BR112021007056A2 - métodos para melhorar a saúde metabólica em um animal - Google Patents

Abstract

MÉTODOS PARA MELHORAR A SAÚDE METABÓLICA EM UM ANIMAL. A presente invenção refere-se a composições e métodos para saúde metabólica em um animal que compreende administrar uma composição não cetogênica ao animal, sendo que a composição não cetogênica compreende cerca de 5% a cerca de 25% de carboidrato, cerca de 30% a cerca de 60% de proteína e cerca de 10% a cerca de 40% de gordura. Além disso, a composição pode ter uma razão entre proteína e carboidrato de pelo menos 2:1.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTO- DOS PARA MELHORAR A SAÚDE METABÓLICA EM UM ANIMAL". REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS DE PATENTES RELACIONA-

DOS

[0001] Este pedido reivindica a prioridade sobre o pedido provisório US n° de série 62/779.139, depositado em quinta-feira, 13 de dezembro de 2018, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência em sua totalidade.

ANTECEDENTES

[0002] A saúde metabólica (glicose sanguínea em jejum normal, tri- glicerídeos, ácidos graxos livres, insulina etc.) é essencial para a vida saudável e o risco reduzido de muitas doenças crônicas, incluindo do- ença cardiovascular, acidente vascular cerebral, demência, diabetes e câncer etc.

[0003] As soluções atuais para a saúde metabólica incluem exercí- cio, administração de fibras dietárias, lipídios complexos e frutas oleagi- nosas comestíveis. Entretanto, tais soluções não são facilmente alcan- çáveis e estão comumente ausentes da rotina e dieta da maioria das pessoas.

[0004] Além disso, os açúcares e as bebidas adoçadas com açúcar em nossas dietas estão associados a uma saúde metabólica insatisfa- tória, e maior risco de diabetes tipo 2 e obesidade.

[0005] Dessa forma, a pesquisa continua a melhorar a saúde meta- bólica e a superar as deficiências de tratamentos conhecidos.

SUMÁRIO

[0006] Em uma modalidade, um método para melhorar a saúde me- tabólica em um animal pode compreender a administração de uma com- posição não cetogênica ao animal, sendo que a composição não ceto- gênica compreende cerca de 5% a cerca de 25% de carboidratos, cerca de 30% a cerca de 60% de proteína e cerca de 10% a cerca de 40% de gordura. Adicionalmente, a composição pode ter uma razão entre pro- teína e carboidrato de pelo menos 2:1.

[0007] Outros objetivos, características e vantagens adicionais da invenção ficarão prontamente evidentes aos versados na técnica.

DESCRIÇÃO DETALHADA Definições

[0008] O termo "animal" significa qualquer animal que tenha uma necessidade de preservar a massa corporal magra durante a perda de peso, inclusive seres humanos, aves, animais bovinos, caninos, equi- nos, felinos, hircinos, lupinos, murinos, ovinos ou porcinos. Em um as- pecto, o animal pode ser um mamífero.

[0009] O termo "animal de estimação" significa animais domésticos, como gatos, cães, coelhos, porquinhos-da-índia, furões, hamsters, ca- mundongos, gerbilos, cavalos, vacas, cabras, carneiros/ovelhas, jumen- tos, porcos e similares. Em um aspecto, o animal de estimação pode ser um cão. Em outro aspecto, o animal de estimação pode ser um felino.

[0010] O termo "quantidade terapeuticamente eficaz" significa uma quantidade de um composto aqui descrito que (i) trata ou previne a do- ença, condição ou distúrbio específico, (ii) atenua, melhora ou elimina um ou mais sintomas da doença, condição ou distúrbio específico ou (iii) previne ou retarda o surgimento de um ou mais sintomas da doença, condição ou distúrbio específico descritos no presente documento.

[0011] Os termos "tratando", "tratar" e "tratamento" abrangem o tra- tamento preventivo, isto é, profilático, e o tratamento paliativo.

[0012] O termo "saúde e/ou bem-estar de um animal" significa o bem-estar completo físico, mental e social do animal, não meramente a ausência de doença ou enfermidade.

[0013] O termo "em conjunto" significa que a composição alimentí- cia, os componentes da mesma ou outras composições aqui reveladas são administrados a um animal (1) juntos em uma única composição alimentícia, ou (2) separadamente com frequências iguais ou diferentes, usando vias de administração iguais ou diferentes em torno do mesmo tempo ou periodicamente.

[0014] "Periodicamente" significa que a composição alimentícia, os componentes da mesma ou outras composições são administrados em um cronograma aceitável para os componentes ou composições espe- cíficos. "Em torno do mesmo tempo" significa, geralmente, que a com- posição alimentícia e os componentes da mesma ou outras composi- ções são administrados ao mesmo tempo ou dentro de cerca de 72 ho- ras um do outro.

[0015] Os termos "alimento", "produto alimentício" e "composição alimentícia" significam um produto ou composição que é destinada para ingestão por um animal, incluindo um humano, e que fornece nutrição ao animal.

[0016] O termo "composição alimentícia não cetogênica" refere-se a uma composição alimentícia que não induz cetose no animal onde a cetose é obtida pela metabolização da gordura em corpos cetônicos. Adicionalmente, no aspecto, a composição alimentícia não cetogênica pode excluir componentes que induzem a cetose por ingestão oral de precursores de cetona, como triglicerídeos de cadeia média.

[0017] O termo "carboidrato" se refere a carboidratos que são di- gestíveis, por exemplo, açúcares e amidos, e não inclui fibra, por exem- plo, celulose ou fibras fermentáveis.

[0018] O termo "base regular" significa administração ao menos uma vez por mês e, em um aspecto, administração ao menos uma vez por semana. Uma administração ou um consumo mais frequente, como duas ou três vezes por semana, também pode ser feita em certas mo- dalidades. Em um aspecto, um regime de administração pode compre- ender o consumo ao menos uma vez ao dia.

[0019] O termo "embalagem única" significa que os componentes de um kit estão fisicamente associados em ou com um ou mais recipi- entes, sendo considerados uma unidade para fabricação, distribuição, venda ou uso. Os recipientes incluem, mas não se limitam a, bolsas, caixas, caixas de papelão, garrafas, embalagens como embalagens de filmes termocontráteis, com componentes grampeados ou de outro modo afixados, ou combinações dos mesmos. Uma embalagem única pode consistir em recipientes das composições alimentícias, ou compo- nentes das mesmas, fisicamente associados de modo a serem conside- rados uma unidade para fabricação, distribuição, venda ou uso.

[0020] O termo "embalagem virtual" significa que os componentes de um kit estão associados por orientações em um ou mais componen- tes físicos ou virtuais do kit, instruindo o usuário sobre como obter os outros componentes, por exemplo, em uma bolsa ou outro recipiente contendo um componente e orientações instruindo o usuário a visitar um site da web, entrar em contato com um serviço de mensagem gra- vada ou de retorno de fax, observar uma mensagem visual ou entrar em contato com um cuidador ou instrutor para obter instruções sobre como usar o kit ou informações técnicas ou de segurança sobre um ou mais componentes de um kit.

[0021] O termo "cerca de" significa mais ou menos 20% de um valor numérico; em um aspecto, mais ou menos 10%; em um outro aspecto, mais ou menos 5%; e em um aspecto específico, mais ou menos 2%. Por exemplo, em um aspecto em que cerca de é mais ou menos 20% de um valor numérico, a frase "de cerca de 10% a cerca de 20%" pode- ria incluir uma faixa de 8% a 24% ou 12% a 16%, incluir quaisquer sub- faixas ali contidas.

[0022] Como usado na presente invenção, modalidades, aspectos e exemplos que o texto "que compreende(m)" ou outro texto ilimitado podem ser substituídos por "que consistem essencialmente" e "que con- sistem em" modalidades.

[0023] O termo "completo e balanceado" em referência a uma com- posição alimentícia significa uma composição alimentícia que contém todos os nutrientes exigidos, conhecidos em quantidades e proporções adequadas, com base nas recomendações de autoridades reconheci- das no campo de nutrição animal, e que são, portanto, capazes de servir como uma única fonte de ingestão dietária para manter a vida ou pro- mover a produção, sem a adição de fontes nutricionais suplementares. O alimento nutricionalmente balanceado para animais de estimação e as composições alimentícias nutricionalmente balanceadas para ani- mais de estimação são amplamente conhecidos e amplamente usados na técnica, por exemplo, composições alimentares completas e balan- ceadas, formuladas de acordo com os padrões estabelecidos pela As- sociação Americana dos Oficiais de Controle de Alimentação ("AAFCO" - Association of American Feed Control Officials).

[0024] Todas as porcentagens expressas na presente invenção es- tão em peso da composição com base na matéria seca, exceto quando especificamente indicado em contrário. O versado na técnica entenderá que o termo "com base na matéria seca" significa que a concentração ou porcentagem de um ingrediente em uma composição é medida ou determinada após a remoção de qualquer umidade livre presente na composição.

[0025] Como usado aqui, as faixas de valores são usadas na pre- sente invenção de forma abreviada, para evitar a necessidade de ter que mencionar e descrever cada um dos valores dentro da faixa. Qual- quer valor adequado dentro da faixa pode ser selecionado, onde for adequado, como o valor mais alto, o valor mais baixo ou o ponto ex- tremo da faixa.

[0026] Como usado aqui, a forma singular de uma palavra inclui o plural, e vice-versa, a menos que o contexto determine claramente o contrário. Assim, as referências "um", "uma", "o" e "a" são, de modo geral, inclusivas dos plurais dos respectivos termos. Por exemplo, a re- ferência a "um suplemento", "um método" ou um "um alimento" inclui uma pluralidade desses "suplementos", "métodos" ou "alimentos". De modo similar, as palavras "compreender", "compreende" e "compreen- dendo" serão interpretadas inclusivamente em vez de exclusivamente. De modo semelhante, os termos "incluem", "que inclui(em)" e "ou" de- vem todos ser interpretados como inclusivos, a menos que tal interpre- tação esteja claramente excluída pelo contexto. De modo similar, o termo "exemplos" particularmente quando seguido por uma lista de ter- mos, é meramente exemplificador e ilustrativo e não deve ser conside- rado exclusivo ou compreensivo.

[0027] Os métodos e as composições, bem como outros avanços aqui revelados não se limitam a uma metodologia, aos protocolos e aos reagentes específicos aqui descritos, pois, como será entendido pelo versado na técnica, estes podem variar. Adicionalmente, a terminologia usada aqui tem apenas o propósito de descrever as modalidades espe- cíficas, e não tem por objetivo limitar, e não limita, o escopo do que é descrito ou reivindicado.

[0028] Exceto onde definido em contrário, todos os termos técnicos e científicos, termos da técnica e acrônimos usados na presente inven- ção têm os significados comumente entendido pelo versado na técnica do campo da invenção, ou do campo em que o termo é usado. Embora quaisquer composições, métodos, artigos de fabricação, ou outros meios ou materiais similares ou equivalentes àqueles aqui descritos possam ser usados na prática da presente invenção, certas composi- ções, métodos, artigos de fabricação, ou outros meios ou materiais são descritos aqui.

[0029] Todas as patentes, pedidos de patente, publicações, artigos técnicos e/ou acadêmicos e outras referências aqui citadas ou mencio- nadas estão aqui incorporadas a título de referência, em sua totalidade,

na extensão permitida pela lei. A discussão dessas referências é desti- nada meramente a resumir as afirmações feitas nela. Não é feita qual- quer admissão no sentido de que qualquer dentre as patentes, os pedi- dos de patente, as publicações ou as referências, ou qualquer porção das mesmas, sejam relevantes, importantes ou sejam técnica anterior. O direito de contestar a exatidão e a pertinência de qualquer afirmação dessas patentes, pedidos de patente, publicações e outras referências como técnica relevante, importante ou anterior é especificamente reser- vado.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0030] Os presentes métodos e composições baseiam-se na des- coberta de que composições alimentícias específicas melhoram a sa- úde metabólica de um animal. Especificamente, as presentes composi- ções alimentícias utilizam uma razão entre proteína e carboidrato que melhora a saúde metabólica através da redução de ácidos graxos livres no sangue, colesterol total, triacilglicerol e/ou insulina para fornecer be- nefícios de saúde em comparação com regimes de tratamento conheci- dos, como composições alimentícias de baixa caloria, dieta ou o uso de aditivos ou suplementos caros. Entretanto, o uso de tais tratamentos pode ser feito em conjunto com os métodos e as composições.

[0031] De acordo com essas descobertas, em uma modalidade, um método para melhorar a saúde metabólica em um animal pode compre- ender a administração de uma composição alimentícia não cetogênica ao animal, sendo que a composição alimentícia não cetogênica compre- ende de cerca de 30% a cerca de 65% de proteína, de cerca de 5% a cerca de 25% de carboidrato e de cerca de 10% a cerca de 40% de gordura. Em geral, a composição alimentícia não cetogênica pode ter uma razão entre proteína e carboidrato de pelo menos cerca de 2:1.

[0032] Em geral, tais razões entre proteína e carboidrato podem va- riar de cerca de 2:1 a cerca de 10:1, embora razões maiores que 10:1 possam ser consideradas. Em uma modalidade, a razão entre proteína e o carboidrato está na faixa de cerca de 2:1 a cerca de 6:1. Em um aspecto, a razão entre proteína e carboidrato pode estar na faixa de cerca de 4:1 a cerca de 6:1. Em um outro aspecto, a razão entre prote- ína e carboidrato está na faixa de cerca de 3:1 a cerca de 6:1.

[0033] Geralmente, as presentes composições compreendem uma proteína. A proteína pode ser material de proteína bruta e pode compre- ender proteínas vegetais, como farelo de soja, concentrado de proteína da soja, farelo de glúten de milho, glúten de trigo, caroço de algodão e farelo de amendoim, ou proteínas animais, como caseína, albumina e proteína da carne. Exemplos de proteína da carne úteis à presente in- venção incluem carne de vaca, porco, carneiro, equinos, aves, peixe e misturas das mesmas. Em uma modalidade, as composições alimentí- cias podem compreender a proteína em quantidades de cerca de 30%, 35%, 40%, 45%, 50%, 55% ou até mesmo 60% até cerca de 35%, 40%, 45%, 50%, 55%, 60% ou até mesmo 65%, incluindo várias subfaixas dentro dessas quantidades. Em um aspecto, a proteína pode ser de cerca de 45% a cerca de 55% da composição alimentícia.

[0034] Em geral, qualquer tipo de carboidrato pode ser usado nas composições alimentícias. Exemplos de carboidratos adequados in- cluem grãos ou cereais como arroz, milho, painço, sorgo, alfalfa, ce- vada, sojas, canola, aveia, trigo, centeio, triticale e misturas dos mes- mos. As composições podem também compreender, opcionalmente, outros materiais como soro de leite seco e outros subprodutos lácteos. Em uma modalidade, o carboidrato compreende de cerca de 5% a cerca de 10% da composição alimentícia. Em uma modalidade, o carboidrato compreende de cerca de 10% a cerca de 20% das composições alimen- tícias. Em outros aspectos, o carboidrato pode estar presente em quan- tidades de cerca de 5%, 6%, 7%, 8%, 9%, 10%, 11%, 12%, 13%, 14%, 15%, 16%, 17%, 18%, 19% ou mesmo 20%, a cerca de 6%, 7%, 8%,

9%, 10%, 11%, 12%, 13%, 14%, 15%, 16%, 17%, 18%, 19%, 20%, 21%, 22%, 23%, 24% ou 25%.

[0035] Em geral, as composições alimentícias incluem gordura. Exemplos de gorduras adequadas incluem gorduras animais e gorduras vegetais. Em um aspecto, a fonte de gordura pode ser uma fonte de gordura animal, como sebo ou gordura de aves. Podem ser usados óleos vegetais, como óleo de milho, óleo de girassol, óleo de cártamo, óleo de semente de uva, óleo de soja, óleo de oliva, óleo de peixe, aba- cate e outros óleos ricos em ácidos graxos monoinsaturados e poli-in- saturados. Em uma modalidade, as composições alimentícias podem compreender gordura em quantidades de cerca de 10%, 15%, 20%, 25%, 30% ou até mesmo 35% até cerca de 15%, 20%, 25%, 30%, 35% ou até mesmo 40%, incluindo várias subfaixas dentro dessas quantida- des. Em um aspecto, a gordura compreende de cerca de 25% a cerca de 35% da composição alimentícia.

[0036] A administração pode ser feita em base de necessidade, em base desejada, em base regular ou em base intermitente. Em um as- pecto, a composição alimentícia pode ser administrada a um animal em base regular. Em um aspecto, pode ser executada ao menos uma ad- ministração por semana. Uma administração ou um consumo mais fre- quente, como duas ou três vezes por semana, também pode ser feita em certas modalidades. Em um aspecto, um regime de administração pode compreender o consumo ao menos uma vez ao dia.

[0037] De acordo com os métodos aqui descritos da invenção, a administração, incluindo a administração como parte de um regime die- tário, pode durar um período que varia desde o nascimento até a idade adulta do animal. Em várias modalidades, o animal pode ser um humano ou animal de estimação, como um cão ou um gato. Em determinadas modalidades, o animal pode ser um animal jovem ou em crescimento. Em outras modalidades, a administração pode começar, por exemplo,

em base regular ou base regular estendida, quando o animal atingiu mais que cerca de 10%, 20%, 30%, 40% ou 50% de seu tempo de vida projetado ou antecipado. Em algumas modalidades, o animal pode ter atingido 40, 45 ou 50% de seu tempo de vida antecipado. Em ainda outras modalidades, o animal pode ser mais velho e atingiu 60, 66, 70, 75, ou 80% de seu tempo de vida provável. Uma determinação do tempo de vida pode ser baseada em tabelas de mortalidade, cálculos, estima- tivas ou similares, e pode considerar influências ou fatores passados, presentes e futuros que são conhecidos por afetar de maneira positiva ou negativa a expectativa de vida. Considerações de espécie, gênero, tamanho, fatores genéticos, fatores e estressores ambientais, estado de saúde presente e passado, estado nutricional passado e presente, es- tressores, e similares podem também influenciar ou ser tomados em consideração na determinação do tempo de vida.

[0038] Tal administração pode ser realizada por um tempo neces- sário para alcançar um ou mais objetivos aqui descritos, por exemplo, melhorar a saúde metabólica de um animal. Outras quantidades de ad- ministração podem ser adequadas, e podem ser determinadas com base no peso inicial do animal, bem como em outras variáveis, como espécie, sexo, raça, idade, perda de peso desejada etc.

[0039] O teor de umidade em tais composições alimentícias varia dependendo da natureza da composição alimentícia. As composições alimentícias podem ser composições secas (por exemplo, péletes de ração), composições semi-úmidas ou qualquer mistura das mesmas. Em uma modalidade, a composição pode ser uma composição alimen- tícia para animais de estimação e, em um aspecto, pode ser um ali- mento completo e nutricionalmente balanceado para animais de estima- ção. Nessa modalidade, o alimento para animais de estimação pode ser um "alimento úmido", um "alimento seco", um alimento com teor de "umidade intermediária". "Alimento úmido" descreve o alimento para animais de estimação que é tipicamente vendido em latas ou sacos de folha de alumínio e tem um teor de umidade tipicamente na faixa de cerca de 70% a cerca de 90%. "Alimento seco" descreve alimento para animais de estimação que é de uma composição similar ao alimento úmido mas contém um teor de umidade limitado tipicamente na faixa de cerca de 5% a cerca de 15% ou 20% (tipicamente na forma de péletes semelhantes a biscoitos pequenos). Em uma modalidade, as composi- ções podem ter um teor de umidade de cerca de 5% a cerca de 20%. Produtos alimentícios secos incluem uma variedade de alimentos de vá- rios teores de umidade, de modo que eles são relativamente estáveis no armazenamento e resistentes à deterioração ou contaminação mi- crobiana ou fúngica. Além disso, em um aspecto, as composições ali- mentícias secas podem ser produtos alimentícios extrudados destina- dos a seres humanos ou a animais de estimação.

[0040] As composições alimentícias podem compreender também uma ou mais fontes de fibra. Essas fontes de fibras incluem fibras que são solúveis, insolúveis, fermentáveis e não fermentáveis. Tais fibras podem ser provenientes de fontes vegetais, como plantas marinhas, mas fontes microbianas de fibra também podem ser usadas. Uma vari- edade de fibras solúveis ou insolúveis pode ser utilizada, como será co- nhecido pelos versados na técnica. A fonte de fibra pode ser polpa de beterraba (de açúcar de beterraba), goma arábica, goma talha, psílio, farelo de arroz, goma de alfarrobeira, polpa cítrica, pectina, fruto-oligos- sacarídeo, oligofrutose de cadeia curta, mananoligofrutose, fibra de soja, arabinogalactana, galato-oligossacaraídeo, arabinoxilano ou mis- turas dos mesmos.

[0041] Alternativamente, a fonte de fibra pode ser uma fibra fermen- tável. Foi descrito anteriormente que a fibra fermentável fornece um be- nefício ao sistema imune de um animal de companhia. Fibras fermentá- veis ou outras composições conhecidas pelos versados na técnica que fornecem um prebiótico para melhorar o crescimento de probióticos no interior do intestino também podem ser incorporadas à composição para ajudar na acentuação dos benefícios aqui descritos ou o sistema imune de um animal.

[0042] Em algumas modalidades, o teor de cinzas da composição alimentícia fica na faixa de menos de 1% a cerca de 15%. Em um as- pecto, o teor de cinzas pode ser de cerca de 5% a cerca de 10%.

[0043] Em geral, a composição alimentícia pode ser adequada para consumo por um animal, incluindo seres humanos e animais de estima- ção, como cães e gatos, como uma refeição, um componente de uma refeição, um lanche ou um petisco. Tais composições podem incluir ali- mentos completos destinados a suprir os requisitos dietários necessá- rios para um animal. Exemplos de tais composições alimentícias in- cluem, mas não se limitam a, alimentos secos, alimentos úmidos, bebi- das, barras, alimentos preparados congelados, alimentos preparados para a prateleira e alimentos preparados refrigerados.

[0044] As composições alimentícias podem compreender adicional- mente uma ou mais substâncias como vitaminas, minerais, antioxidan- tes, probióticos, prebióticos, sais e aditivos funcionais, como itens pala- táveis, colorantes, emulsificantes e antimicrobianos, ou outros preser- vativos. Os minerais que podem ser úteis em tais composições incluem, por exemplo, cálcio, fósforo, potássio, sódio, ferro, cloreto, boro, cobre, zinco, magnésio, manganês, iodo, selênio e similares. Exemplos de vi- taminas adicionais úteis à presente invenção incluem tais vitaminas li- possolúveis, como A, D, E e K. Inulina, aminoácidos, enzimas, coenzi- mas e similares podem ser úteis para serem incluídos em várias moda- lidades.

[0045] Os presentes métodos para melhorar a saúde metabólica po- dem fornecer outros benefícios de saúde ao animal. Em uma modali-

dade, o benefício de saúde pode incluir gordura corporal reduzida, gor- dura visceral reduzida, gordura abdominal reduzida, peso reduzido, ga- nho de peso reduzido, resistência à insulina reduzida, colesterol baixo, glicose baixa, triglicerídeos baixos, insulina baixa, ingestão voluntária de alimentos diminuída, saciedade aumentada, oxidação máxima de gordura, oxidação máxima de glicose, sensibilidade à insulina melho- rada, risco reduzido de síndrome metabólica, risco reduzido de diabe- tes, risco reduzido de doença cardiovascular e combinações dos mes- mos.

[0046] Em várias modalidades, as composições alimentícias con- têm ao menos um dentre (1) um ou mais probióticos; (2) um ou mais probióticos inativados; (3) um ou mais componentes de probióticos ina- tivados que promovem benefícios de saúde similares ou iguais aos pro- bióticos, por exemplo, proteínas, lipídios, glicoproteínas e similares; (4) um ou mais prebióticos; e (5) combinações dos mesmos. Os probióticos ou seus componentes podem ser integrados às composições alimentí- cias (por exemplo, distribuídos de maneira uniforme ou não uniforme nas composições) ou aplicados às composições alimentícias (por exem- plo, aplicados topicamente, com ou sem veículo). Tais métodos são co- nhecidos pelos versados na técnica, por exemplo em US5968569 e nas patentes relacionadas.

[0047] Probióticos típicos incluem, mas não se limitam a, cepas pro- bióticas selecionadas dentre Lactobacilli, Bifidobacteria ou Enterococci, por exemplo, Lactobacillus reuteii, Lactobacillus acidophilus, Lactobaci- llus animalis, Lactobacillus ruminis, Lactobacillus johnsonii, Lactobaci- llus casei, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobaci- llus fermentum, e Bifidobacterium sp., Enterococcus faecium e Entero- coccus sp. Em algumas modalidades, a cepa probiótica pode ser sele- cionada do grupo que consiste em Lactobacillus reuteri (NCC2581;

CNCM I-2448), Lactobacillus reuteri (NCC2592; CNCM I-2450), Lacto- bacillus rhamnosus (NCC2583; CNCM I-2449), Lactobacillus reuteri (NCC2603; CNCM I-2451), Lactobacillus reuteri (NCC2613; CNCM I- 2452), Lactobacillus acidophilus (NCC2628; CNCM I-2453), Bifidobac- terium adolescentis (por exemplo, NCC2627), Bifidobacterium sp. NCC2657 ou Enterococcus faecium SF68 (NCIMB 10415). De modo ge- ral, as composições alimentícias podem conter probióticos em quanti- dades suficientes para suprir de cerca de 104 a cerca de 1012 ufc/ani- mal/dia, em um aspecto, de 105 a cerca de 1011 ufc/animal/dia, e, em um aspecto específico, de 107 a 1010 ufc/animal/dia. Quando os probió- ticos são mortos ou inativados, a quantidade de probióticos mortos ou inativados, ou de seus componentes, deveria produzir um efeito bené- fico similar ao dos micro-organismos vivos. Muitos probióticos e seus benefícios são conhecidos pelos versados na técnica, por exemplo, nos documentos EP1213970B1, EP1143806B1, US7189390, EP1482811B1, EP1296565B1 e US6929793. Em uma modalidade, o probiótico pode ser o Enterococcus faecium SF68 (NCIMB 10415). Em uma outra modalidade, os probióticos podem ser encapsulados em um veículo com o uso de métodos e materiais conhecidos pelos versados na técnica.

[0048] Conforme declarado anteriormente, as composições alimen- tícias podem conter um ou mais prebióticos, por exemplo, fruto-oligos- sacarídeos, gluco-oligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos, iso- malto-oligossacarídeos, xilo-oligossacarídeos, oligossacarídeos de soja, lactosucrose, lactulose e isomaltulose. Em uma modalidade, o pre- biótico pode ser raiz de chicória, extrato de raiz de chicória, inulina ou combinações dos mesmos. De modo geral, os prebióticos podem ser administrados em quantidades suficientes para estimular positivamente a microflora saudável presente no trato gastrointestinal e fazer com que essas bactérias "boas" se reproduzam. As quantidades típicas ficam na faixa de cerca de 10 gramas por porção, ou de cerca de 5% a cerca de 40% da recomendação diária de fibras dietárias para um animal. Os probióticos e os prebióticos podem ser produzidos como parte da com- posição por quaisquer meios adequados. Em geral, os agentes podem ser misturados com a composição ou aplicados à superfície da compo- sição, por exemplo, por salpicamento ou aspersão. Quando os agentes são parte de um kit, os agentes podem ser misturados com outros ma- teriais ou em sua própria embalagem. Tipicamente, a composição ali- mentícia contém de cerca de 0,1 a cerca de 10% de prebiótico, em um aspecto, de cerca de 0,3 a cerca de 7% e, em um aspecto específico, de cerca de 0,5 a 5% com base na matéria seca. Os prebióticos podem ser integrados às composições com o uso de métodos conhecidos pelos versados na técnica; por exemplo, em US5952033.

[0049] Um versado na técnica pode determinar a quantidade ade- quada de ingredientes alimentícios, vitaminas, minerais, probióticos, prebióticos, antioxidantes ou outros ingredientes a serem usados para produzir uma composição específica que será administrada a um animal específico. Tal versado na técnica pode considerar a espécie, a idade, o tamanho, o peso, a saúde e fatores similares do animal ao determinar como melhor formular uma composição específica que compreende tais ingredientes. Outros fatores que podem ser considerados incluem a do- sagem desejada de cada componente, o consumo médio de tipos espe- cíficos de composições por animais diferentes (por exemplo, com base na espécie, peso corporal, demandas de atividade/energia e similares) e os requisitos de fabricação para cada composição.

[0050] Em um outro aspecto, a invenção fornece kits adequados para a administração de composições alimentícias a animais. Os kits compreendem recipientes separados em uma única embalagem ou re- cipientes separados em uma embalagem virtual, conforme apropriado para o componente do kit, um ou mais dentre (1) um ou mais ingredien- tes adequados para consumo por um animal; (2) instruções sobre como combinar os ingredientes e outros componentes do kit de modo a pro- duzir uma composição útil para fornecer um benefício de saúde con- forme descrito aqui; (3) instruções sobre como usar a composição ali- mentícia para obter tais benefícios; (4) um ou mais probióticos; (5) um ou mais probióticos inativados; (6) um ou mais componentes de probió- ticos inativados que promovem benefícios de saúde similares ou iguais aos probióticos, por exemplo, proteínas, lipídios, glicoproteínas e simi- lares; (7) um ou mais prebióticos; (8) um dispositivo para preparar ou combinar os componentes do kit para produzir uma composição ade- quada para administração a um animal; e (9) um dispositivo para admi- nistrar os componentes do kit combinados ou preparados a um animal. Em uma modalidade, o kit compreende um ou mais ingredientes ade- quados para consumo por um animal. Em uma outra modalidade, o kit compreende instruções sobre como combinar os ingredientes para pro- duzir uma composição útil para obter o benefício de saúde conforme descrito aqui.

[0051] Quando o kit compreende uma embalagem virtual, o kit é li- mitado às instruções em um ambiente virtual em combinação com um ou mais componentes do kit físico. O kit contém componentes em quan- tidades suficientes para a obtenção de um benefício de saúde conforme descrito aqui. Tipicamente, os componentes do kit podem ser mistura- dos logo antes do consumo por um animal. Os kits podem conter os componentes do kit em qualquer uma das várias combinações e/ou mis- turas. Em uma modalidade, o kit contém um recipiente de alimento para o consumo por um animal. O kit pode conter itens adicionais, como um dispositivo para misturar os ingredientes ou um dispositivo para conter a mistura, por exemplo, uma tigela para comida. Em outra modalidade, as composições alimentícias podem ser misturadas com suplementos nutricionais adicionais, como com vitaminas e minerais que promovem a boa saúde em um animal. Cada um dos componentes pode ser forne- cido em recipientes separados em uma única embalagem ou em mistu- ras de vários componentes em embalagens diferentes. Em uma moda- lidade, os kits compreendem um ou mais dentre outros ingredientes adequados para o consumo por um animal. Em um aspecto, tais kits podem compreender instruções que descrevem como combinar os in- gredientes para formar a composição alimentícia para consumo por um animal, em geral pela misturação dos ingredientes ou pela aplicação de aditivos opcionais aos outros ingredientes, por exemplo, mediante o sal- picamento de suplementos nutricionais sobre uma composição alimen- tícia.

[0052] Em um aspecto adicional, um meio de comunicar informa- ções ou instruções para um ou mais dentre (1) usar uma composição alimentícia para obter um dentre os benefícios de saúde aqui descritos; (2) fornecer informações de contato aos consumidores para uso caso tenham uma pergunta sobre os métodos e as composições aqui descri- tas; e (3) informações nutricionais sobre a composição alimentícia po- dem ser fornecidas. Os meios de comunicação podem ser úteis para instruir sobre os benefícios de se utilizar os presentes métodos ou com- posições e comunicar os métodos aprovados para administrar as com- posições alimentícias a um animal. Os meios compreendem um ou mais dentre um documento físico ou eletrônico, um meio de armazenamento digital, um meio de armazenamento óptico, uma apresentação de áudio, uma exibição audiovisual ou uma exibição visual contendo as informa- ções ou instruções. Em um aspecto, os meios podem ser selecionados do grupo consistindo em um website em exibição, um quiosque de exi- bição visual, um livreto, uma etiqueta de produto, um folheto incluso na embalagem, um anúncio, um panfleto, um anúncio público, uma fita de áudio, uma fita de vídeo, um DVD, um CD-ROM, um chip legível por computador, um cartão legível por computador, um disco legível por computador, um dispositivo USB, um dispositivo FireWire, uma memória de computador e qualquer combinação dos mesmos.

[0053] Em um outro aspecto, métodos para a fabricação de uma composição alimentícia que compreende um ou mais ingredientes ade- quados para o consumo por um animal, por exemplo, um ou mais dentre proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas, minerais, probióti- cos, prebióticos, e similares, podem compreender a admistura de um ou mais ingredientes adequados para consumo por um animal. A compo- sição pode ser feita de acordo com qualquer método adequado na téc- nica.

[0054] Em um outro aspecto, a embalagem útil para conter compo- sições aqui descritas para compreender ao menos um material ade- quado para conter a composição alimentícia e um rótulo afixado à em- balagem contendo uma palavra ou palavras, imagem, desenho, acrô- nimo, slogan, frase ou outro dispositivo, ou uma combinação dos mes- mos, que indica que o conteúdo da embalagem contém a composição alimentícia. Em algumas modalidades, o rótulo afixado à embalagem contém uma palavra ou palavras, imagem, desenho, acrônimo, slogan, frase ou outro dispositivo, ou uma combinação dos mesmos, que indica que o conteúdo da embalagem contém a composição alimentícia com propriedades benéficas relacionadas à preservação da saúde aqui des- crita. Em um aspecto, tal dispositivo pode compreender as palavras "melhora a saúde metabólica" ou uma expressão equivalente ou similar impressa na embalagem. Qualquer configuração de embalagem ou ma- terial para embalagem adequados para conter a composição podem ser úteis à invenção, por exemplo, uma bolsa, uma caixa, um frasco, uma lata, um saco e similares, fabricados a partir de papel, plástico, folha metálica, metal e similares. Em uma modalidade, a embalagem contém uma composição alimentícia adaptada para um animal específico, como um ser humano, um cão ou um felino, conforme for adequado para a etiqueta, em um aspecto, uma composição alimentícia para animais de estimação destinada a cães ou gatos. Em uma modalidade, a embala- gem pode ser uma lata ou um saco que compreende uma composição alimentícia da invenção. Em várias modalidades, a embalagem compre- ende adicionalmente ao menos uma janela que permite que o conteúdo da embalagem seja visto sem que se abra a embalagem. Em algumas modalidades, a janela pode ser uma porção transparente do material para embalagem. Em outros, a janela pode ser uma porção faltosa do material para embalagem. Exemplos

[0055] A invenção pode ser adicionalmente ilustrada pelo exemplo a seguir, embora fique entendido que esse exemplo está incluído para propósitos meramente ilustrativos, e não tem por objetivo limitar o es- copo da invenção, exceto onde especificamente indicado em contrário. Exemplo 1 - Metabolismo

[0056] Quarenta e oito (48) ratos SD machos alojados individual- mente em gaiolas de ratos em uma sala de roedores com temperatura ambiente, umidade e ciclo claro:escuro de 12 horas bem controlados. Eles receberam livre acesso à dieta de controle (D601, 41% de carboi- drato, 34% de gordura e 25% de proteína) e água por 11 dias para se adaptarem ao novo ambiente. O peso corporal semanal e a ingestão diária de alimento foram medidos durante esse período.

[0057] Após 11 dias de adaptação, os ratos foram divididos em qua- tro grupos com base no peso corporal semanal, no ganho de peso e na ingestão diária de alimentos durante o período de adaptação. Os ratos foram, então, divididos em tratamentos com 4 ratos por grupo a cada 3 dias e foram alimentados com D601 (41% de carboidrato, 34% de gor- dura e 25% de proteína do total de energia da dieta), D602 (31% de carboidrato, 34% de gordura e 35% de proteína), D603 (21% de carboi- drato, 34% de gordura e 45% de proteína) e D604 (11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína), respectivamente.

[0058] Após 3 semanas de tratamento (efeitos crônicos), os ratos foram colocados individualmente nas câmaras do sistema de calorime- tria. Os dados de consumo de oxigênio e produção de dióxido de car- bono foram coletados durante 48 horas e armazenados no sistema de dados do computador e usados para calcular a taxa de oxidação de gli- cose, com os dados das primeiras 3,5 horas sendo excluídos. Os ratos receberam livre acesso às dietas de tratamento e à água durante a co- leta de dados. A razão de oxidação da glicose foi calculada da seguinte forma: Taxa de oxidação da glicose (mg/min/kg) = (4,12* VCO2) - (2,91 * VO2), onde VO2 é o volume de oxigênio consumido a cada minuto e VCO2 é o volume de dióxido de carbono expelido a cada minuto.

[0059] Os efeitos das dietas sobre a oxidação da glicose foram cal- culados com base no dia (12 h) e na noite (12 h) e dia+noite (24 h). Os ratos são noturnos e se alimentam à noite, então, as 12 horas de refei- ção normal são à noite.

[0060] À noite, quando os ratos estavam ativos e estavam à von- tade, a dieta de controle (D601) com 41% de carboidrato dietário e D602 com 31% de carboidrato dietário levou à mesma taxa de oxidação de glicose, indicando que uma dieta com 31% de carboidrato dietário re- sulta na regulação positiva máxima de oxidação da glicose. As dietas com 11% de carboidrato dietário (D604) têm a menor taxa de oxidação da glicose, seguida pela dieta com 21% de carboidrato dietário (D603).

[0061] Os dados ao dia também indicam que a taxa máxima de oxi- dação de glicose é atingida quando os ratos ingeriram a dieta com 31% de carboidrato dietário (D602). Novamente, a dieta com 11% de carboi- dratos apresentou a menor taxa de oxidação da glicose, seguida pela dieta com 21% de carboidrato dietário.

[0062] Quando a taxa de oxidação de glicose foi calculada ao longo de 24 horas de um dia, os dados mostraram que a dieta de controle (D601) com 41% de carboidrato dietário e D602 com 31% de carboidrato dietário levam à mesma taxa de oxidação da glicose, confirmando que uma dieta com 31% de carboidrato dietário resulta na regulação positiva máxima da oxidação da glicose. Novamente, a dieta com 11% de car- boidrato apresentou a menor taxa de oxidação da glicose, seguida pela dieta com 21% de carboidrato dietários, conforme mostrado na Tabela

1. Tabela 1 Dia de oxidação da glicose crônica Oxidação crônica da glicose Oxidação crônica de glicose 24 horas Dieta (mg/min/kg PC*) (mg/min/kg PC*) (mg/min/kg PC*) D601 21,12 33,21 27,17 D602 19,41 29,88 24,64 D603 17,76 25,47 21,61 D604 15,92 22,62 19,29 * PC - peso corporal

[0063] Esses dados indicam que 31% de energia dietária dos car- boidratos digeríveis saturam ou maximizam a capacidade do corpo de oxidar a glicose, portanto, % de energia dietária do carboidrato digerível deve ser mantida abaixo de 31% para satisfazer a capacidade máxima do corpo de oxidar a glicose e reduzir os picos de glicose pós-prandial no sangue e nos tecidos. Surpreendentemente, essa descoberta con- tradiz as recomendações conhecidas de 45 a 60% da ingestão total de energia de carboidratos dietários ou necessidade fisiológica proposta de carboidratos dietários de 40% a 50% da ingestão calórica total para mu- lheres adultas sedentárias e de 33 a 40% de ingestão calórica total para homens adultos sedentários. Exemplo 2 - Oxidação da gordura

[0064] Quarenta e oito (48) ratos SD machos alojados individual- mente em gaiolas de ratos em uma sala de roedores com temperatura ambiente, umidade e ciclo claro:escuro de 12 horas bem controlados.

Eles receberam livre acesso à dieta de controle (D601, 41% de carboi- drato, 34% de gordura e 25% de proteína) e água por 11 dias para se adaptarem ao novo ambiente. O peso corporal semanal e a ingestão diária de alimento foram medidos durante esse período.

[0065] Após 11 dias de adaptação, os ratos foram divididos em qua- tro grupos com base no peso corporal semanal, no ganho de peso e na ingestão diária de alimentos durante o período de adaptação. Os ratos foram, então, divididos em tratamentos com 4 ratos por grupo a cada 3 dias e foram alimentados com D601 (41% de carboidrato, 34% de gor- dura e 25% de proteína do total de energia da dieta), D602 (31% de carboidrato, 34% de gordura e 35% de proteína), D603 (21% de carboi- drato, 34% de gordura e 45% de proteína) e D604 (11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína), respectivamente.

[0066] Após 3 dias nas dietas de teste, ratos de cada grupo foram divididos em gaiolas do estudo de metabolismo energético com 4 ratos por grupo a cada 3 dias, individualmente nas câmaras de um sistema de calorimetria indireta (Oxymax; Columbus Instruments, Columbus, OH, EUA). Os dados para consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono foram coletados durante 48 horas e armazenados no sis- tema de dados do computador. Durante o período de coleta de dados, os ratos receberam livre acesso à dieta e à água. Após 48 horas de coleta de dados, os ratos foram colocados novamente nas gaiolas de ratos padrão. Três conjuntos de medição foram conduzidos para cada grupo, com todos os grupos avaliados em paralelo (isto é, em cada con- junto de medição, foi atribuído um número igual de ratos em cada grupo). Os dados foram usados para calcular a razão de troca respira- tória, a produção de calor, a taxa de oxidação de gordura, a taxa de oxidação de carboidratos e o gasto de energia, com os dados das pri- meiras 3,5 horas sendo excluídos.

[0067] A segunda medição do metabolismo de energia foi realizada após 3 semanas de tratamento. Após 3 semanas de tratamento, a me- dição do metabolismo de energia foi repetida em todos os ratos se- guindo o mesmo protocolo experimental descrito para a primeira medi- ção. Taxa de oxidação de gordura (mg/min/kg) = (1,689 * VO 2) - (1,689 * VCO2), onde VO2 é o volume de oxigênio consumido a cada minuto e VCO2 é o volume de dióxido de carbono expelido a cada minuto. Os dados são apresentados na Tabela 2. Tabela 2 Oxidação da gordura (mg/min/kg) Dieta 1a medição 2a medição Dia Noite Dia+Noite Dia Noite Dia+Noite D601 -0,47 -3,17 -1,89 1,02 0,22 0,63 D602 -0,51 -2,92 -1,71 1,82 1,19 1,50 D603 1,00 -0,91 -0,28 2,10 1,98 2,02 D604 1,69 0,22 0,92 2,49 2,92 2,72

[0068] Com o consumo de gordura dietária constante (34% do total de calorias dietárias mais baixo que os níveis de dieta cetogênica rela- tados e dentro da faixa de 20 e 35 por cento do total de calorias diárias como gorduras recomendadas pela Dietary Guideline For Americans 2010), uma dieta de controle com o consumo de carboidrato dietário no nível de 41% das calorias dietárias, que é mais próximo do limite inferior da faixa de 45 a 65% recomendado pela Dietary Guideline For Ameri- cans 2010, evita totalmente a oxidação da gordura durante as 12 horas das refeições regulares e minimiza a oxidação da gordura durante as 24 horas de um dia. Ao contrário, com a mesma ingestão de gordura, uma dieta com 11% das calorias de carboidratos maximiza a oxidação da gordura durante as 12 horas das refeições regulares e durante as 24 horas de um dia. Além disso, as dietas com carboidrato dietário de 31% e 21% também aumentam a oxidação da gordura em ambos os perío- dos com menos eficácia do que a dieta com 11% de carboidrato dietário. Exemplo 3 - Consumo de energia

[0069] Quarenta e oito (48) ratos SD machos alojados individual- mente em gaiolas de ratos em uma sala de roedores com temperatura ambiente, umidade e ciclo claro:escuro de 12 horas bem controlados.

Eles receberam livre acesso à dieta de controle (D601, 41% de carboi- drato, 34% de gordura e 25% de proteína) e água por 11 dias para se adaptarem ao novo ambiente. O peso corporal semanal e a ingestão diária de alimento foram medidos durante esse período.

[0070] Após 11 dias de adaptação, os ratos foram divididos em qua- tro grupos com base no peso corporal semanal, no ganho de peso e na ingestão diária de alimentos durante o período de adaptação. Os ratos foram, então, divididos em tratamentos com 4 ratos por grupo a cada 3 dias e foram alimentados com D601 (41% de carboidrato, 34% de gor- dura e 25% de proteína do total de energia da dieta), D602 (31% de carboidrato, 34% de gordura e 35% de proteína), D603 (21% de carboi- drato, 34% de gordura e 45% de proteína) e D604 (11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína), respectivamente. Os ratos tinham livre acesso a alimentos e água durante as três semanas do estudo de alimentação.

[0071] Após 3 dias nas dietas de teste, ratos de cada grupo foram divididos em gaiolas do estudo de metabolismo energético com 4 ratos por grupo a cada 3 dias, individualmente nas câmaras de um sistema de calorimetria indireta (Oxymax; Columbus Instruments, Columbus, OH, EUA). Os dados para consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono foram coletados durante 48 horas e armazenados no sis- tema de dados do computador. Durante o período de coleta de dados, os ratos receberam livre acesso à dieta e à água. Após 48 horas de coleta de dados, os ratos foram colocados novamente nas gaiolas de ratos padrão. Três conjuntos de medição foram conduzidos para cada grupo, com todos os grupos avaliados em paralelo (isto é, em cada con- junto de medição, foi atribuído um número igual de ratos em cada grupo). Os dados foram usados para calcular a razão de troca respira- tória, a produção de calor, a taxa de oxidação de gordura, a taxa de oxidação de carboidratos e o gasto de energia, com os dados das pri- meiras 3,5 horas sendo excluídos. Após 3 semanas de tratamento, a medição do metabolismo de energia foi repetida em todos os ratos se- guindo o mesmo protocolo experimental descrito para a primeira medi- ção. A Tabela 3 fornece dados obtidos com o uso de uma equação para a taxa de consumo de energia (kJ/min/kg) = (15,88* VO2) - (4,87* VCO2), onde VO2 é o volume de oxigênio consumido a cada minuto e VCO2 é o volume de dióxido de carbono expelido a cada minuto. Tabela 3 Consumo de energia (kJ/min/kg) 1a medição 2a medição Dieta Dia Noite Dia+Noite Dia Noite Dia+Noite D601 166,03 196,16 181,98 148,32 184,77 166,25 D602 176,41 208,47 192,45 158,05 194,15 177,30 D603 181,26 218,91 201,20 161,73 203,70 184,16 D604 186,87 230,81 210,34 177,52 225,84 203,33

[0072] Com a ingestão idêntica de gordura dietária (34% de energia dietária total de gordura dietária), as dietas com 21% de carboidrato di- etário, 34% de gordura e 45% de proteína (uma razão proteína:CHO de 2:1) e 11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína (uma razão proteína:CHO de 5:1) aumentaram o gasto energético em 2,94 e 7,71%, respectivamente. Mais importante, quando as razões de prote- ína:CHO foram reduzidas para 1,6:1 ou 1:1, nenhum aumento significa- tivo no gasto energético foi observado. Esses dados indicam que uma razão de proteína:CHO deve ser de ao menos 2:1 para aumentar o gasto energético. Exemplo 4 - Saciedade

[0073] Quarenta e oito (48) ratos SD machos alojados individual- mente em gaiolas de ratos em uma sala de roedores com temperatura ambiente, umidade e ciclo claro:escuro de 12 horas bem controlados. Eles receberam livre acesso à dieta de controle (D601, 41% de carboi- drato, 34% de gordura e 25% de proteína) e água por 11 dias para se adaptarem ao novo ambiente. O peso corporal semanal e a ingestão diária de alimento foram medidos durante esse período.

[0074] Após 11 dias de adaptação, os ratos foram divididos em qua- tro grupos com base no peso corporal semanal, no ganho de peso e na ingestão diária de alimentos durante o período de adaptação. Os ratos foram, então, divididos em tratamentos com 4 ratos por grupo a cada 3 dias e foram alimentados com D601 (41% de carboidrato, 34% de gor- dura e 25% de proteína do total de energia da dieta), D602 (31% de carboidrato, 34% de gordura e 35% de proteína), D603 (21% de carboi- drato, 34% de gordura e 45% de proteína) e D604 (11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína), respectivamente. Os ratos tinham livre acesso a alimentos e água durante as três semanas do estudo de alimentação. A ingestão semanal de alimentos foi registrada durante o estudo. Tanto a ingestão semanal quanto a ingestão total de alimento foram analisadas. Os dados foram obtidos e são apresentados na Ta- bela 4. Tabela 4 Ingestão de alimentos diária (g) Dieta Semana1 Semana2 Semana3 Ingestão total de alimento D601 30,50 29,44 26,91 608,01 D602 31,18 29,16 23,89 589,60 D603 28,83 24,64 22,03 528,47 D604 25,80 22,80 20,33 482,55

[0075] Com a ingestão de gordura dietária idêntica (34% do total de energia dietária a partir de gordura dietária), os ratos reduziram signifi- cativamente sua ingestão de alimento voluntária em 4,81% e 10,89%, respectivamente, sob condições de alimentação à vontade quando fo- ram alimentados com dietas contendo 21% de carboidrato, 34% de gor- dura e 45% de proteína (uma razão de proteína:CHO de 2:1) ou 11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína (uma razão de prote- ína:CHO de 5:1). Mais importante, quando as razões de proteína:CHO foram reduzidas para 1,6:1 ou 1:1, nenhum benefício de saciedade e ingestão voluntária de alimentos aumentada foram observados. Esses dados indicam que uma razão de proteína:CHO deve ser de ao menos

2:1 para melhorar a saciedade e reduzir a ingestão voluntária de alimen- tos. Exemplo 5 - Parâmetros de saúde metabólica

[0076] Quarenta e oito (48) ratos SD machos alojados individual- mente em gaiolas de ratos em uma sala de roedores com temperatura ambiente, umidade e ciclo claro:escuro de 12 horas bem controlados. Eles receberam livre acesso à dieta de controle (D601, 41% de carboi- drato, 34% de gordura e 25% de proteína) e água por 11 dias para se adaptarem ao novo ambiente. O peso corporal semanal e a ingestão diária de alimento foram medidos durante esse período.

[0077] Após 11 dias de adaptação, os ratos foram divididos em qua- tro grupos com base no peso corporal semanal, no ganho de peso e na ingestão diária de alimentos durante o período de adaptação. Os ratos foram, então, divididos em tratamentos com 4 ratos por grupo a cada 3 dias e foram alimentados com D601 (41% de carboidrato, 34% de gor- dura e 25% de proteína do total de energia da dieta), D602 (31% de carboidrato, 34% de gordura e 35% de proteína), D603 (21% de carboi- drato, 34% de gordura e 45% de proteína) e D604 (11% de carboidrato, 34% de gordura e 55% de proteína), respectivamente. Os ratos tinham livre acesso a alimentos e água durante as três semanas do estudo de alimentação. A ingestão semanal de alimentos foi registrada durante o estudo. Tanto a ingestão semanal quanto a ingestão total de alimento foram analisadas.

[0078] Os dados foram obtidos e são apresentados na Tabela 4.

[0079] Após 3 semanas de tratamento, amostras de sangue foram coletadas para a análise dos parâmetros de saúde metabólica. As con- centrações séricas de colesterol total, triacilgliceróis e glicose foram analisadas em duplicata em um Analisador Cobas-6000 (Roche Diag- nostics), com todos os reagentes sendo adquiridos junto ao fabricante do analisador. A concentração sérica de ácidos graxos não esterificados

(livres) foi determinada em triplicata com o uso de um kit comercial se- guindo as instruções do kit (Cayman Chemicals). A concentração de in- sulina sérica (Mercodia AB, Uppsala, Suécia), foi analisada com o uso dos kits ELISA comerciais seguindo as instruções do kit. A insulina foi medida em duplicata. As concentrações estavam dentro das faixas de detecção do kit que eram de 0,15 a 5,5 µg/l para insulina.

[0080] Os dados estão apresentados na Tabela 5. Tabela 5 ID da dieta Parâmetro metabólico de saúde 601 602 603 604 Ácidos graxos livres (µmol/l) 161,43 152,85 147,81 115,53 Colesterol total (mmol/l) 2,81 2,66 2,37 2,49 Triacilglicerol (mmol/l) 1,65 1,54 1,36 1,43 Glicose (mmol/l) 9,2 8,72 9,16 8,46 Insulina (ng/ml) 0,90 0,95 0,54 0,55

[0081] Com ingestão idêntica de gordura dietária (34% do total de energia dietária a partir de gordura dietária), as duas dietas com razões de proteína:CHO de 2:1 (603) e 5:1 (604) reduziram os ácidos graxos livres no sangue, colesterol total, triacilglicerol, insulina e a dieta com razão de 5:1 de proteína:CHO também reduziu a glicose sanguínea. Es- ses dados indicaram que, sem limitar a gordura dietária, dietas com ra- zões de proteína:CHO de 2:1 a 5:1 podem promover a saúde metabólica em ratos. Os dados de insulina no sangue confirmaram a importância de manter as razões de proteína:CHO de ao menos 2:1 para manter a insulina no sangue mais baixa.

[0082] No relatório descritivo, foram reveladas certas modalidades da invenção. Embora termos específicos sejam empregados, eles foram usados em um sentido genérico e descritivo apenas e não para propó- sitos de limitação. O escopo da invenção é apresentado nas reivindica- ções. Obviamente, muitas modificações e variações da invenção são possíveis considerando-se os ensinamentos acima. Deve-se entender, portanto, que dentro do escopo das reivindicações anexas, a invenção pode ser praticada de outro modo além do especificamente descrito.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES

1. Composição alimentícia não cetogênica para melhorar a saúde metabólica em um animal, caracterizada pelo fato de que com- preende: de cerca de 30% a cerca de 65% de proteína, de cerca de 5% a cerca de 25% de carboidrato e de cerca de 10% a cerca de 40% de gordura; em que a dita composição alimentícia não cetogênica apre- senta uma razão entre proteína e carboidrato de pelo menos cerca de 2:1.

2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que a proteína compreende cerca de 45% a 55% da composição alimentícia não cetogênica.

3. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que o carboidrato compreende cerca de 10% a cerca de 20% da composição alimentícia não cetogênica.

4. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que a gordura compreende cerca de 25% a cerca de 35% da composição alimentícia não cetogênica.

5. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que a composição alimentícia não cetogênica é admi- nistrada ao animal regularmente.

6. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que a razão entre proteína e carboidrato varia de cerca de 2:1 a cerca de 6:1.

7. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que a composição alimentícia não cetogênica é uma composição alimentícia para animais de estimação.

8. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que o animal é um animal de companhia.

9. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zada pelo fato de que fornece ácidos graxos livres no sangue reduzidos, colesterol total reduzido, triacilglicerol reduzido, insulina reduzida, gli- cose sanguínea reduzida e combinação dos mesmos, em comparação com os ácidos graxos livres no sangue, colesterol total, triacilglicerol, glicose sanguínea e insulina do animal quando não consome a compo- sição alimentícia não cetogênica.

10. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracte- rizada pelo fato de que fornece um benefício de saúde selecionado den- tre o grupo que consiste em gordura corporal reduzida, gordura visceral reduzida, gordura abdominal reduzida, peso reduzido, ganho de peso reduzido, resistência à insulina reduzida, colesterol baixo, glicose baixa, triglicerídeos baixos, insulina baixa, ingestão voluntária de alimentos di- minuída, saciedade aumentada, oxidação máxima de gordura, oxidação máxima de glicose, sensibilidade à insulina melhorada, risco reduzido de síndrome metabólica, risco reduzido de diabetes, risco reduzido de doença cardiovascular e combinações dos mesmos.

11. Kit, caracterizado pelo fato de que compreende em reci- pientes separados em uma única embalagem ou em recipientes sepa- rados em uma embalagem virtual, conforme apropriado para o compo- nente do kit, um ou mais de (1) um ou mais ingredientes adequados para consumo por um animal, como definido na reivindicação 1; (2) ins- truções sobre como combinar os ingredientes e outros componentes do kit para produzir uma composição útil para fornecer um benefício à sa- úde, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 10.

12. Método para fabricação de uma composição alimentícia, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracteri- zado pelo fato de que compreende misturar um ou mais dos ingredien- tes adequados para consumo por um animal, como definidos na reivin- dicação 1.

13. Embalagem útil para conter composições, como defini- das em qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos um material adequado para conter a composição alimentícia e um rótulo afixado na embalagem contendo uma palavra ou palavras, imagem, desenho, acrônimo, slogan, frase ou outro dispositivo, ou combinação dos mesmos que indica que o conte- údo da embalagem contém a composição alimentícia com propriedades benéficas relacionadas a um benefício para a saúde aqui descrito.

14. Uso de uma composição, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que é para fabricação de um produto para melhorar a saúde metabólica de um ani- mal.

15. Invenção, caracterizada por qualquer uma de suas mo- dalidades ou categorias de reivindicação englobadas pela matéria inici- almente descrita no pedido de patente ou em seus exemplos aqui apre- sentados.