuir um giro de 180 graus e ser acionado por engrenagem cremalheira é permitida a colheita nos dois sentidos de translado. Dois motores hidráulicos são utilizados para acionar as correntes com taliscas do elevador. Ali é utilizado um motor para o giro e (2) dois cilindros para a sua articulação. A regulagem é realizada através de válvulas hidráulicas. A segunda parte do elevador superior 19 é verticalmente móvel por meio de cilindros hidráulicos. Essa segunda porção 19 é dotada de uma parte de proteção com molas flexíveis que protegem o elevador do transbordo no momento da colheita. O fato dessa parte ser móvel é importante para fazer com que o elevador, no momento que sofrer algum impacto com a caçamba do caminhão, não cause danos ao chassi da colhedora e, além disso, permitir um melhor posicionamento do elevador como um todo. Isso ainda permite que a máquina seja utilizada em topografias acidentadas de modo a conceber uma regulagem da altura de descarga dos toletes pelo elevador para dentro do caminhão. O elevador 9 localiza-se no meio da colhedora e não na traseira como a das outras colhedoras e o giro é feito por engrenagem, cremalheira e motor hidráulico ao invés de cilindros hidráulicos como as demais. A articulação serve para o ajuste do elevador para o transporte e para a descarga de cana para o transbordo nas curvas de níveis. O compartimento do motor 12, ilustrado nas figuras 1,2,3 e 5, é construído com chapas e tubos metálicos soldados, jateados com granalhas de aço, pintadas e montadas com motor diesel e seus periféricos, por exem- pio, caixa de engrenagem e bombas, radiador de óleo e fixada por parafusos e porcas na parte traseira do chassi. O compartimento do motor 12 é independente do chassi e permite que o mesmo possa ser facilmente substituído. O motor serve para acionar a caixa de bombas do circuito hidráulico e da transmissão. Ele não está localizado no monobloco do chassi. Nota-se ainda que ele está montado na parte traseira da coihedora e não na parte central como nas demais colhedoras. 0 tanque hidráulico 10 é utilizado para armazenar e filtrar o óleo hidráulico do circuito e seu acionamento se dá por meio de bombas hidráulicas. É um tanque individual e independente, e não está no monobloco do chassi, evitando assim, vazamentos. O tanque de combustível 11 é construído com chapas e tubos metálicos soldados, jateado com granalhas de aço, com tratamento interno especial, pintado, montado e fixado por parafusos e porcas. Ele ainda pode ser feito de poliuretano-rotor moldado. Também é um tanque individual e independente, e não está no monobloco do chassi, evitando assim, vazamentos. A cabine da coihedora 23 pode ser visualizada nas figuras 1 a 4. Ela é construída com chapas e tubos metálicos soldados, pintada e montada com vidros, bancos, comandos, ar condicionado, escadas, fechaduras e espelhos e fixada por parafusos e porcas e coxins no chassi. Sua finalidade é proteger o operador do ambiente externo. Atrás da cabine está situado o radiador de água 24 da colhedeira. A localização desse radiador impede que detritos oriundos do campo de colheita e da própria cana atinjam e danifiquem o mesmo.

Nas figuras 4,5 e 8, o dispositivo de corte de base 14 da cana é melhor visualizado. Tal dispositivo possui a finalidade de promover o corte basal da cana, através de dois discos de corte de base, os quais giram sentidos opostos com preferencialmente (5) cinco lâminas afiadas cada um, as quais se intercalam entre si. O controle de profundidade é feito através de cilindros hidráulicos da suspensão e operador. O acionamento do dispositivo de corte de base 14 se dá por meio de (1) .um motor hidráulico do circuito e sua regulagem é feita por meio de cilindros hidráulicos ligados em paralelo na suspensão.

Nota-se que a posição onde está localizado o corte de base é estratégica por pelo menos dois aspectos: Primeiro: o ângulo de ataque entre a colhedora e o inicio do corte é de 65 graus em relação ao solo, evitando assim a quebra do pé da cana antes da mesma ser cortada, ou seja, totalmente adequado às condições do solo brasileiro.

Segundo: o controle da altura do corte de base é feito por cilindros hidráulicos da suspensão ligados em paralelo e pneus dianteiros. A parte de extremidade dos discos do corte de base está perfeitamente alinhada com o ponto onde o pneu toca primeiramente o solo. Ao visualizarmos a colhedora lateralmente por meio da figura 8 observa-se que o ponto em que a faca corta a cana é alinhado ao ponto onde há o primeiro contato do pneu com o solo.

Nota-se que a presente colhedora pode ainda utilizar um sistema eletrônico com sensores no corte de base para controle de copiamento do solo.

Na figura 9 é visualizada uma segunda modalidade da colhedei-ra da presente invenção, a qual compreende a troca dos pneus traseiros 13 por duas meias esteiras 25 na colhedora. O uso da meia esteira na parte traseira da máquina proporciona mais tração ao conjunto e permite que ela se desloque com mais facilidade em lugares com grande declividade e de difícil estabilização, melhorando assim a versatilidade da colhedora.

Portanto, deve ser entendido que a presente invenção e suas partes componentes descritas acima fazem parte de uma modalidade preferida e de exemplos de situações que poderiam ocorrer, o real escopo do objeto da invenção encontra-se definido nas reivindicações.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Colhedeira de cana-de-açúcar com cabine (23) compreendendo: um chassi (5); um dispositivo de corte de ponta (2); um dispositivo divisor de linha das canas (3), um dispositivo de corte de base (14), um conjunto de rolos para transporte (6) da cana-de-açúcar, dispositivo picador de cana-de-açúcar (7), dispositivo de limpeza de cana (8), motor(12), meios de deslocamento (13, 25) elevador (9), a referida colhedora caracterizada pelo fato de o elevador estar localizado na sua parte central e compreender um mecanismo de giro de 180 graus; e o motor ser alocado na parte traseira independente do chassi (5) . ^ .

2. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de corte de base (14) possui o ângulo de ataque entre a máquina e o início do corte de 65 graus em relação ao solo.

3. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de corte de base (14) possui discos de corte de base cuja extremidade está perfeitamente alinhada com o ponto onde o pneu (13) toca primeiramente o solo.

4. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o conjunto de rolos transportadores (6) da cana-de-açúcar compreende pelo menos um rolo tombador (15) capaz de inclinar a cana a ser cortada de 65 graus com relação ao solo.

5. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1 ou 4, caracterizada pelo fato de que o conjunto de rolos transportadores (6) da cana-de-açúcar compreende pelo menos um rolo levantador para er- guer a cana para os rolos 6 inferiores (fixos) e superiores (móveis) que conduzem a cana.

6. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o conjunto de rolos transportadores (6) da cana-de-açúcar possui os rolos superiores liberavelmente fixados por um único pino de pivotamento.

7. Colhedeira de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o conjunto de rolos transportadores (6) da cana-de-açúcar possui um anel interno de proteção contra terra no seu motor hidráulico.

8. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que dispositivo picador de cana-de-açúcar (7) possui uma caixa blindada.

9. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o elevador possui uma articulação no início da sua parte mais superior (19).

10. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os meios de deslocamento compreendem quatro pneus (13).

11. Colhedora de cana-de-açúcar de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os meios de deslocamento compreendem dois pneus (13) dianteiros e duas meia esteiras na parte traseira.