BR112019019085A2

BR112019019085A2 - cápsula para preparação de bebidas

Info

Publication number: BR112019019085A2
Application number: BR112019019085A
Authority: BR
Inventors: Accursi Giovanni; FINI Roberto
Original assignee: Caffitaly System Spa
Priority date: 2017-03-17
Filing date: 2018-03-12
Publication date: 2020-04-22
Also published as: US11174096B2; ES2837601T3; EP3595988B1; KR20190128150A; AU2018235278A1; JP7058279B2; SG11201906531RA; BR112019019085B1; US20200062496A1; RU2749849C2; MY195971A; AU2018235278B2; ZA201904659B; JP2020510479A; KR102530842B1; MX2019010945A; CN110402226B; WO2018167642A1; PL3595988T3; CA3050619A1

Abstract

esta revelação refere-se a uma cápsula (1) para produção de uma bebida, contendo uma substância alimentar em pó (8) que permite que uma bebida seja feita ao passar água pela mesma. a cápsula (1) compreende um corpo de contenção em formato de copo (2), compreendendo, por sua vez, uma parede lateral tubular (21) e uma porção de fundo (22), e um elemento de fechamento (29) que fecha o topo do corpo de contenção (2). a porção de fundo (22) tem um orifício de dispensação (26) e o corpo de contenção (2) define uma câmara de contenção (20) no interior do mesmo. um elemento de filtração (3) é montado na câmara de contenção (20) e é posicionado entre a substância alimentar em pó (8) e a porção de fundo (22). um elemento de dispensação (5) é montado na câmara de contenção (20) e é posicionado entre o elemento de filtração (3) e a porção de fundo (22).

Description

“CÁPSULA PARA PREPARAÇÃO DE BEBIDAS”

Descrição [0001] Esta invenção refere-se a uma cápsula para produção de uma bebida, do tipo contendo uma substância alimentar em pó que permite que uma bebida seja produzida passando-se água quente pela mesma. Essa substância alimentar pode ser solúvel ou do tipo que pode ser extraída por infusão, como café moído e torrado.

[0002] Em particular, esta invenção se refere a uma cápsula do tipo descrito nas patentes EP 1 472 156, EP 1 500 358, EP 1 574 452 e EP 1 808 382. Isto é, uma cápsula que, quando usada em uma máquina de produção de bebida adequada, é capaz de dispensar a bebida diretamente em um copo abaixo. Essa cápsula compreende um corpo de contenção em formato de copo que tem uma porção de fundo equipada com um orifício de dispensação. O corpo de contenção é fechado no topo por um elemento de fechamento e no seu interior existe pelo menos um elemento de filtração inferior posicionado entre a substância alimentar em pó e a porção de fundo.

[0003] Para esse tipo de cápsula, a cápsula é geralmente feita de tal maneira que impede a passagem de oxigênio em direção à substância alimentar em pó antes de a cápsula ser usada. Isso impede que a substância alimentar em pó se deteriore. Adicionalmente, no momento quando a cápsula é usada, a máquina para a produção da bebida perfura apenas o elemento de fechamento superior a fim de injetar água na cápsula. Em muitas cápsulas da técnica anterior, o fluxo de saída da bebida é alcançado devido ao fato de que, no interior da mesma, a cápsula compreende uma barreira contra oxigênio feita de uma folha de alumínio que, após a injeção de água na cápsula, incha e se rompe contra elementos de contato fixos presentes na cápsula. Em particular, o elemento de filtração inferior é praticamente coberto completamente com pontas em formato de pirâmide que permitem que a folha de alumínio seja rasgada assim que incha.

[0004] Além disso, como já indicado, nessas cápsulas da

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2/24 técnica anterior, a bebida é diretamente dispensada da cápsula para o copo, isto é, sem contato com nenhuma parte da máquina. Por esse motivo, o corpo de contenção da cápsula, que é moldado por injeção, tem um anel que se estende para fora e que envolve o orifício de dispensação, criando uma espécie de tubo curto para guiar a bebida à medida que ela sai, garantido que ela seja corretamente orientada em direção ao copo abaixo.

[0005] Deve ser observado que a água injetada na cápsula tem uma alta pressão que, após a folha de alumínio ser rasgada, pode produzir um fluxo de bebida irregular com sprays. Esse problema é maior para cápsulas que dispensam diretamente no copo, visto que não existe um dispensador fora da cápsula adequado para regularizar o fluxo de bebida.

[0006] Além disso, no final da dispensação da bebida, pode haver um gotejamento considerável da cápsula, pois a substância alimentar em pó libera a água que foi absorvida durante a etapa de produção de bebida. Isso é inconveniente, porque as gotas sujam a superfície abaixo após a remoção do copo e o usuário também tem que lidar com uma cápsula gotejando.

[0007] Nesse contexto, o principal propósito técnico que forma a base desta invenção é fornecer uma cápsula para produção de uma bebida que possa ser usada no mesmo tipo de máquinas que usam as cápsulas descritas acima, mas que é produzida de um modo alternativo às cápsulas da técnica anterior.

[0008] Um propósito técnico desta invenção também é fornecer uma cápsula na qual o fluxo de saída da bebida seja normal e substancialmente livre de sprays pressurizados.

[0009] Um segundo propósito técnico desta invenção é fornecer uma cápsula com gotejamento ausente ou substancialmente negligenciável no fim da dispensação.

[0010] O propósito técnico especificado e os objetivos indicados são substancialmente alcançados através de uma cápsula para

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3/24 produção de uma bebida como indicado nas reivindicações anexas.

[0011] Os recursos adicionais e as vantagens desta invenção estão amis aparentes na descrição detalhada abaixo, com referência a inúmeras modalidades não limitadoras preferenciais de uma cápsula para produção de uma bebida, ilustrados nos desenhos anexos, em que:

[0012] - A Figura 1 é uma vista lateral de uma cápsula para produção de uma bebida produzida de acordo com uma primeira modalidade desta invenção, sendo que a parede lateral da cápsula é parcialmente cortada a fim de mostrar a parte interna da cápsula;

[0013] - A Figura 2 é uma vista em seção transversal da cápsula da Figura 1, cortada de acordo com a linha ll-ll, e sem a substância alimentar em pó, para uma melhor ilustração de sua estrutura interna;

[0014] - A Figura 3 é uma vista de topo em perspectiva de um elemento de filtração superior da cápsula da Figura 1;

[0015] - A Figura 4 é uma vista de fundo em perspectiva do elemento de filtração superior da Figura 3;

[0016] - A Figura 5 é uma vista em seção transversal do elemento de filtração superior da Figura 3;

[0017] - A Figura 6 é uma vista de topo em perspectiva de um elemento de filtração inferior da cápsula da Figura 1;

[0018] - A Figura 7 é uma vista de fundo em perspectiva do elemento de filtração inferior da Figura 6;

[0019] - A Figura 8 é uma vista em seção transversal do elemento de filtração inferior da Figura 6;

[0020] - A Figura 9 é uma vista de topo em perspectiva de um elemento de dispensação da cápsula da Figura 1;

[0021] - A Figura 10 é uma vista de fundo em perspectiva do elemento de dispensação da Figura 9;

[0022] - A Figura 11 é uma vista de fundo do elemento de dispensação da Figura 9;

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4/24 [0023] - A Figura 12 é uma vista em seção transversal do elemento de dispensação da Figura 9, cortada de acordo com a linha XIIXII;

[0024] - A Figura 13 é uma vista em seção transversal do elemento de dispensação da Figura 9, cortada de acordo com a linha XIIIXIII;

[0025] - A Figura 14 é uma vista de topo de um elemento de estrangulamento de fluxo da cápsula da Figura 1;

[0026] - A Figura 15 é uma vista de topo de uma barreira impermeável a oxigênio da cápsula da Figura 1;

[0027] - A Figura 16 é uma vista em seção transversal ampliada de uma parte da barreira impermeável a oxigênio da Figura 15, cortada de acordo com a linha XVI-XVI;

[0028] - A Figura 17 é uma vista em seção transversal ampliada de uma parte do elemento de estrangulamento de fluxo da Figura 14 e da parte da barreira impermeável a oxigênio da Figura 16, sobreposta uma sobre a outra;

[0029] - A Figura 18 é uma vista de topo simplificada do fundo da cápsula da Figura 1, que mostra o elemento de estrangulamento de fluxo da Figura 14 e a barreira impermeável a oxigênio da Figura 15, que são sobrepostos um sobre o outro;

[0030] - A Figura 19 é uma vista lateral de uma cápsula para produção de uma bebida produzida de acordo com uma segunda modalidade desta invenção, sendo que a parede lateral da cápsula é particularmente cortada a fim de mostrar a parte interna da cápsula;

[0031] - A Figura 20 é uma vista em seção transversal da cápsula da Figura 19, cortada de acordo com a linha XX-XX, e sem a substância alimentar em pó, para melhor ilustrar sua estrutura interna;

[0032] - A Figura 21 é uma vista de topo em perspectiva de um elemento de dispensação da cápsula da Figura 19;

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5/24 [0033] - A Figura 22 é uma vista de fundo em perspectiva do elemento de dispensação da Figura 21;

[0034] - A Figura 23 é uma vista de fundo do elemento de dispensação da Figura 21;

[0035] - A Figura 24 é uma vista em seção transversal do elemento de dispensação da Figura 21, cortada de acordo com a linha XXIV-XXIV;

[0036] - A Figura 25 é uma vista em seção transversal do elemento de dispensação da Figura 21, cortada de acordo com a linha XXVXXV.

[0037] Com referência às figuras mencionadas acima, o número 1 denota em sua totalidade uma cápsula produzida de acordo com esta invenção.

[0038] De modo similar às cápsulas da técnica anterior, a cápsula 1 de acordo com esta invenção contém uma substância alimentar em pó 8 que permite que uma bebida seja produzida passando-se água (em particular, água quente pressurizada) pela substância alimentar em pó 8. A substância alimentar em pó 8 pode ser do tipo solúvel ou do tipo que pode ser extraída por infusão, com água que é mais ou menos pressurizada, como descrito em mais detalhes abaixo. Em qualquer caso, um determinado grau de pressão de extração é sempre exigido.

[0039] Em particular, a substância alimentar em pó 8 é um pó de café moído e torrado. A bebida obtida dessa forma é, por exemplo, um café expresso.

[0040] Deve ser observado que, para maior clareza quanto aos desenhos, a substância alimentar em pó 8 é mostrada penas nas Figuras 1 e 19, onde o corpo da cápsula 1 é ilustrado com um corte no estilo janela para mostrar o interior da cápsula, enquanto a substância alimentar em pó 8 não é mostrada nas outras figuras anexas. A substância alimentar em pó 8 está contida na zona entre um elemento de filtração inferior (identificado

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6/24 como 3) e um elemento de filtração superior (identificado como 4), ou entre o elemento de filtração inferior 3 e um elemento de fechamento 29 se o elemento de filtração superior não estiver presente.

[0041] A cápsula 1 compreende primeiramente um corpo de contenção 2 que tem um formato de copo e no qual é possível identificar uma parede lateral tubular 21 e uma porção de fundo 22. O corpo de contenção 2 define uma câmara de contenção 20 dentro do mesmo. A parede lateral tubular 21 se estende entre uma primeira borda 23 e uma segunda borda 24. A porção de fundo 22 é conectada à primeira borda 23 e se estende transversalmente (em particular, perpendicularmente) a um eixo geométrico central 25 da parede lateral tubular 21, sendo que o dito eixo geométrico central 25 também é um eixo geométrico central para a cápsula 1. A porção de fundo 22 também tem um orifício de dispensação 26, em particular em sua zona central. Um elemento de fechamento 29, como uma folha de material de múltiplas camadas capaz de atuar como uma barreira ao oxigênio, é fixado à segunda borda 24 da parede lateral tubular 21 para fechar o topo do corpo de contenção 2, bem como a câmara de contenção 20. O elemento de fechamento 29 é normalmente fixado por vedação ou colagem.

[0042] Nas modalidades ilustradas, a parede lateral tubular 21 e a porção de fundo 22 do corpo de contenção 2 são feitas em uma peça, preferencialmente usando um material capaz de atuar como uma barreira ao oxigênio, como um material plástico moldado ou um filme de múltiplas camadas termoformado.

[0043] Nas modalidades ilustradas nas figuras, a porção de fundo 22 do corpo de contenção 2 compreende uma zona interna anular 221 que circunda o orifício de dispensação 26, uma zona média anular 222 que circunda a zona interna anular 221 e uma zona externa anular 223 que circunda a zona média anular 222. As três zonas são dispostas em degraus entre si, com a zona interna anular 221 mais afastada do elemento de fechamento 29 do que a zona média anular 222 e a zona média anular 222

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7/24 mais afastada do elemento de fechamento 29 do que a zona externa anular 223. Na prática, a porção de fundo 22 tem uma parte de projeção que se estende para longe do topo da cápsula 1. No interior da cápsula 1, a zona interna anular 221, a zona média anular 222 e a zona externa anular 223 definem, cada uma, uma superfície de repouso que se estende transversalmente em relação em relação ao eixo geométrico central 25. As várias superfícies de repouso são concêntricas em relação ao eixo geométrico central 25.

[0044] Em particular, o corpo de contenção 2 é feito por termoformação de um material plástico que foi transformado em uma barreira ao oxigênio, com o orifício de dispensação 26 que pode ser produzido por corte de molde. Entretanto, em geral, o corpo de contenção 2 pode ser feito usando qualquer material e qualquer método, por exemplo, por moldagem por injeção.

[0045] Um elemento de filtração 3, que em particular é um elemento de filtração inferior, é montado na câmara de contenção 20 e está posicionado entre a substância alimentar em pó 8 e a porção de fundo 22. O elemento de filtração inferior 3 é, por exemplo, um elemento plástico rígido ou semirrígido equipado com uma pluralidade de orifícios atravessantes 31. As figuras mostram uma versão exemplificadora do elemento de filtração inferior 3, equipado tanto com nervuras de reforço radiais 33 quanto com uma protuberância central 35 que se projeta em direção à substância alimentar em pó 8. No exemplo, as nervuras radiais 33 são fornecidas tanto na face do elemento de filtração inferior 3 voltada para a porção de fundo 22 quanto na face oposta que está voltada para a substância alimentar em pó 8.

[0046] O elemento de filtração inferior 3 repousa sobre a face interna da zona externa anular 223 e é retido no lugar por endentação conformada 27 produzida na parede lateral tubular 21. O elemento de filtração inferior 3 é inserido na cápsula 1, por exemplo, em uma forma de encaixe.

[0047] Na modalidade particular ilustrada, a cápsula 1 também compreende um elemento de filtração superior 4 que é posicionado

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8/24 entre o elemento de fechamento 29 e a substância alimentar em pó 8. O elemento de filtração superior 4 também pode ser um elemento plástico rígido ou semirrígido equipado com uma pluralidade de orifícios 41 e nervuras 43. Outras modalidades são possíveis.

[0048] A cápsula 1 de acordo com essa invenção compreende um elemento de dispensação 5 que é montado na câmara de contenção 20 e está posicionado entre o elemento de filtração inferior 3 e a porção de fundo 22. Em particular, o elemento de dispensação 5 repousa sobre as faces internas da zona média anular 222 e da zona interna anular 221. Basicamente, o elemento de dispensação 5 é um desviador de fluxo que, ao impedir que a bebida alcance diretamente o orifício de dispensação 26, se destina a criar uma trajetória tortuosa para a bebida que, em uso, flui em direção ao orifício de dispensação 26. O elemento de dispensação 5 é feito, por exemplo, de material plástico moldado acoplado à porção de fundo 22 da cápsula 1.

[0049] Uma primeira modalidade de um elemento de dispensação 5 é mostrada e detalhes nas Figuras 9 a 13, enquanto que uma segunda modalidade é mostrada nas Figuras 21 a 25.

[0050] O elemento de dispensação 5 tem uma primeira face 51 (face superior) voltada para o elemento de filtração inferior 3, ou seja, voltada para o topo da cápsula 1, e uma segunda face 52 (face inferior) voltada para a porção de fundo 22 do corpo de contenção 2. O elemento de dispensação 5 também tem uma face perimétrica 53, ou uma face anular, que une a primeira face 51 e a segunda face 52 uma à outra.

[0051 ] Na primeira face 51, o elemento de dispensação 5 tem uma câmara ou reentrância 551 em uma região central (basicamente, no eixo geométrico central 25 da cápsula 1), uma ou mais câmaras ou reentrâncias 552 em regiões anulares e uma pluralidade de canais 553 que colocam as ditas câmaras ou reentrâncias 551, 552 em comunicação umas com as outras e com a face perimétrica 53.

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9/24 [0052] Especificamente, durante o uso, a bebida é recebida na primeira face 51 e passa de uma câmara 551, 552 para outra na primeira face 51 percorrendo através dos canais 553, até alcançar a face perimétrica 53, a partir da qual a bebida passa para a segunda face 52.

[0053] Em particular, a câmara ou reentrância central

551 é uma depressão destinada a coletar a bebida a ser dispensada, a partir da qual a bebida passa para as câmaras ou reentrâncias anulares 552. Isso é útil para criar uma trajetória estendida com variações na seção transversal de passagem, que reduz o fluxo de bebida e ajuda a reduzir sprays na saída.

[0054] Conforme mostrado nas figuras, a câmara ou reentrância central 551 é mais profunda e mais ampla do que uma ou mais câmaras ou reentrâncias anulares 552. Por exemplo, as figuras mostram como a câmara central 551 tem uma profundidade que se estende por quase toda a altura do elemento de dispensação 5. Isso é útil porque, nesse modo, a câmara central 551 pode atuar como uma câmara de acúmulo que permite amortecer as irregularidades na taxa de fluxo do fluido que desce do elemento de filtração inferior 3 acima.

[0055] As câmaras ou reentrâncias anulares 552, das quais existem duas na modalidade nas Figuras 9 a 13, são, por exemplo, sulcos concêntricos. Um primeiro sulco concêntrico 552, que é mais interno, é destinado a receber a bebida da câmara central 551; cada um dos outros sulcos concêntricos 552 se destina a receber a bebida de um respectivo sulco concêntrico que é mais interno, ou seja, mais próximo da região central da primeira face 51.

[0056] Basicamente, durante o uso, cada câmara anular

552 recebe a bebida da câmara central 551 ou da câmara anular anterior 552, dependendo de sua posição na sequência de câmaras anulares concêntricas 552. Ao alcançar a câmara anular mais externa 552, a bebida vai para a face perimétrica 53.

[0057] A bebida passa de uma câmara 551, 552 para

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10/24 outra percorrendo os canais 553, que em particular se estendem substancialmente de modo radial, ou seja, são canais substancialmente radiais.

[0058] Na prática, o fluxo de bebida na primeira face 51 é do centro em direção à periferia, com desvios tortuosos que são devido à passagem nas câmaras anulares 552 e nos canais 553.

[0059] Em particular, as câmaras ou reentrâncias anulares 552 são delimitadas por paredes de divisão anulares 571, que dividem as câmaras ou reentrâncias umas das outras. Cada câmara ou reentrância anular 552 é delimitada por uma parede de divisão anular mais externa 571 e por uma parede de divisão anular mais interna 571. Basicamente, as paredes de divisão anulares 571 são paredes em formato de anel que são concêntricas entre si. Os canais 553 são feitos nas paredes de divisão anulares 571, em particular nas faces de topo das paredes de divisão anulares 571, e são distribuídos ao longo do perímetro das paredes de divisão anulares 571.

[0060] Além disso, os canais 553 são menos profundos em relação à profundidade das câmaras ou reentrâncias 551, 552 que são colocadas em comunicação pelos próprios canais 553. Pequenos e vários canais 553 são úteis para aumentar as quedas de pressão do fluxo de bebida e para amortecer os picos que causam sprays.

[0061] Na segunda face 52, o elemento de dispensação 5 tem uma ou mais câmaras ou reentrâncias 562 em regiões anulares e uma pluralidade de canais 563 que colocam as ditas uma ou mais câmaras ou reentrâncias 562 em comunicação com a face perimétrica 53 e com o orifício de dispensação 26.

[0062] As câmaras ou reentrâncias anulares 562, das quais existe apenas uma na modalidade das Figuras 9 a 13, são, por exemplo, sulcos concêntricos.

[0063] Um primeiro sulco concêntrico 562, que é o mais externo, é destinado a receber a bebida da face perimétrica 53. Cada um de quaisquer outros sulcos concêntricos 562 se destina a receber a bebida de um

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11/24 sulco concêntrico respectivo 562 que é mais externo, isto é, mais próximo à face perimétrica 53 e à periferia da segunda face 52.

[0064] Basicamente, durante o uso, cada câmara anular 562 recebe a bebida da câmara anular anterior 562 (se presente), dependendo de sua posição na sequência de câmaras anulares concêntricas 562. Ao alcançar a zona central da segunda face 52 onde o orifício de dispensação 26 está localizado, a bebida sai da cápsula 1.

[0065] A bebida passa de uma câmara para outra percorrendo os canais 563, que em particular se estendem substancialmente de modo radial.

[0066] Na prática, o fluxo de bebida na segunda face 52 é da periferia em direção ao centro, com desvios tortuosos que são devido à passagem nas câmaras anulares 562 e nos canais 563.

[0067] De modo similar àquele descrito para a primeira face 51, para a segunda face 52, também as câmaras ou reentrâncias anulares 562 são delimitadas por paredes de divisão anulares 572, que dividem as câmaras ou reentrâncias umas das outras. Os canais 563 são feitos nas paredes de divisão anulares 572, em particular nas faces de fundo das paredes de divisão anulares 572, são distribuídos ao longo do perímetro das próprias paredes de divisão anulares 572 e são menos profundos em relação à profundidade das câmaras ou reentrâncias que são colocadas em comunicação pelos canais 563. Para a segunda face 52 também, pequenos e vários canais 563 são uteis para aumentar as quedas de pressão do fluxo de bebida e para amortecer os picos que causam sprays.

[0068] A fim de tornar mais fácil direcionar o fluxo de bebida para a saída da cápsula 1, o elemento de dispensação 5 compreende uma projeção-guia 58 na segunda face 52, em particular no centro da mesma. A projeção-guia 58 está alojada em uma posição central do orifício de dispensação 26 e, na prática, é um pino ou similar que se projeta para baixo a partir da segunda face 52 e se estende no orifício de dispensação 26, de tal

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12/24 modo que divida e guie a bebida que sai.

[0069] Em particular, o elemento de dispensação 5 tem, na face perimétrica 53, canais 573 que colocam a primeira face 51 e a segunda face 52 em comunicação uma com a outra.

[0070] Como mostrado nas figuras, o elemento de dispensação 5 é inteiramente alojado na parte de projeção da porção de fundo 22 do corpo de contenção 2. A primeira face 51 do elemento de dispensação 5 é substancialmente nivelada com a zona externa anular 223, enquanto que a segunda face 52 do elemento de dispensação 5 repousa na zona média anular 222 e na zona interna anular 221.

[0071] Para alcançar o orifício de dispensação 26, a bebida que está na câmara ou reentrância central 551 deve seguir uma trajetória tortuosa que passa através das câmaras anulares 552, 562 e dos canais 553, 563, 573.

[0072] Deve ser observado que, como já mencionado acima, existem muitos canais 553, 563, 573, que são distribuídos ao longo de todo o perímetro das paredes de divisão que dividem as câmaras 551,552, 562 umas das outras, eles têm uma pequena seção transversal de passagem e não são muito profundos em comparação com a profundidade das câmaras 551, 552, 562 que eles colocam em comunicação entre si. Isso ajuda a aumentar a tortuosidade da trajetória para a bebida. Em outras palavras, a sequência de câmaras 551, 552, 562 e canais 553, 563, 573 no elemento de dispensação 5 forma uma espécie de trajetória no estilo labirinto que a bebida deve seguir a fim de alcançar o orifício de dispensação 26 e sair da cápsula 1.

[0073] Devido à trajetória tortuosa, o elemento de dispensação 5 amortece e reduz o fluxo de bebida. Isso ajuda a alcançar uma dispensação normal sem sprays do orifício de dispensação 26.

[0074] A trajetória tortuosa para a bebida envolve a primeira face 51, a face perimétrica 53 e a segunda face 52 do elemento de dispensação 5.

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13/24 [0075] A cápsula 1 também compreende uma barreira impermeável a oxigênio, montada na câmara de contenção 20 e interposta entre o elemento de filtração inferior 3 e o elemento de dispensação 5. A barreira impermeável a oxigênio é uma folha de material flexível 6, fixada em um modo vedado ao oxigênio ao corpo de contenção 2 e destinada a ser rasgada durante o uso, permitindo assim que a bebida passe por ela. Antes de a cápsula 1 ser usada, a parte da câmara de contenção 20 que contém a substância alimentar em pó 8 é vedada em um modo impermeável ao oxigênio. Durante o uso da cápsula 1, o elemento de fechamento 29 e a folha de material flexível 6 são rasgados e permitem que a água entre e a bebida flua para fora, respectivamente.

[0076] Para esse propósito, a folha de material flexível 6 tem pelo menos uma zona de rasgo pretendida 60 na qual a folha de material flexível 6 está destinada a ser rasgada em uso. Na modalidade específica ilustrada, a folha de material flexível 6 tem uma única zona de rasgo pretendida 60, que em particular está em uma região central da folha 6. Na prática, a única zona de rasgo pretendida 60 está localizada no eixo geométrico central 25 da cápsula 1.

[0077] Na configuração ilustrada, a primeira face 51 do elemento de dispensação 5 está voltada para a folha de material flexível 6, que em particular está repousando no elemento de dispensação 5 e está em contato com a própria primeira face 51. A câmara central 551 do elemento de dispensação 5, portanto, está voltada para a folha de material flexível 6 e circunda a zona de rasgo pretendida 60, tal que o elemento de dispensação 5 esteja destinado a receber o fluxo de bebida diretamente na câmara ou reentrância central 551.

[0078] Na modalidade ilustrada, a folha de material flexível 6 compreende pelo menos uma primeira camada 61 constituída de um filme produzido de material plástico, preferencialmente polietileno ou poliéster, e uma segunda camada 62 constituída de um filme de alumínio, que são

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14/24 acopladas entre si. A primeira camada 61 é interposta entre o elemento de filtração inferior 3 e a segunda camada 62, que, por sua vez, é interposta entre a primeira camada 61 e o elemento de dispensação 5.

[0079] Na zona de rasgo pretendida 60, a primeira camada 61 tem um corte 615 ou uma abertura atravessante e a primeira camada 61 está localmente destacada da segunda camada 62 a fim de permitir que a segunda camada 62 inche localmente em direção à porção de fundo 22 na zona de rasgo pretendida 60, até que ela se rompa, após um aumento na pressão no lado da primeira camada 61 voltada para o elemento de filtração inferior 3.

[0080] Em outras palavras, durante o uso da cápsula 1, a bebida pressurizada passa pelo corte 615 na primeira camada de material plástico e atua diretamente na segunda camada 62 de filme de alumínio na região destacada da primeira camada 61, tornando a segunda camada 62 inchada até que essa última ceda e rasgue, abrindo assim a passagem para a bebida em direção ao orifício de dispensação 26.

[0081] Em particular, a zona de rasgo pretendida 60 está acima da câmara central 551 do elemento de dispensação 5 e, portanto, a própria câmara central 551 fornece um espaço de expansão para o inchaço da segunda camada 2. Deve ser observado que a ruptura da folha de material flexível 6 é devido ao fato de a resistência à ruptura da segunda camada 62 ser excedida devido à diferença de pressão entre suas duas faces. Isso não se deve à interpenetração de rasgamento da folha 6 e do elemento de dispensação 5. De fato, o rasgo na folha de material flexível 6 afeta uma região com dimensões muito menores que a câmara central 551 e que, portanto, é totalmente confinada na própria câmara central 551.

[0082] Na modalidade ilustrada, o corte 615 está no formato de uma cruz e a região destacada está no formato de um círculo. Obviamente, outros formatos são possíveis.

[0083] A folha de material flexível 6 também pode

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15/24 compreender uma camada de adesivo 63 interposta entre a primeira camada 61 e a segunda camada 62, de modo a garantir que elas se adiram uma à outra. A camada de adesivo 63 é interrompida na zona de rasgo pretendida 60. A folha de material flexível 6 também pode compreender uma camada de laca 64, aplicada à segunda camada 62 em uma face da mesma oposta àquela voltada para a primeira camada 61 e, se necessário, uma camada 65 de fibras plásticas entrelaçadas, associada à segunda camada 62 no mesmo lado que a camada de laca mencionada acima 64, de tal modo que a segunda camada 62 permaneça interposta entre a primeira camada 61 e a camada 65 de fibras plásticas entrelaçadas. Em particular, a camada 65 de fibras plásticas entrelaçadas é constituída de poliéster tecido ou não tecido.

[0084] Na modalidade preferencial, as espessuras das várias camadas são conforme a seguir:

- primeira camada 61 (filme de polietileno): 10 pm ± 4 pm;

- camada de adesivo 63: 4 pm ± 2 pm;

- segunda camada 62 (filme de alumínio): 7 pm ± 3 pm;

- camada de laca 64: 4 pm ± 2 pm;

- camada 65 de poliéster tecido ou não tecido: 11 pm ± 3 pm.

[0085] Por exemplo, a espessura da camada de alumínio (segunda camada 62) é selecionada de tal modo que a segunda camada 62 rasgue autonomamente quando a diferença de pressão entre as duas faces da folha de material flexível 6 é igual a pelo menos 0,2 MPa (2 bar), pelo menos na zona de rasgo pretendida 60. Dependendo das exigências técnicas específicas, obviamente a camada de alumínio 62 pode ser selecionada com uma espessura tal que rasgue devido a pressões menores que 0,2 MPa (2 bar).

[0086] As espessuras indicadas acima para as várias camadas são fornecidas a título de exemplo e podem ser modificadas de acordo com as exigências técnicas específicas. Em particular, as espessuras

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16/24 podem se situar em faixas mais amplas do que as indicadas acima. Por exemplo, a espessura da segunda camada 62 de alumínio podería estar entre 6 pm e 30 pm.

[0087] O corte 615 pode ser feito com um feixe de laser e, em particular, pode ser feito quando a primeira camada 61 e a segunda camada 62 já estão acopladas. De fato, ao usar o feixe de laser de resistência adequada, é possível cortar o polietileno, mas não o alumínio, que simplesmente o reflete. Por exemplo, o comprimento do corte 615 é de aproximadamente vários milímetros, preferencialmente entre 1 e 10 mm, enquanto que a largura do corte 615 é de aproximadamente 0,5 a 1 mm, se necessário, aproximadamente 0,5 a 2 mm.

[0088] Em uma modalidade alternativa da folha de material flexível 6, a primeira camada 61 e a segunda camada 62 estão coladas uma à outra, mesmo na zona de rasgo pretendida 60, isto é, elas não estão localmente destacadas nessa zona. O corte 615, também presente nessa modalidade alternativa, constitui um enfraquecimento local da folha de material flexível 6 e permite que a bebida pressurizada atue diretamente na segunda camada 62 de filme de alumínio, rompendo-a no corte 615.

[0089] Na modalidade específica mostrada nas figuras, a cápsula 1 também compreende um elemento de estrangulamento de fluxo 7, montado na câmara de contenção 20 em uma posição interposta entre o elemento de filtração inferior 3 e o elemento de dispensação 5. O elemento de estrangulamento de fluxo 7 se estende transversalmente ao eixo geométrico central 25 da parede lateral tubular 21 e obstrui a seção transversal de passagem para a bebida na câmara de contenção 20. Na prática, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 é um disco que é posicionado perpendicularmente ao eixo geométrico central 25 e se estende por toda a seção transversal da câmara de contenção 20.

[0090] O elemento de estrangulamento de fluxo 7 tem pelo menos uma abertura atravessante 71 através da qual, em uso, a bebida

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17/24 flui em direção ao elemento de dispensação 5. Em outras palavras, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 força o fluxo de bebida a passar através da pelo menos uma abertura atravessante 71, que tem uma seção transversal de passagem que é muito menor que a seção transversal de passagem da parede lateral tubular 21.

[0091] Especificamente, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 é uma membrana ou uma placa fina, por exemplo, com uma espessura entre 0,03 mm e 3 mm. Em particular, a dita membrana ou placa fina é feita de material plástico e pode ser uma única camada material (como polietileno, politeno ou outro material que pode ser vedado sobre o material do corpo de contenção 2), um material de múltiplas camadas (por exemplo, com uma camada vedável, uma camada média feita de qualquer material plástico ou alumínio, uma camada externa de poliéster) ou um material de múltiplas camadas de poliéster+poliéster+polipropileno.

[0092] Portanto, especificamente, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 é uma folha flexível feita de material plástico.

[0093] A pelo menos uma abertura atravessante 71 é um orifício ou um corte feito na membrana ou placa fina, em particular usando uma agulha perfurante que faz um orifício na membrana sem a remoção de material. Outros métodos para fazer o orifício, como corte de molde, são obviamente possíveis.

[0094] Na modalidade ilustrada, a abertura atravessante 71 é um orifício com um diâmetro entre 0,5 mm e 3 mm, em particular, um diâmetro de 1,2 mm. Se necessário, em modalidades particulares, o diâmetro do orifício 71 pode ser maior que 3 mm.

[0095] Preferencialmente, a abertura atravessante 71 é um orifício que está permanentemente aberto. Isto é, o material do elemento de estrangulamento de fluxo 7 não tem nenhum retorno elástico capaz de fechar o orifício 71 quando o elemento de estrangulamento de fluxo 7 está livre de tensões mecânicas. Além disso, de preferência, o orifício 71 tem as mesmas

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18/24 dimensões antes da dispensação (isto é, com a cápsula não usada) e após a dispensação (isto é, após a cápsula ter sido usada). Em outras palavras, o material do elemento de estrangulamento de fluxo 7 não é submetido à deformação plástica durante o uso da cápsula 1.

[0096] Especificamente, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 tem uma única abertura atravessante 71, que em particular está em uma região central do elemento de estrangulamento de fluxo 7. Na prática, a única abertura atravessante 71 está localizada no eixo geométrico central 25 da cápsula 1.

[0097] Em modalidades alternativas, podem existir duas ou mais aberturas atravessantes 71, mas seu número é limitado. Por exemplo, pode haver um máximo de dez ou doze. De preferência, a seção transversal de passagem total das aberturas atravessantes 71 é menor ou igual a 0,5% da seção transversal de passagem correspondente da câmara de contenção 20.

[0098] Na modalidade ilustrada, a membrana que forma o elemento de estrangulamento de fluxo 7 e a folha de material flexível 6 da barreira impermeável a oxigênio são sobrepostas uma sobre a outra. Especificamente, a pelo menos uma abertura atravessante 71 do elemento de estrangulamento de fluxo 7 está na pelo menos uma zona de rasgo pretendida 60 da folha de material flexível 6. Em outras possíveis modalidades, as posições da abertura atravessante 71 e da zona de rasgo pretendida 60 não são correspondentes entre si.

[0099] A folha de material flexível 6 e o elemento de estrangulamento de fluxo 7 têm, cada uma, uma região perimétrica respectiva 68, 78 que está fixada ao corpo de contenção 2. Conforme mostrado na Figura 18, a folha de material flexível 6 e o elemento de estrangulamento de fluxo 7 têm um formato circular em vista plana, mas têm diferentes diâmetros. As regiões perimétricas respectivas 68, 78 são fixadas à porção de fundo 22 (em particular à zona externa anular 223), por exemplo, por vedação ou colagem. Em outras palavras, as duas folhas 6, 7 não estão fixadas uma à outra, em vez

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19/24 disso, elas são ambas fixadas ao fundo da cápsula 1. Além disso, desde que o elemento de filtração inferior 3 repouse sobre a face interna da zona externa anular 223, a folha de material flexível 6 e o elemento de estrangulamento de fluxo 7 são confinados entre o elemento de filtração inferior 3, em um lado, e a porção de fundo 22 e o elemento de dispensação 5, no outro lado.

[0100] Na modalidade específica, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 é interposto entre o elemento de filtração inferior 3 e a barreira impermeável a oxigênio 6, que, por sua vez, é interposta entre o elemento de estrangulamento de fluxo 7 e a porção de fundo 22. Em outras palavras, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 está voltado para a substância alimentar em pó 8 e a barreira impermeável a oxigênio 6 está voltada para a saída de dispensação 26.

[0101] Essa configuração é útil porque impede que o elemento de estrangulamento de fluxo 7 seja capaz de interferir no inchaço da zona de rasgo pretendida 60 antes de a barreira impermeável a oxigênio 6 se romper.

[0102] Uma configuração reversa, na qual a barreira impermeável a oxigênio 6 é interposta entre o elemento de filtração inferior 3 e o elemento de estrangulamento de fluxo 7, ainda seria possível, embora seja menos vantajoso.

[0103] Na modalidade descrita, em que existe apenas uma abertura atravessante 71 e uma única zona de rasgo pretendida 60 presentes, suas posições são correspondentes entre si e estão no eixo geométrico central 25, bem como na câmara central 551 do elemento de dispensação 5.

[0104] Deve ser observado que, na modalidade ilustrada, o elemento de filtração inferior 3, o elemento de estrangulamento de fluxo 7, a barreira impermeável a oxigênio 6 e o elemento de dispensação 5 são elementos que são separados uns dos outros, isto é, eles são peças que são separadas umas das outras e que, se necessário, podem ser feitas de

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20/24 materiais e com formatos que são diferentes entre si e mais adequados a seu propósito específico.

[0105] Entretanto, em uma modalidade alternativa, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 e a barreira impermeável a oxigênio 6 poderíam ser incorporados em uma peça. Em outras palavras, um elemento de múltiplas camadas podería ser fornecido, com uma primeira camada que é uma membrana ou placa fina (por exemplo, uma folha flexível feita dos materiais indicados acima para o elemento de estrangulamento de fluxo 7) com pelo menos uma abertura atravessante 71, sendo que a dita primeira camada é acoplada a uma folha de material flexível 6 como descrito acima para a barreira impermeável a oxigênio. O elemento de múltiplas camadas obtido dessa maneira, formado pela membrana ou placa fina com a abertura atravessante 71 e pela folha de material flexível 6, acopladas entre si, é fixado ao corpo de contenção 2 da cápsula 1, em particular no lado interno da zona externa anular 223 da porção de fundo 22. Nesse elemento de múltiplas camadas, a abertura atravessante 71 está preferencialmente na zona de rasgo pretendida 60.

[0106] As Figuras 19 a 25 se referem a uma segunda modalidade de uma cápsula 1, que difere da primeira modalidade descrita acima, principalmente em termos do elemento de dispensação 5 e consequentemente em termos de seu assento na porção de fundo 22.

[0107] Em particular, na cápsula da Figura 19, o elemento de dispensação 5 e seu assento têm um diâmetro maior que os diâmetros respectivos da cápsula mostrada na Figura 1.

[0108] Como mostrado nas Figuras 21 a 25, o elemento de dispensação 5 tem quatro câmaras ou reentrâncias 552 em regiões anulares concêntricas da primeira face 51 e três câmaras ou reentrâncias 562 em regiões anulares concêntricas da segunda face 52. Em comparação com o elemento de dispensação 5 da primeira modalidade, isso permite um aumento na tortuosidade da trajetória de fluxo da bebida que sai.

[0109] O funcionamento de uma cápsula 1 de acordo

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21/24 com esta invenção é brevemente descrito abaixo.

[0110] Quando a cápsula 1 é inserida na máquina de produção de bebida (por exemplo, uma cafeteira), um elemento de perfuração adequado pertencente à ultima citada perfura o elemento de fechamento 29 e injeta água quente pressurizada na câmara de contenção 20 através do próprio elemento de fechamento 29. Após passar pelo elemento de filtração superior 4, se um estiver presente, que também serve para distribuir a água alimentada, a água alcança a substância alimentar em pó 8 e a umedece, iniciando assim o processo de produção da bebida, isto é, a dissolução da substância alimentar em pó 8 se essa for solúvel, ou extração das substâncias aromáticas se a substância alimentar em pó 8 não for solúvel.

[0111] A bebida produzida alcança o elemento de filtração inferior 3 e, ao passar pelo último citado, cuja função é reter a substância alimentar em pó 8 para impedir que a substância saia, alcança o elemento de estrangulamento de fluxo 7. Passando através da pelo menos uma abertura atravessante 71, a bebida alcança a folha de material flexível 6 que ainda está intacta e a bebida é parada pela última citada. Após o aumento da pressão dentro da cápsula 1, a bebida passa através do pelo menos um corte 615 da primeira camada 61 da folha de material flexível 6 e alcança a segunda camada 62 na pelo menos uma zona de rasgo pretendida 60.

[0112] A diferença de pressão gradualmente criada entre a face da folha de material flexível 6 voltada para a substância alimentar em pó 8 e a face oposta causa o inchaço local da segunda camada 62 em direção à porção de fundo 22, em particular, na câmara central 551 do elemento de dispensação 5, até que a segunda camada 62 rasgue na zona de rasgo pretendida 60.

[0113] Dependendo da diferença de pressão e das propriedades mecânicas específicas da folha de material flexível, o rasgo real causado na segunda camada 62 pode ter dimensões que são muito menores que as dimensões da região na qual a primeira camada 61 e a segunda

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22/24 camada 62 são destacadas uma da outra na zona de rasgo pretendida 60. Por exemplo, o rasgo pode ter dimensões comparáveis ou até mesmo menores que aquelas do corte 615.

[0114] Deve ser observado que as diferentes propriedades mecânicas dos materiais que constituem a primeira camada 61 e a segunda camada 62 significam que, enquanto a segunda camada 62 rasga após o aumento da pressão, a primeira camada 61 pode permanecer substancialmente não danificada.

[0115] Nesse ponto, a bebida está livre para continuar em sua trajetória e cai na câmara central 551 do elemento de dispensação 5, a partir do qual alcança o orifício de dispensação 26 ao seguir uma trajetória tortuosa na primeira face 51, na face perimétrica 53 e na segunda face 52.

[0116] Após a folha de material flexível 6 ser rasgada e à medida que a bebida sai da cápsula 1, o elemento de estrangulamento de fluxo 7, devido à seção transversal de passagem que é limitada à pelo menos uma abertura 71, cria resistência ao fluxo de bebida entre a zona onde a substância alimentar em pó 8 está localizada e o elemento de dispensação 5. Na prática, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 impõe uma queda de pressão através do mesmo. Portanto, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 tem uma função reguladora de fluxo, funcionando em conjunto com o elemento de dispensação 5 para reduzir e regularizar o fluxo de bebida na cápsula 1.

[0117] Além disso, no fim da dispensação, o elemento de estrangulamento de fluxo 7 ajuda a impedir ou pelo menos a reduzir o gotejamento de água residual que tende a descer da substância alimentar em pó em direção ao fundo da cápsula 1. De fato, ainda mais na ausência de uma diferença de pressão significativa, isso é um obstáculo considerável na trajetória da água residual, que pode passar apenas através do pequeno orifício 71.

[0118] Entretanto, deve ser observado que, em outras modalidades de uma cápsula de acordo com esta invenção, o elemento de

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23/24 estrangulamento de fluxo 7 pode não estar presente. Nesse caso, a função de reduzir e regularizar o fluxo de bebida seria confiada apenas ao elemento de dispensação 5.

[0119] Além disso, a câmara central 551 na primeira face 51 do elemento de dispensação 5 pode coletar e pelo menos reter parcialmente as gotas que descem da substância alimentar em pó 8 após o uso, devido ao fato de a câmara central 551 ser profunda e espaçosa. Portanto, o elemento de dispensação 5 pode ajudar a impedir ou pelo menos reduzir o gotejamento de água residual da cápsula 1 no fim da dispensação.

[0120] Esta invenção traz vantagens importantes.

[0121] Graças a esta invenção foi possível não apenas fornecer uma cápsula alternativa às cápsulas da técnica anterior que podem ser usadas nas mesmas máquinas que atualmente usam as cápsulas da técnica anterior descritas acima, mas o aprimoramento dos resultados também foi alcançado, como mencionado acima.

[0122] Além disso, ao usar a folha de material flexível específica descrita acima como a barreira impermeável a oxigênio, é possível fornecer um sistema para abertura da cápsula que não seja apenas uma alternativa ao sistema da técnica anterior, mas que permita tanto a abertura usando pressões maiores que aquelas nas quais as cápsulas da técnica anterior se abrem, quanto a redução do risco de liberação indesejada de partes de alumínio na bebida, devido à ausência de elementos perfurantes mecânicos que interagem com a folha de alumínio.

[0123] Finalmente, deve ser observado que esta invenção é relativamente fácil de produzir e que mesmo o custo ligado à implementação da invenção não é muito alto.

[0124] A invenção descrita acima pode ser modificada e adaptada de várias maneiras sem que afaste do escopo do conceito inventivo.

[0125] Todos os detalhes podem ser substituídos por outros elementos tecnicamente equivalentes e os materiais usados, bem como

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24/24 os formatos e dimensões dos vários componentes, podem variar de acordo com as exigências.

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Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Cápsula (1) para produção de um a bebida, contendo uma substância alimentar em pó (8) que permite que uma bebida seja feita passando-se água através da substância alimentar em pó (8), caracterizada pelo fato de que compreende:

um corpo de contenção em formato de copo (2) que compreende, por sua vez, uma parede lateral tubular (21), se estendendo entre uma primeira borda (23) e uma segunda borda (24), e uma porção de fundo (22) conectada à primeira borda (23) e se estendendo transversalmente a um eixo geométrico central (25) da parede lateral tubular (21), sendo que a porção de fundo (22) compreende um orifício de dispensação (26), e o corpo de contenção (2) define uma câmara de contenção (20) dentro do mesmo;

um elemento de fechamento (29) fixado à segunda borda (24) para fechar o topo do corpo de contenção (2);

um elemento de filtração (3) montado na câmara de contenção (20) e posicionado entre a substância alimentar em pó (8) e a porção de fundo (22);

um elemento de dispensação (5), montado na câmara de contenção (20) e posicionado entre o elemento de filtração (3) e a porção de fundo (22), sendo que o elemento de dispensação (5) é destinado a criar uma trajetória tortuosa para a bebida que, em uso, flui em direção ao orifício de dispensação (26);

em que o elemento de dispensação (5) tem uma primeira face (51) voltada para o elemento de filtração (3), uma segunda face (52) voltada para a porção de fundo (22) do corpo de contenção (2) e uma face perimétrica (53) que une a primeira face (51) e a segunda face (52) uma à outra, sendo que o elemento de dispensação (5) tem, na primeira face (51), uma câmara ou reentrância (551) em uma região central, uma ou mais câmaras ou reentrâncias (552) em regiões anulares, uma

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2/4 pluralidade de canais (553) que colocam as ditas câmaras ou reentrâncias (551,552) em comunicação entre si e com a face perimétrica (53), sendo que o elemento de dispensação (5) tem, na segunda face (52), uma ou mais câmaras ou reentrâncias (562) em regiões anulares e uma pluralidade de canais (563) que colocam a dita uma ou mais câmaras ou reentrâncias (562) em comunicação com a face perimétrica (53) e com o orifício de dispensação (26), sendo que a trajetória tortuosa para a bebida envolve a primeira face (51), a face perimétrica (53) e a segunda face (52) do elemento de dispensação (5).

2. Cápsula (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a câmara ou reentrância (551) na região central da primeira face (51) do elemento de dispensação (5) é uma depressão destinada a receber a bebida a ser dispensada.
3. Cápsula (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a câmara ou reentrância (551) na região central da primeira face (51) do elemento de dispensação (5) é mais profunda e mais ampla que a uma ou mais câmaras ou reentrâncias (552) nas regiões anulares da primeira face (51) do elemento de dispensação (5).
4. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a uma ou mais câmaras ou reentrâncias (552) nas regiões anulares da primeira face (51) do elemento de dispensação (5) são um ou mais sulcos concêntricos, sendo que um primeiro dos ditos sulcos concêntricos destina-se a receber a bebida da câmara ou reentrância (551) na região central da primeira face (51), sendo cada um dos outros sulcos concêntricos destinados a receber a bebida de um sulco concêntrico respectivo que está mais próximo da região central da primeira face (51).
5. Cápsula (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a uma ou mais câmaras ou reentrâncias (552)

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3/4 nas regiões anulares da primeira face (51) são delimitadas por paredes de divisão anulares (571), sendo que os canais (553) na primeira face (51) são feitos nas ditas paredes de divisão anulares (571) e são distribuídos ao longo do perímetro das ditas paredes de divisão anulares (571), em que os canais (553) na primeira face (51) são menos profundos em relação à profundidade das câmaras ou reentrâncias (551,552) que são colocadas em comunicação.
6. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que os canais (553) na primeira face (51) do elemento de dispensação (5) são canais substancialmente radiais.
7. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que a uma ou mais câmaras ou reentrâncias (562) nas regiões anulares da segunda face (52) do elemento de dispensação (5) são um ou mais sulcos concêntricos, sendo que um primeiro dos ditos sulcos concêntricos se destina a receber a bebida da face perimétrica (53) do elemento de dispensação (5), em que cada um dos outros sulcos concêntricos se destina a receber a bebida de um sulco concêntrico que está mais próximo da face perimétrica (53).
8. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que o elemento de dispensação (5) tem, na face perimétrica (53), canais (573) que colocam a primeira face (51) e a segunda face (52) do elemento de dispensação (5) em comunicação uma com a outra.
9. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que o elemento de dispensação (5) compreende, na segunda face (52), uma projeção-guia (58) que é alojada em uma posição central do orifício de dispensação (26).
10. Cápsula (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelo fato de que compreende uma barreira impermeável a oxigênio (6), montada na câmara de contenção (20) e

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4/4 interposta entre o elemento de filtração (3) e o elemento de dispensação (5), sendo que a barreira impermeável a oxigênio (6) é uma folha de material flexível fixada em um modo vedado ao oxigênio ao corpo de contenção (2) e destinada a ser rasgada durante o uso, permitindo assim que a bebida passe através da mesma;

em que a folha de material flexível da barreira impermeável a oxigênio (6) tem pelo menos uma zona de rasgo pretendida (60) na qual a folha de material flexível é destinada a ser rasgada em uso.

em que a primeira face (51) do elemento de dispensação (5) está voltada para a folha de material flexível da barreira impermeável a oxigênio (6) e a câmara ou reentrância (551) na região central da primeira face (51) do elemento de dispensação (5) circunda a pelo menos uma zona de rasgo pretendida (60), de modo que o elemento de dispensação (5) seja destinado a receber o fluxo de bebida na dita câmara ou reentrância (551) na região central da primeira face (51).