BRPI0405278B1 - sensor de imersão descartável - Google Patents

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Arthur Junior Hess
Djalma Domingues Do Amaral
Jorge Ayrton Da Silva
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Ecil Met Tec Ltda
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Abstract

"sensor de imersão descartável". a presente invenção refere-se a um sensor de imersão descartável, particularmente utilizado em análises térmicas de materiais fundidos, o sensor de imersão descartável (1) compreendendo um invólucro (11) que é formado por uma primeira e uma segunda porção (3, 3<39>) que se encaixam frontalmente ao longo de um eixo longitudinal formando um envoltório em peça inteiriça, e um sensor termopar (5) dotado de metais nobres e envolto longitudinalmente pelas porções do invólucro (11). o presente dispositivo (1) permite redução no tempo de análise de uma amostra de material fundido e maior precisão nos seus resultados.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SENSOR DE IMERSÃO DESCARTÁVEL". A presente invenção refere-se a um sensor de imersão descartável, particularmente utilizado para análises térmicas que possibilitam determinar, de forma rápida e precisa, os teores da composição de um banho de materiais fundidos, a partir de uma amostra coletada do banho.
Descrição do Estado da Técnica É sabido que os componentes de um material fundido ou de uma amostra de material fundido podem ser determinados qualitativa e quantitativamente através da obtenção de certas propriedades físicas deste material.
No caso de um banho de materiais metálicos fundidos, por exemplo o ferro fundido (FoFo), é importante a realização de análises químicas no intuito de controlar o teor de carbono (C), carbono equivalente (CE) e Silício (Si) que compõem o banho.
Este controle é ainda mais necessário quando se sabe que é a partir das quantidades destes elementos presentes na liga que se obtém o ferro fundido com características particulares de dureza, resistência, usinabi-lidade, entre outras.
Para o controle do teor destes elementos químicos que compõem as principais ligas de ferro fundido (FoFo branco, FoFo cinzento, FoFo mesclado, FoFo maleável, FoFo nodular ou dúctil e FoFo vermicular) são atualmente conhecidas duas técnicas. A primeira técnica consiste na retirada de uma amostra de metal do banho que se deseja controlar. Esta amostra é solidificada em uma co-quilha metálica e posteriormente preparada e enviada para um laboratório de análises químicas.
Embora esta primeira técnica seja mais utilizada e proporciona um resultado bastante preciso, a representatividade e a qualidade da amostra retirada para a análise são muito importantes e nem sempre é fácil consegui-la tomando-se fundamental a habilidade e conhecimento técnico do operador. Outras desvantagens desta técnica são o tempo elevado para realizar a amostragem (retirada do material da amostra e solidificação), o tempo elevado para a preparação da amostra de material já solidificado (lixamento ou retificação), o tempo elevado para a realização da análise em si na amostra, que pode ser feita por via úmida, combustão ou espectrômetro, e dificuldade, riscos operacionais e possibilidade de acidentes por queimadura do operador no momento da retirada da amostra de banho (as temperaturas do banho podem passar de 1.200°C).
Cabe ressaltar que o tempo total, em média, para se obter o resultado desta análise química usando esta técnica é de 5 a 7 minutos, o que pode significar o comprometimento de todo um banho se não forem adequados, rapidamente, os teores dos elementos da liga do ferro fundido desejado. A segunda técnica conhecida consiste na análise térmica de uma amostra de material do banho, através de uma cápsula descartável, "tipo-copo" recipiente em areia de fundição no qual é inserido um sensor termopar tipo-K que é preenchida através de uma concha com metal fundido retirado do forno.
Esta técnica também pode ser bastante precisa, é mais rápida do que a primeira técnica, mas ainda apresenta uma série de desvantagens como, por exemplo, a dificuldade para o completo e constante preenchimento da cápsula descartável com o metal líquido coletado através da concha, sem que se atinja diretamente o termopar, a impossibilidade de evitar o contato do metal da amostra com o ar, podendo haver oxidação do metal a ser analisado, a dificuldade, riscos operacionais e possibilidade de acidente por queimadura, visto que também nesta técnica é preciso que um operador chegue muito próximo ao forno para a retirada da amostra e, principalmente, manuseie esta amostra ao tentar preencher a cápsula com o material colhido na concha.
Ainda, devido às dimensões das cápsulas esta segunda técnica pode ter seu tempo total para se obter o resultado da análise em torno de 3 a 5 minutos, o que significa muito tempo até que seja feita a correção dos teores dos elementos químicos da liga, podendo comprometer o banho.
Também são conhecidas técnicas para o uso de sensores de imersão que propiciem um tempo menor de obtenção do resultado da análise em comparação com aqueles obtidos nas técnicas acima comentadas.
Neste sentido, o documento US 2003/0043883 descreve um recipiente de coleta de amostras para análise térmica de metal fundido cujas dimensões são diminutas a fim de que o tempo necessário para a análise térmica também seja pequeno, na ordem de segundos. Logo, a temperatura eutética pode ser obtida facilmente.
Para coletar a amostra o recipiente descrito neste documento do estado da técnica é mergulhado no banho. Um determinado volume de material fundido entra no recipiente através de um canal e se aloja em uma cavidade, aonde irá se solidificar. Ao preencher toda esta cavidade, o material fundido entra em contato com um sensor de temperatura, tal como, um ter-mopar usando fio de Kromel-alumel, que mede as temperaturas durante o processo de solidificação do material. Quanto menor a cavidade que recebe a amostra, mais rápida será a solidificação da amostra e, por consequência, mais rápida será a determinação dos teores de elementos químicos compondo a liga do material fundido.
Uma primeira concretização do recipiente objeto da invenção descrita neste documento US 2003/0043883 apresenta a forma de um copo contendo o sensor de temperatura disposto na cavidade do recipiente, sobre o qual é vertido o material fundido, semelhante ao procedimento descrito na primeira técnica comentada anteriormente.
Além das desvantagens já apontadas desta técnica, o fato de uma parte do sensor estar disposta inserida em um furo no corpo do recipiente para a fixação deste sensor, exige que esta fixação seja bastante precisa e bem vedada, para que não ocorra infiltração de material fundido no corpo do recipiente danificando os contatos do sensor.
Em uma outra concretização descrita neste documento, o recipiente para coleta de amostras e análise química é feito em cerâmica dotado de uma cavidade, onde será depositada a amostra colhida e que é comuni-cante com um canal de entrada de fluxo. Este recipiente compreende ainda uma abertura posicionada acima da cavidade, que recebe o sensor de tem- peratura, e um canal de exaustão. Este recipiente é montado através da junção de um membro superior com um membro inferior através de um agente adesivo ou similar. No membro superior estão dispostos o canal de exaustão e a abertura que recebe o sensor. Já no membro inferior são formadas a cavidade e o canal de entrada de fluxo.
Esta construção não permite obter um recipiente em peça única ou inteiriço no sentido longitudinal, já que existe corte transversal da junção do membro superior com o membro inferior, acarretando uma série de inconvenientes, a saber: (i) eventual contaminação da amostra e/ou do próprio banho de metal fundido com o agente adesivo, acarretando erro na análise e/ou até mesmo interrupção da operação; (ii) o fato do recipiente ser formado por um corpo bipartido no sentido transversal, compreendendo duas porções sobrepostas, viabiliza um vazamento da amostra por capilaridade por exemplo, pela linha da junção das referidas porções, o que obviamente resulta em erro na análise; (iii) eventual reação do adesivo empregado na junção destes membros, o que acarreta na separação dos membros, contaminado o banho e inviabilizando a análise; entre outros. O documento PI 9605113-2 descreve uma sonda para imersão em metal fundido para coletar amostras desse metal fundido, no intuito de controlar as temperaturas de fusão do metal, durante a solidificação. Esta sonda é formada por um primeiro e um segundo corpo refratários porosos ligados um ao outro axialmente através de uma primeira e uma segunda face de apoio. Um dos corpos é unido a um tubo de papelão através de um agente adesivo. A sonda descrita neste documento é imersa no banho no sentido de seu eixo longitudinal. Esta sonda compreende ainda, uma câmara de amostra interior próxima à face de imersão do primeiro corpo. O material das peças que são montadas circundando esta câmara de amostra possuem a função de absorver o calor do metal fundido que penetra esta câmara, quando da imersão da sonda no banho, a uma taxa de absorção controlada, a fim de que, a solidificação do metal da amostra seja também controlada.
Esta sonda descrita no documento PI 9605113-2 apresenta uma série de inconvenientes, sendo que é possível exemplificar: o excesso de peças para se montar essa sonda a fim de que o calor de dentro da câmara de amostra seja extraído de forma controlada causando um encarecimento no equipamento e a maior probabilidade de paradas para manutenção, visto que este equipamento não é descartável; ainda, a montagem do primeiro corpo axialmente sobre o segundo corpo e a colagem do segundo corpo junto ao tubo de papelão o qual é usado para a manutenção da sonda imersa no banho é também uma desvantagem desta sonda, tendo em vista que esta colagem pode ceder com reações entre o material adesivo e o metal do banho ou mesmo o calor do banho, o que causaria a perda da sonda no interior do banho. Além disso, se a montagem do primeiro corpo sobre o segundo corpo da sonda não correr de forma precisa, o metal da câmara de amostra irá vazar e a medição estará comprometida.
Objetivos da Invenção A presente invenção tem como objetivo, prover um sensor de imersão descartável para ser usado em análises térmicas que permitam a identificação e quantificação de elementos químicos em um banho de materiais fundidos, de modo a superar os inconvenientes apontados nos dispositivos similares conhecidos do estado da técnica, como a presença de materiais adesivos e complexidade na montagem e, ainda, que apresente um tempo de análise química reduzido e precisão de resultados aperfeiçoada. É também objetivo desta invenção prover um sensor de imersão simplificado de maneira que possa ser descartável e não contamine o banho a ser controlado.
Breve Descrição da Invenção Os objetivos da presente invenção são alcançados através de um sensor de imersão descartável, particularmente utilizado em análises térmicas de materiais fundidos, o sensor de imersão descartável compreendendo: um invólucro formado por uma primeira e uma segunda porção associadas entre si através de faces planas, definindo uma primeira câmara que recebe uma porção de material fundido por meio de um canal de comu- nicação e uma segunda câmara posicionada axialmente sobre a primeira câmara na qual é disposto um sensor de temperatura; a primeira e segunda porção do invólucro consiste em peças inteiriças que são associadas frontalmente ao longo de um eixo longitudinal através de elementos de fixação; o sensor de temperatura sendo dotado de um fio de medição disposto voltado para a primeira câmara, o fio de medição sendo contactável com o material fundido disposto na primeira câmara e compreendendo diâmetro variando de 0,04mm a 0,1 Omm.
Descrição Resumida dos Desenhos A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram: Figura 1 - é uma ilustração do sensor de imersão descartável aberto e contendo um sensor de temperatura;
Figura 2 - é uma vista esquemática de um detalhe do sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 3 - é uma vista em corte transversal da primeira porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto desta invenção;
Figura 4 - é uma vista segundo o corte A-A da primeira porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto desta invenção;
Figura 5 - é uma vista segundo o corte B-B da primeira porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 6 - é uma vista segundo o corte C-C da primeira porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 7 - é uma vista segundo o corte D-D da primeira porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 8 - é uma vista em corte transversal da segunda porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto desta invenção;
Figura 9 - é uma vista segundo o corte A-A da segunda porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto desta invenção;
Figura 10 - é uma vista segundo o corte B-B da segunda porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 11 - é uma vista segundo o corte C-C da segunda porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 12 - é uma vista segundo o corte D-D da segunda porção do invólucro que compõe o sensor de imersão descartável objeto da presente invenção;
Figura 13 - é uma ilustração do sensor de imersão descartável fechado;
Figura 14 - é a ilustração de uma curva de resfriamento no sistema meta-estável; e Figura 15 - é a ilustração de uma curva de resfriamento no sistema estável.
Descrição Detalhada das Figuras De acordo com uma concretização preferencial e como pode ser visto a partir da figura 1, objeto da presente invenção, consiste em um sensor de imersão descartável 1 particularmente utilizado em análises térmicas de materiais fundidos como, por exemplo, ferro fundido, a fim de determinar os teores dos componentes químicos do banho.
Este sensor de imersão descartável 1 compreende um invólucro 11 dentro do qual é posicionado um sensor de temperatura 5. O invólucro 11 é feito em areia de função compactada e assumindo o formato desejado, por exemplo, através do processo conhecido como "Sheil-molding", podendo ser outro processo de elaboração de molde de fundição comum.
Com isso, o invólucro 11 apresenta um formato cilíndrico bipartido, formado substancialmente por duas metades consistindo em uma primeira porção 3 e em uma segunda porção 3'. Este invólucro 11 embora seja bipartido na sua direção longitudinal, apresenta a primeira e segunda porção 3, 3' inteiriças, ou seja, formadas cada uma em peças inteiras, únicas, sem nenhum corte no sentido transversal. Este fato facilita e simplifica a associação destas porções 3, 3' que montam o invólucro 11, além de proporcionar uma melhor vedação do material da amostra coletado.
Como pode ser visto nas figuras 6 e 7, a primeira porção 3 apresenta um formato de meio círculo, isto é, circular cortado por uma superfície plana que forma uma face plana 16 importante. A segunda porção 3’ é substancialmente similar à primeira porção 3 e, conforme por ser visto nas figuras 11 e 12, também apresenta um formato circular cortado por uma superfície plana que forma uma face plana 16'.
Da face plana 16 da primeira porção 3 projetam-se elementos de fixação ou insertos 12, perpendiculares à face plana 16 e de altura mediana. Os insertos 12 são constituídos do mesmo material da primeira porção 3. Já na face plana 16' da segunda porção 3' estão dispostos orifícios 121 de diâmetros equivalentes aos dos insertos 12.
Portanto, a primeira porção 3 e a segunda porção 3', que conforme já descrito são peças inteiriças, associadas entre si frontalmente ao longo do eixo longitudinal, através do encaixe, por interferência, de pelo menos um dos insertos 12 com pelo menos um dos orifícios 121. Preferencialmente são encaixadas duas projeções 12 em dois orifícios 121, a fim de dar maior sustentação ao invólucro 11. A associação da primeira porção 3 com a segunda porção 3' através das faces planas 16,16' definem uma primeira câmara 13, que recebe o material fundido da amostra a ser analisada, e uma segunda câmara 14, posicionada axialmente sobre a primeira câmera 13, e na qual é disposto o sensor de temperatura 5.
Para que esta associação ocorra precisamente e não resulte em vazamento da amostra a ser coletada, as superfícies das faces planas 16, 16’ devem ser lisas, muito planas e apresentar um bom acabamento a fim de permitir um contato constante e uniforme entre a primeira e segunda porção 3, 3’.
De acordo com as figuras 1 e 3 a 7, a primeira porção 3 do invólucro 11 compreende uma cavidade primária 7, e uma cavidade secundária 6 posicionada axialmente e comunicante com a cavidade primária 7, As figuras 8 a 12 ilustram a segunda porção 3' do invólucro 11. Esta segunda porção 3' compreende uma cavidade primária 7' e uma cavidade secundária 6' posicionada axialmente e comunicante com a cavidade primária T. A cavidade primária 7 da primeira porção 3 é disposta alinhada, com relação à altura, à cavidade primária 7' da segunda porção 3'. Desta forma, no momento em que a primeira porção 3 é associada à segunda porção 3', a primeira câmara 13 é precisamente formada. O mesmo acontece com as cavidades secundárias, ou seja, a cavidade secundária 6 da primeira porção 3 é alinhada, em relação à altura, com a cavidade secundária 6' da segunda porção 3' de maneira que, quando a primeira porção 3 é associada à segunda porção 3', a segunda câmara 14 é precisamente formada. O sensor de imersão descartável 1 compreende, ainda, um canal de comunicação 15 que, conforme pode ser visto na figura 1, se estende a partir de uma extremidade de imersão 31 do sensor 1 até comunicar-se com a primeira câmara 13. Este canal de comunicação 15 é formado a partir da associação da primeira porção 3 com a segunda porção 3' do invólucro 11. O sensor de temperatura 5 compreende um corpo 51 que é disposto na segunda câmara 14, apoiado às cavidades secundárias 6, 6', e um fio de medição 9 disposto voltado para a primeira câmara 13.
Uma vez posicionado o sensor de temperatura 5, a segunda porção 3' é associada à primeira porção 3 do invólucro, os incertos 12 são encaixados aos orifícios 121 e o sensor de imersão descartável 1 está montado. O sensor de imersão 1 é então emergido no banho de material fundido através de uma lança leve (não ilustrada) unida ao invólucro 11 e ao corpo 51 do sensor de temperatura 5 durante quatro segundos apenas. Essa imersão é feita no sentido do eixo longitudinal deste sensor de imersão 1, de modo que a extremidade de imersão 31 do sensor 1 é a primeira a tocar o banho. Não é preciso mergulhar completamente o sensor de imersão 1 no banho, uma vez que inserindo o sensor de imersão 1 no banho até um pouco mais da metade do seu invólucro 11 é suficiente para que uma quantidade de material fundido do banho penetre pelo canal de comunicação 15 e se aloje na primeira câmara 13.
Uma vez preenchida a primeira câmara 13 o sensor de imersão 1 é retirado do banho e neste momento inicia-se o processo de solidificação da amostra de material colhida na primeira câmara 13. Cabe observar que esta primeira câmara 13 poderá conter um agente modificador de estrutura, como por exemplo, o Telúrio, Cério, Enxofre ou Bismuto, cuja função é orientar a forma com que a amostra será solidificada, por exemplo, sistema "Estável" ou "Meta-Estável". O fio de medição 9 do sensor de temperatura 5 entra em contato com a amostra do material fundido colhida na primeira câmara 13 e prossegue com as medições das temperaturas enquanto o material da amostra vai perdendo calor e se solidificando, apresentando patamares de solidificação no início do processo (Temperatura de Liquidus: que é a temperatura acima da qual o sistema está inteiramente liquido) e no final do processo de solidificação (Temperatura Solidus: representa o ponto abaixo do qual todo o material está sólido) ou apresentando apenas o patamar no início da solidificação - Temperatura de Liquidus - e recalescência no final da solidificação, conforme ilustrado nas figuras 14 e 15.
Cabe ressaltar que esta imersão é simples, requer um tempo de exposição do operador ao calor de apenas quatro ou cinco segundos, obtém uma amostra isenta de escória, o que contribui para a obtenção de resultados precisos na análise e, principalmente, resultará em uma análise rápida. O risco de acidentes por queimaduras neste caso é praticamente inexistente.
Para que o tempo desta análise térmica seja em torno e quarenta e cinco segundos, as dimensões da primeira câmara 13, local aonde é armazenada a amostra coletada para ser solidificada e analisada, são pequenas e controladas. Neste sentido, a primeira câmara 13 compreende um volume que varia de 5 cm3 a 10 cm3, diâmetro variando de 10 mm a 22 mm e um comprimento variando de 15 a 35 mm.
Com estas dimensões reduzidas projetadas para a primeira câmara 13, o tempo total de solidificação da amostra de material coletado e, conseqüentemente, a análise térmica, não passa de um minuto. Assim, a temperatura eutética pode ser obtida facilmente e precisamente em um tempo bastante pequeno. No entanto, ocorre que o fenômeno das temperaturas eutéticas também é muito rápido, isto é, aproximadamente um segundo para a Temperatura de Liquidus.
Por este motivo, torna-se necessário e fundamental a utilização de um sensor de temperatura 5 de maior precisão de leitura. Para a concretização preferencial desta invenção, o sensor de temperatura 5 é um sensor do tipo termopar, no entanto, outros tipos de sensores de temperatura poderão ser empregados, desde que mantenham a função necessária.
Para tanto, usa-se os sensores termopares cujos fios de medição 9 têm pequenos diâmetros em comparação com os sensores similares usados nos dispositivos similares do estado da técnica. Isto porque o tempo de resposta, para a perfeita determinação da temperatura de líquidos, tem que ser muito rápido.
Neste caso, o termopar usado é do Tipo R cujo fio de medição 9 é feito de uma liga de metal nobre, por exemplo, Piatina e Ródio, com diâmetro variando de 0,04 mm a 0,10 mm. Este tipo de sensor termopar possui o seu fio de medição 9 formado por uma liga de material de fácil obtenção, possui maior potência termoelétrica e apresenta, em seu sinal, uma variação maior de milivolts por grau Celsius (mV/°C), ou seja, na prática esta liga é mais sensível às pequenas variações de temperatura, fator muito importante para melhor correlacionar as temperaturas eutéticas com a composição química do material fundido, por exemplo, um banho de ferro fundido. A partir do monitoramento das temperaturas de solidificação do material da amostra colhida através do sensor termopar 5, é possível obter uma relação quantitativa e qualitativa dos componentes do banho de material fundido monitorado, por exemplo, um banho de ferro fundido. No exemplo do ferro fundido identifica-se as quantidades de carbono (C), carbono equivalente (CE) e Silício (Si) da amostra, cujo resultado é extrapolado para o banho como um todo, permitindo rápidos e precisos acertos, quando necessário, no teor destes elementos do banho. Finalizado o monitoramento, o sensor de imersão 1 é descartado.
Finalmente, o dispositivo 1 da presente invenção, devido a sua configuração, apresenta as seguintes vantagens: ■ precisão aperfeiçoada de resultados de análise de uma amostra de material fundido; ■ com uma simples imersão, a amostra do material fundido é retirada de dentro do forno, isenta de escória, e sem contato com o ar; ■ o sensor é imerso através de uma haste de manipulação simples e leve, com um tempo de exposição do operador ao calor em torno extremamente curto, de apenas cerca de 4 segundos; e ■ os riscos de acidentes são praticamente eliminados.
Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.
REIVINDICAÇÕES

Claims (11)

1. Sensor de imersão descartável (1), particularmente utilizado em análises térmicas de materiais fundidos, o sensor de imersão descartável (1) compreendendo: um invólucro (11) formado por uma primeira e uma segunda porção (3, 3') associadas entre si através de faces planas (16, 16'), definindo uma primeira câmara (13) que recebe uma porção de material fundido por meio de um canal de comunicação (15) e uma segunda câmara (14) posicionada axialmente sobre a primeira câmara (13) na qual é disposto um sensor de temperatura (5); o sensor de imersão descartável (1) sendo caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda porção (3,3') do invólucro (11) consistem em peças inteiriças que são associadas frontalmente ao longo de um eixo longitudinal através de elementos de fixação (12,121); o sensor de temperatura (5) sendo dotado de um fio de medição (9) disposto voltado para a primeira câmara (13), o fio de medição (9) sendo contactável com o material fundido disposto na primeira câmara (13) e compreendendo diâmetro variando de 0,04mm a 0,1 Omm.
2. Sensor, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara (13) é definida através da associação de cavidades primárias (7, T) dispostas alinhadamente nas primeira e segunda porções (3,3') do invólucro (11).
3. Sensor, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara (13) compreende um volume (V) variando de 5 cm3 a 10 cm3.
4. Sensor, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara (13) compreende um diâmetro variando de 10 mm a 22 mm e um comprimento variando de 15 a 35 mm.
5. Sensor, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a segunda câmara (14) é definida através da associação de cavidades secundárias (6, 6') dispostas alinhadamente nas primeira e segunda porções (3, 3') do invólucro (11), axialmente comunicante com as cavidades primárias (7, 7').
6. Sensor, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as primeira e segunda porções (3, 3') do invólucro (11) são associadas entre si através do encaixe por interferência de pelo menos um in-serto (12) disposto na face plana (16) da primeira porção (3) com pelo menos um orifício (121) disposto na face plana (16') da segunda porção (31).
7. Sensor, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o sensor de temperatura (5) compreende um corpo (51) disposto nas cavidades secundárias (6, 6') do invólucro (11) e o fio de medição (9) posicionado nas cavidades primárias (7, T) do invólucro (11).
8. Sensor, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o sensor de temperatura (5) é um sensor do tipo termopar.
9. Sensor, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o fio de medição (9) do sensor de temperatura (5) consiste em uma liga de metais nobres platina e platina-ródio.
10.
Sensor, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o invólucro (11) é constituído em areia de função inerte ao banho.
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