BR112019009685A2 - dispositivo minimamente invasivo para sutura de tecido - Google Patents

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Abstract

um dispositivo para a sutura de tecido, compreendendo: uma agulha dotada de uma abertura chanfrada e alojando múltiplas âncoras, em que cada uma das referidas âncoras compreende um corpo tubular alongado e um laço conectado ao referido corpo tubular, e em que um fio é inserido sequencialmente através dos laços; e uma haste impulsora configurada para empurrar cada uma das referidas âncoras em direção à abertura da referida agulha, para extrair cada respectiva âncora a partir da abertura.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: DISPOSITIVO MINIMAMENTE INVASIVO PARA SUTURA DE TECIDO
REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS [0001] Este pedido reivindica prioridade para o Pedido de Patente Provisório US No. 62/421.319, depositado em 13 de novembro de 2016, e intitulado Dispositivo de Sutura de Tecido Minimamente Invasivo, cujos conteúdos são aqui incorporados por referência em sua totalidade.
ANTECEDENTES [0002] A invenção refere-se ao campo dos dispositivos de sutura.
[0003] A sutura continua a ser uma abordagem comum para o reparo de tecidos vivos e é usada para o fechamento de tecidos, aproximação, ligação e fixação de locais de acesso a tecidos, órgãos, vasos, fixação de telas e outros implantes ou dispositivos e semelhantes. Embora amplamente dependente da habilidade do cirurgião, os resultados obtidos com o uso de sutura são altamente previsíveis e confiáveis.
[0004] Alternativas à sutura desenvolvidas ao longo dos anos, tais como grampos, fixadores (também conhecidos como tachinhas), âncoras e adesivos teciduais, vêm ganhando graus variados de aceitação e são usadas para reparo tecidual tanto em procedimentos abertos como em minimamente invasivos. No
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2/48 entanto, a sutura permanece onipresente no reparo cirúrgica devido à disponibilidade de uma ampla variedade de kits de sutura a custos relativamente baixos e às vantagens mecânicas proporcionadas pela sutura.
[0005] Assim, a sutura permanece como um dos pilares do reparo cirúrgico; no entanto, não sem desvantagens. Pode ser cansativo e demorado colocar diversos pontos, o que pode levar a erros na sutura que podem comprometer a integridade do reparo. Além disso, pode ser dificil a manipulação de uma agulha de sutura, bem como o acesso ao local de sutura, especialmente em cirurgias minimamente invasivas, devido à natureza da cirurgia minimamente invasiva e/ou ao espaço anatômico limitado ao redor dos tecidos-alvo, ao passo que amarrar nós com a quantidade de tensão desejada requer uma manipulação precisa das extremidades da sutura, complicando e desacelerando, ainda mais e em particular, cirurgias minimamente invasivas. De fato, para muitos procedimentos, o tempo gasto na sutura pode ser significativamente maior do que o tempo gasto no tratamento dos tecidos-alvo subjacentes.
[0006] Em alguns casos de hérnia ventral e incisional, em que o defeito é relativamente grande (por exemplo, de alguns centímetros), é prática comum não usar somente um reforço com tela, mas também a sutura fisica (fechar) da parede abdominal
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3/48 no local do defeito. 0 fechamento pode ser feito extracorpórea ou intracorporeamente. Sabe-se que fechamento de tais defeitos diminui significativamente a recorrência da hérnia, em relação ao reforço com apenas uma tela. Por exemplo, Zeichen et al. (2012) mostraram que as taxas de recorrência foram três vezes menores quando se fez, além do fechamento, também um reforço com tela. Vide Zeichen et al., Closure Versus Non-closure of Hernia Defect During Laparoscopic Ventral Hernia Repair With Mesh, SAGES Abstracts, 2012.
[0007] As Figuras 1A, IB e 1C mostram três etapas de fechamento de defeito herniário com reforço com tela, de acordo com a técnica anterior. A Figura IA ilustra o grande defeito herniário em uma vista em corte transversal. A Figura 1B mostra uma vista de cima do defeito sendo suturado em uma abordagem extracorpórea, depois de uma tela já ter sido afixada. A Figura 1C mostra o estado final, após a sutura ter sido tensionada e amarrada com nós, e a tela posicionada e fixada sob a fáscia.
[0008] Os exemplos anteriores da técnica relacionada e limitações relacionadas com os mesmos destinam-se a ser ilustrativos e não exclusivos. Outras limitações da técnica relacionada ficarão evidentes para os especialistas na técnica, mediante uma leitura do relatório descritivo e um estudo das figuras.
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RESUMO [0009] As seguintes modalidades e aspectos das mesmas são descritos e ilustrados juntamente com sistemas, ferramentas e métodos, os quais se pretende sejam exemplificativos e ilustrativos, não limitativos no escopo.
[0010] Algumas modalidades dirigem-se a um dispositivo para sutura de tecido, compreendendo: uma haste alongada; uma agulha oca disposta dentro da referida haste alongada, a referida agulha tendo: uma fenda alongada que se abre para uma extremidade distai da referida agulha, e uma abertura disposta em uma área distai da referida agulha; um punho disposto em uma extremidade proximal da referida haste alongada; múltiplas âncoras dispostas em uma fileira única dentro da referida agulha, ao longo do comprimento da referida agulha, em que cada uma das referidas múltiplas âncoras compreende: um corpo tubular alongado, um aro conectado ao referido corpo tubular e que sai da referida agulha através da referida fenda alongada para um espaço entre a referida agulha e uma parede interna da referida haste alongada, uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado, em que uma extremidade livre da referida aleta está apontada em direção à extremidade proximal da referida haste alongada, e em que a aleta da âncora mais distai na fileira única se projeta a
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5/48 partir da referida agulha através da referida abertura; um fio disposto ao longo do comprimento da referida haste alongada, no espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, e inserido sequencialmente através dos referidos aros das referidas âncoras; e uma haste impulsora disposta no espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, em que a referida haste impulsora é acionável pelo referido punho para empurrar a aleta da âncora mais distai na fileira única , para assim ejetar a âncora mais distai na fileira única a partir de uma abertura distai da referida agulha.
[0011] Em algumas modalidades, o referido aro é um cordão que emerge de uma parede externa do referido corpo tubular alongado, e que termina com um anel.
[0012] Em algumas modalidades, o referido aro é um fio rígido dotado de um enrolamento proximal fixado à referida âncora, uma seção reta, e um enrolamento distai através do qual o referido fio é inserido.
[0013] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda um tubo impulsor disposto dentro da haste alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distal do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora empurra o referido tubo impulsor
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6/48 distalmente.
[0014] Em algumas modalidades, o referido punho compreende um gatilho conectado a uma extremidade proximal do referido tubo impulsor.
[0015] Em algumas modalidades, a referida haste impulsora é flexível e se curva ao passar através da referida abertura para empurrar a referida aleta.
[0016] Em algumas modalidades, a referida aleta emerge do referido corpo tubular alongado oposto ao referido aro.
[0017] Em algumas modalidades, o referido punho é configurado para permitir que a referida haste alongada se retraia para dentro do referido punho, enquanto se mantém a referida agulha estacionária, de modo que uma área distai da referida agulha é exposta e penetra no tecido.
[0018] Em algumas modalidades, o referido punho compreende uma alavanca de bloqueio da haste que é móvel entre uma posição que bloqueia o movimento para trás da referida haste e uma posição que permite o movimento para trás da referida haste.
[0019] Em algumas modalidades, o referido punho compreende uma bobina de fio.
[0020] Em algumas modalidades, o referido punho compreende um gatilho que é conectado à referida haste
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7/48 impulsora.
[0021] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda um tubo impulsor disposto dentro da haste alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distal do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora empurra o referido tubo impulsor distalmente, em que o referido gatilho é conectado ao referido tubo impulsor, tal que o pressionamento do referido gatilho empurra o referido tubo impulsor distalmente.
[0022] Algumas modalidades dirigem-se a um dispositivo para a sutura de tecido, compreendendo: uma agulha dotada de uma abertura chanfrada e alojando múltiplas âncoras, em que cada uma das referidas âncoras compreende um corpo tubular alongado e um aro conectado ao referido corpo tubular, e em que um fio é inserido sequencialmente através dos aros; e uma haste impulsora configurada para empurrar cada uma das referidas âncoras em direção à abertura da referida agulha, para extrair cada respectiva âncora a partir da abertura.
[0023] Em algumas modalidades, cada uma das referidas âncoras compreende ainda uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado, em que a referida haste impulsora é configurada para empurrar cada uma das referidas aletas em direção à abertura da referida agulha.
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8/48 [0024] Em algumas modalidades, a referida haste impulsora é dimensionada para empurrar cada uma das referidas aletas até que a respectiva âncora saia completamente da abertura da referida agulha.
[0025] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda uma haste alongada, em que a referida agulha é disposta dentro da referida haste alongada.
[0026] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda um punho disposto em uma extremidade proximal da referida haste alongada.
[0027] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda uma haste impulsora disposta em um espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, em que a referida haste impulsora é acionável pelo referido punho para empurrar a aleta da âncora mais distai na fileira única, para ejetar a âncora mais distai na fileira única a partir de uma abertura distai da referida agulha.
[0028] Em algumas modalidades, o dispositivo compreende ainda um tubo impulsor disposto dentro da haste alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distal do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora empurra o referido tubo impulsor distalmente.
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9/48 [0029] Em algumas modalidades, o referido punho compreende um gatilho que é conectado a uma extremidade proximal do referido tubo impulsor.
[0030] Em algumas modalidades, a referida agulha tem uma abertura disposta em uma área distai da referida agulha, a referida haste impulsora é flexível e curva-se ao passar através da referida abertura para empurrar a referida aleta, e a aleta da âncora mais distai na fileira única se projeta a partir da referida agulha através da referida abertura.
[0031] Em algumas modalidades, a referida agulha tem uma fenda alongada que se abre para uma extremidade distai da referida agulha.
[0032] Em algumas modalidades, o referido aro sai da referida agulha através da referida fenda alongada para um espaço entre a referida agulha e uma parede interna da referida haste alongada.
[0033] Em algumas modalidades, a referida aleta emerge do referido corpo tubular alongado oposto ao referido aro.
[0034] Em algumas modalidades, o referido punho é configurado para permitir que a referida haste alongada se retraia para dentro do referido punho, enquanto se mantém a referida agulha estacionária, de modo que uma área distai da referida agulha é exposta e penetra no tecido.
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10/48 [0035] Em algumas modalidades, o referido punho compreende uma alavanca de bloqueio da haste que é móvel entre uma posição que bloqueia o movimento para trás da referida haste e uma posição que permite o movimento para trás da referida haste.
[0036] Em algumas modalidades, o referido punho compreende uma bobina de fio.
[0037] Algumas modalidades dirigem-se a um método para o fechamento de uma abertura em um tecido, que compreende: fixação sequencial de âncoras no tecido, em torno da abertura, em que: (a) cada uma das âncoras compreende um corpo tubular alongado, um aro conectado ao referido corpo tubular, e uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado oposto ao referido aro, (b) um fio é inserido através dos aro das âncoras, e (c) os aros são parcialmente expostos do tecido, e o fio é completamente exposto do tecido; e puxar o fio, desse modo aproximando dos aros, aproximando das âncoras, e fechando a abertura no tecido.
[0038] Além dos aspectos e modalidades exemplificativos descritos acima, aspectos e modalidades adicionais ficarão evidentes por referência às figuras e pelo estudo da descrição detalhada a seguir.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
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11/48 [0039] Modalidades exemplificativas são ilustradas em figuras referenciadas. As dimensões dos componentes e características mostradas nas figuras são, em geral, escolhidas para conveniência e clareza de apresentação e não são, necessariamente, mostradas em escala. As figuras estão listadas abaixo.
[0040] As Figuras 1A, IB e 1C mostram três etapas de fechamento de defeito herniário com reforço com tela, de acordo com a técnica anterior.
[0041] A Figura 2A é uma vista lateral de um
dispositivo para a sutura de tecido, de acordo com uma
modalidade;
[0042] As Figuras 2B, 2C e 2D são vistas
semitransparentes do dispositivo para a sutura de tecido, de acordo com uma modalidade;
[0043] A Figura 3A é uma vista em corte de uma porção distai de uma haste do dispositivo, de acordo com uma modalidade;
[0044] A Figura 3B é uma vista distal-proximal da porção distai da haste, de acordo com uma modalidade;
[0045] A Figura 3C é uma vista em perspectiva semitransparente da porção distai da haste, de acordo com uma modalidade;
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12/48 [0046] As Figuras 4A, 4B e 4C são uma vista em corte transversal e duas vistas laterais, respectivamente, da porção distai da haste durante a fixação de uma âncora, de acordo com uma modalidade;
[0047] A Figura 5 é uma vista em corte transversal da porção distai da haste após a fixação da âncora, de acordo com uma modalidade;
[0048] A Figura 6A é uma ilustração em corte transversal de uma parede abdominal com três âncoras dispostas na mesma, de acordo com uma modalidade;
[0049] A Figura 6B é uma ilustração em corte transversal da parede abdominal depois de um fio ter aproximado as três âncoras para fechar um defeito, de acordo com uma modalidade;
[0050] A Figura 7 é uma fotografia de uma âncora experimental;
[0051] As Figuras 8A-8E são fotografias de cinco etapas de um experimento realizado pelos inventores;
[0052] As Figuras 9A-9B são vistas em perspectiva de uma agulha do dispositivo, de acordo com uma modalidade;
[0053] A Figura 10A é uma vista em perspectiva de uma âncora, de acordo com uma modalidade;
[0054] As Figuras 10B e 10C são vistas em perspectiva
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13/48 de uma outra âncora, de acordo com uma modalidade;
[0055] As Figuras 10D, 10E, 10F e 10G são vistas em perspectiva de mais uma âncora, de acordo com uma modalidade;
[0056] A Figura 10H é uma vista em perspectiva de mais uma âncora, de acordo com uma modalidade;
[0057] A Figura 11A é uma vista em perspectiva de uma
âncora de travamento unidirecional, de acordo com uma
modalidade;
[0058] A Figura 11B é uma vista em perspectiva de uma
âncora de travamento bidirecional, de acordo com uma
modalidade;
[0059] As Figuras 12A e 12B ilustram o fechamento do defeito com uma trava bidirecional, de acordo com uma modalidade;
[0060] As Figuras 13A e 13B ilustram um fechamento de defeito diferente com uma trava bidirecional, de acordo com uma modalidade;
[0061] As Figuras 14A, 14B e 14C ilustram diferentes padrões de sutura, de acordo com modalidades;
[0062] A figura 15 é uma vista em corte transversal de uma haste com múltiplos lúmens, de acordo com uma modalidade; e [0063] A Figura 16 é uma ilustração da compressão de
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14/48 nervos ou vasos sanguíneos, de acordo com uma modalidade.
DESCRIÇÃO DETALHADA [0064] São aqui divulgados um dispositivo para a sutura de tecido e um método para sutura de tecido usando-se o dispositivo. O dispositivo pode ser usado, por exemplo, para o fechamento de defeito herniário minimamente invasivo durante um procedimento laparoscópico para reparo de hérnia ventral (LVHR, Laparoscopic Ventral Hernia Repair).
[0065] Alternativamente, o dispositivo pode ser usado para uma tarefa de sutura diferente, tal como, mas não limitada a, fechar uma incisão de laparotomia ou realizar outra aproximação ou fixação intracorpóreas. Por razões de simplicidade, a divulgação descreve o dispositivo e método em relação ao fechamento de um defeito herniário, mas os especialistas na técnica reconhecerão que estas descrições podem aplicar-se, mudando-se aquilo que deve ser mudado, a outras tarefas de sutura.
[0066] De maneira vantajosa, o dispositivo fixa várias âncoras que são estruturadas de uma maneira que: (a) evita ou mitiga os danos ao tecido circundante; (b) permite que o tecido seja fechado simples e convenientemente puxando-se um fio, após as âncoras terem sido fixadas satisfatoriamente; (c) permite uma forte fixação sem que se projete para fora do corpo,
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15/48 reduzindo assim o risco de infecção, (d) reduz a tensão no tecido suturado (em comparação com sutura manual regular) e, assim, reduz o risco de trauma tecidual e 'cortes de queijo', (e) não forma um aro que encapsula tecido e, assim, diminui o risco de compressão do nervo e redução do fluxo sanguíneo para o tecido comprimido; (f) reforça a sutura padronizada, reduzindo a variabilidade entre cirurgiões com diferentes níveis de habilidade; (g) reduz as taxas de recorrência de hérnia à medida que simplifica o procedimento; (h) divide a tensão entre todas as âncoras, (i) ao tensionar o fio, reduz o atrito do fio com a âncora ao concentrar o atrito do fio em um anel ou aro lisos, e (j) reduz a quantidade de material artificial que permanece exposto proveniente do tecido após o procedimento, reduzindo assim os riscos de aderência. Ou seja, o dispositivo facilita a formação conveniente de uma sutura continua.
[0067] Faz-se agora referência às Figuras 2A e 2B, que mostram uma vista lateral e uma vista semitransparente, respectivamente, de um dispositivo 100 para sutura de tecido, de acordo com uma modalidade. O dispositivo 100, de maneira geral, inclui um punho 102 e uma haste alongado 104. Apenas uma porção proximal da haste 104 é mostrada na Figura 2B. Os especialistas na técnica reconhecerão que o dispositivo pode
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16/48 ser prontamente adaptado para uso por um robô cirúrgico; por exemplo, os vários atuadores fisicos incluídos no punho podem ser estruturados de uma maneira que permita que os atuadores eletromecânicos do robô os manipulem.
[0068] Faz-se também referência às Figuras 3-5, que mostram uma porção distai da haste 104 em várias etapas da operação do dispositivo 100. A haste 104 pode ter um comprimento de, por exemplo, 50-700 milímetros (mm), em que parte deste comprimento está dentro do punho 102. A haste 104 pode ter um diâmetro externo de, por exemplo, 2 a 10 mm, e uma espessura de parede de, por exemplo, 0,2 a 0,6 mm. A haste 104 pode ter um diâmetro uniforme ou variável ao longo do seu comprimento.
[0069] O punho 102 pode incluir um ou mais atuadores que podem ser operados pelo usuário, tais como, mas não limitados a, um gatilho 106, um eixo de carnes 162 e uma bobina 120a. Estes atuadores que podem ser operados pelo usuário podem servir para ativar um mecanismo de avanço de âncoras disposto no punho 102 e/ou na haste 104, cuja função é fixar múltiplas âncoras provenientes do dispositivo 100 no tecido.
[0070] A haste 104 pode ser um tubo alongado, ou (a) rigido (para uso em procedimentos laparoscópicos), (b) rigido com um ângulo dobrado ou flexível (para uso ou em procedimentos
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17/48 laparoscópicos ou em endoscópicos), ou (c) rígido com capacidades de articulação controláveis - quer em uma, quer em mais articulações manipuláveis, ou ao lonqo de seqmento(s) inteiro(s) da haste. A haste 104 pode ser feita, por exemplo, de plástico e/ou de metal.
[0071] Uma agulha oca 108 que tem uma borda afiada (opcionalmente chanfrada) 110 pode ser disposta dentro da haste 104 longitudinalmente. A agulha 108 pode ter o mesmo comprimento que a haste 104 ou um comprimento diferente. A agulha 108 pode ter um diâmetro externo de, por exemplo, 0,8 a 5 mm e uma espessura de parede de, por exemplo, 0,2 a 0,6 mm. A haste 104 pode ter um diâmetro uniforme ou variável ao longo do seu comprimento. A agulha 108 pode ser feita de aço inoxidável ou de qualquer outro material adequado. Pode haver uma agulha dentro da haste ou múltiplas agulhas (como mostrado na página 1 do Apêndice A). No caso de múltiplas agulhas, cada uma pode ser usada para fixar uma única âncora ou, alternativamente, cada uma pode ser usada para fixar múltiplas âncoras.
[0072] A agulha 108 possui, opcionalmente, uma fenda longitudinal 117 que se estende desde a borda 110 até uma borda proximal (não mostrada) da agulha, ou antes dessa. A fenda 117 é mostrada como fenda contínua, mas em outras modalidades pode
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18/48 ser dividida em múltiplas fendas ao longo do comprimento da agulha 108. A fenda 117 pode ter, por exemplo, de 0,1 a 1 mm de largura. A sua largura pode ser uniforme ou variável ao longo de seu comprimento.
[0073] Opcionalmente, a agulha 108 tem uma ou mais aberturas 124 na sua parede, que estão opcionalmente dispostas em um lado da parede oposta à fenda 117. Se estiverem presentes múltiplas aberturas, tais como uma abertura frontal 124a e uma abertura dorsal 124b, elas poderão estar dispostas de maneira equidistante ou não equidistante.
[0074] As Figuras 9A-9B são vistas em perspectiva superior e inferior da agulha 108, na qual a fenda 117 e a abertura 124 estão mais claramente visíveis.
[0075] Opcionalmente, a agulha 108 tem uma ou mais travas de âncoras 128, incorporadas como projeções resilientes provenientes de uma parede interna da agulha para dentro do lúmen da agulha - diminuindo assim o diâmetro interno da agulha naquele local. As travas 128 podem, normalmente, projetar-se para dentro do lúmen da agulha 108, mas podem ser empurradas completa ou parcialmente para fora do lúmen quando uma âncora (discutido mais detalhadamente abaixo) lhe aplica uma quantidade suficiente de força. A trava 128 pode ser construída de modo a poder resistir a uma quantidade predeterminada de
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19/48 força.
[0076] Múltiplas âncoras 112 podem ser dispostas em uma única fileira dentro da agulha 108. Cada uma das âncoras 112 pode ter um corpo tubular alongado feito de um material rigido, tal como aço inoxidável, nitinol (liga de nigueltitânio) e/ou plástico (permanente, tal como poliéter-étercetona, ou bioabsorvivel, tal como poli(ácido láctico-coglicólico) . O corpo tubular pode ter um diâmetro de, por exemplo, 0,5-3 milímetros (mm), uma espessura de parede de, por exemplo, 0,05 a 0,4 mm e um comprimento de, por exemplo, 2-15 mm. Alternativamente, a âncora pode ter um corpo cilíndrico sólido, ou ter um formato diferente que é substancialmente alongado, tal como uma caixa retangular ou semelhante.
[0077] Um aro pode ser conectado a, fixado a, ou integralmente formado com o corpo tubular da âncora 112, tal como um aro de arame ou de um material diferente. Por exemplo, o aro pode ser incorporado como um cordão 114 que emerge a partir da parede externa de cada âncora 112. O cordão 114 pode ser um fio cirúrgico (ao gual se refere, às vezes, como uma sutura cirúrgica), ou uma haste flexível ou rigida (reta, curva, enrolada como uma mola etc.), feita de um material adeguado, tal como aço inoxidável, nitinol, plástico etc. O
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20/48 cordão 114 é, opcionalmente, também tênsil, com uma resistência à tração tal que permite até, aproximadamente, 20% a 100% de alongamento sem deformação plástica. Tais propriedades de tensão do cordão 114 podem reduzir ainda mais a tensão proveniente do tecido no qual a âncora 112 está fixada quando o fio é puxado e tensionado. O cordão 114 pode ter um perfil circular ou um perfil não circular. O cordão 114 pode ser fixado a, conectado a, ou integralmente formado com a âncora 112. O cordão 114 pode ter um diâmetro de, por exemplo, 0,1-2 mm, que pode ser uniforme ou variável ao longo do seu comprimento. Opcionalmente, o cordão 114 é dobrado sobre si mesmo, de tal modo que existem, de fato, dois segmentos de cordão que se estendem entre a parede externa da âncora 112 e um anel, que é descrito abaixo. O cordão 114 pode ser fixado a, conectado a, ou integralmente formado com a âncora 112.
[0078] O cordão 114 pode terminar com um anel 116, ou, alternativamente, com uma estrutura fechada que funciona de modo semelhante (não mostrada) que permite que um fio passe através do mesmo. Opcionalmente, o anel 116 é liso e não possui quaisquer bordas afiadas, evitando ou mitigando, assim, danos ao fio por atrito com o anel. O anel 116 pode ser feito de um material rígido ou flexível, tal como aço inoxidável, nitinol ou plástico. O anel 116 pode ser fixado a, conectado a, ou
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21/48 integralmente formado com o cordão 114. 0 cordão 114 pode ser rotativo em torno do seu eixo longitudinal, para evitar aros do fio (um fio 118 é discutido abaixo) sobre o anel 116.
[0079] Alternativamente, como mostrado na Figura 10A, a âncora 112 pode ter um aro de sutura 114a, opcionalmente com uma cobertura de proteção 114b no seu meio, para diminuir o atrito com o fio 118.
[0080] Ainda opcionalmente, tal como mostrado nas Figuras 10B e 10C, a âncora 112 pode ter um fio rigido 114c como o seu aro. O fio 114c pode ser reto ao longo da maior parte do seu comprimento, exceto na sua (a) área proximal 114d, onde se enrola para formar um arco de pelo menos 250 graus, o arco circundando uma ponte 112a entre duas fendas alongadas opostas 112b no corpo tubular das âncoras, na sua (b) área distai 114e, onde se enrola helicoidalmente ou por cerca de 360 graus ou mais, de tal modo que o fio pode passar por dentro deste enrolamento sem escapar. Se for usado um fio mais grosso, o enrolamento pode formar um arco de menos de 360 graus, tal como entre 270 e 350 graus. Quando a âncora 112 está dentro da agulha, o fio 114c pode assumir a posição mostrada na Figura 10B - substancialmente paralela ao eixo longitudinal da âncora 112. Quando a âncora 112 é fixada no tecido e o fio é tensionado, o fio 114c pode assumir a posição mostrada na
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Figura IOC - substancialmente perpendicular ao eixo longitudinal da âncora 112. O fio rigido 113c é opcionalmente feito de aço inoxidável e tem um diâmetro entre 0,2 e 1 mm, ou mais especificamente entre 0,3 e 0,7 mm. O enrolamento na área distai 114e do fio rigido 113c é opcionalmente inclinada para longe da âncora, de modo a permitir a passagem livre do fio através dos aros das âncoras quando o cordão fica substancialmente paralelo à âncora dentro da haste. A inclinação é opcionalmente de um ângulo entre 10 e 45 graus, mas pode ser de um ângulo maior ou menor.
[0081] As Figuras 10D-10G mostram uma variante da âncora das Figuras 10B-10C, em que o fio rigido tem uma configuração diferente em suas áreas proximal e distai. Na área proximal, o fio tem um arco fechado ou quase fechado, ou seja - a extremidade distal dos do fio entra ou quase entra em contato com a superficie externa da seção reta do fio. Na área distai, o fio forma um aro não helicoidal que se fecha ou quase se fecha. As Figuras 10D-10E mostram a âncora com seu fio posicionado substancialmente paralelo à âncora, que é a postura que a âncora assume quando está dentro da agulha. As Figuras 10F-10G mostram a âncora com seu fio posicionado substancialmente perpendicular à âncora, que é a postura que a âncora assume quando está dentro do tecido.
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23/48 [0082] A Figura 10H mostra uma outra variante das âncoras anteriormente mostradas, na qual o fio rigido é inserido, na sua área proximal, através de uma abertura na parede da âncora. Uma protuberância ou uma curvatura (não mostrada) na extremidade proximal do fio evita que ele caia através da abertura. Este fio é, portanto, capaz de girar ao longo do eixo em torno do seu comprimento, como mostra a seta. Isso pode ser útil após a âncora ser fixada no tecido e o fio, tensionado - o fio girará o aro distal do fio para uma posição onde haja a menor quantidade de tensão no aro. Isso pode diminuir a probabilidade de desintegração do fio devido à tensão aplicada pelo fio. Nesta variante da âncora, o fio também pode ser flexível, de modo que ele possa, resilientemente, ficar nivelado com a âncora quando dentro da agulha e se mover angularmente em relação à âncora após ser extraido da agulha.
[0083] O corpo tubular alongado de âncora 112 pode ter uma projeção a partir da sua parede externa, projeção esta que é disposta, por exemplo, oposta a onde o cordão 114 emerge a partir da âncora. É mostrado um exemplo de projeção nas figuras como uma aleta flexível ou rigida 122, que é um recorte na parede da âncora 112. Quando a âncora 112 é feita de um material com memória de forma, tal como nitinol, a aleta 122 pode ser
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24/48 apontada para projetar-se e emergir da parede da âncora. Uma extremidade livre 122a da aleta 122 pode apontar em direção à extremidade proximal da haste 104. Quando a âncora 112 está em uma posição dentro da agulha 108, onde está presente uma abertura 124, a aleta 122 pode projetar-se para fora da parede da âncora, através da abertura. Quando a âncora 112 está em uma posição dentro da agulha 108, onde não há nenhuma abertura presente, a aleta 122 pode ser resilientemente achatada, para ficar nivelada com a parede do corpo tubular da âncora. Como alternativa a uma aleta que é recortada do corpo da âncora, uma outra aleta (agora mostrada) pode ser fixada ou conectada ao corpo da âncora. Como alternativa adicional, pode haver, por exemplo, múltiplas aletas (por exemplo, 2-6) que são dispostas em diferentes locais radiais no ou no corpo da âncora. A aleta 122 pode, por exemplo, ter uma extremidade livre afiada, uma extremidade sem ponta, ou uma extremidade livre dentada etc.
[0084] Um fio 118 pode ser disposto dentro da haste 104, ao longo do comprimento da haste e, opcionalmente, saindo da extremidade distai 104a da haste, o fio 118 pode ser inserido sequencialmente através dos anéis 116 das âncoras 112. O fio 118, na sua área proximal, é opcionalmente enrolado em torno de uma bobina 120 disposta no punho 102. O fio 118 pode ser
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25/48 disposto dentro da haste, de modo que ambas as extremidades estejam localizadas proximalmente no punho 102 ou fora do punho, gerando um aro de fio dentro do dispositivo 100.
[0085] O fio 118 é opcionalmente um fio cirúrgico (ao qual, às vezes, se refere como uma sutura cirúrgica), que pode ser bioabsorvivel ou não bioabsorvivel. Materiais bioabsorviveis adequados incluem, por exemplo, ácido poliglicólico, ácido poliláctico, monocryl e polidioxanona. Materiais não bioabsorviveis adequados incluem, por exemplo, náilon, poliéster, PVDF (fluoreto de polivinilideno) e polipropileno. O fio 118 pode ser um fio entrelaçado, uma linha monofilamento ou uma linha multifilamento. O fio 118 pode ser feito de metal ou plástico, ou de qualquer material biocompativel. O fio 118 pode ser rigido ou tênsil.
[0086] De maneira vantajosa, o fato de o presente fio não ser inserido através dos corpos das âncoras, mas, sim, através dos anéis ou aros que estão distanciados dos corpos das âncoras e não estão incorporados no tecido, evita que o fio aplique força ao tecido, o qual pode, em casos extremos, até mesmo cortar o tecido.
[0087] Além disso, quando o presente fio é tensionado para finalmente fechar o tecido, o distanciamento dos anéis dos corpos das âncoras reduz a tensão dos corpos das âncoras e
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26/48 concentra essa tensão nos anéis e, levemente, ao longo dos cordões.
[0088] Mais ainda, o uso de âncoras implica gue existe uma área superficial maior implantada no tecido e forças opostas gue tentam extrair as âncoras do tecido. Se apenas uma sutura fosse usada, a única área superficial gue firmaria a sutura seria a própria sutura - o gue é muito pouco.
[0089] Além disso, os anéis (ou gualguer outra estrutura através da gual o fio é inserido) são estruturados de tal forma que impõem o menor atrito possível sobre o fio. Dessa forma, quando o fio é tensionado e fixado, e após todo o período de recuperação, a fricção do fio sobre a superfície dos anéis não rasga nem, de outra forma, degrada o fio.
[0090] Uma haste impulsora alongada 126 pode ser disposta ao longo do comprimento da haste 104 e ser estruturada e disposta de tal modo que termine atrás da aleta 122 da âncora mais distai das múltiplas âncoras 112 e possa ser avançada distalmente para empurrar âncora mais distai para fora da agulha 108.
[0091] A haste impulsora 126 pode ser uma haste rígida que opcionalmente tem uma curvatura cuja convexidade está apontada para a parede interna da haste 104, ou uma haste flexível que é capaz de curvar-se de maneira semelhante.
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Alternativamente, a haste impulsora pode ser rigida e reta e ter uma projeção para baixo na sua extremidade distai, que pode ser posicionada atrás da aleta da âncora mais distai (esta configuração não é mostrada). Nas Figuras 3-4, a curvatura é visivel na secção da haste impulsora 126, que se estende desde uma extremidade distai da haste impulsora até aproximadamente o meio da âncora mais proximal 112. Este é apenas um exemplo; a curvatura da haste impulsora 126 pode ter um comprimento, convexidade e resiliência tais que a permitam empurrar uma âncora mais distai 112, pela sua aleta 122a, para fora da agulha 108, a uma distância suficiente desde a borda 110 da agulha, de modo que a âncora se incline dentro do tecido, até que finalmente assente no tecido de maneira aproximadamente perpendicular ao eixo ao longo do comprimento da haste 104. O termo de maneira aproximadamente perpendicular refere-se a um ângulo de 30 a 110 graus, opcionalmente de 60 a 110 graus. Opcionalmente, a curvatura (e, opcionalmente, outro (s) segmento(s)) da haste impulsora 126 é(são) resiliente(s) , de tal modo que, quando não é pressionada por uma força externa (sua delimitação entre a agulha 108 e a parede interna da haste 104), ela se move, resilientemente, para baixo e aumenta ainda mais a inclinação da âncora mais distai 112. A haste impulsora 126, ou pelo menos a sua curvatura, pode ser feita de um metal
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28/48 elástico ou superelástico, de nitinol ou de um elastômero.
[0092] A haste impulsora 126 pode ser dimensionada de modo a encaixar-se através da abertura mais distai 124 na agulha 108. Assim, a extremidade distai da haste impulsora 126, quando pressionada distalmente, segue a aleta 122 para dentro do lúmen da agulha 108, e continua a mover-se para baixo para facilitar a inclinação da âncora mais distai 112. A haste impulsora 126 pode ser ligada ao punho 102 através de um tubo impulsor opcional 126a, o qual está disposto dentro da haste 104 e sobre a agulha 108. O tubo impulsor 126a pode terminar antes das aberturas 124 e a haste impulsora pode ser fixada a uma superficie externa do tubo impulsor, na área distal do tubo impulsor. Quando o punho é usado para empurrar o tubo impulsor distalmente, este, por sua vez, move a haste impulsora 126 distalmente. Como uma alternativa ao tubo impulsor 126a, a haste impulsora pode estender-se totalmente até o punho, no espaço entre a agulha e a haste (esta configuração não é mostrada).
[0093] A haste impulsora 126 pode ser o único elemento responsável por fixar as âncoras 112 na sua localização final no tecido, ou pode ser auxiliada por um elemento adicional: uma segunda haste impulsora alongada 130 opcional (haste de avanço) que pode ser incorporada como uma haste disposta
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29/48 dentro da agulha 108, empurrando âncoras 112 por trás. Quando o dispositivo 100 inclui a haste de avanço 130, a haste impulsora 126 pode servir para empurrar a âncora 108 apenas ligeiramente para fora da haste 104 (por exemplo, até que uma extremidade proximal dessa âncora esteja de 5 a 10 mm da abertura distai 104a da haste) e confira à âncora uma inclinação inicial em uma direção oposta à haste impulsora. Nas Figuras 3-5, esta direção é para baixo. A inclinação inicial pode ser de um ângulo de, por exemplo, 5 a 30 graus a partir da postura original da âncora 112 dentro da agulha 108. Em seguida, a haste de avanço 130 continua a empurrar essa âncora 112 distalmente ao empurrar as âncoras para trás dela, até que a âncora esteja posicionada a uma profundidade suficiente no tecido (por exemplo, entre 5 mm e 30 mm dentro do tecido). Devido à inclinação inicial da âncora 108, à tensão do fio 118 em direção ao punho e ao fato de a haste de avanço 130 continuar a empurrar linearmente, a âncora 108 continua a inclinar-se à medida que penetra mais profundamente no tecido, até assumir uma posição aproximadamente perpendicular.
[0094] Como brevemente discutido acima, um mecanismo de avanço de âncoras pode ser disposto no punho 102 e/ou na haste 104, cuja função é fixar múltiplas âncoras 112 provenientes do dispositivo 100 dentro do tecido. O termo
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30/48 mecanismo de avanço de âncoras destina-se a referir-se àquelas partes particulares do dispositivo 100 que: empurram a agulha 108 distalmente, para expor uma porção distai da mesma para fora da extremidade distai (também abertura) 104a da haste 104, e retraem a agulha de volta para dentro da haste (ou, alternativamente, retraem a haste enquanto mantêm a agulha estacionária, expondo, assim, a porção distai da agulha); e empurram as âncoras 112, uma de cada vez, para depois ejetarem para fora da extremidade distai 110 da agulha 108. O mecanismo de avanço de âncoras pode ser acionado pelo punho 102, por exemplo, quando um usuário, tal como um cirurgião, opera um ou mais dos atuadores que podem ser operados pelo usuário, tal como, mas não limitado ao gatilho 106.
[0095] A Figura 3B mostra uma vista distal-proximal da haste 104, na qual estão visíveis a âncora 112, aleta 122, cordão 114, agulha 108, tubo impulsor 126a, haste impulsora 126, e travas de âncoras 128. Também é mostrado nesta figura um espaçador 129, o qual foi omitido da Figura 3A para maior clareza de outros elementos. O espaçador 129 pode ter o formato geral de um disco, cujo perímetro externo está em contato com a parede interna da haste 104. O disco tem múltiplos recortes que acomodam a agulha 108, os aros, as aletas 122 e o impulsor 116. Isto é mais bem mostrado na Figura 3C, que é uma vista em
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31/48 perspectiva de uma área distal da haste 106.
[0096] Em uma modalidade, o dispositivo não tem uma agulha, e as âncoras são dispostas diretamente dentro da haste. Por exemplo, a haste pode ter uma estrutura interna com espaços (por exemplo, lúmens interconectados) para a única fileira de âncoras, aletas, haste impulsora que empurra as aletas, e os aros.
[0097] Em uma modalidade, o dispositivo não tem uma haste e a agulha é o tubo mais externo que se estende a partir do punho e é inserido no sitio cirúrgico.
[0098] O dispositivo 100 pode ser operado pelo seguinte método. Este método é discutido como método laparoscópico, mas os especialistas na técnica reconhecerão que as mesmas técnicas podem aplicar-se, mudando-se aquilo que deve ser mudado, em procedimentos médicos nos quais a sutura é feita não através de laparoscopia.
[0099] Com referência à Figura 2B, o dispositivo 100 pode ser mantido por uma empunhadura 144 do punho 102. O dispositivo 100 pode ser empurrado de modo que a haste 104 seja introduzida no abdômen de um paciente através de uma pequena incisão (por exemplo, 2-15 mm) . A hastel04 pode ser inserida quer diretamente através da incisão, quer indiretamente através de um trocarte ou de uma outra porta. Alternativamente, a haste
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104 pode ser inserida através de um orifício natural, com ou sem uma incisão posterior feita para penetrar a partir do lúmen do orifício natural em uma área cirúrgica desejada.
[00100] Opcionalmente, ao se inserir a haste 104 no corpo, uma alavanca de bloqueio da haste 140 pode ser posicionada de modo a bloquear a haste e impedi-la de se retrair para dentro do punho 102; um lado distai da alavanca de bloqueio da haste 140 é pressionado para baixo usando-se uma mola, de modo que um bloqueador da haste 140c assume uma posição que é a extremidade proximal da haste 106, bloqueando seu movimento na direção proximal. Uma mola 150 pode exercer força sobre a haste 106 para o empurrá-la na direção distai. Este estado do punho 102 é mostrado na Figura 2C. Esta figura mostra os mesmos elementos da Figura 2B, mas em um estado diferente.
[00101] A abertura distai 104a da haste 104 pode então ser pressionada contra o tecido, em um local onde o cirurgião deseje fixar uma primeira das âncoras 112. Em um procedimento de fechamento de defeito herniário, a abertura distai 104a da haste 104 pode ser pressionada contra o peritônio, de alguns milímetros a até poucos centímetros do defeito.
[00102] Com referência, agora, à Figura 2C, o cirurgião opera o punho 102 para ativar o mecanismo de avanço, de modo a expor uma porção distai da agulha 112 para fora da abertura
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33/48 distal 104a da haste 104, de tal modo que a borda 110 da agulha 108 penetra no tecido da parede abdominal. Esta operação do punho 102 pode primeiro incluir trazer a alavanca de bloqueio da haste 140 para a sua posição para cima, o que eleva o bloqueador da haste 140c a partir da parte de trás da haste, permitindo que a haste se retraia ainda mais para dentro do punho. A haste 104 é retraída contra a força da mola 150, de modo que, se o cirurgião liberar a pressão do dispositivo 100 contra o tecido, a haste voltará a cobrir a extremidade exposta da agulha 108, evitando, assim, potenciais danos aos tecidos próximos. Opcionalmente, a profundidade de penetração pode ser ajustada girando-se uma porca 152, o que limita o quanto a haste 104 pode se retrair para dentro do punho 102.
[00103] Então, o mecanismo de avanço empurra a haste impulsora 126 distalmente, com uma força suficiente para empurrar a trava 128 para fora do caminho da âncora mais distai 108 e fazer com que a âncora penetre no tecido. Isso envolve pressionar o gatilho 106 (a posição pressionada do gatilho não é mostrada nas figuras), o que move uma haste conectora 148 distalmente, a qual move distalmente um conector 148a que está fixado ao tubo impulsor 126a. O tubo impulsor 126, por sua vez, empurra a haste impulsora 126 distalmente.
[00104] Quando a haste conectora 148 é movida
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34/48 distalmente, ela também move uma cremalheira dentada 164 distalmente, por um pino 148a que empurra para a frente uma projeção frontal 164a da cremalheira. Um dos dentes da cremalheira dentada 164 engata-se a uma base 130a da haste de avanço 130 e, portanto, avança a haste de avanço 130. Cada curso completo de gatilho 106 move para a frente o tubo impulsor 126a e a haste impulsora 126 por um comprimento igual ao comprimento percorrido pelo pino 148a, e a haste de avanço 130 por um incremento. A distância entre cada dois dentes adjacentes da cremalheira dentada 164 é opcionalmente igual ao comprimento de cada uma das âncoras 112, de tal modo que haste de avanço 130 empurra para a frente, com cada incremento, exatamente o comprimento de uma âncora.
[00105] O gatilho 106 tem, opcionalmente, uma superfície dentada 106a em sua extremidade superior, que se engata a um dente 106 pressionado por uma tira de borracha ou mola 106c (mais bem mostradas na Figura 2D, no qual a alavanca de bloqueio da haste 140 é semitransparente) quando o gatilho está sendo pressionado. Assim, mesmo se o cirurgião deixar de pressionar o gatilho 106 antes de completar um curso completo, o gatilho permanece no lugar e não volta para trás; é mantido no lugar pelo dente 106b. Quando todo um curso do gatilho 106 é completado, a superfície dentada 106a avança para longe do
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35/48 dente 106b, e o dente desengata-se da superfície dentada. O gatilho 106 é, então, liberado, e o dente 106b desliza sobre a superfície dentada 106a e permite que o gatilho assuma a sua posição original.
[00106] Quando o gatilho 106 é liberado após um curso completo, uma mola 146a que o conecta ao alojamento do punho puxa para baixo a parte superior do gatilho, fazendo com que o próprio gatilho se mova para a frente, para a sua posição original. A haste conectora 148 retorna para trás e retrai consigo a haste impulsora 126, enquanto a retração para trás da cremalheira dentada 164 não move a haste de avanço 130 para trás, apesar do fato de o pino 148a empurrar para trás uma projeção traseira 164b da cremalheira dentada 164 para trás; o respectivo dente da cremalheira dentada desliza sobre a base 130a e não a move. Uma barra dentada 130b afixada ao alojamento do punho 102 assegura que a base 130a não pode se mover para trás, mas apenas para a frente; uma área de fundo da base 130a inclui uma projeção (não mostrada nesta vista) que se engata adequadamente à barra dentada.
[00107] A rotação da bobina 120a pode ser controlada por um eixo de carnes 162 que se alterna entre duas posições: uma que (a) empurra uma trava superior 160 para cima e a desengata de uma roda dentada 120 da bobina 120a e que (b)
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36/48 permite que uma trava inferior 166 se mova para cima e se engate à roda dentada; e uma que faz o inverso e, opcionalmente, também empurra para baixo o lado proximal da alavanca de bloqueio da haste 140, de tal modo que o seu lado distai se levante e desbloqueie a haste 104 da retração para dentro do punho 102. A segunda posição do eixo de carnes 162 pode ser selecionada pelo cirurgião depois de pressionar a extremidade distai da haste 104 no tecido, e em preparação para retrair a haste de modo que a agulha 108 penetre no tecido. Além disso, ou como alternativa ao controle da alavanca de bloqueio da haste 140 a partir do eixo de carnes 162, pode ser controlada pressionando-se um botão 168 que pressiona diretamente o lado distai da alavanca de bloqueio da haste.
[00108] Cada posição do eixo de carnes 162 impede a rotação da bobina 120a em uma direção e permite a sua rotação na direção oposta. Isso permite que o cirurgião controle a liberação e a retração do fio conforme necessário. Além disso, o cirurgião pode utilizar um botão giratório 120b da bobina 120a para girar manualmente o carretei em qualquer direção, se a posição do eixo de carnes 162 for adequadamente ajustada.
[00109] Opcionalmente, a trava superior 160 é flexivel, de modo a permitir a rotação da bobina 120a em ambas as direções enquanto faz um som de clique à medida que a sua extremidade
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37/48 salta sobre a superfície dentada da bobina, proporcionando um retorno auditivo ao cirurgião da rotação da bobina.
[00110] Simultaneamente, o fio 118 é opcionalmente puxado a partir da sua extremidade livre distai, para auxiliar ainda mais a âncora 112 a alcançar uma postura aproximadamente perpendicular ou, pelo menos, uma postura que coloque o eixo central da âncora a 30 graus ou mais do eixo central da haste 104. As Figuras 4A-4C mostram este estágio (vistas em cortes transversal e não transversal) , com a âncora mais distai 112 fora da agulha 108 e ligeiramente inclinada para baixo. A haste impulsora 126 é mostrada passando através da abertura mais distai 124, e estendendo-se a uma distância de, por exemplo, 5 a 30 mm a partir da borda 110 da agulha 108. Pode-se empurrar continuamente a âncora 112 (e, opcionalmente, puxar o fio 118) até que a âncora 112 assuma uma posição aproximadamente perpendicular dentro do tecido (esta posição não é mostrada nas Figuras 4A-4C).
[00111] Depois de fixar com sucesso a âncora mais distai 112, o mecanismo de avanço pode retrair a agulha 108 para dentro da haste 104 e a haste impulsora 126 para dentro da agulha 108, e o cirurgião pode mover o dispositivo 100 para um próximo local no qual seja desejada a fixação de âncoras. A Figura 5 mostra a agulha 108 e a haste impulsora 126 de volta
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38/48 aos seus locais originais dentro da haste 104, prontas para fixarem a próxima das âncoras 112. O cirurgião pode, então, reposicionar a haste e repetir a operação com o punho 102, da maneira descrita acima, para fixar a próxima âncora 112. Isto pode ser repetido até que um número desejado de âncoras 112 tenha sido fixado.
[00112] Em um procedimento de fechamento de defeito herniário, as âncoras podem ser fixadas em tais locais e em uma tal ordem para formarem um padrão de fechamento de tecido adequado.
[00113] Faz-se agora referência à Figura 6A, que ilustra esquematicamente três exemplos de âncoras 112 que foram fixadas na parede abdominal. Como mostrado, cada uma das âncoras 112 assume uma postura aproximadamente perpendicular dentro do tecido. Em um procedimento de fechamento de defeito herniário, as âncoras 112 podem ser fixadas, por exemplo, na camada muscular da parede abdominal e permanecer a uma profundidade de, por exemplo, 44 mm a 25 mm no interior da parede abdominal, conforme medido a partir da direção da fáscia.
[00114] Uma vez que o fio 118 tenha sido inserido através dos anéis 116 quando as âncoras 112 estavam dentro do dispositivo 100, eles permanecem com os fios passando através dos mesmos também após a fixação das âncoras. Uma extremidade
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39/48 distal do fio 118 também é ejetada do dispositivo 100, e as duas extremidades 118a do fio podem ser puxadas em conjunto manualmente, o que, por sua vez, puxa os anéis 116 e aproxima as âncoras 112 umas das outras. Isto é mostrado na Figura 6B, na qual as âncoras 112 estão mais próximas umas das outras, e as duas extremidades do fio 118 são unidas e presas usando-se um elemento de fixação 132. Alternativamente, as duas extremidades do fio podem ser simplesmente amarradas em nó. Puxar as duas extremidades 118a do fio pode contribuir ainda mais para o movimento das âncoras 112 em direção a uma postura aproximadamente perpendicular.
[00115] Como uma alternativa para unir as duas extremidades 118a do fio, uma âncora de travamento pode ser fixada como a primeira e/ou a última âncora da série. Uma âncora de travamento fixada como a primeira âncora pode incluir uma trava unidirecional ou bidirecional, que impede que o fio deslize de maneira unidirecional ou bidirecional através da âncora. Uma âncora de travamento fixada como a última âncora pode incluir uma trava unidirecional, que permite apenas que a sutura seja apertada, por exemplo, para se fechar o defeito herniário. Como alternativa para a fixação de tais âncoras de travamento no tecido, elas podem ser fixadas apenas sobre o fio, mas não no tecido, de modo que seus corpos, que são maiores
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40/48 que os anéis das outras âncoras, permanecem parados nos anéis. A elas, pode-se, portanto, referir simplesmente como travas.
[00116] Faz-se aqora referência à Fiqura 11A, que mostra um exemplo de âncora de travamento unidirecional. Esta âncora é estruturada como um tubo, semelhante à âncora 112 das figuras anteriores, mas tem um dente 220 que é dobrado para dentro, para dentro do lúmen da âncora. Quando um fio 202 é inserido através desta âncora, uma extremidade livre (não mostrada) do dente 200 faz contato com o fio e impede-o que se mova para o lado esquerdo da âncora. Se o fio 202 for puxado para a direita, no entanto, deslizará facilmente sobre a extremidade livre do dente 200.
[00117] Faz-se agora referência à Figura 11B, que mostra um exemplo de âncora de travamento bidirecional. Esta âncora utiliza uma fenda de travamento 204 para impedir que um fio 206 enqatado na fenda se mova para qualquer uma das duas direções. A fenda 204 pode ter um formato afunilada, de tal modo que, quando a extremidade esquerda do fio 206 é puxada para trás, em direção à extremidade direita do fio, o fio entra cada vez mais profundamente na fenda, até atingir muito próximo da sua extremidade. Ai, o formato afunilado da fenda 204 pressiona o fio 206, comprimindo-o levemente na área de contato e, assim, impedindo seu movimento em qualquer direção. A fenda
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204 é opcionalmente afunilada ao longo de todo o seu comprimento. O afunilamento é opcionalmente uniforme ao longo de todo o comprimento da fenda 204, ou varia ao longo deste comprimento. De maneira vantajosa, se a ranhura 204 for afunilada até o se final, o fio 206 partir-se-á se for puxado com força excessiva; os dois lados da fenda simplesmente cortarão profundamente o fio até que ele se rasgue. Isto serve como um mecanismo de segurança, porque o rasgo do fio 206 sob tensão excessiva evitará que a âncora de travamento seja puxada para fora do tecido, danificando-o gravemente.
[00118] Os especialistas na técnica reconhecerão que vários outros meios de travamento podem ser empregados em ambos os lados de um fio, para evitar a necessidade de se formar um nó manualmente entre as duas extremidades opostas do fio.
[00119] Faz-se agora referência às Figuras 12A e 12B, que mostram um exemplo de utilização de uma trava unidirecional em uma tarefa de fechamento de defeito 208. Na Figura 12A, quatro âncoras (representadas por seus anéis 212) são fixadas em tecido na seguinte ordem: 212a, 212b, 212c e 212d. Uma trava 210 é então posicionada sobre as duas extremidades de um fio 214. A trava 210 é então deslizada sobre o fio 214 enquanto se puxam as extremidades dos fios para fora. Isto resulta na disposição mostrada na Figura 12B, onde os anéis 212 são
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42/48 aproximados um do outro, o defeito 208 é fechado, e o fio 214 é mantido firmemente pela trava 210.
[00120] Faz-se agora referência às Figuras 13A e 13B, que mostram um outro exemplo de utilização de uma trava unidirecional em uma tarefa de fechamento de defeito 216. Na Figura 13A, cinco âncoras (representadas por seus anéis 220) são fixadas em tecido na seguinte ordem: 220a, 220b, 220c, 220d e 220e. Um fio 222 é opcionalmente amarrado ao anel 220a da primeira âncora fixada. Alternativamente, uma âncora de travamento pode ser a primeira âncora fixada, de modo que não há necessidade de se atar. Além disso, alternativamente, uma trava (não mostrada) pode ser fixada à extremidade do fio 222 perto do anel 220a, de tal modo que o fio não pode se soltar dos anéis 220a. Esta pode ser, por exemplo, uma barra em forma de T cuja perna está presa ao fio, e cujos ombros superiores são mais largos do que o diâmetro do anel e que, portanto, não podem escapar deste.
[00121] Após a fixação da última âncora, uma trava unidirecional 216 é posicionada sobre a extremidade livre do fio 222. A trava 216 é, então, deslizada sobre o fio 222 enquanto se puxa a extremidade do fio para fora. Isto resulta na disposição mostrada na Figura 13B, onde os anéis 220 são aproximados um do outro, o defeito 216 é fechado, e o fio 222
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43/48 é mantido firmemente pela trava 216.
[00122] Faz-se agora referência às Figuras 14A-14C, que mostram diversos exemplos de padrões de sutura usando-se o presente dispositivo. Cada uma dessas figuras mostra um defeito, uma sutura e múltiplos anéis de âncoras fixadas (que não são mostradas). A Figura 14A mostra um padrão em forma de Z, a Figura 14B mostra um padrão em forma de X e a Figura 14C mostra um padrão de cordão de bolsa.
[00123] Faz-se agora referência à Figura 15, que mostra uma variante do dispositivo 100, na qual, em vez de uma única agulha alojada em uma haste, existe uma haste com múltiplos lúmens 250 que alojam múltiplas agulhas. Neste exemplo, existem quatro lúmens 252a-d que podem acomodar quatro agulhas (não mostradas), mas é aqui explicitamente pretendido um número diferente de lúmens e agulhas, tal como entre 2 e 8. Também é fornecido um lúmen central 254, o qual pode conter os aros das âncoras posicionadas nas agulhas nos lúmens 252a-d. Cada um dos lúmens 252a-d também acomoda os outros componentes que agem conjuntamente com a agulha, tais como uma haste impulsora, uma haste de avanço, um tubo impulsor etc. (nem todos mostrados).
[00124] Um dispositivo com uma haste com múltiplos lúmens 250 pode conter um número relativamente grande de âncoras, de modo que o dispositivo não precisa de ser extraído
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44/48 do corpo muitas vezes para ser reabastecido de âncoras ou trocado por um outro dispositivo, cheio.
[00125] Faz-se agora referência à Figura 16, que ilustra como o fechamento de um defeito com o presente dispositivo evita a compressão de nervos e/ou vasos sanguíneos, em comparação com a sutura manual padrão.
[00126] No canto superior esquerdo da figura, duas âncoras da presente invenção são mostradas implantadas em tecido em lados opostos de um defeito e um fio é usado para aproximar os seus aros e fechar o defeito.
[00127] A parte inferior esquerda da figura ilustra um nervo ou um vaso sanguíneo 304a no tecido 300a, cercado entre as duas âncoras e um fio 302a que as conecta. O vaso 304a permanece substancialmente intacto, porque existe apenas uma pressão mínima aplicada ao tecido 300a pelos fios das âncoras e porque o fio que conecta os anéis às extremidades destes fios também aplica uma pressão mínima ao tecido.
[00128] Em contraste, quando se fecha um defeito por sutura manual com uma sutura cirúrgica, como mostrado nas partes superior direita e inferior direita da figura, a sutura apertada 302b pressiona radialmente sobre o tecido 300b e causa deformação, compressão ou até mesmo fechamento de um nervo ou de um vaso sanguíneo 304b.
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Resultados experimentais
[00129] Os inventores testaram um dispositivo
experimental, 0 qual era substancialmente idêntico ao
dispositivo aqui descrito em um porco sacrificado. Uma
fotografia da âncora usada no teste é mostrada na Figura 7. As Figuras 8A-8E, por sua vez, mostram fotografias de diferentes etapas do teste.
[00130] Um defeito herniário foi emulado formando-se um rasgo 134' de aproximadamente 40 mm de comprimento na parede abdominal do animal. Na Figura 8A, a haste 1041' do dispositivo experimental é mostrado sendo empurrada contra a fáscia em um primeiro local. A porção livre do fio que sai da haste é mostrada ensinada, como foi puxada para o lado pelo testador. A Figura 8B mostra o dispositivo sendo puxado para trás após a fixação bem-sucedida de uma primeira âncora. A porção livre do fio agora é mostrada no lado esquerdo da foto e a porção que entra na haste, no lado direito da foto. O anel da primeira âncora é mostrado em 116' .
[00131] Na Figura 8C, o dispositivo foi reposicionado na próxima localização, agora à direita do rasgo. Uma segunda âncora foi fixada nesse local. Em seguida (sem fotografia fornecida), uma terceira âncora foi fixada no lado esquerdo do rasgo, a uma certa distância da primeira âncora.
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46/48 [00132] A Figura 8D, que é uma fotografia tirada com uma ampliação maior, mostra o fio 118' que se estende entre os três respectivos anéis 116' das âncoras fixadas.
[00133] A Figura 8E mostra o rasgo fechado, depois de o fio ter sido puxado e tensionado, e as duas bordas do rasgo foram aproximadas pelas âncoras fixadas lateralmente ao rasgo. As duas extremidades do fio foram amarradas em nó em um local central entre os anéis.
[00134] Ao longo de todo este pedido, várias modalidades desta invenção podem ser apresentadas em um formato de intervalo. Deve-se compreender que a descrição em formato de intervalo é meramente para conveniência e brevidade, não devendo ser interpretada como uma limitação inflexível ao escopo da invenção. Consequentemente, a descrição de um intervalo deve ser considerada como tendo divulgado especificamente todas os possíveis subintervalos, bem como valores numéricos individuais dentro desse intervalo. Por exemplo, a descrição de um intervalo de 1 a 6 deve ser considerada como tendo divulgado especificamente subintervalos, como de 1 a 3, de 1 a 4, de 1 a 5, de 2 a 4, de 2 a 6, de 3 a 6 etc., bem como números individuais dentro desse intervalo, por exemplo, 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Isso aplica-se independentemente da amplitude do intervalo.
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47/48 [00135] Sempre que um intervalo numérico é aqui indicado, destina-se incluir qualquer numeral citado (fração ou inteiro) dentro do intervalo indicado. As frases variando/varia entre um primeiro número de indicação e um segundo número de indicação e variando/varia de um primeiro número de indicação a um segundo número de indicação são aqui usados de forma intercambiável e destinam-se a incluir o primeiro e o segundo números indicados e todos os numerais fracionários e inteiros entre eles.
[00136] As descrições das várias modalidades da presente invenção foram apresentadas para fins de ilustração, mas não se destinam a ser exaustivas ou limitadas às modalidades divulgadas. Muitas modificações e variações ficarão evidentes para os especialistas na técnica sem se afastarem do escopo e do espirito das modalidades descritas. A terminologia aqui usada foi escolhida para melhor explicar os princípios das modalidades, a aplicação prática ou melhora técnica em relação às tecnologias encontradas no mercado, ou para permitir que outros especialistas na técnica compreendam as modalidades aqui divulgadas.
[00137] No relatório descritivo e nas reivindicações do pedido, cada uma das palavras compreender, incluir e ter, e suas formas, não estão necessariamente limitadas aos membros
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48/48 em uma lista com a qual as palavras podem ser associadas. Além disso, quando houver inconsistências entre este pedido e qualquer documento incorporado por referência, pretende-se que o presente pedido controle.

Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Dispositivo para a sutura de tecido, caracterizado pelo fato de que compreende:
    (a) uma haste alongada;
    (b) uma agulha oca disposta dentro da referida haste alongada, a referida agulha tendo: uma fenda alongada que se abre para uma extremidade distai da referida agulha, e uma abertura disposta em uma área distai da referida agulha;
    (c) um punho disposto em uma extremidade proximal da referida haste alongada;
    (d) múltiplas âncoras dispostas em uma fileira única dentro da referida agulha, ao longo do comprimento da referida agulha, em que cada uma das referidas múltiplas âncoras compreende:
    um corpo tubular alongado, um aro conectado ao referido corpo tubular e que sai da referida agulha através da referida fenda alongada para um espaço entre a referida agulha e uma parede interna da referida haste alongada, uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado, em que uma extremidade livre da referida aleta está apontada em direção à extremidade proximal da referida haste alongada, e em que a aleta da âncora mais distai na fileira única se projeta a partir da
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  2. 2/8 referida agulha através da referida abertura;
    (e) um fio disposto ao longo do comprimento da referida haste alongada, no espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, e inserido sequencialmente através dos referidos aros das referidas âncoras; e (f) uma haste impulsora disposta no espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, em que a referida haste impulsora é acionável pelo referido punho para empurrar a aleta da âncora mais distai na fileira única , para ejetar a âncora mais distai na fileira única a partir de uma abertura distai da referida agulha.
    2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido aro é um cordão emergindo de uma parede externa do referido corpo tubular alongado, e que termina com um anel.
  3. 3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido aro é um fio rígido dotado de um enrolamento proximal fixado à referida âncora, uma seção reta, e um enrolamento distai através do qual o referido fio é inserido.
  4. 4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um tubo impulsor disposto dentro da haste
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    3/8 alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distal do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora é feito empurrando-se o referido tubo impulsor distalmente.
  5. 5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende
    um gatilho conectado a uma extremidade proximal do referido tubo impulsor. 6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a
    referida haste impulsora é flexível e se curva ao passar através da referida abertura para empurrar a referida aleta.
    7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a referida aleta emerge oposto ao referido aro. do referido corpo tubular alongado 8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o referido punho é configurado para permitir que a referida
    haste alongada se retraia para dentro do referido punho, enquanto se mantém a referida agulha estacionária, de modo que uma área distai da referida agulha é exposta e penetra no tecido.
    9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o
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    4/8 referido punho compreende uma alavanca de bloqueio da haste que é móvel entre uma posição que bloqueia o movimento para trás da referida haste e uma posição que permite o movimento para trás da referida haste.
    10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende uma bobina de fio.
    11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende um gatilho que é conectado à referida haste impulsora.
    12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que compreende ainda:
    um tubo impulsor disposto dentro da haste alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distal do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora é feito empurrando-se o referido tubo impulsor distalmente; e um gatilho compreendido no referido punho, em que o referido gatilho é conectado ao referido tubo impulsor, tal que o pressionamento do referido gatilho empurra o referido tubo impulsor distalmente.
    13. Dispositivo para a sutura de tecido, caracterizado pelo fato de que compreende:
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    5/8 uma agulha dotada de uma abertura chanfrada e alojando múltiplas âncoras, em que cada uma das referidas âncoras compreende um corpo tubular alongado e um aro conectado ao referido corpo tubular, e em que um fio é inserido sequencialmente através dos aros; e uma haste impulsora configurada para empurrar cada uma das referidas âncoras em direção à abertura da referida agulha, para extrair cada respectiva âncora a partir da abertura.
    14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que cada uma das referidas âncoras compreende ainda uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado, em que a referida haste impulsora é configurada para empurrar cada uma das referidas aletas em direção à abertura da referida agulha.
    15. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 e 14, caracterizado pelo fato de que a referida haste impulsora é dimensionada para empurrar cada uma das referidas aletas até que a respectiva âncora saia completamente da abertura da referida agulha.
    16. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 15, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma haste alongada, em que a referida agulha é disposta dentro da referida haste alongada.
    17. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 16,
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  6. 6/8 caracterizado pelo fato de que compreende ainda um punho disposto em uma extremidade proximal da referida haste alongada.
    18. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma haste impulsora disposta em um espaço entre a referida agulha e a referida parede interna da referida haste alongada, em que a referida haste impulsora é acionável pelo referido punho para empurrar a aleta da âncora mais distai na fileira única, para ejetar a âncora mais distai na fileira única a partir de uma abertura distai da referida agulha.
    19. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um tubo impulsor disposto dentro da haste alongada e sobre a agulha, em que a haste impulsora é fixada a uma extremidade distai do referido tubo impulsor, e em que o acionamento da haste impulsora empurra o referido tubo impulsor distalmente.
    20. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende um gatilho que é conectado a uma extremidade proximal do referido tubo impulsor.
    21. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, caracterizado pelo fato de que:
    a referida agulha tem uma abertura disposta em uma área distai da referida agulha,
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  7. 7/8 a referida haste impulsora é flexível e se curva ao passar através da referida abertura para empurrar a referida aleta, e a aleta da âncora mais distai na fileira única se projeta a partir da referida agulha através da referida abertura.
    22. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 21, caracterizado pelo fato de que a referida agulha tem uma fenda alongada que se abre para uma extremidade distai da referida agulha.
    23. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que o referido aro sai da referida agulha através da referida fenda alongada para um espaço entre a referida agulha e uma parede interna da referida haste alongada.
    24. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 23, caracterizado pelo fato de que a referida aleta emerge do referido corpo tubular alongado oposto ao referido aro.
    25. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 24, caracterizado pelo fato de que o referido punho é configurado para permitir que a referida haste alongada se retraia para dentro do referido punho, enquanto se mantém a referida agulha estacionária, de modo que uma área distai da referida agulha é exposta e penetra
    Petição 870190044790, de 13/05/2019, pág. 34/38
  8. 8/8 no tecido.
    26. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende uma alavanca de bloqueio da haste que é móvel entre uma posição que bloqueia o movimento para trás da referida haste e uma posição que permite o movimento para trás da referida haste.
    27. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 e 2 6, caracterizado pelo fato de que o referido punho compreende uma bobina de fio.
    28. Método para o fechamento de uma abertura em um tecido, caracterizado pelo fato de que compreende:
    fixação sequencial de âncoras no tecido, em torno da abertura, em que:
    (a) cada uma das âncoras compreende um corpo tubular alongado, um aro conectado ao referido corpo tubular, e uma aleta que emerge para fora a partir do referido corpo tubular alongado oposto ao referido aro, (b) um fio é inserido através dos aro das âncoras, e (c) os aros são parcialmente expostos do tecido, e o fio é completamente exposto do tecido; e puxar o fio, desse modo aproximando dos aros, aproximando das âncoras, e fechando a abertura no tecido.
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