BR112018011951B1 - Tecido não-tecido - Google Patents

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Abstract

NÃO-TECIDO FORMATADO A presente invenção refere-se a um material não tecido de fiação contínua. O material não tecido de fiação contínua tem uma primeira e uma segunda superfícies e ao menos uma primeira e uma segunda zonas visualmente discerníveis em ao menos uma dentre a primeira e a segunda superfícies. Cada uma dentre a primeira e a segunda zonas pode ter um padrão de recursos tridimensionais, sendo que cada um dos recursos tridimensionais define uma microzona que compreende uma primeira e uma segunda regiões. A primeira e a segunda regiões podem ter uma diferença em valores para uma propriedade intensiva, sendo que a diferença em valores para uma propriedade intensiva para ao menos uma das microzonas na primeira zona é diferente da diferença em valores para a propriedade intensiva para ao menos uma das microzonas na segunda zona.

Description

CAMPO DA TÉCNICA
[0001]Esta invenção se refere a tecidos não- tecidos tridimensionais formatados e a artigos feitos com tecidos não-tecidos tridimensionais formatados.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[0002]Os tecidos não-tecidos são úteis para uma ampla variedade de aplicações, incluindo produtos para cuidados pessoais absorventes, peças de vestuário, aplicações médicas e aplicações para limpeza. Os produtos para cuidados pessoais não-tecidos incluem itens para cuidados para crianças como fraldas, itens para cuidados para crianças como fraldas de treinamento, itens para cuidados femininos como absorventes higiênicos e itens para cuidados de adultos como calças, absorventes e produtos para incontinência. As peças de vestuário não-tecidas incluem vestimentas protetoras de trabalho e vestuário médico, como jalecos cirúrgicos. Outras aplicações médicas de não-tecido incluem bandagens para ferimentos não-tecidas e bandagens cirúrgicas. As aplicações para limpeza de não- tecidos incluem toalhas e lenços. Além desses, há outros usos bem conhecidos de tecidos não-tecidos. A lista supracitada não é considerada exaustiva.
[0003]Várias propriedades de tecidos não-tecidos determinam a adequação de tecidos não-tecidos para diferentes aplicações. Os tecidos não-tecidos podem ser manipulados para terem combinações diferentes de propriedades para se adaptarem a necessidades diferentes. Propriedades variáveis de tecidos não-tecidos incluem propriedades relativas a líquidos como molhabilidade, distribuição e absorvência, propriedades relativas à resistência como resistência à tração e resistência à ruptura, propriedades de maciez, propriedades de durabilidade como resistência à abrasão e propriedades estéticas. O formato físico de um tecido não-tecido também afeta a funcionalidade e as propriedades estéticas do tecido não-tecido. Os tecidos não-tecidos são inicialmente feitos em folhas e, quando repousados sobre uma superfície plana, podem ter uma superfície ininterrupta substancialmente plana ou podem ter uma matriz de recursos de superfície como aberturas, projeções ou ambas. Os tecidos não-tecidos com aberturas ou projeções são comumente chamados de tecidos formatados não-tecidos tridimensionais. A presente revelação refere-se a tecidos formatados não-tecidos tridimensionais.
[0004]Apesar de avanços pré-existentes na técnica de tecidos não-tecidos, existe uma necessidade por tecidos não-tecidos melhorados com recursos de superfície tridimensionais.
[0005]Adicionalmente, existe uma necessidade por processos e equipamentos para fabricação de tecidos não- tecidos melhorados com recursos de superfície tridimensionais.
[0006]Adicionalmente, existe uma necessidade por artigos, incluindo artigos absorventes, que utilizem tecidos não-tecidos melhorados com recursos de superfície tridimensionais.
[0007]Adicionalmente, existe uma necessidade por artigos absorventes que utilizam tecidos não-tecidos com recursos de superfície tridimensionais e que podem ser embalados de forma comprimida com minimização da perda dos recursos de superfície tridimensionais quando retirados da embalagem.
[0008]Adicionalmente, existe uma necessidade por artigos absorventes de tecidos não-tecidos de fiação contínua com recursos de superfície tridimensionais que têm propriedades reduzidas de formação de felpa quando em uso.
[0009]Adicionalmente, existe uma necessidade por materiais não tecidos melhorados que tenham recursos tridimensionais de superfície e integridade física combinados com maciez.
[0010]Adicionalmente, existe uma necessidade por embalagens de artigos absorventes que compreendem materiais macios de não-tecido com uma altura reduzida de empilhamento dentro da bolsa em comparação com embalagens convencionais de artigos absorventes, de modo que as embalagens sejam convenientes para o manuseio e armazenamento de cuidadores e de modo que os fabricantes usufruam de baixos custos de distribuição sem a perda de clareza estética, absorvência ou maciez do artigo absorvente no estado em que ele foi produzido.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0011]É revelado um material não tecido de fiação contínua. O tecido pode ter uma primeira superfície definindo um plano da primeira superfície e um comprimento e uma largura definindo uma área total. A pluralidade de recursos tridimensionais pode se estender para fora a partir do plano da primeira superfície. A pluralidade de recursos tridimensionais pode incluir uma primeira zona dentro da área total que tem um primeiro padrão de primeiros recursos tridimensionais tendo uma primeira propriedade intensiva que tem um primeiro valor, e uma segunda zona dentro da área total que tem um segundo padrão de recursos tridimensionais tendo a primeira propriedade intensiva que tem um segundo valor diferente do primeiro valor. O tecido pode reter ao menos 60% de seu calibre inicial quando testado de acordo com o teste de envelhecimento por compressão da presente invenção.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0012]A Figura 1 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0013]A Figura 2 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0014]A Figura 3 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0015]A Figura 4 é uma seção transversal de uma porção de um tecido da presente revelação conforme indicado na Figura 1.
[0016]A Figura 5A é um desenho esquemático que ilustra a seção transversal de um filamento produzido com um componente primário A e um componente secundário B em uma disposição lado a lado.
[0017]A Figura 5B é um desenho esquemático que ilustra a seção transversal de um filamento produzido com um componente primário A e um componente secundário B em uma disposição em bainha/núcleo excêntrica.
[0018]A Figura 5C é um desenho esquemático que ilustra a seção transversal de um filamento produzido com um componente primário A e um componente secundário B em uma disposição em bainha/núcleo concêntrica.
[0019]A Figura 6 é uma fotografia de vista em perspectiva de uma fibra bicomponente trilobal.
[0020]A Figura 7 é uma representação esquemática de um aparelho para produzir um tecido da presente revelação.
[0021]A Figura 8 é um detalhe de uma porção do aparelho para unir uma porção de um tecido da presente revelação.
[0022]A Figura 9 é um detalhe adicional de uma porção do aparelho para unir uma porção de um tecido da presente revelação.
[0023]A Figura 10 é um detalhe de uma porção do aparelho para união adicional opcional de uma porção de um tecido da presente revelação.
[0024]A Figura 11 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0025]A Figura 12 é uma fotografia de uma porção de uma esteira de formação útil para a presente revelação.
[0026]A Figura 13 é uma em seção transversal de uma porção da esteira de formação mostrada na Figura 12.
[0027]A Figura 14 é uma imagem de uma porção de uma máscara utilizada para fazer a esteira de formação mostrada na Figura 12.
[0028]A Figura 15 é uma imagem de uma porção de uma máscara utilizada para fazer a esteira de formação mostrada na Figura 16.
[0029]A Figura 16 é uma fotografia de uma porção de uma esteira de formação útil para a presente revelação.
[0030]A Figura 17 é uma imagem de uma porção de uma máscara utilizada para fazer a esteira de formação mostrada na Figura 18.
[0031]A Figura 18 é uma fotografia de uma porção de uma esteira de formação útil para a presente revelação.
[0032]A Figura 19 é uma fotografia de uma porção de uma esteira de formação útil para a presente revelação.
[0033]A Figura 20 é uma imagem de uma máscara utilizada para fazer a esteira de formação mostrada na Figura 19.
[0034]A Figura 21 é uma fotografia de um tecido da presente revelação produzido na esteira de formação mostrada na Figura 19.
[0035]A Figura 22 é uma vista esquemática em perspectiva de uma esteira de formação da presente revelação.
[0036]A Figura 23 é uma vista em planta de um substrato não tecido incluindo materiais não tecidos da presente revelação.
[0037]A Figura 24 é uma vista em planta de um substrato não tecido incluindo materiais não tecidos da presente revelação.
[0038]A Figura 25A é uma vista em planta de um tecido da presente revelação com porções removidas para medição de gramatura local.
[0039]A Figura 25B é uma vista em planta de um tecido da presente revelação com porções removidas para medição de gramatura local.
[0040]A Figura 26 é um representação gráfica de variação transversalmente direcional da gramatura em um tecido da presente revelação.
[0041]A Figura 27 é uma vista esquemática de uma embalagem da presente revelação.
[0042]A Figura 28 é uma vista em planta de um artigo absorvente da presente revelação.
[0043]A Figura 29 é uma vista em planta de um artigo absorvente da presente revelação
[0044]A Figura 30 é uma vista em seção transversal da Seção 29-29 da Figura 28.
[0045]A Figura 31 é uma vista em planta de um artigo absorvente da presente revelação.
[0046]A Figura 32 é uma vista em seção transversal da Seção 32-32 da Figura 31.
[0047]A Figura 33 é uma vista em planta de um artigo absorvente da presente revelação.
[0048]A Figura 34 é uma vista em seção transversal da Seção 34-34 da Figura 33.
[0049]A Figura 35 é uma vista em seção transversal da Seção 35-35 da Figura 33.
[0050]A Figura 36 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0051]A Figura 37 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0052]A Figura 38 é uma fotografia de um exemplo da presente revelação.
[0053]A Figura 39 é uma vista em seção transversal do exemplo mostrado na Figura 38.
[0054]A Figura 40 é uma vista em perspectiva de uma imagem de microtomografia computadorizada (Micro TC) de um exemplo da presente revelação.
[0055]A Figura 41 é uma vista em perspectiva de uma imagem de microtomografia computadorizada (Micro TC) de um exemplo da presente revelação.
[0056]A Figura 42 é uma imagem de microtomografia computadorizada (Micro TC) do exemplo mostrado nas Figuras 40 e 41.
[0057]A Figura 43 é uma vista em planta de uma imagem de microtomografia computadorizada (Micro TC) do exemplo mostrado nas Figuras 40 e 41.
[0058]A Figura 44 é uma representação gráfica de vários benefícios da invenção da presente revelação.
[0059]A Figura 45 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da presente revelação.
[0060]A Figura 46 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0061]A Figura 47 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0062]A Figura 48 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da presente revelação.
[0063]A Figura 49 é uma fotografia de uma seção transversal do exemplo mostrado nas Figuras 47 e 48.
[0064]A Figura 50 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0065]A Figura 51 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0066]A Figura 52 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0067]A Figura 53 é uma imagem de vista fotográfica de uma porção de um exemplo da invenção da presente revelação.
[0068]A Figura 54 é uma vista em planta de uma imagem de microtomografia computadorizada (Micro TC) mostrada nas Figuras 40 e 41 após passar por processo adicional.
[0069]A Figura 55 é uma representação gráfica de vários benefícios da invenção da presente revelação mostrados na Figura 54.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0070]A presente revelação fornece um tecido não- tecido formatado formado diretamente em uma esteira de formação formatada com filamentos contínuos de fiação contínua em um processo único de formação. O tecido da presente revelação pode assumir o formato que corresponde ao formato da esteira de formação. Um tecido da presente revelação produzido em uma esteira de formação da presente revelação em um método da presente revelação pode ser particularmente benéfico para uso em artigos de cuidados pessoais, peças de vestuário, produtos médicos e produtos de limpeza. O material não tecido formatado pode ser permeável a fluidos para uso como uma camada superior, não tecido de camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas de componente para uma fralda, ou uma camada superior, não tecido da camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas de componente para um absorvente higiênico, uma camada superior, não tecido da camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas componentes para uma calça ou absorvente para incontinência de adulto, ou um esfregão/esponja para implementos de limpeza de piso.
[0071]Os recursos benéficos do tecido não-tecido podem ser descritos em algumas modalidades da presente invenção no contexto de uma área total do tecido não- tecido. A área total pode ser uma área determinada por dimensões adequadas para certos usos, para os quais vários recursos da invenção fornecem propriedades benéficas. Por exemplo, a de um tecido pode ser aquela de um tecido com dimensões que o tornam adequado para uso como uma camada superior, não-tecido de camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas de componente para uma fralda, ou uma camada superior, não- tecido de camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas de componente para um absorvente higiênico, uma camada superior, não-tecido de camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outras camadas de componente para uma calça ou absorvente para incontinência de adulto, ou um absorvente para implementos de limpeza de chão. Área total Dessa forma, a área total pode ser baseada em dimensões de largura e comprimento que variam de 3 cm de largura a 50 cm de largura e de 10 cm de comprimento a 100 cm de comprimento, resultando em áreas totais de 30 cm2 a 500 cm2. As faixas anteriormente mencionadas incluem, como se explicitamente afirmado, todas as dimensões de números inteiros entre os limiares de faixa. A título de exemplo, uma área total de 176 cm2 definida por uma largura de 11 cm e um comprimento de 16 cm é revelada nas faixas acima. Conforme será compreendido a partir da descrição da presente invenção, a área total de um material não tecido formatado pode ser uma área menor do que a área da manta de material não tecido do qual faz parte quando é produzido comercialmente. Ou seja, em uma dada manta de material não tecido produzida comercialmente pode haver uma pluralidade de materiais não tecidos formatados da invenção, em que cada um dos materiais não tecidos formatados da invenção tem uma área total menor que a área da manta sobre a qual o mesmo é produzido.
[0072]Fotografias de exemplos representativos de materiais não tecidos formatados 10 são mostradas nas Figuras 1 a 3. O tecido não-tecido formatado 10 pode ser um substrato não-tecido de fiação contínua com uma primeira superfície 12 e uma segunda superfície 14. Nas Figuras 1 a 3, a segunda superfície 14 está voltada para o observador e está oposta à primeira superfície 12, que está oculta nas Figuras 1 a 3, mas representada na Figura 4. O termo "superfície" é usado de maneira ampla para se referir a dois lados de uma manta para propósitos descritivos, e não tem por objetivo inferir nenhuma necessidade de lisura ou planicidade. Embora o tecido não-tecido formatado 10 seja macio e flexível, ele será descrito em uma condição achatada no contexto de um ou mais planos X-Y paralelos à condição achatada, e correspondendo, na tecnologia de produção de mantas, ao plano da direção transversal à direção da máquina, DT, e à direção da máquina, DM, respectivamente, conforme mostrado nas Figuras 1 a 3. O comprimento, L, na MD e a largura, W, na CD determinam a área total A para o material não tecido 10. Conforme mostrado na Figura 4, que é uma seção transversal de uma porção do material não tecido 10 mostrado na Figura 1, para propósitos descritivos, os recursos tridimensionais do material não tecido formatado são descritos como estendendo-se para fora em uma direção Z a partir de um plano X-Y da primeira superfície 16 (veja a Figura 4). Em uma modalidade, uma dimensão máxima dos recursos tridimensionais na direção Z pode definir a distância máxima entre o plano da primeira superfície 16 e um plano X-Y da segunda superfície 18, cuja distância pode ser medida como o calibre médio AC do material não tecido 10. O calibre médio pode ser determinado através de meios ópticos sem contato, ou pode ser determinado por instrumentos que envolvem placas planas espaçadas que medem o calibre do não-tecido colocado entre as mesmas sob uma pressão determinada. Não é necessário que todos os recursos tridimensionais tenham a mesma dimensão máxima na direção Z, mas uma pluralidade de recursos tridimensionais pode ter substancialmente a mesma dimensão máxima de direção Z determinada pelo processo de deposição da fibra e pelas propriedades da esteira de formação, discutidas a seguir.
[0073]Os tecidos exemplificadores mostrados nasFiguras 1 a 4 (bem como outros tecidos aqui revelados) são permeáveis a fluidos. Em uma modalidade todo o tecido pode ser considerado permeável a fluidos. Em uma modalidade regiões ou zonas (descritas a seguir) podem ser permeáveis a fluidos. O termo permeável a fluidos como usado aqui em relação ao tecido significa que o tecido tem ao menos uma zona que permite a passagem do líquido, sob condições de uso, de um produto destinado ao consumidor. Por exemplo, se utilizado como uma camada superior em uma fralda descartável, o tecido pode ter ao menos uma zona com um nível de permeabilidade a fluidos que permite que a urina passe através de um núcleo absorvente subjacente. Por permeável a fluidos como usado aqui em relação a uma região entende-se que a região tem uma estrutura porosa que permite a passagem de líquido.
[0074]Conforme mostrado nas Figuras 1 a 4, o material não tecido 10 pode ter um padrão regular repetitivo de uma pluralidade de recursos tridimensionais distintos reconhecidamente diferentes, incluindo um primeiro recurso tridimensional 20, um segundo recurso tridimensional 22 e um terceiro recurso tridimensional 24, conforme mostrado nas Figuras 2 e 3. Por exemplo, na Figura 1, o primeiro recurso tridimensional em formato de coração 20 é visivelmente diferente do segundo recurso tridimensional 22, que é menor e em formato geral triangular. As diferenças visíveis podem ser visuais, como tamanhos e ou formatos visivelmente diferentes.
[0075]Os recursos tridimensionais do material não tecido 10 podem ser formados por deposição, como por cardação, deposição por ar, fiação em solução, ou fiação por fusão de fibras diretamente sobre uma esteira de formação dotada de um padrão de recursos tridimensionais correspondentes. Em um sentido, o material não tecido 10 é moldado sobre uma esteira de formação que determina os formatos dos recursos tridimensionais do tecido 10. No entanto é importante observar, conforme descrito aqui, que o aparelho e o método da invenção produzem o material não tecido 10, de modo que, além de adquirir o formato da esteira de formação, devido aos atributos da esteira de formação e do aparelho para formação do tecido, confere-se ao tecido propriedades benéficas para uso em artigos para cuidados pessoais, peças de vestuário, produtos médicos e produtos de limpeza. Especificamente, devido à natureza da esteira de formação e de outros elementos do aparelho, conforme descrito a seguir, os recursos tridimensionais do material não tecido 10 têm propriedades intensivas que podem divergir entre a primeira e a segunda região no interior de uma microzona (descrita em mais detalhes a seguir), ou de um recurso para outro de modo a fornecer propriedades benéficas do material não tecido 10 quando este é utilizado em artigos para cuidados pessoais, peças de vestuário, produtos médicos e produtos de limpeza. Por exemplo, o primeiro recurso tridimensional 20 pode ter uma gramatura ou densidade que é diferente da gramatura ou da densidade do segundo recurso tridimensional 22, e ambos podem ter uma gramatura ou densidade que é diferente daqueles do terceiro recurso tridimensional 24, o que fornece propriedades funcionais e estéticas benéficas relacionadas à absorção, distribuição e/ou captura de fluidos em fraldas ou absorventes higiênicos.
[0076]Acredita-se que o diferencial de propriedade intensiva entre os vários recursos tridimensionais de material não tecido 10 se deve à distribuição e compactação da fibra resultantes do aparelho e do método descritos a seguir. A distribuição de fibras ocorre durante o processo de deposição de fibra, ao contrário, por exemplo, de um processo de pós-produção como os processos de hidroentrelaçamento ou gofragem. Devido ao fato de que as fibras são livres para se moverem durante um processo, como em um processo de fiação por fusão, com o movimento sendo determinado pela natureza dos recursos e pela permeabilidade ao ar da esteira de formação e por outros parâmetros de processamento, acredita-se que as fibras são mais estáveis e formadas permanentemente no material não tecido 10.
[0077]Conforme pode ser visto nas Figuras 1 a 3, e conforme entendido com base na descrição da presente invenção, os recursos tridimensionais distintos podem ser unidos por regiões discerníveis visualmente (em relação ao interior do recurso tridimensional) que podem ter a forma de um contorno fechado (como o formato de coração nas Figuras 1 e 3 e o formato de diamante das Figuras 2 e 3). Um contorno fechado pode ser um contorno fechado curvilíneo como um formato de coração nas Figuras 1 e 3. As regiões de contorno discerníveis visualmente podem ser as regiões do material não tecido 10 que estão mais estreitamente adjacentes à primeira superfície 12 na direção Z, como as regiões 21, conforme mostrado na Figura 4, e que podem estar dispostas ao menos parcialmente no primeiro plano 16 ou sobre ele, quando em uma condição plana. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 1, o primeiro recurso tridimensional 20 é em formato de coração, e conforme indicado como um primeiro recurso tridimensional 20A exemplificador, o mesmo é definido por um elemento de formato de coração fechado curvilíneo. Um elemento curvilíneo pode ser compreendido como um elemento linear com um vetor tangencial V em qualquer ponto do seu comprimento, sendo que o formato fechado é de modo que o vetor tangencial V tem tanto componentes DM quanto DT que têm seus valores alterados acima de 50% do comprimento do elemento linear do contorno fechado. Obviamente, o contorno não precisa ser 100% fechado, mas o elemento linear pode ter interrupções que não impedem uma impressão geral de um contorno fechado. Conforme discutido abaixo no contexto da esteira de formação, o elemento em formato de coração fechado curvilíneo de contorno visualmente discernível é formado por um elemento elevado em formato de coração fechado correspondente sobre a esteira de formação para produzir o contorno fechado de um coração no tecido 10. Em um padrão repetitivo, os formatos individuais (no caso do primeiro recurso tridimensional na Figura 1, um formato de coração) pode resultar recursos acolchoantes, macios e agradáveis em toda a área total OA da segunda superfície 14 do tecido 10. Em uma modalidade em que o material não tecido 10 é utilizado como uma camada superior para uma fralda ou absorvente higiênico, a segunda superfície 14 do material não tecido 10 pode ser voltada para o corpo para proporcionar benefícios superiores de estética e desempenho relacionados à maciez, resistência à compressão e absorção de fluidos.
[0078]Especificamente, no padrão de repetição regular de recursos tridimensionais fechados mostrados nas Figuras 1 a 3, acredita-se, sem se ater à teoria, que as dimensões dos vários recursos, a gramatura média de todo o tecido 10 em toda sua área total e outros parâmetros de processamento descritos abaixo que definem as propriedades intensivas divergentes contribuem para uma melhora benéfica na recuperação de compressão. Acredita-se que a pluralidade de recursos tridimensionais relativamente acolchoados, relativamente pequenos e espaçados de maneira próxima age como molas para resistir à compressão e recuperar-se uma vez que uma força de compressão seja removida. A recuperação de compressão é importante em camadas superiores, não-tecidos de camada inferior, camadas de captura, camadas de distribuição ou outras camadas de componentes de artigos para cuidados pessoais como fraldas, absorventes higiênicos ou calças, fraldas ou absorventes de incontinência para adultos, por exemplo, devido ao fato de que tais artigos são tipicamente embalados e dobrados em condições de compressão. Os fabricantes de produtos para cuidados pessoais desejam reter a maior parte ou o todo do calibre no estado em que foi produzido para propósitos de estética e desempenho. A tridimensionalidade de recursos formados fornece benefícios estéticos importantes devido às sensações visual e tátil de maciez e boa aparência de formatos bem definidos e precisos, incluindo formatos muito pequenos como os pequenos corações mostrados na Figura 2. Os recursos tridimensionais também fornecem maciez durante o uso, absorvência melhorada, menor tendência a vazamento e uma experiência otimizada durante o uso. No entanto, a compressão necessária durante dobradura, embalagem, transporte e armazenamento de artigos para cuidados pessoais pode causar uma perda permanente de calibre de uma camada superior, não-tecidos de camada inferior, camadas de captura, camadas de distribuição ou outras camadas de componentes do artigo absorvente, o que portanto degrada os benefícios funcionais do estado em que foi produzido. Constatou-se inesperadamente que tecidos não-tecidos da presente revelação retêm significativamente os recursos tridimensionais do estado em que foram produzidos mesmo após serem submetidos à compressão de embalagem e distribuição em um estado embalado comprimido.
[0079]A Tabela 1 abaixo mostra dados de recuperação de compressão para duas modalidades da presente revelação. O Exemplo 1 corresponde ao material não tecido 10 mostrado na Figura 1 e produzido sobre uma esteira de formação, conforme descrito com referência às Figuras 12 e 14. O Exemplo 2 corresponde ao material não tecido 10 mostrado na Figura 2 e produzido sobre uma esteira de formação, conforme descrito com referência às Figuras 15 e 16. Conforme pode ser visto a partir dos dados, os tecidos 10 da invenção mostram um benefício significativo com relação à recuperação de compressão quando medido pelo teste de envelhecimento de compressão. Em uma forma, as embalagens dos artigos absorventes com características de recuperação de compressão da presente revelação podem ter uma altura reduzida de pilha em bolsa e ainda fornecer os benefícios de maciez, absorvência e estética da fralda no estado em que foi produzida; ou como se nunca houvessem sido comprimidas para embalagem. Essa invenção fornece embalagens de altura reduzida de pilha em bolsa que permitem que cuidadores manuseiem e armazenem facilmente as enquanto também se fornece aos fabricantes custos reduzidos, enquanto mantêm-se clareza estética, absorvência ou desempenho maciez do artigo absorvente do estado em que foi produzido.
Exemplo 1:
[0080]Um material não tecido de fiação contínua bicomponente produzido por fiação à razão de 50:50 entre a bainha de polietileno (Aspun-6850-A obtida junto à Dow Chemical Company) e o núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal, conforme mostrado na Figura 6, que é uma micrografia eletrônica por varredura (MEV) mostrando uma seção transversal de uma fibra trilobal bicomponente. O tecido não-tecido foi fiado em uma esteira de formação com um padrão de repetição conforme descrito na Figura 12 conforme descrito abaixo com relação às Figuras 7 e 8 movendo-se em velocidade linear de cerca de 25 metros por minuto para uma gramatura médio de 30 gramas por metro quadrado com um padrão de repetição de formatos de coração conforme mostrado na Figura 1. As fibras do tecido foram unidas adicionalmente no primeiro lado 12 por cilindros de compactação a calor 70, 72 (descritos abaixo) a 130°C e por enrolamento em um carretel no enrolador 75.
Exemplo 2:
[0081]Um tecido não-tecido de fiação contínua bicomponente produzido por fiação em razão 50:50 entre bainha de polietileno (Aspun-6850-A obtido junto a Dow chemical company) e núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto a LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal, conforme mostrado na Figura 6, que é uma micrografia eletrônica por varredura que mostra uma seção transversal de uma fibra trilobal bicomponente. O tecido não-tecido foi fiado em uma esteira de formação com um padrão de repetição conforme descrito na Figura 16 conforme descrito abaixo com relação às Figuras 7 e 8 movendo-se em velocidade linear de cerca de 25 metros por minuto a partir de um tecido 10 com uma gramatura média de 30 gramas por metro quadrado com um padrão de repetição de formatos de losango conforme mostrado na Figura 2. As fibras do tecido foram unidas adicionalmente na primeira superfície 12 por cilindros de compactação aquecidos 70, 72 (descritos abaixo) a 130°C. Tabela 1: Recuperação de compressão
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[0082]Conforme pode ser visto a partir da Tabela 1, os tecidos 10 da invenção retêm quantidades significativas de calibre após a compressão em pressões relativamente altas. Por exemplo, as amostras do Exemplo 1 e do Exemplo 2 retêm mais de 70% de seu calibre médio original após passarem pelo Teste de Envelhecimento por Compressão a uma pressão de 35 kPa. O Teste de Envelhecimento por Compressão é uma simulação das condições que um tecido não-tecido encontraria se embalado em uma embalagem de alta compressão de fraldas, permanecesse em tal estado durante a distribuição a um consumidor, e então até a embalagem ser finalmente aberta por um consumidor.
[0083]A presente revelação pode utilizar o processo de fiação por fusão. Na fiação por fusão, não há perda de massa no extrudado. A fiação por fusão se diferencia de outras técnicas de fiação, como a fiação a úmido ou a seco a partir de solução, em que um solvente está sendo eliminado do extrudado por volatilização ou difusão, resultando em uma perda de massa.
[0084]A fiação por fusão pode ocorrer a uma temperatura de cerca de 150°C a cerca de 280°, ou, em algumas modalidades, de cerca de 190° a cerca de 230°. As velocidades de fiação de fibra podem ser maiores que 100 metros/minuto e podem ser de cerca de 1.000 a cerca de 10.000 metros/minuto, e podem ser de cerca de 2.000 a cerca de 7.000 metros/minuto, e podem ser de cerca de 2.500 a cerca de 5.000 metros/minuto. As velocidades de fiação podem afetar a fragilidade da fibra fiada e, em geral, quanto mais alta a velocidade de fiação, menos frágil é a fibra. As fibras contínuas podem ser produzidas através de métodos de fiação contínua ou processos de fiação via fusão e sopro.
[0085]Um material não tecido 10 da presente revelação pode incluir filamentos poliméricos multicomponentes contínuos que compreendem um componente polimérico primário e um componente polimérico secundário. Os filamentos podem ser filamentos bicomponente contínuos que compreende um componente polimérico primário A e um componente polimérico secundário B. Os filamentos bicomponente têm uma seção transversal, um comprimento e uma superfície periférica. Os componentes A e B podem ser dispostos em zonas substancialmente distintas por toda a seção transversal dos filamentos bicomponente e podem se estender continuamente ao longo do comprimento dos filamentos bicomponente. O componente secundário B constitui pelo menos uma porção da superfície periférica dos filamentos bicomponente continuamente ao longo do comprimento dos filamentos bicomponente. Os polimérico componentes A e B podem ser fiados por fusão em fibras multicomponente em equipamento convencional de fiação por fusão. O equipamento será escolhido com base na configuração desejada para a fibra multicomponente. O equipamento para fiação por fusão comercialmente disponível está disponível junto à Hills, Inc., situada em Melbourne, Flórida, EUA. A temperatura para fiação range a partir de cerca de 180°C até cerca de 230°C. A temperatura de processamento é determinada pela natureza química, pelos pesos moleculares e pela concentração de cada componente. Os filamentos bicomponente de fiação contínua podem ter um diâmetro médio a partir de cerca de 6 até cerca de 40 mícrons, e de preferência a partir de cerca de 12 até cerca de 40 mícrons.
[0086]Os componentes A e B podem ser disposto tanto em uma disposição lado a lado, conforme mostrado na Figura 5A, quanto em uma disposição em bainha/núcleo excêntrica, conforme mostrado na Figura 5B, para obter filamentos que exibem um frisado helicoidal natural. Alternativamente, os componentes A e B podem ser dispostos em uma disposição em bainha/núcleo concêntrica conforme mostrado na Figura 5C. Adicionalmente, o componente A e B podem ser dispostos em disposição em bainha/núcleo multilobal conforme mostrado na Figura 6. Outras fibras multicomponente podem ser produzidas utilizando-se composições e métodos da presente revelação. As fibras bicomponente e multicomponente podem ser segmentadas em configurações de torta, de fita, de ilhas no mar ou em qualquer combinação das mesmas. A bainha pode ser contínua ou não contínua em redor do núcleo. A razão entre o peso da bainha e o peso do núcleo é de cerca de 5:95 a cerca de 95:5. As fibras da presente revelação podem ter diferentes geometrias, as quais incluem circular, elíptica, em forma de estrela, retangular e várias outras excentricidades.
[0087]Os métodos para extrusão de filamentos multicomponente poliméricos em tais disposições são bem conhecidos pelos versados na técnica.
[0088]Uma ampla variedade de polímeros são adequados para praticar a presente revelação, incluindo poliolefinas (como polietileno, polipropileno e polibutileno), poliésteres, poliamidas, poliuretanos, materiais elastoméricos e similares. Alguns exemplos não- limitadores de materiais poliméricos que podem ser fiados em filamentos incluem polímeros naturais como amido, derivados de amido, celulose e derivados de celulose, hemicelulose, derivados de hemicelulose, quitina, quitosano, poliisopreno (cis e trans), peptídeos e poliidróxi alcanoatos, e polímeros sintéticos incluindo, mas não se limitando a, polímeros termoplásticos como poliésteres, náilons, poliolefinas como polipropileno, polietileno, álcool polivinílico e derivados de álcool polivinílico, poliacrilato de sódio (material de gel absorvente), e copolímeros de poliolefinas como polietileno-octeno ou polímeros compreendendo blendas monoméricas de propileno e etileno, e polímeros termoplásticos biodegradáveis ou compostáveis como filamentos de ácido polilático, filamentos de álcool polivinílico, e filamentos de policaprolactona. Em um exemplo, o polímero termoplástico selecionado do grupo que consiste em: polipropileno, polietileno, poliéster, poli(ácido lático), poli(hidroxialcanoato), poli(álcool vinílico), policaprolactona, copolímero em bloco de estireno-butadieno-estireno, copolímero em bloco de estireno-isopreno-estireno, poliuretano, e misturas dos mesmos. Em outro exemplo, o polímero termoplástico é selecionado do grupo consistindo em: polipropileno, polietileno, poliéster, ácido polilático, poliidroxialcanoato, álcool polivinílico, policaprolactona e misturas dos mesmos. Alternativamente, o polímero pode compreender um monômero derivado dentre os monômeros que são biobaseados, como bio-polietileno ou bio-polipropileno.
[0089]O componente primário A e o componente secundário B podem ser selecionados de modo o filamento bicomponente resultante forneça união de não-tecido e maciez de substrato melhoradas. O componente polimérico primário A tem uma temperatura de fusão menor que a temperatura de fusão de um componente polimérico secundário B.
[0090]O componente polimérico primário A pode compreender polietileno ou copolímeros aleatórios de propileno e etileno. O componente polimérico secundário B pode compreender polipropileno ou copolímeros aleatórios de propileno e etileno. Os polietilenos incluem polietileno de baixa densidade linear e polietileno de alta densidade. Além disso, o componente polimérico secundário B pode compreender aditivos que melhoram o frisado helicoidal natural dos filamentos, o que diminui a temperatura de união dos filamentos e melhora a resistência à abrasão, a resistência e a maciez do tecido resultante.
[0091]Cargas inorgânicas como os óxidos de magnésio, alumínio, silício e titânio podem ser adicionadas como cargas de baixo custo ou elementos auxiliares ao processamento. Outros materiais inorgânicos incluem silicato de magnésio hidroso, dióxido de titânio, carbonato de cálcio, argila, giz, nitreto de boro, calcário, terra diatomácea, mica, vidro, quartzo e cerâmicas.
[0092]Os filamentos da presente invenção também contêm um aditivo de deslizamento em uma quantidade suficiente para conferir o efeito háptico desejado à fibra. Como usado aqui, "aditivo de deslizamento" ou "agente de deslizamento" significam um lubrificante externo. O agente de deslizamento, quando misturado por fusão com a resina, gradualmente transpira ou migra para a superfície durante resfriamento ou após a fabricação, o que, portanto, forma um revestimento delgadamente invisível e uniforme, o que portanto rende efeitos de lubrificação permanentes. O agente de deslizamento é preferencialmente um agente de deslizamento de resultado rápido, e pode ser um hidrocarboneto que tem um ou mais grupos funcionais selecionado dentre hidróxido, arilas e arilas substituídas, halogênios, alcoxilas, carboxilatos, ésteres, insaturação de carbono, acrilatos, oxigênio, nitrogênio, carboxila, sulfato e fosfato.
[0093]Durante a produção ou em um pós- tratamento, ou até mesmo em ambos, os não tecidos tridimensionais da presente invenção podem ser tratados com tensoativos ou outros agentes para hidrofilizar a manta ou torná-la hidrofóbica. Esse é um procedimento padrão para não-tecidos usados em artigos absorventes. Por exemplo, um material não tecido usado para uma camada superior pode ser tratado com um material hidrofilizante ou tensoativo de modo a torná-la permeável a exsudatos corpóreos como urina. Para outros artigos absorventes, a camada superior pode permanecer em seu estado naturalmente hidrofóbico ou produzido ainda mais hidrofóbico através da adição de um material hidrofobizante ou tensoativo.
[0094]Materiais adequados para preparar os filamentos multicomponente do tecido da presente revelação incluem polipropileno PH-835 obtido junto a LyondellBasell e polietileno Aspun-6850-A obtido junto a Dow chemical company.
[0095]Quando o polietileno é componente A (bainha) e polipropileno é componente B (núcleo), os filamentos bicomponente podem compreender a partir de cerca de 5 até cerca de 95%, em peso, de polietileno e a partir de cerca de 95 até cerca de 5% de polipropileno. Os filamentos podem compreender a partir de cerca de 40 até cerca de 60%, em peso, de polietileno e a partir de cerca de 60 até cerca de 40%, em peso, de polipropileno.
[0096]Voltando-nos à Figura 7, uma linha representativa de processo 30 para preparar tecidos 10 da presente revelação é revelada. A linha de processo 30 é disposto para produzir um tecido de filamentos bicomponente contínuos, mas deve-se compreender que a presente revelação compreende tecidos não-tecidos produzidos com filamentos monocomponente ou multicomponente com mais de dois componentes. Os filamentos bicomponente podem ser trilobais.
[0097]A linha de processo 30 inclui um par de extrusoras 32 e 34 acionadas por um acionador de extrusão 31 e 33, respectivamente, para extrudar separadamente o componente polimérico primário A e o componente polimérico secundário B. O componente polimérico A é alimentado para a respectiva extrusora 32 a partir de uma primeira tremonha 36 e o componente polimérico B é alimentado para a respectiva extrusora 34 a partir de uma segunda tremonha 38. Os componentes poliméricos A e B podem ser alimentados a partir das extrusoras 32 e 34 através de condutos poliméricos respectivos 40 e 42 a filtros 44 e 45 e bombas para material fundido 46 e 47, que bombeiam o polímero a um agrupamento de giro 48. As fiandeiras para extrudar filamentos bicomponente são bem conhecidas pelos versados na técnica e, portanto, não são descritas em detalhes neste documento.
[0098]Em termos gerais de descrição, o agrupamento de giro 48 inclui um alojamento que inclui uma pluralidade de placas empilhadas uma em cima da outra com um padrão de aberturas disposto para criar trajetórias de fluxo para direcionar componentes poliméricos A e B separadamente através da fiandeira. O agrupamento de giro 48 tem aberturas dispostas em um ou mais fileiras. As aberturas de fiandeira formam uma cortina de extensão para baixo de filamentos quando os polímeros são extrudados através da fiandeira. Para os propósitos da presente revelação, as fiandeiras podem ser dispostas para formar filamentos bicomponente de bainha/núcleo ou lado a lado ilustrados nas Figuras 5A, 5B e 5C, bem como fibras não cilíndricas, como fibras trilobais, conforme mostrado na Figura 6. Além disso, as fibras podem ser monocomponentes compreendendo um componente polimérico como polipropileno.
[0099]A linha de processo 30 também inclui um soprador arrefecedor 50 posicionado adjacente à cortina de filamentos que se estende a partir da fiandeira. O ar do soprador de ar extintor 50 arrefece os filamentos que se estendem a partir da fiandeira. O ar de arrefecimento pode ser direcionado a partir de um lado da cortina de filamento ou a partir de ambos os lados da cortina de filamento.
[0100]Um atenuador 52 é posicionado abaixo da fiandeira e recebe os filamentos arrefecidos. Unidades de puxamento de fibras ou aspiradores para uso como atenuadores na fiação por fusão de polímeros são bem conhecidas. Unidades de puxamento de fibras adequadas para uso no processo da presente revelação incluem um atenuador de fibra linear do tipo mostrado na patente US n° 3.802.817 e pistolas edutivas do tipo mostrado na patente US n° 3.692.618 e na patente US n° 3.423.266, estando as revelações das mesmas aqui incorporadas, a título de referência.
[0101]Em termos gerais de descrição, o atenuador 52 inclui uma passagem vertical alongada através da qual os filamentos são puxados aspirando-se ar que entra nos lados da passagem e que flui para baixo através da passagem. Uma esteira de formação formatada, infinita e pelo menos parcialmente porosa 60 é posicionada abaixo do atenuador 52 e recebe os filamentos contínuos a partir da abertura de saída do atenuador 52. A esteira de formação 60 é uma esteira e tem uma trajetória ao redor de rolos-guia 62. Um vácuo 64 posicionado abaixo da esteira de formação 60 em que os filamentos são depositados puxa os filamentos contra a superfície de formação. Embora a esteira de formação 60 seja mostrada como uma esteira na Figura 8, deve-se compreender que a esteira de formação pode também estar em outras formas, como um tambor. Os detalhes de esteiras de formação de formatos particulares são explicados abaixo.
[0102]No funcionamento da linha de processo 30, as tremonhas 36 e 38 são preenchidas com os componentes poliméricos A e B respectivos. Os componentes poliméricos A e B são fundidos e extrudados pelas extrusoras respectivas 32 e 34 através de condutos poliméricos 40 e 42 e do agrupamento de giro 48. Embora as temperaturas dos polímeros fundidos variem dependendo dos polímeros usados, quando polietileno e polipropileno são usados como componente primário A e componente secundário B respectivamente, as temperaturas dos polímeros podem respectivamente variar a partir de cerca de 190°C até cerca de 240°C.
[0103]Conforme os filamentos extrudados se estendem para baixo da fiandeira, uma corrente de ar a partir do soprador de arrefecimento 50 pelo menos parcialmente arrefece os filamentos, e, para certos filamentos, induz cristalização de filamentos fundidos. O ar de arrefecimento pode fluir em uma direção substancialmente perpendicular ao comprimento dos filamentos a uma temperatura de cerca de 0°C até cerca de 35°C e a uma velocidade de cerca de 0,5 a cerca de 2 metros por segundo (cerca de 100 a cerca de 400 pés por minuto). Os filamentos podem ser arrefecidos suficientemente antes de serem coletados na esteira de formação 60 de forma que os filamentos possam ser dispostos pelo ar forçado que atravessa os filamentos e a superfície de formação. O arrefecimento de filamentos reduz a pegajosidade dos filamentos de forma que os filamentos não adiram um ao outro de maneira forte demais antes de serem unidos e possam ser movidos ou dispostos na esteira de formação durante a coleta dos filamentos na esteira de formação e durante a formação da manta.
[0104]Após arrefecimento, os filamentos são puxados para a passagem vertical do atenuador 52 por um fluxo da unidade de puxamento de fibra. O atenuador pode ser posicionado de 76 a 152 centímetros (30 a 60 polegadas) abaixo do fundo da fiandeira.
[0105]Os filamentos podem ser depositados através da abertura de saída do atenuador 52 em uma esteira de formação móvel formatada 60. Conforme os filamentos contatam a superfície de formação da esteira de formação 60, o vácuo 64 puxa o ar e os filamentos contra a esteira de formação 60 para formar uma manta de não-tecido de filamentos contínuos que assume um formato correspondente ao formato da superfície de formação. Conforme discutido acima, devido ao fato de que os filamentos são arrefecidos, os filamentos não são pegajosos demais e o vácuo pode mover ou dispor os filamentos na esteira de formação 60 conforme os filamentos são coletados na esteira de formação 60 e formados no tecido 10.
[0106]A linha de processo 30 adicionalmente inclui um ou mais dispositivos de união como os cilindros de compactação de formato cilíndrico 70 e 72, que formam um estrangulamento através do qual o tecido pode ser compactado, isto é, calandrado, e que pode ser aquecido também para unir fibras. Um ou ambos dentre os cilindros de compactação 70, 72 podem ser aquecidos para fornecer propriedades e benefícios aprimorados ao material não tecido 10 pela ligação de porções do tecido. Por exemplo, acredita- se que um aquecimento suficiente para fornecer união térmica pode melhorar os produtos têxteis do tecido 10. Os cilindros de compactação podem ser um par de superfície cilindros de aço inoxidável de superfície lisa com controladores independentes de aquecimento. Os cilindros de compactação podem ser aquecidos por elementos elétricos ou por circulação de óleo quente. O vão entre os cilindros de compactação pode ser hidraulicamente controlado para impor pressão desejada no tecido conforme o mesmo atravessa os cilindros de compactação na esteira de formação. Em uma modalidade, com um calibre de esteira de formação de 1,4 mm, e um não-tecido de fiação contínua com uma gramatura de 30 g/m2, o vão de estrangulamento entre os cilindros de compactação 70 e 72 pode ser de cerca de 1,4 mm.
[0107]Em uma modalidade, o cilindro de compactação superior 70 pode ser aquecido suficientemente para unir por fundição fibras na primeira superfície 12 do tecido 10, para conferir força ao tecido de modo que o mesmo possa ser removido da esteira de formação 60 sem perda de integridade. Conforme mostrado nas Figuras 8 e 9, por exemplo, conforme os cilindros 70 e 72 giram na direção indicada pelas setas, a esteira 60 com o tecido de fiação contínua repousado na mesma entra no estrangulamento formado pelos cilindros 70 e 72. O cilindro aquecido 70 pode aquecer as porções de material não tecido 10 que são pressionadas contra o mesmo pelos elementos elevados de resina da esteira 60, isto é, nas regiões 21, para criar fibras unidas 80 ao menos sobre a primeira superfície 12 de tecido 10. Conforme pode ser entendido pela descrição da presente invenção, as regiões unidas assim formadas podem assumir o padrão dos elementos elevados de esteira de formação 60. Por exemplo, as áreas unidas assim formadas podem ser uma rede substancialmente contínua ou uma rede substancialmente semicontínua sobre a primeira superfície 12 de regiões 21 que faz o mesmo padrão decoração da Figura 1 e da Figura 11. Pelo ajuste da temperatura e do tempo de permanência, a ligação pode ser limitada principalmente às fibras mais próximas da primeira superfície 12, ou a ligação térmica pode ser alcançada na segunda superfície 14, conforme mostrado na Figura 11 (que também mostra as uniões de pontos 90, discutidas em maiores detalhes abaixo) e nas Figuras 45 a 49. A união também pode ser uma rede descontínua, por exemplo, como as uniões de ponto 90, discutidas abaixo.
[0108]Os elementos elevados da esteira de formação 60 podem ser selecionados para estabelecer várias características de rede da esteira de formação e das regiões unidas do substrato não-tecido 11 ou tecido não- tecido 10. A rede corresponde à resina que compõe os elementos elevados da esteira de formação 60 e pode ser substancialmente contínua, substancialmente semicontínua, descontínua ou combinações dos mesmos. Essas redes podem ser descritivas dos elementos elevados da esteira de formação 60 quanto à aparência ou composição dos mesmos nos planos X-Y da esteira de formação 60 ou dos recursos tridimensionais que compreendem o substrato não-tecido 11 ou tecido não-tecido 10 da presente invenção.
[0109]Uma rede "substancialmente contínua" refere-se a uma área dentro da qual se podem conectar quaisquer dois pontos por uma linha ininterrupta que passa totalmente dentro daquela área ao longo de todo o comprimento da linha. Ou seja, a rede substancialmente contínua tem uma "continuidade" substancial em todas as direções paralelas ao primeiro plano e é terminada apenas nas bordas daquela região. O termo "substancialmente", em conjunto com contínuo, tem por objetivo indicar que, embora uma continuidade absoluta possa ser alcançada, pequenos desvios da continuidade absoluta podem ser toleráveis, desde que aqueles desvios não afetem consideravelmente o desempenho da estrutura fibrosa (ou de um membro de moldagem) conforme planejado e intencionado.
[0110]Uma rede "substancialmente semicontínua" refere-se a uma área que tem "continuidade" em todas, exceto ao menos uma, direções paralelas ao primeiro plano e, nessa área, não se podem conectar quaisquer dois pontos por uma linha ininterrupta que passa inteiramente dentro daquela área ao longo de todo o comprimento da linha. A estrutura semicontínua pode ter continuidade apenas em uma direção paralela ao primeiro plano. Por analogia com a região contínua descrita acima, enquanto uma continuidade absoluta em todas, exceto ao menos uma, direções é preferida, desvios pequenos de uma continuidade desse tipo podem ser toleráveis, desde que aqueles desvios não afetem consideravelmente o desempenho da estrutura fibrosa.
[0111]Uma rede "descontínua" refere-se a áreas distintas, separadas umas das outras que são descontínuas em todas as direções paralelas ao primeiro plano.
[0112]Após a compactação, o tecido pode deixar a esteira de formação 60 e ser calandrado através de um estrangulamento formado pelos cilindros de calandragem 71, 73, e posteriormente o tecido pode ser enrolado em um carretel. Conforme mostrado na seção transversal esquemática da Figura 10, os cilindros de calandragem podem ser cilindros de aço inoxidável com um padrão cilindro gravado 84 e um cilindro liso 86. O cilindro gravado pode ter porções elevadas 88 que podem fornecer união e compactação adicional ao tecido 10. As porções elevadas 88 podem ser um padrão regular de "pinos" espaçados relativamente pequenos que formam um padrão de uniões de pontos relativamente pequenas 90 no estrangulamento de cilindros de calandragem 71 e 73. A porcentagem de uniões de pontos no material não tecido 10 pode ser de 3% a 30% ou de 7% a 20%. O padrão gravado pode ser uma pluralidade de formatos de pino de topo genericamente plano de formato genericamente cilíndrico regulares de espaçamento próximo, sendo que as alturas de pino estão em uma faixa que varia de 0,5 mm a 5 mm e, de preferência, de 1 mm a 3 mm. Cilindros de calandragem de ligação de pinos podem formar uniões de pontos regulares de espaçamento rente 90 em material não tecido 10, conforme mostrado na Figura 11. Uniões adicionais podem ser feitas por união através de ar quente, por exemplo.
[0113]A ligação térmica por passagem de ar pode ser outra abordagem para criar estruturas de não tecido com aeração mais alta que podem ser adequadas para esta aplicação. A ligação térmica por passagem de ar envolve a aplicação de ar quente à superfície do material não tecido. O ar quente flui através de orifícios em um espaço cheio posicionado logo acima do material não tecido. Entretanto, o ar não é empurrado através do não tecido, como ocorre em fornos de ar quente comuns. A pressão negativa ou sucção, puxa o ar através da esteira transportadora aberta que sustenta o não tecido conforme ele passa através do forno. O puxamento do ar através do material não tecido permite uma transmissão muito mais rápida e uniforme de calor e minimiza a distorção do tecido. Além de unidades convencionais de ligação por passagem de ar, pode ser prevista a colocação da unidade de ligação sobre o topo da esteira em 3D enquanto um vácuo é ajustado sob a esteira para imitar o processo de ligação por passagem de ar para esta aplicação específica.
[0114]Aglutinantes utilizados na ligação térmica por passagem de ar, incluem fibras aglutinantes cristalinas, fibras aglutinantes bicomponentes e pós. Quando fibras ou pós aglutinantes cristalinos são utilizados, o aglutinante funde-se totalmente e forma gotículas fundidas por toda a seção transversal do não tecido. A ligação ocorre nesses pontos mediante resfriamento. No caso de fibras aglutinantes de bainha/núcleo, a bainha é o aglutinante e o núcleo é a fibra de suporte. Em uma modalidade, em um não tecido compreendendo fibras aglutinantes de bainha/núcleo, a bainha compreende um polietileno e o núcleo compreende polipropileno. Para um não tecido deste tipo, a temperatura do ar de ligação térmica por passagem de ar pode estar na faixa de 110°C a 150°C e o tempo de permanência pode estar na faixa de 0,5 a 10 segundos, de 5 a 30 segundos, ou de 30 a 60 segundos, já que o tempo de ligação por passagem de ar dependerá do peso base, do nível de resistência desejado e da velocidade operacional. Os produtos fabricados com o uso de fornos por passagem de ar tendem a ser volumosos, abertos, macios, fortes, extensíveis, respiráveis e absorventes.
[0115]Ligação pontual como usado aqui é um método de ligação térmica de um material, manta ou substrato não tecido. Esse método envolve a passagem de uma manta através de uma linha de contato entre dois cilindros que consistem em um cilindro de metal macho aquecido dotado de um padrão ou entalhado e em um cilindro metálico liso ou dotado de um padrão. O cilindro macho dotado de um padrão pode ter uma pluralidade de pinos elevados em formato genericamente cilíndrico que produz uniões de pontos circulares. O cilindro liso pode ou não ser aquecido, dependendo da aplicação. Em uma linha de produção de não tecido, o material não tecido, que poderia ser uma manta de fibra não ligada, é alimentado para a linha de contato da calandra e a temperatura da fibra é aumentada até o ponto em que as fibras se fundem termicamente umas com as outras nas pontas dos pontos entalhados e contra o cilindro liso. O tempo de aquecimento está tipicamente na ordem de milissegundos. As propriedades do tecido são dependentes de configurações do processo como temperaturas de cilindro, velocidades de linha de manta e pressões da linha de contato, podendo todas ser determinadas pelo versado na técnica para o nível desejado de ligação pontual. Outros tipos de ligação pontual conhecidos de modo geral como ligação por calandragem a quente podem consistir em diferentes geometrias para as ligações (exceto formatos circulares), como oval, linhas, círculos, etc. Na modalidade exemplificadora apresentada na presente invenção, a ligação pontual produz um padrão de uniões de pontos sendo círculos de 0,5 mm de diâmetro com 10% de área de ligação total. Outras modalidades compreendem formatos de ligação em que os pinos elevados têm uma dimensão mais longa através da superfície de ligação de um pino de cerca de 0,1 mm a 2,0 mm e a área de união total varia de 5% a 30%.
[0116]Conforme mostrado na Figura 11, em uma modalidade, o cilindro de compactação aquecido 70 pode formar um padrão de ligação, que pode ser um padrão de ligação de rede substancialmente contínua 80 (por exemplo, ligações interconectadas em formato de coração) na primeira superfície 12 do não tecido 10 (não mostrada na Figura 11, tendo em vista que é voltada para o lado oposto ao observador), e o cilindro de calandragem entalhado 73 pode formar ligações de ponto relativamente pequenas 90 na segunda superfície 14 do tecido 10. As uniões de ponto 90 prendem fibras soltas que, de outro modo, teriam a propensão de formar felpas ou de se acumularem durante o uso do tecido 10. A vantagem da estrutura resultante de material não tecido 10 é mais evidente quando a mesma é usada como uma camada superior em um artigo para cuidados pessoais como uma fralda ou absorvente higiênico. Em uso em um artigo para cuidados pessoais, a primeira superfície 12 do material não tecido 10 pode ser relativamente plana (em relação à segunda superfície 14) e ter uma quantidade relativamente grande de ligação devido à formação de ligações 80 pelo cilindro de compactação aquecido nas áreas do tecido prensadas pelos elementos elevados da esteira de formação 60. Essa união proporciona integridade estrutural ao material não tecido 10, mas pode ser relativamente áspera ou rígida para a pele de um usuário. Portanto, a primeira superfície 12 do material não tecido 10 pode ser orientada em uma fralda ou absorvente higiênico para ser voltada para o interior do artigo, isto é, para longe do corpo do usuário. De modo semelhante, a segunda superfície 14 pode ser voltada para o corpo durante o uso, e em contato com o corpo. As uniões de ponto relativamente pequenas 90 são menos propensas a serem visualmente ou tatilmente percebidas pelo usuário, e os recursos tridimensionais relativamente macios permanecem visualmente isentos de felpas e de amontoamento e mantêm uma sensação de maciez para o corpo durante o uso. Uniões adicionais podem ser usadas ao invés das uniões mencionadas acima ou adicionalmente às mesmas.
[0117]A esteira de formação 60 pode ser produzida de acordo com os métodos e processos descritos na patente US no 6.610.173, concedida a Lindsay et al. Em 26 de agosto de 2003, ou na patente US no 5.514.523 concedida a Trokhan et al. em 7 de maio de 1996, ou na patente US no 6.398.910 concedida a Burazin et al. em 4 de junho de 2002, ou da patente US no 2013/0199741, publicada no nome de Stage et al. em 8 de agosto de 2013, cada com os mesmos recursos e padrões aprimorados aqui revelados para produzir mantas de não-tecido de fiação contínua. As revelações de Lindsay, Trokhan, Burazin e Stage descrevem esteiras que são representativas de esteiras de fabricação de papel produzidas com resina curada em um membro de reforço de tecido, cujas esteiras, com melhorias, podem ser utilizadas na presente revelação conforme aqui descrito.
[0118]Um exemplo de uma esteira de formação 60 do tipo útil na presente revelação e que pode ser produzida de acordo com a revelação da patente US no 5.514.523, é mostrado na Figura 12. Conforme apresentado no mesmo, um membro de reforço 94 (como uma esteira tecida de filamentos 96) é revestida minuciosamente com uma resina polimérica fotossensível líquida até uma espessura pré-selecionada. Um filme ou uma máscara negativa que incorpora o padrão de elemento elevado desejado que repete elementos (por exemplo, Figura 14) é justaposto em uma resina fotossensível líquida. A resina é então exposta à luz de um comprimento de onda apropriado através do filme, como luz UV para uma resina curável por UV. Essa exposição à luz causa a cura da resina nas áreas expostas (isto é, nas porções brancas ou porções não impressas na máscara). A resina não curada (resina sob porções opacas na máscara) é removida do sistema, deixando para trás a resina curada, o que forma o padrão ilustrado, por exemplo, os elementos de resina curada 92 mostrados na Figura 12. Outros padrões também podem ser formados, conforme discutido neste documento.
[0119]A Figura 12 mostra uma porção de uma esteira de formação 60 útil para produzir o material não tecido 10 mostrado na Figura 1. Conforme mostrado, a esteira de formação 60 pode incluir elementos de resina curada 92 em um membro de reforço tecido 94. O membro de reforço 94 pode ser produzido de filamentos tecidos 96 conforme é conhecido na técnica de esteiras de fabricação de papel, incluindo esteiras de fabricação de papel revestidas com resina. Os elementos de resina curada podem ter uma estrutura geral representada na Figura 12, e são produzidos pelo uso de uma máscara 97 com as dimensões indicadas na Figura 14. Conforme mostrado na seção transversal esquemática da Figura 13, os elementos de resina curada 92 fluem ao redor e são curados para "se travarem" no elemento de reforço 94 e podem ter uma largura em uma extremidade distal DW de cerca de 0,050 cm a cerca de 0,15 cm (cerca de 0,020 polegada a 0,060 polegada), ou de cerca de 0,064 cm a cerca de 0,076 cm (cerca de 0,025 polegada a cerca de 0,030 polegada), e uma altura total acima do elemento de reforço 94, chamada de sobressalência, OB, de cerca de 0,076 cm a cerca de 0,305 cm (cerca de 0,030 polegada a cerca de 0,120 polegada) ou de cerca de 1,3 cm a cerca de 2,0 cm (cerca de 0,50 polegada a cerca de 0,80 polegada), ou cerca de 0,15 cm (0,060 polegada). A Figura 14 representa uma porção de uma máscara 97 que mostra o design e as dimensões representativas para uma unidade de repetição do design de repetição de corações no material não tecido 10 mostrado na Figura 1. A porção branca 98 é transparente à luz UV, e no processo de produção da esteira, conforme descrito na patente US no 5.514.523, permite que a luz UV cure uma camada de resina subjacente que é curada para formar os elementos elevados 92 no membro de reforço 94. Após a resina não curada ser retirada com lavagem, a esteira de formação 60 com um design de resina curada conforme mostrado na Figura 12 é produzida costurando-se as extremidades de um comprimento da esteira, cujo comprimento pode ser determinado pelo design do aparelho, conforme mostrado na Figura 7.
[0120]De maneira similar, a Figura 15 representa uma porção de uma máscara 97 que mostra o design para uma unidade de repetição do design de repetição no não tecido 10 mostrado na Figura 2. A porção branca 98 é transparente à luz UV, e no processo de produção da esteira, permite que a luz UV cure uma camada de resina subjacente que é curada ao membro de reforço 94. Após a resina não curada ser retirada por lavagem, a esteira de formação 60 dotada de um design de resina curada, conforme mostrado na Figura 16, é produzida costurando-se as extremidades de um comprimento da esteira, cujo comprimento pode ser determinado pelo design do aparelho, conforme mostrado na Figura 7.
[0121]Adicionalmente, em um outro exemplo não limitador, a Figura 17 representa uma porção de uma máscara que mostra o design para uma unidade de repetição do design de repetição no material não tecido 10 mostrado na Figura 18. A porção branca 98 é transparente à luz UV, e no processo de produção da esteira, permite que a luz UV cure uma camada de resina subjacente que é curada ao membro de reforço 94. Após a resina não curada ser retirada com lavagem, a esteira de formação 60 com um design de resina curada conforme mostrado na Figura 18 é produzida costurando-se as extremidades de um comprimento do tecido 10.
[0122]Outro exemplo de uma porção de uma esteira de formação 60 do tipo útil na presente revelação é mostrado na Figura 19. A porção da esteira de formação 60 mostrada na Figura 19 é um padrão distinto de esteira 61 que pode ter um comprimento L e uma largura W correspondentes ao comprimento L e largura W da área total OA de um tecido não-tecido 10. Isto é, a esteira de formação 60 pode ter padrões distintos de esteira 61 (conforme discutido com mais detalhes com referência à Figura 22 abaixo), sendo que cada um tem uma área total de padrão distinto de esteira DPOA que corresponde à área total OA do tecido não-tecido 10. A Figura 20 representa uma porção de uma máscara que mostra o design para uma unidade de repetição do design de repetição no material não tecido 10 mostrado na Figura 21. A porção branca 98 é transparente à luz UV, e no processo de produção da esteira, permite que a luz UV cure uma camada de resina subjacente que é curada ao membro de reforço 94. Após a resina não curada ser retirada com lavagem, a esteira de formação 60 com um design de resina curada conforme mostrado na Figura 19 é produzida costurando-se as extremidades de um comprimento da esteira.
[0123]A porção da esteira de formação mostrada na Figura 19 ilustra outro benefício da presente revelação. A porção de uma esteira de formação 60 mostrada na Figura 19 pode compor um tecido 10 mostrado na Figura 21. O material não tecido 10 mostrado na Figura 21 pode ter dimensões de largura W e comprimento L e uma área total OA que o torna adequado para uso como uma camada superior em uma fralda descartável, por exemplo. O material não tecido 10 produzido em uma esteira de formação 60, conforme exemplificado na Figura 19, diverge daquele mostrado nas Figuras 1 a 3, em que o padrão de recursos tridimensionais formados pelos elementos de resina distintos 92 na esteira de formação 60 não estão em um padrão regular repetitivo por toda a área total. Ao invés disso, o padrão de elementos tridimensionais elevados no padrão distinto de área total de esteira DPOA pode ser descrito como um padrão irregular que abarca porções distintas chamadas de zonas. A distinção entre as zonas pode ser visual, isto é, uma diferença visualmente discernível, ou no material não tecido 10 a distinção pode produzir uma diferença em propriedades intensivas médias como peso base ou densidade, ou combinações de propriedades visuais e intensivas. Haverá uma diferença visualmente discernível se um observador em condições comuns de iluminação em ambiente interno (visão 20/20, iluminação suficiente para leitura, por exemplo) puder perceber visualmente uma diferença de padrão entre as zonas, como a primeira zona 112 e a segunda zona 122.
[0124]O material não tecido 10 pode também ter zonas visualmente discerníveis correspondendo às zonas da esteira de formação. Conforme mostrado na Figura 21, por exemplo, o tecido 10 pode ter pelo menos dois, três ou quatro zonas visualmente discerníveis. Uma primeira zona 110, com um primeiro padrão de recursos tridimensionais e primeiras propriedades intensivas pode ter uma primeira área localizada de forma genericamente central dentro da área total OA. Uma segunda zona 120, com um segundo padrão de recursos tridimensionais e segundas propriedades intensivas, pode ter uma segunda área distribuída de modo geral ao redor de, e em uma modalidade, cercando completamente a, primeira zona 110 dentro da área total OA. Uma terceira zona 130, com um terceiro padrão de recursos tridimensionais e terceiras propriedades intensivas, pode ter uma terceira área distribuída de modo geral ao redor de, e em uma modalidade, cercando completamente a, segunda zona 120 dentro da área total OA. Uma quarta zona 140, com quartos recursos tridimensionais e quartas propriedades intensivas médias, pode ter uma quarta área posicionada dentro da área total OA em qualquer localização, como em uma área frontal de uma camada superior, como o design de coração mostrado na Figura 21. Em geral, pode haver n zonas, em que n é um número inteiro positivo. Cada uma das n zonas pode ter um n-ésimo padrão de recursos tridimensionais e uma n-ésima área e n-ésimas propriedades intensivas.
[0125]As zonas visualmente discerníveis conforme mostrado na Figura 21 podem compreender recursos tridimensionais visualmente discerníveis. Esses recursos tridimensionais distintos podem ser unidos por regiões de densidade relativamente mais alta (com relação ao interior do recurso tridimensional) que podem estar na forma de um contorno fechado, como o formato de coração nas Figuras 1 e 3, e o formato de losango das Figuras 2 e 3. Em geral, conforme discutido com mais detalhes a seguir, inclusive no contexto de microzonas, os recursos tridimensionais podem ser definidos por uma primeira região e uma segunda região, sendo que a primeira região e a segunda região são visualmente distintas e há uma propriedade intensiva comum associada a cada uma dentre a primeira e a segunda regiões e existe uma diferença no valor de propriedade intensiva comum na primeira região e na segunda região. Em uma modalidade, os recursos tridimensionais podem ser definidos por uma primeira região e uma segunda região, com a primeira região estando em uma elevação mais alta (dimensão medida na direção Z) do que a segunda região em relação ao plano da primeira superfície. Em uma modalidade, os recursos tridimensionais podem ser definidos por uma primeira região e uma segunda região, com a primeira região estando em uma base mais alta que a segunda região.
[0126]Conforme pode ser entendido, ao invés de ter um padrão de repetição que é uniforme em toda a esteira de formação, a esteira de formação 60 da presente revelação permite a produção de uma manta de não tecido que pode repetir os padrões distintos irregulares de esteira 61, sendo que cada padrão distinto de esteira 61 é similar ao padrão distinto de esteira mostrado na Figura 19. Cada um dos padrões distintos de esteira 61 pode ser utilizado para formar um não tecido 10 com uma área total OA adequada para uso em um artigo absorvente descartável, como fralda ou absorvente higiênico, por exemplo. Os não tecidos 10 podem ser produzidos sequencialmente, isto é, em linha, e opcionalmente sequencialmente em raias paralelas, sendo que cada raia é uma linha sequencial de materiais não tecidos 10. A linha sequencial de não tecidos 10 pode ser produzida em uma direção de máquina ao longo de um eixo geométrico paralelo à direção de máquina. O material não tecido pode então ser fendido ou cortado de outro modo no tamanho desejado para produzir materiais não tecidos 10 utilizados como camadas superiores em artigos absorventes descartáveis, como fraldas ou absorventes higiênicos.
[0127]Em uma modalidade, o padrão dentro de cada área total de padrão distinto de esteira DPOA pode ser igual ou diferente. Isto é, os padrões distintos de esteira espaçados sequencialmente podem ser substancialmente idênticos ou podem divergir em aparência visual e/ou nas propriedades intensivas produzidas em substratos não- tecidos produzidos na mesma. Por exemplo, conforme mostrado esquematicamente na Figura 22, o padrão de elementos elevados tridimensionais na primeira zona de formação 112 do padrão distinto de esteira 61A pode ser diferente do padrão de elementos elevados tridimensionais na primeira zona de formação 112 do padrão distinto de esteira 61B. A esteira de formação 60, portanto, oferece flexibilidade na produção de mantas de não-tecido 10 adequadas para uso em bens para consumidores, incluindo artigos absorventes descartáveis. Por exemplo, em uma embalagem de fraldas, as camadas superiores de pelo menos duas fraldas podem ser diferentes pelo fato de terem sido produzidas sequencialmente em um processo fiação contínua conforme aqui descrito, com padrões distintos de esteira sequenciais tendo diferentes padrões de zonas. Em uma modalidade, o padrão de não-tecido de camada superior ou de camada inferior para um tamanho de fralda pode ser diferente do não-tecido de camada superior ou de camada inferior de outro tamanho de fralda, o que, portanto, dá ao cuidador uma indicação visual quanto ao tamanho da fralda. De modo semelhante, absorventes higiênicos podem utilizar um tecido 10 para uma camada superior, sendo que o padrão visual de recursos tridimensionais denota a absorvência do absorvente higiênico. De qualquer forma, os vários padrões de tecidos 10 pode ser produzido em uma única esteira produzindo-se os padrões distintos de esteira diferentes conforme desejado.
[0128]Portanto, a invenção pode ser descrita com referência à Figuras 22, como uma esteira de formação com um eixo geométrico A paralelo à direção longitudinal que é uma direção de máquina. A esteira de formação 60 pode ter uma pluralidade de padrões distintos de esteira 61 ordenados em pelo menos uma relação sequencial com relação à direção longitudinal. Cada padrão distinto de esteira 61 pode ter uma área total de padrão distinto de esteira DPOA definida, em um padrão de formato retangular, por um comprimento L e largura W, conforme indicado com relação ao padrão distinto de esteira 61A. Cada padrão distinto de esteira dentro de sua área total DPOA pode ter uma primeira zona 112 de formação com um primeiro padrão de elementos elevados tridimensionais que se estendem para fora a partir do plano da primeira superfície e uma segunda zona de formação 122 com segundos elementos elevados tridimensionais que se estendem para fora a partir do plano da primeira superfície. A primeira zona de formação pode ter um primeiro valor de permeabilidade ao ar e a segunda zona de formação pode ter um segundo valor de permeabilidade ao ar, e o primeiro valor de permeabilidade ao ar pode ser diferente do segundo valor de permeabilidade ao ar. O padrão dentro de cada área total ordenada sequencialmente de padrão distinto de esteira DPOA pode ser igual ou diferente.
[0129]A título de exemplo, e com referência ao padrão distinto de esteira 61 da esteira de formação 60 mostrada na Figura 19, e o material não tecido 10 mostrado na Figura 21, as seguintes propriedades foram determinadas. A primeira zona 110 de material não tecido 10 pode ter um peso base médio de cerca de 5 g/m2 até cerca de 30 g/m2; a segunda zona 120 pode ter uma gramatura média de cerca de 50 g/m2 até cerca de 70 g/m2; e a terceira zona 130 pode ter uma gramatura média de cerca de 25 g/m2 até cerca de 60 g/m2. A diferença em gramatura de uma zona para a outra pode ser atribuída à diferença em permeabilidade ao ar da esteira de formação 60. Na modalidade usada para produzir o material não tecido 10 mostrado na Figura 20, em que os pesos base para as zonas 110, 120 e 130 são de 15 g/m2, 53 g/m2 e 25 g/m2, respectivamente, a permeabilidade ao ar das respectivas zonas 112, 122 e 132 da esteira de formação 60 são de 179 L/s, 380 L/s e 295 L/s (379 pés cúbicos/minuto, 805 pés cúbicos/minuto e 625 pés cúbicos/minuto), respectivamente. Portanto, variando-se a permeabilidade ao ar em zonas na esteira de formação 10, as propriedades intensivas da gramatura média e da densidade média em zonas podem ser facilitadas por toda a área total de tecido 10.
[0130]Conforme pode ser entendido a partir da descrição da esteira de formação 60 descrita na Figura 22, e com referência à Figura 23, em uma modalidade do substrato de não-tecido 11 produzido na esteira 60, pode ser descrito um substrato não-tecido 11 com uma pluralidade de porções aqui descritas como tecidos 10 ordenados em pelo menos uma relação sequencial com relação à direção longitudinal, isto é, a direção de máquina, quando produzido na esteira de formação 60. A Figura 23 é uma representação esquemática de um substrato não-tecido de fiação contínua 11 que mostra tecidos 10 ordenados sequencialmente, sendo que cada tecido 10 tem um padrão diferente dentro das várias zonas. Cada tecido 10 pode ter uma área total OA definida, um padrão de formato regular, por um comprimento L e uma largura W. Cada tecido 10 disposto sequencialmente pode ter dentro de sua área total OA pelo menos uma primeira zona 110 com um primeiro padrão de recursos tridimensionais e primeiras produtos intensivas, e uma primeira área localizada dentro da área total OA; uma segunda zona 120, que tem um segundo padrão de recursos tridimensionais e segundas propriedades intensivas médias, com uma segunda área localizada dentro da área total OA. Opcionalmente, mais zonas, por exemplo, uma terceira zona 130, tendo um terceiro padrão de recursos tridimensionais e terceiras propriedades intensivas e tendo uma terceira área dentro da área total OA pode estar presente. Conforme mostrado na representação esquemática exemplificadora da Figura 23, o primeiro padrão 110A de tecido 10A pode ser diferente do primeiro padrão 110B de tecido 10B, e pode ser diferente do primeiro padrão 110C de tecido 10C. O mesmo pode ser verdade quanto às segundas zonas 120A, 120B e 120C.
[0131]Em geral, os não tecidos 10 do material não tecido 11 ordenados sequencialmente produzidos na esteira de formação 60 podem variar quanto às suas respectivas áreas totais, propriedades intensivas e aparências visuais. Uma propriedade intensiva comum é uma propriedade intensiva presente em mais de uma zona (com relação aos padrões zonais, como aquele mostrado na Figura 21) ou região (para recursos tridimensionais como os padrões repetitivos regulares, como aquele mostrado na Figura 1). Tais propriedades intensivas dos não tecidos 10 podem ser valores médios e podem incluir, mas não se limitam a densidade, densidade volumétrica, peso base, espessura e opacidade. Por exemplo, se uma densidade é uma propriedade intensiva comum de duas regiões ou zonas diferenciais, um valor da densidade em uma região ou zona pode diferir de um valor da densidade na outra região ou zona. As zonas (como, por exemplo, uma primeira zona e uma segunda zona) são áreas identificáveis distinguíveis visualmente umas das outras e através de propriedades intensivas distintas ponderadas dentro da zona.
[0132]Uma vez produzidos, os não tecidos individuais 10 podem ser cortados no tamanho desejado e utilizados para os propósitos aos quais se destinam, como para camadas superiores em artigos absorventes descartáveis. Por exemplo, uma fralda descartável 1006 em uma orientação achatada é mostrada na Figura 24. Um tecido 10 é cortado em uma área total adequada e aderido à fralda 1006 por meios conhecidos na técnica. Os tecidos 10 podem ser cortados antes de serem montados em uma fralda 1006, ou durante o processo de produção da fralda, o substrato não-tecido 11 podem ser unificados com outros componentes de fralda em forma de manta, cortados em um tamanho apropriado após montagem.
[0133]Conforme pode ser entendido com referência à Figura 24, em uma modalidade do substrato de não-tecido 11 produzido na esteira 60, pode ser descrito um tecido não-tecido 11 com uma pluralidade de porções aqui descritas como tecidos 10 ordenados em pelo menos uma relação sequencial com relação à direção longitudinal, isto é, a direção da máquina quando produzido na esteira de formação 60 em pelo menos uma relação lado a lado, isto é, a direção de máquina, quando produzido na esteira de formação 60. A Figura 24 é uma representação esquemática de um substrato não-tecido de fiação contínua 11 que mostra tecidos 10 ordenados sequencialmente em raias adjacentes de direção de máquina lanes 13, sendo que as raias adjacentes têm os tecidos 10 lado a lado, sinalizadas na Figura 24 como 10D, 10E e 10F. Cada tecido 10 pode ter uma área total OA definida, um padrão de formato regular, por um comprimento L e uma largura W. Cada tecido 10 disposto sequencialmente pode ter dentro de sua área total OA pelo menos uma primeira zona 110 com um primeiro padrão de recursos tridimensionais e primeiras produtos intensivas, e uma primeira área localizada dentro da área total OA; uma segunda zona 120, que tem um segundo padrão de recursos tridimensionais e segundas propriedades intensivas médias, com uma segunda área localizada dentro da área total OA. Opcionalmente, mais zonas, por exemplo, uma terceira zona 130, tendo um terceiro padrão de recursos tridimensionais e terceiras propriedades intensivas e tendo uma terceira área dentro da área total OA pode estar presente. Cada tecido 10 em raias dispostas lado a lado pode ser substancialmente idêntico, ou podem ser diferentes em relação ao tamanho, à aparência visual e/ou às propriedades intensivas. Uma vez produzido, o substrato não-tecido 11 pode ser enrolado para se fendido em raias para processamento em produtos destinados ao consumidor, ou fendido e, então, enrolado.
[0134]A título de amostra representativa para comparar os diferenciais de peso base em um tecido 10 produzido com um padrão uniforme regular repetitivo e um tecido 10 produzido com um padrão zonal não uniforme, o material não tecido 10 do Exemplo 1 foi comparado a um tecido que tem um padrão similar àquele mostrado na Figura 21 e chamado de Exemplo 3. O Exemplo 3 é uma manta de não- tecido de fiação contínua bicomponente produzida no aparelho revelado aqui mediante a razão de 50:50 de fiação de bainha de polietileno (Aspun-6850-A obtida junto à Dow Chemical Company) e núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal. As fibras trilobais bicomponentes de fiação contínua foram colocadas sobre uma esteira de formação 60 que se move a uma velocidade linear de cerca de 25 metros por minuto para uma gramatura média de 30 gramas por metro quadrado em uma esteira de formação com um padrão zonal conforme mostrado na Figura 19. O segundo substrato foi formado sob condições idênticas, mas tinha pelo menos uma seção tendo um padrão uniforme regular repetitivo sobre uma esteira de formação, conforme mostrado na Figura 16, a partir da qual a gramatura foi determinada. As condições de fiação de fibras, capacidade de processamento, velocidade de linha de esteira de formação e temperatura de ligação de rolo de compactação foram idênticos para ambos os substratos.
Exemplo 3
[0135]Um tecido não-tecido de fiação contínua bicomponente que foi produzido por meio de uma razão de 50:50 de fiação de bainha de polietileno (Aspun-6850-a obtida junto à Dow Chemical Company) e o núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal para uma gramatura média de 30 gramas por metro quadrado. Um tecido não- tecido foi produzido, conforme descrito com relação às Figuras 7 e 8, mediante o movimento a uma velocidade linear de esteira de formação de cerca de 25 metros por minuto para formar um tecido que tem um padrão zonal conforme mostrado na Figura 20. As fibras do tecido foram adicionalmente ligadas na primeira superfície 12 através de cilindros de compactação aquecidos 70, 72 a 130°C, e o tecido foi enrolado em um carretel no enrolador 75.
Exemplo 4
[0136]Um tecido não-tecido de fiação contínua bicomponente que foi produzido por meio de uma razão de 50:50 de fiação de bainha de polietileno (Aspun-6850-a obtida junto à Dow Chemical Company) e o núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal para uma gramatura média de 30 gramas por metro quadrado. Um tecido não- tecido foi produzido, conforme descrito com relação às Figuras 7 e 8, mediante o movimento a uma velocidade linear de esteira de formação de cerca de 25 metros por minuto para formar um tecido que tem um padrão repetitivo (não zonal), conforme mostrado na Figura 2. As fibras do tecido foram adicionalmente ligadas na primeira superfície 12 através de cilindros de compactação aquecidos 70, 72 130°C, e pelo enrolamento em um carretel no enrolador 75.
[0137]A Tabela 2 a seguir mostra a gramatura local média, medida de acordo com o método de teste de Gramatura Localizada da presente invenção, sendo que a média é calculada em relação à 10 amostras. As amostras para medição foram obtidas a partir de tecidos, conforme mostrado nas Figuras 25A e 25B, nas quais os retângulos escuros se encontram no ponto em que uma amostra de 3 cm2 foi removida para medição. Como pode ser visto, os tecidos são marcados ao longo da direção transversal (DT) como A E. As medições mostram não apenas uma diferença significativa na gramatura entre as zonas do tecido zonal, mas também uma distribuição na DT mostrada graficamente na Figura 26.Tabela 2: Distribuição de peso base médio medida no material não tecido 10 em gramas por metro quadrado (g/m2)
Figure img0002
Figure img0003
[0138]Como pode ser visto na Tabela 2, os tecidos 10 produzidos nas esteiras de formação 60 que têm zonas de permeabilidade ao ar diferentes demonstram variação substancial de deposição de fibra e, assim, de peso base na DT do material não tecido 10, o que sugere a capacidade de as fibras se deslocarem com o ar para zonas de alta permeabilidade. O tecido de padrão repetitivo regular não zonal 10 exibe aproximadamente a mesma gramatura na DT do tecido.
[0139]Além das diferenças de permeabilidade ao ar das várias zonas da esteira de formação 60, a estrutura de esteira de formação 60 pode afetar outras propriedades intensivas de zonas no tecido 10, como o calibre médio, a maciez média, a resistência à compressão média e as propriedades de absorção de fluido.
[0140]Outro aspecto desta invenção se refere a linhas comerciais de fiação contínua nas quais múltiplos feixes são utilizados para melhorar a opacidade e a uniformidade de aplicação do tecido. Em alguns casos, o aparelho pode incluir três feixes de fiação contínua (conhecidos na técnica como "SSS"), e pode ser combinado com sopro em fusão (M), por exemplo, em um aparelho conhecido como uma linha de fiação contínua "SSMMS".
[0141]Mediante a calandragem do material não tecido 10 para a obtenção de uniões de ponto 90, a formação de felpas pode ser reduzida. A formação de felpas se refere à tendência das fibras a se soltarem e serem removidas do tecido 10. A soltura e a remoção podem acontecer por causa do engate por atrito com o equipamento de fabricação durante a produção de artigos absorventes descartáveis, ou outra superfície, como a pele de uma pessoa que interage com o tecido 10. Em alguns usos, por exemplo, como camadas superiores em artigos absorventes descartáveis, a formação de felpas é um fenômeno negativo para o consumidor. Contudo, a ligação das fibras ao local também pode ser negativa para o consumidor, visto que isso pode gerar a aspereza de uma superfície de um substrato não-tecido macio. Constatou-se que os substratos de tecidos não-tecidos e os tecidos não- tecidos da presente revelação podem suportar um aumento de ligação (e uma consequente diminuição da formação de felpas) com perda mínima de maciez. A ligação pode ser feita por ligações de ponto com espaçamento relativamente próximo 90, sendo que o espaçamento é determinado pelo nível desejado de redução de formação de felpas. A ligação também pode ser obtida por meio de métodos conhecidos para ligar química ou termicamente as fibras não-tecidas, como ligação térmica, ligação ultrassônica, ligação por pressão, ligação adesiva com látex e combinações de tais métodos. A redução da formação de felpas mediante a ligação é ilustrada com relação aos Exemplos 5 e 6 abaixo.
Exemplo 5
[0142]Um material não tecido de fiação contínua bicomponente produzido por fiação à razão de 50:50 entre a bainha de polietileno (Aspun-6850-A obtida junto à Dow Chemical Company) e o núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal em um peso base médio de cerca de 30 gramas por metro quadrado sobre uma esteira de formação, conforme descrito nas Figuras 7 e 8, deslocando-se a uma velocidade linear de cerca de 25 metros por minutos para formar um tecido com o padrão de repetição mostrado na Figura 36. As fibras do tecido foram adicionalmente ligadas à primeira superfície 12 através de cilindros de compactação 70, 72 com o cilindro de compactação 70 aquecido a 130°C para formar ligações substancialmente contínuas 80.
Exemplo 6
[0143]Um material não tecido de fiação contínua bicomponente foi produzido por fiação à razão de 50:50 entre a bainha de polietileno (Aspun-6850-A obtida junto à Dow Chemical Company) e o núcleo de polipropileno (PH-835 obtido junto à LyondellBasell) em uma configuração de fibra trilobal em um peso base média de cerca de 30 gramas por metro por metro quadrado sobre uma esteira de formação, conforme descrito em relação às Figuras 7 e 8, deslocando-se a uma velocidade linear de cerca de 25 metros por minuto para formar um tecido tendo o padrão de repetição descrito em relação à Figura 37. As fibras do tecido foram adicionalmente ligadas na primeira superfície 12 por cilindros de compactação 70, 72, com o cilindro de compactação 70 aquecido a 130°C para formar ligações substancialmente contínuas 80. As fibras do tecido foram adicionalmente ligadas por calandragem nos rolos de calandragem 71, 73, sendo que o rolo 73 é um rolo gravado que tem porções elevadas 88 na forma de pinos com 1,25 mm de altura e 0,62 mm de abertura de vão em um padrão de ligação de ponto de 10%. O rolo 73 foi aquecido a 135°C para formar ligações de ponto 90 no segundo lado 14 do tecido 10, conforme mostrado na Figura 11.
[0144]Os tecidos 10 dos Exemplos 5 e 6 diferem apenas quanto à ausência ou à presença de ligações de ponto 90. O segundo lado 14 dos tecidos 10 foram submetidos a teste de formação de felpa, de acordo com o Teste de Nível de Formação de Felpa, para determinar a eficácia das ligações de ponto para prender as fibras à superfície do tecido. Os resultados do teste de formação de felpas dos Exemplos 5 e 6 são mostrados na Tabela 3.Tabela 3: Resultados de formação de felpas na DM espécime N° Valor de Formação de Felpas na DM (mg/cm2)
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[0145]Conforme mostrado acima, as ligações de ponto 90 resultam em uma diminuição dramática do Valor de Formação de Felpa na DM. A maciez, a absorvência e os benefícios estéticos foram inesperadamente mantidos, apesar do tratamento de ligação e existe agora, também, a resistência desejada à formação de felpas mediante o uso pelo consumidor.
[0146]Os artigos absorventes da presente descrição são, de modo geral, colocados em embalagens para transporte, armazenamento e venda. As embalagens podem compreender filmes poliméricos e/ou outros materiais. Gráficos e/ou símbolos relacionados às propriedades dos artigos absorventes podem ser formados em, impressos em, posicionados em e/ou colocados nas porções externas das embalagens. Cada embalagem pode compreender uma pluralidade de artigos absorventes. Os artigos absorventes podem ser embalados sob compressão de forma a reduzir o tamanho das embalagens, enquanto ainda fornecem uma quantidade adequada de artigos absorventes por embalagem. Ao empacotar os artigos absorventes sob compressão, os cuidadores podem facilmente manipular e armazenar as embalagens, ao mesmo tempo que fornece, também, uma economia de distribuição para os fabricantes devido ao tamanho da embalagem. A Figura 27 ilustra uma embalagem 1000 exemplificadora que compreende uma pluralidade de artigos absorventes 1004. A embalagem 1000 define um espaço interno 1002 em que a pluralidade de artigos absorventes 1004 está situada. A pluralidade de artigos absorventes 1004 estão dispostos em uma ou mais pilhas 1006.
[0147]Consequentemente, as embalagens dos artigos absorventes da presente revelação podem ter uma altura de empilhamento de bolsas menor que cerca de 100 mm, menor que cerca de 95 mm, menor que cerca de 90 mm, menor que cerca de 85 mm, embora maior que cerca de 75 mm, menor que cerca de 80 mm, menor que cerca de 78 mm, menor que cerca de 76 mm, ou menor que cerca de 74 mm, mencionando especificamente todos os incrementos de 0,1% dentro das faixas acima especificadas e todas as faixas formadas nelas ou por elas, de acordo com o teste de altura de empilhamento de bolsas aqui descrito. Alternativamente, as embalagens dos artigos absorventes da presente invenção podem ter uma altura de empilhamento de bolsas de cerca de 70 mm a cerca de 100 mm, de cerca de 70 mm a cerca de 95 mm, de cerca de 72 mm a cerca de 85 mm, de cerca de 72 mm a cerca de 80 mm ou de cerca de 74 mm a cerca de 78 mm, mencionando especificamente todos os incrementos de 0,1% dentro das faixas acima especificadas e todas as faixas formadas nelas ou por elas, de acordo com o teste de altura de empilhamento de bolsas aqui descrito.
Descrição Geral do exemplo de um artigo absorvente
[0148]Os tecidos não-tecidos tridimensionais 10 da presente revelação podem ser utilizados como um componente de artigos absorventes, como fraldas, artigos para cuidados de criança, como calças de treinamento, artigos de higiene feminina, como absorventes higiênicos, e produtos para cuidados de adultos como produtos para incontinência, absorventes, e calças. Um artigo absorvente exemplificador sob a forma de uma fralda 220 é representado nas Figuras 28 a 30. A Figura 28 é uma vista plana do exemplo de fralda 220, em um estado estendido, plano, com porções da estrutura sendo recortadas para mostrar mais claramente a construção da fralda 220. A superfície voltada para o usuário da fralda 220 da Figura 28 é voltada para o observador. Essa fralda 220 mostra, apenas para propósitos de ilustração, como os materiais não-tecidos tridimensionais da presente revelação podem ser usados como um ou mais componentes de um artigo absorvente, como a camada superior, a camada de captura, a camada superior e a camada de captura ou a camada superior e ao sistema de captura e/ou distribuição ("ADS"). Em qualquer evento, os materiais não-tecidos tridimensionais da presente revelação podem ser permeáveis a líquidos.
[0149]O artigo absorvente 220 pode compreender um material permeável a líquidos ou camada superior 224, um material impermeável a líquidos ou camada inferior ou 225, um núcleo absorvente 228 posicionado ao menos parcialmente entre a camada superior 224 e a camada inferior 225, e braçadeiras de barreira para as pernas 234. O artigo absorvente pode também compreender um ADS 250, que no exemplo representado compreende uma camada de distribuição 254 e uma camada de captura 252, que serão descritas em detalhes abaixo. O artigo absorvente 220 pode também compreender braçadeiras com vedação elastificadas 232 que compreendem elásticos 233 unidos a uma estrutura do artigo absorvente, tipicamente por meio da camada superior e/ou da camada inferior, e substancialmente plana com a estrutura da fralda.
[0150]As Figuras 28 e 31 também mostram os componentes de fralda afunilada típicos, como um sistema fixação que compreende abas 242 fixadas em direção à borda posterior do artigo e que cooperam com a zona de contato 244 na parte anterior do artigo absorvente. O artigo absorvente também pode compreender outros elementos típicos, que não estão representados, como um recurso de cintura elástica posterior, um recurso de cintura elástica anterior, braçadeira(s) de perna de barreira(s) transversal(is) e/ou uma aplicação de loção, por exemplo.
[0151]O artigo absorvente 220 compreende uma borda da cintura anterior 210, uma borda da cintura posterior 212 longitudinalmente oposta à borda da cintura anterior 210, uma primeira borda lateral 203 e uma segunda borda lateral 204 lateralmente oposta à primeira borda lateral 203. A borda da cintura anterior 210 é a borda do artigo que se destina a ser colocada em direção à parte anterior do usuário quando usada, e a borda da cintura posterior 212 é a borda oposta. O artigo absorvente 220 pode ter um eixo longitudinal 280 que se estende a partir do ponto médio lateral da borda da cintura anterior 210 até um ponto médio lateral da borda da cintura posterior 212 do artigo e que divide o artigo absorvente em duas metades substancialmente simétricas em relação a esse eixo longitudinal 280, com o artigo colocado plano, estendido e visualizado de cima, como na Figura 28. O artigo absorvente 220 pode também ter um eixo lateral 290 que se estende a partir do ponto médio longitudinal da primeira borda lateral 203 até o ponto médio longitudinal da segunda borda lateral 204. O comprimento, L, do artigo pode ser medido ao longo do eixo longitudinal 280 a partir da borda da cintura anterior 210 até a borda da cintura posterior 212. A largura, W, do artigo absorvente pode ser medida ao longo do eixo lateral 290 a partir da primeira lateral 203 até a segunda borda lateral 204. O artigo absorvente pode compreender uma altura de gancho C definida como o ponto colocado no eixo longitudinal a uma distância de dois quintos (2/5) de L começando a partir da borda anterior 210 do artigo 220. O artigo pode compreender uma região da cintura anterior 205, uma região da cintura posterior 206 e uma região de gancho 207. A região da cintura anterior 205, a região da cintura posterior 206 e a região de gancho 207 definem, cada uma, 1/3 do comprimento longitudinal, L, do artigo absorvente.
[0152]A camada superior 224, a camada inferior 225, o núcleo absorvente 228 e os outros componentes do artigo podem ser montados em uma variedade de configurações, em particular por colagem ou gofragem térmica, por exemplo.
[0153]O núcleo absorvente 228 pode compreender um material absorvente que compreende ao menos 80% em peso, ao menos 85% em peso, ao menos 90% em peso, ao menos 95% em peso, ou ao menos 99% em peso de polímeros superabsorventes, e um envoltório do núcleo que envolve os polímeros superabsorventes. O envoltório do núcleo pode tipicamente compreender dois materiais, substratos ou materiais de não- tecido 216 e 216’ para o lado superior e lado inferior do núcleo. Esses tipos de núcleos são conhecidos como núcleos isentos de feltro aerado. O núcleo pode compreender um ou mais canais, representados na Figura 28 como os quatro canais 226, 226’ e 227, 227’. Os canais 226, 226', 227 e 227' são recursos opcionais. Em vez disso, o núcleo pode não ter quaisquer canais ou pode ter qualquer número de canais.
[0154]Esses e outros componentes dos exemplos de artigos absorvente serão agora discutidos em mais detalhes.
Camada superior
[0155]Na presente revelação, a camada superior (a porção do artigo absorvente que entra em contato com a pele do usuário e que recebe os fluidos) pode ser formada de uma porção de, ou todos, um ou mais dos materiais não-tecidos tridimensionais aqui descritos e/ou ter um ou mais dos materiais não-tecidos posicionados na mesma e/ou unidos à mesma, de modo que o material ou materiais não-tecido(s) está(estão) em contato com a pele do usuário. Outras porções da camada superior (além dos materiais não-tecidos tridimensionais) podem também entrar em contato com a pele do usuário. Os materiais não-tecidos tridimensionais podem ser posicionados como uma tira ou um adesivo no topo de uma camada superior típica 224. Alternativamente, o material de não-tecido tridimensional pode formar apenas uma área central na DT da camada superior. A área central na direção transversal pode se estender ao longo de todo o comprimento MD da camada superior ou longo de parte do comprimento MD da camada superior.
[0156]A camada superior 224 pode ser unida à camada inferior 225, ao núcleo absorvente 228 e/ou a quaisquer outras camadas, tal como é conhecido dos versados na técnica. Geralmente, a camada superior 224 e a camada inferior 225 são unidas diretamente uma à outra, em alguns locais (por exemplo, sobre ou próximo à periferia do artigo absorvente), e são unidas indiretamente uma à outra em outros locais, através da união direta a um ou mais dos outros elementos do artigo 220.
[0157]A camada superior 224 pode ser maleável, macia ao toque e não irritante para a pele do usuário. Adicionalmente, uma porção da camada superior 224, ou toda a camada superior, pode ser permeável a líquidos, permitindo que os líquidos penetrem rapidamente através de sua espessura. Além disso, uma porção ou toda a camada superior 224 pode ser tratada com tensoativos ou outros agentes tanto para hidrofilizar a manta como torná-la hidrofóbica. Qualquer porção da camada superior 224 pode ser revestida com uma loção e/ou composição para tratamento de pele, como é geralmente conhecido na técnica. A camada superior 224 pode também compreender ou ser tratada com agentes antibacterianos.
Camada inferior
[0158]A camada inferior 225 é, de modo geral, aquela porção do artigo absorvente 220 em posição adjacente à superfície voltada para a peça de vestuário do núcleo absorvente 228 e que evita, ou ao menos inibe, os fluidos e exsudatos corpóreos absorvidos e nele confinados sujem artigos como lençóis e roupas íntimas. A camada inferior 225 é tipicamente impermeável, ou aos menos substancialmente impermeável, a fluidos (por exemplo, urina). A camada inferior pode, por exemplo, ser ou compreender um filme plástico fino, como um filme termoplástico, tendo uma espessura de cerca de 0,012 mm a cerca de 0,051 mm. Outros materiais de camada inferior adequados podem incluir materiais respiráveis, que permitem que os vapores escapem do artigo absorvente (220) enquanto evitam, ainda, ou ao menos inibem, a passagem de fluidos através da camada inferior 225.
[0159]A camada inferior 225 pode ser unida à camada superior 224, ao núcleo absorvente 228 e/ou a qualquer outro elemento do artigo absorvente 220 por meio de quaisquer métodos de fixação conhecidos pelos versados na técnica.
[0160]O artigo absorvente pode compreender uma camada inferior que compreende um revestimento externo ou um não-tecido de revestimento externo. Um revestimento externo ou não-tecido de revestimento externo do artigo absorvente 220 pode cobrir ao menos uma porção ou toda a camada inferior 225 para formar uma superfície macia voltada para a peça de vestuário do artigo absorvente. O revestimento exterior pode ser formado dos materiais não- tecidos tridimensionais de alta espessura, aqui descritos. Alternativamente, o revestimento externo ou não-tecido de revestimento externo pode compreender um ou mais materiais de revestimento externo conhecidos. Se o revestimento externo compreender um ou mais dos materiais não-tecidos tridimensionais da presente revelação, o material não- tecido tridimensional do revestimento externo pode ou não coincidir (por exemplo, mesmo material, mesmo padrão) com o material não-tecido tridimensional usado na camada superior ou na camada superior e na camada de captura do artigo absorvente. Em outros casos, o revestimento externo pode ter um padrão estampado ou de outro modo aplicado que corresponde ou assemelha-se visualmente ao padrão dos materiais não-tecidos tridimensionais usados como a camada superior ou laminado da camada superior e camada de captura do artigo absorvente. O revestimento externo pode ser unido a ao menos uma porção da camada inferior 225 através de ligação mecânica, ultrassônica, ligação térmica, ligação adesiva ou outros métodos adequados de fixação.
Núcleo absorvente
[0161]O núcleo absorvente é o componente do artigo absorvente que tem a maior capacidade de absorção e que compreende um material absorvente e um envoltório do núcleo ou bolsa do núcleo que envolve o material absorvente. O núcleo absorvente não inclui o sistema de captura e/ou de distribuição ou quaisquer outros componentes do artigo absorvente que não é parte integral do envoltório do núcleo ou bolsa do núcleo e nem está colocado no interior do envoltório do núcleo ou bolsa do núcleo. O núcleo absorvente pode compreender, consistir essencialmente em, ou consistir em, um envoltório do núcleo, um material absorvente (por exemplo, polímeros superabsorventes e uma quantidade pequena ou nula de fibras de celulose) conforme discutido, e cola.
[0162]O núcleo absorvente 228 pode compreender um material absorvente com uma quantidade alta de polímeros superabsorventes (aqui abreviado como "SAP") encerrados no interior do envoltório do núcleo. O teor de SAP pode representar 70% a 100% ou ao menos 70%, 75%, 80%, 85%, 90%, 95%, 99% ou 100% em peso do material absorvente contido no envoltório do núcleo. O envoltório do núcleo não é considerado como material absorvente para o propósito de avaliação da porcentagem de SAP no núcleo absorvente. O núcleo absorvente pode conter feltro aerado com ou sem polímeros superabsorventes.
[0163]Por "material absorvente" entende-se um material que tem alguma propriedade de absorvência ou propriedade de retenção de líquido, tal como SAP, fibras celulósicas, bem como fibras sintéticas. Tipicamente, as colas usadas na produção de núcleos absorventes não têm, ou têm poucas, propriedades de absorvência e não são consideradas como material absorvente. O teor de SAP pode ser maior que 80%, por exemplo, ao menos 85%, ao menos 90%, ao menos 95%, ao menos 99% e até e incluindo 100% do peso do material absorvente contido no interior do envoltório do núcleo. Esse núcleo isento de feltro aerado é relativamente fino em comparação ao núcleo convencional que compreende tipicamente entre 40 e 60% de SAP, em peso, e um teor alto de fibras de celulose. Em particular, o material absorvente pode, em particular, compreender menos que 15% em peso ou menos que 10% em peso, de fibras naturais, celulósicas ou sintéticas ou menos de 5% em peso, menos de 3% em peso, menos de 2%, em peso, menos de 1% em peso, ou pode ser ainda substancialmente isento de fibras naturais, celulósicas, e/ou sintéticas.
[0164]Como mencionado acima, os núcleos de feltro aerado com muito pouca ou nenhuma fibra celulósica e/ou sintética ou natural são muito finos em comparação aos núcleos convencionais, tornando assim o artigo absorvente como um todo mais fino do que os artigos absorventes com núcleos compreendendo SAP e fibras celulósicas misturadas (por exemplo, 40 a 60% de fibras de celulose). Na percepção do consumidor, esse núcleo fino pode ser visto como um núcleo com capacidade de absorção e desempenho reduzidos, embora tecnicamente esse não seja o caso. Atualmente, estes núcleos finos têm sido tipicamente usados com camadas superiores substancialmente mais plana ou dotadas de aberturas. Além disso, os artigos absorventes com esses núcleos finos isentos de feltro aerado apresentam vazios capilares reduzidos uma vez que há poucas ou nenhumas fibras naturais, celulósicas ou sintéticas nos núcleos. Portanto, algumas vezes pode não haver vazios capilares suficientes no artigo absorvente para aceitar plenamente múltiplos insultos de exsudatos corpóreos, ou um único insulto significativo.
[0165]Para resolver esses problemas, a presente revelação fornece artigos absorventes com esses núcleos finos isentos de feltro aerado, em combinação com um dos materiais não-tecidos tridimensionais de alta espessura aqui descritos como uma camada superior ou como um laminado de camada superior e camada de captura. Nesse caso, a percepção que o consumidor tem da absorvência e do desempenho, através da espessura aumentada do artigo absorvente devido à espessura adicional fornecida pelo material não-tecido tridimensional de alta espessura, é aumentada. Além disso, os materiais não-tecidos tridimensionais, quando usados com esses núcleos finos de feltro aerado e como a camada superior ou o laminado de camada superior e de camada de captura, adicionam os espaços vazios capilares novamente nos artigos absorventes, ao mesmo tempo em que permitem alturas mínimas de empilhamento, repassando, assim, uma redução de custos para os consumidores e fabricantes. Como tal, os artigos absorventes da presente revelação podem facilmente absorver múltiplos insultos de exsudatos corpóreos ou um único insulto significativo devido a esse vazio capilar aumentado. Adicionalmente, os artigos absorventes que compreendem os materiais não-tecidos como a camada superior ou o laminado de camada superior e camada de captura, dotam os consumidores de uma camada superior esteticamente agradável em relação a uma camada superior mais plana ou uma camada superior dotada de aberturas com uma espessura aumentada e, dessa forma, as percepções do consumidor de absorvência e desempenho.
[0166]O exemplo do núcleo absorvente 228 do artigo absorvente 220 das Figuras 31 a 32 é mostrado isolado nas Figuras 33 a 35. O núcleo absorvente 228 pode compreender um lado frontal 480, um lado traseiro 282 e dois lados longitudinais 284, 286 unindo o lado frontal 480 e o lado traseiro 282. O núcleo absorvente 228 pode compreender também um lado superior genericamente plano e um lado inferior genericamente plano. O lado frontal 480 do núcleo é o lado do núcleo destinado a ser colocado em direção à borda da cintura anterior 210 do artigo absorvente. O núcleo 228 pode ter um eixo longitudinal 280’ que corresponde substancialmente ao eixo longitudinal 280 do artigo absorvente 220, conforme visto de cima em uma vista plana, como na Figura 28. O material absorvente pode ser distribuído em quantidade maior na direção do lado frontal 480 que na direção do lado posterior 282, já que mais absorvência pode ser necessária no lado frontal em artigos absorventes específicos. Os lados frontal e posterior 480 e 282 do núcleo podem ser mais curtos do que os lados longitudinais 284 e 286 do núcleo. O envoltório do núcleo pode ser formado por dois materiais não tecidos, substratos, laminados ou outros materiais, 216, 216’, que podem ser vedados ao menos parcialmente ao longo dos lados 284, 286 do núcleo absorvente 228. O envoltório do núcleo pode ser vedado pelo menos parcialmente ao longo de seu lado frontal 480, lado traseiro 282 e de dois lados longitudinais 284, 286, de modo que substancialmente nenhum material absorvente vaze para fora do envoltório de núcleo absorvente. O primeiro material, substrato ou não tecido 216 pode circundar, ao menos parcialmente, o segundo material, substrato ou não tecido 216’ para formar o envoltório do núcleo, conforme ilustrado na Figura 34. O primeiro material 216 pode circundar uma porção do segundo material 216’ próxima à primeira e à segunda bordas laterais 284 e 286.
[0167]O núcleo absorvente pode compreender adesivo, por exemplo, para auxiliar a imobilizar o SAP no interior do envoltório do núcleo e/ou para assegurar a integridade do envoltório do núcleo, em particular, quando o envoltório do núcleo for feito de dois ou mais substratos. O adesivo pode ser um adesivo termorreversível disponível, por H.B. Fuller, por exemplo. O envoltório do núcleo pode estender-se para uma área maior do que estritamente necessária para conter o material absorvente no interior.
[0168]O material absorvente pode ser uma camada contínua presente no invólucro para núcleo. Alternativamente, o material absorvente pode compreender bolsos individuais ou tiras de material absorvente encerrado no interior do envoltório do núcleo. No primeiro caso, o material absorvente pode, por exemplo, ser obtido através da aplicação de uma camada contínua única de material absorvente. A camada contínua de material absorvente, particularmente de SAP, pode também ser obtida através da combinação de duas camadas absorventes tendo padrões de aplicação de material absorvente descontínuos, em que a camada resultante é substancialmente distribuída de modo contínuo por toda a área de material de polímero particulado absorvente, conforme revelado na publicação de patente US No. 2008/0312622A1 (Hundorf), por exemplo. O núcleo absorvente 228 pode compreender uma primeira camada absorvente e uma segunda camada absorvente. A primeira camada absorvente pode compreender o primeiro material 216 e uma primeira camada 261 de material absorvente, que pode compreender 100% ou menos de SAP. A segunda camada absorvente pode compreender o segundo material 216’ e uma segunda camada 262 de material absorvente, que pode também compreender 100% ou menos de SAP. O núcleo absorvente 228 pode compreender também um material adesivo termoplástico fibroso 251 que liga, ao menos parcialmente, cada camada de material absorvente 261, 262 ao seu respectivo material 216 ou 216’. Isto é ilustrado nas Figuras 34 e 35, como um exemplo, onde a primeira e a segunda camadas de SAP foram aplicadas como tiras transversais ou "áreas planas" tendo a mesma largura que a área de deposição do material absorvente desejada no seu respectivo substrato antes de serem combinadas. As tiras podem compreender quantidades diferentes de material absorvente (SAP) para fornecer uma gramatura perfilada ao longo do eixo longitudinal do núcleo 280. O primeiro material 216 e o segundo material 216’ podem formar o envoltório do núcleo.
[0169]O material adesivo termoplástico fibroso 251 pode estar ao menos parcialmente em contato com o material absorvente 261, 262 nas áreas planas e ao menos parcialmente em contato com os materiais 216 e 216’ nas áreas de junção. Isso confere uma estrutura essencialmente tridimensional à camada fibrosa de material adesivo termoplástico 251, que em si é essencialmente uma estrutura bidimensional de espessura relativamente pequena, em comparação com a dimensão nas direções de comprimento e largura. Assim, o material adesivo termoplástico fibroso pode fornecer cavidades para cobrir o material absorvente nas áreas planas e, desse modo, imobilizar esse material absorvente, que pode ser 100% ou menos de SAP.
[0170]O adesivo termoplástico usado para a camada fibrosa pode ter propriedades elastoméricas, de modo que a manta formada pelas fibras na camada de SAP possa ser estendida à medida que o SAP se dilata.
Polímero superabsorvente (SAP)
[0171]O SAP útil na presente revelação pode incluir uma variedade de polímeros insolúveis em água, porém dilatáveis em água, capazes de absorver grandes quantidades de fluidos.
[0172]O polímero superabsorvente pode estar sob a forma de particulado de modo a poder fluir quando em estado seco. Os materiais poliméricos absorventes particulados podem ser produzidos a partir de polímeros de ácido poli(met)acrílico. Entretanto, também pode ser usado material polimérico particulado absorvente à base de amido, como também copolímero de poliacrilamida, copolímero de etileno-anidrido maleico, carboximetilcelulose reticulada, copolímeros de poli(álcool vinílico), óxido de polietileno reticulado e copolímero de poliacrilonitrila enxertado com amido.
[0173]Os polímeros superabsorventes (SAP) podem ter inúmeros formatos. O termo "partículas" se refere a grânulos, fibras, flocos, esferas, pós, plaquetas e outros formatos e formas conhecidos pelos versados na técnica de partículas de polímero superabsorvente. As partículas de SAP podem ter o formato de fibras, isto é, partículas de polímero superabsorvente aciculares, alongadas. As fibras podem estar também sob a forma de um filamento longo, que pode ser tecido. SAP pode ser partículas semelhantes a esferas. O núcleo absorvente pode compreender uma ou mais tipos de SAP.
[0174]Para a maioria dos artigos absorventes, as descargas de líquidos de um usuário ocorrem predominantemente na metade anterior do artigo absorvente, em particular para uma fralda. A metade anterior do artigo (conforme definido pela região entre a borda anterior e uma linha transversal colocada em uma distância de meio L a partir da borda da cintura anterior 210 ou da borda da cintura posterior 212 pode, portanto, compreender a maior parte da capacidade absorvente do núcleo. Desse modo, ao menos 60% do SAP ou ao menos 65%, 70%, 75%, 80% ou 85% do SAP podem estar presentes na metade anterior do artigo absorvente, enquanto o SAP restante pode estar disposto na metade posterior do artigo absorvente. Alternativamente, a distribuição do SAP pode ser uniforme através do núcleo ou pode ter outras distribuições adequadas.
[0175]A quantidade total de SAP presente no núcleo absorvente pode também variar de acordo com o usuário esperado. Fraldas para recém-nascidos podem exigir menos SAP que as fraldas para bebês, crianças ou para incontinência em adultos. A quantidade de SAP no núcleo pode ser cerca de 5 a 60 g, ou de 5 a 50 g. A gramatura do SAP na (ou "ao menos um", se diversos estiverem presentes) área de deposição 8 do SAP pode ser de ao menos 50, 100, 200, 300, 400, 500 ou mais g/m2. As áreas dos canais (por exemplo, 226, 226’, 227, 227’) presentes na área de deposição de material absorvente 8 são deduzidas da área de deposição de material absorvente para calcular essa gramatura média.
Envoltório do núcleo
[0176]O envoltório do núcleo pode ser feito de um único substrato, material ou não-tecido dobrado ao redor do material absorvente ou pode compreender dois (ou mais) substratos, materiais ou não-tecidos que são fixados entre si. As fixações típicas são os chamados envoltórios em forma de C e/ou envoltórios em forma de sanduíche. Em um envoltório em forma de C, conforme ilustrado, por exemplo nas Figuras 29 e 34, as bordas longitudinais e/ou transversais de um dos substratos são dobradas sobre o outro substrato para formar abas. Essas abas são, então, unidas à superfície externa do outro substrato, tipicamente através de colagem.
[0177]O envoltório do núcleo pode ser formado através de quaisquer materiais adequados para receber e conter o material absorvente. Podem ser usados materiais de substrato típicos usados na produção de núcleos convencionais, em particular papel, tecidos, filmes, materiais tecidos ou não-tecidos, ou laminados ou compósitos de qualquer um deles.
[0178]Os substratos podem também ser permeáveis ao ar (além de serem permeáveis a líquido ou fluido). Os filmes úteis à presente invenção podem, portanto, compreender microporos.
[0179]O envoltório do núcleo pode ser vedado pelo menos parcialmente ao longo de todos os seus lados do núcleo absorvente de modo que substancialmente nenhum material absorvente vaze para fora do núcleo. Por "substancialmente nenhum material absorvente" significa que menos que 5%, menos que 2%, menos que 1% ou cerca de 0% em peso de material absorvente escapa do envoltório do núcleo. O termo "vedação" deve ser entendido em um sentido amplo. A vedação não precisa ser contínua ao longo de toda a periferia do invólucro do núcleo, mas pode ser descontínua ao longo de parte ou de sua totalidade, tal como formada por uma série de pontos de vedação espaçados em uma linha. Uma vedação pode ser formada por colagem e/ou termossolda.
[0180]Se o envoltório do núcleo for formado por dois substratos 216, 216’, quatro vedações podem ser utilizadas para envolver o material absorvente 260 dentro do envoltório do núcleo. Por exemplo, um primeiro substrato 216 pode ser colocado em um lado do núcleo (o lado superior, conforme representado nas Figuras 33 a 35) e estender-se ao redor das bordas longitudinais do núcleo para envolver ao menos parcialmente o lado inferior oposto do núcleo. O segundo substrato 216’ pode estar presente entre as abas enroladas do primeiro substrato 216 e do material absorvente 260. As abas do primeiro substrato 216 podem ser coladas ao segundo substrato 216’ para proporcionar uma vedação forte. Esta assim chamada construção de invólucro em C pode fornecer benefícios como resistência aprimorada à ruptura em um estado cheio e úmido em comparação a uma vedação em sanduíche. O lado frontal e o lado posterior do invólucro do núcleo podem, então, ser vedados mediante colagem do primeiro substrato e do segundo substrato um ao outro para fornecer encapsulação completa do material absorvente por toda a periferia do núcleo. Para o lado frontal e o lado posterior do núcleo, o primeiro e o segundo substratos podem se estender e se unir em uma direção substancialmente plana, conferindo a estas bordas uma construção designada sanduíche. Na construção designada sanduíche, o primeiro e o segundo substratos podem, também, se estender para fora em todos os lados do núcleo e podem ser selados de forma plana, ou substancialmente plana, ao longo de toda ou de partes da periferia do núcleo, tipicamente, por colagem e/ou união a quente/por pressão. Em um exemplo, nem o primeiro e nem o segundo substratos precisam ser moldados, de modo que eles podem ser retangularmente cortados para facilitar a produção; no entanto, outros formatos estão também dentro do escopo da presente revelação.
[0181]O envoltório do núcleo também pode ser formado através de um substrato único que pode circundar, como em um invólucro parcial, o material absorvente e ser vedado ao longo do lado anterior e do lado posterior do núcleo e de uma vedação longitudinal.
Área de deposição de SAP
[0182]A área de deposição de material absorvente 208 pode ser definida pela periferia da camada formada pelo material absorvente 260 no interior do envoltório do núcleo, conforme observado a partir do lado superior do núcleo absorvente. A área de deposição de material absorvente 208 pode assumir diversos formatos, em particular, um formato de "osso de cachorro" ou de "ampulheta", que mostra um afunilamento ao longo de sua largura em direção ao meio ou na região "entre as coxas" do núcleo. Dessa forma, a área de deposição de material absorvente 8 pode ter uma largura relativamente estreita em uma área do núcleo destinada a ser colocada na região entre as coxas do artigo absorvente, conforme ilustrado na Figura 28. Isso pode proporcionar melhor conforto no uso. A área de deposição do material absorvente 8 pode também ser genericamente retangular, por exemplo, conforme mostrado nas Figuras 31 a 33, mas outras áreas de deposição, como os formatos "T", "Y", "ampulheta" ou "osso de cachorro" estão também dentro do escopo da presente revelação. O material absorvente pode ser depositado com o uso de quaisquer técnicas adequadas, que podem permitir a deposição relativamente precisa do SAP em velocidade relativamente alta.
Canaletas
[0183]A área de deposição de material absorvente 208 pode compreender ao menos um canal 226, que é orientado, ao menos parcialmente, na direção longitudinal do artigo 280 (isto é, tem um componente vetorial longitudinal) conforme mostrado nas Figuras 28 e 29. Outros canais podem ser pelo menos parcialmente orientados na direção lateral (isto é, tem um componente vetorial lateral) ou em qualquer outra direção. A seguir, a forma plural "canais" será usada para significar "pelo menos um canal". Os canais podem ter um comprimento L’ projetado no eixo longitudinal 280 do artigo que é ao menos 10% do comprimento L do artigo. Os canais podem ser formados de diversas formas. Por exemplo, os canais podem ser formados por zonas no interior da área de deposição de material absorvente 208 que podem ser substancialmente isentas, ou isentas, de material absorvente, em particular, SAP. Em um outro exemplo, os canais podem ser formados por zonas dentro da área de deposição de material absorvente 208 em que o material absorvente do núcleo compreende celulose, feltro aerado, SAP, ou combinações dos mesmos e os canais podem ser substancialmente isentos de, ou isentos de material absorvente, em particular o SAP, celulose ou feltro aerado em adição ou alternativamente, o canal (ou canais) também pode ser formados unindo-se contínua ou descontinuamente o lado superior do envoltório do núcleo ao lado inferior do envoltório do núcleo através da área de deposição de material absorvente 208. Os canais podem ser contínuos, porém, não se exclui que os canais sejam intermitentes. O sistema de captura-distribuição ou camada 250, ou uma outra camada do artigo, pode também compreender canais, que podem ou não corresponder aos canais do núcleo absorvente.
[0184]Em algumas instâncias, os canais podem estar presentes ao menos no mesmo nível longitudinal que a altura de gancho C ou o eixo lateral 260 no artigo absorvente, conforme representado na Figura 28 com os dois canais estendendo-se longitudinalmente 226, 226’. Os canais podem também se estender a partir da região entre as coxas 207 ou podem estar presentes na região da cintura anterior 205 e/ou na região da cintura posterior 206 do artigo.
[0185]O núcleo absorvente 228 pode compreender também mais que dois canais, por exemplo, ao menos 3, ao menos 4, ao menos 5 ou ao menos 6 ou mais. Canais curtos podem também estar presentes, por exemplo, na região da cintura posterior 206 ou na região da cintura anterior 205 do núcleo, conforme representado pelo par de canais 227, 227’ na Figura 28 em direção à parte anterior do artigo. Os canais podem compreender um ou mais pares de canais dispostos simetricamente, ou dispostos de modo diferente em relação ao eixo geométrico longitudinal 280.
[0186]Os canais podem ser particularmente úteis no núcleo absorvente quando a área de deposição de material absorvente for retangular, visto que os canais podem otimizar a flexibilidade do núcleo na medida em que há menos vantagem no uso de um núcleo não retangular (formatado). Claro que os canais podem também estar presentes em uma camada de SAP que tenha uma área de deposição formatada.
[0187]Os canais podem ser completamente orientados de forma longitudinal e paralelos ao eixo longitudinal ou completamente orientados de forma transversal e paralelos ao eixo lateral, mas também ter ao menos porções que são curvadas.
[0188]Para reduzir o risco de vazamento de fluidos, os canais principais longitudinais não se estendem até qualquer uma das bordas da área de deposição de material absorvente 208 e podem, desse modo, estar totalmente englobadas no interior da área de deposição de material absorvente 208 do núcleo. A menor distância entre um canal e a borda mais próxima da área de deposição de material absorvente 208 pode ser de ao menos de 5 mm.
[0189]Os canais podem ter uma largura Wc ao longo de ao menos parte de seu comprimento que é ao menos 2 mm, ao menos 3 mm, ao menos 4 mm, até por exemplo 20 mm, 16 mm ou 12 mm, por exemplo. A largura do(s) canal(canais) pode ser constante através de substancialmente todo o comprimento do canal ou pode varia ao longo de seu comprimento. Quando os canais são formados por zona isenta de material absorvente no interior da área de deposição de material absorvente 208, a largura dos canais é considerada como a largura da zona isenta de material, independente da possível presença do envoltório do núcleo no interior dos canais. Se os canais não forem formados através de zonas livres de material absorvente, por exemplo, principalmente através de ligação do invólucro para núcleo através da zona de material absorvente, a largura dos canais será a largura dessa ligação.
[0190]Pelo menos parte ou todos os canais podem ser canais permanentes, o que significa que sua integridade é mantida, ao menos parcialmente, tanto no estado seco como no estado molhado. Os canais permanentes podem ser obtidos pelo fornecimento de um ou mais materiais adesivos, por exemplo, uma camada fibrosa de material adesivo ou uma cola de construção que ajuda na adesão de um substrato com um material absorvente no interior das paredes do canal. Os canais permanentes podem também ser formados mediante a união do lado superior e do lado inferior do envoltório do núcleo (por exemplo, o primeiro substrato 216 e o segundo substrato 216’) e/ou da camada superior 224 à camada inferior 225 através dos canais. Tipicamente, pode ser usado um adesivo para ligar ambos os lados do envoltório do núcleo ou da camada superior e da camada inferior através dos canais, mas é possível fazer a ligação através de outros processos conhecidos, como a ligação por pressão, união por ultrassom, a ligação térmica ou combinação dos mesmos. O envoltório do núcleo ou a camada superior 224 e a camada inferior 225 podem ser continuamente ligados ou intermitentemente ligados ao longo dos canais. Os canais podem, vantajosamente, permanecer ou se tornarem visíveis pelo menos através da camada superior e/ou da camada inferior quando o artigo absorvente está completamente carregado com um fluido. Isto pode ser obtido produzindo os canais substancialmente isentos de SAP, de modo que não dilatem, e suficientemente grandes, de modo que não se fechem quando molhados. Além disso, a ligação do envoltório do núcleo a ele próprio ou a camada superior à camada inferior através dos canais, pode ser vantajosa.
Braçadeiras de barreira para as pernas
[0191]O artigo absorvente pode compreender um par de braçadeiras de barreira para as pernas 34. Cada braçadeira de barreira para as pernas pode ser formada por um pedaço de material que é ligado ao artigo absorvente de modo que ela pode se estender para cima a partir de uma superfície voltada para o usuário do artigo absorvente e fornecer contenção aprimorada de fluidos e outros exsudatos corpóreos aproximadamente na junção entre o tronco e as pernas do usuário. As braçadeiras de barreira para as penas são delimitadas por uma borda proximal 64 unida direta ou indiretamente à camada superior 224 e/ou à camada inferior 225 e uma borda terminal livre 266, que se destina a entrar em contato e formar uma vedação com a pele do usuário. As braçadeiras de barreira para as pernas 234 estendem-se ao menos parcialmente entre a borda da cintura anterior 210 e a borda da cintura posterior 212 do artigo absorvente nos lados opostos do eixo geométrico longitudinal 280 e estão presentes ao menos no nível da altura de gancho (C) ou da região entre as coxas. As braçadeiras de barreira para as pernas podem ser unidas na borda proximal 264 com a estrutura do artigo por uma ligação 265 que pode ser produzida, por exemplo, por colagem, união por fusão ou uma combinação de outros processos de união adequados. A união 265 na borda proximal 264 pode ser contínua ou intermitente. A ligação 265 mais próxima à seção elevada das braçadeiras para pernas delimita a borda proximal 264 da seção levantada das braçadeiras para pernas.
[0192]As braçadeiras de barreira para as pernas podem ser integrais com a camada superior 224 ou com a camada inferior 225, ou podem ser formadas a partir de um material separado unido à estrutura do artigo. Cada braçadeira de barreira para as pernas 234 pode compreender uma, duas ou mais tiras elásticas 235 próximas à borda terminal livre 266 para fornecer uma melhor vedação.
[0193]Além das braçadeiras de barreira para as pernas 234, o artigo pode compreender braçadeiras de vedação 232, que são unidas à estrutura do artigo absorvente, em particular, à camada superior 224 e/ou à camada inferior 225 e são colocadas externamente em relação às braçadeiras de barreira para as pernas. As braçadeiras de vedação 232 podem fornecer uma melhor vedação em torno das coxas do usuário. Cada braçadeira de vedação pode compreender um ou mais fios elásticos ou elementos elásticos 233 na estrutura do artigo absorvente entre a camada superior 224 e a camada inferior 225 na área das aberturas para as pernas. O todo ou uma porção das braçadeiras de barreira para as pernas e/ou as braçadeiras de vedação podem ser tratadas com uma loção ou uma outra composição para tratamento de pele.
Sistema de captura-distribuição
[0194]Os artigos absorventes da revelação podem compreender uma camada ou sistema de captura e distribuição 250 ("ADS", acquisition-distribuition system). Uma função do ADS é a de adquirir rapidamente um ou mais dos fluidos e distribuir de maneira eficaz o(s) mesmo(s) para o núcleo absorvente. O ADS pode compreender uma, duas ou mais camadas, que podem formar uma camada unitária ou permanecer como camadas isoladas que podem ser fixadas umas às outras. Em um exemplo, o ADS pode compreender duas camadas: uma camada de distribuição 254 e uma camada de captura 252 dispostas entre o núcleo absorvente e a camada superior, mas a presente revelação não é limitada desta forma.
[0195]Em um exemplo, os materiais não-tecidos tridimensionais de alta espessura da presente revelação podem compreender a camada superior e a camada de captura como um laminado. Uma camada de distribuição pode também ser fornecida no lado voltado para a vestimenta do laminado da camada superior/camada de captura.
A camada de suporte
[0196]Em um caso onde os materiais não-tecidos tridimensionais de alta espessura da presente revelação abrangem um laminado de camada superior e de camada de captura, a camada de distribuição pode precisar de suporte por meio de uma camada de suporte (não ilustrada) que pode compreender um ou mais materiais não-tecidos ou outros materiais. A camada de distribuição pode ser aplicada a ou posicionada sobre a camada de suporte. Como tal, a camada de suporte pode ser posicionada entre a camada de captura e a camada de distribuição e estar em uma relação face-a- face com a camada de captura e a camada de distribuição.
Camada de distribuição
[0197]A camada de distribuição do ADS pode compreender ao menos 50%, em peso, de fibras de celulose reticuladas. As fibras celulósicas reticuladas podem ser frisadas, torcidas ou encaracoladas, ou uma combinação dos mesmos, que inclui frisadas, torcidas e encaracoladas. Este tipo de material é revelado na Publicação de patente US n° 2008/0312622 A1 (Hundorf). As fibras celulósicas reticuladas fornecem maior resiliência e, portanto, maior resistência à primeira camada absorvente contra a compactação na embalagem do produto ou sob condições de uso, por exemplo, sob o peso do usuário. Isso pode fornecer ao núcleo maior volume vazio, permeabilidade e absorção de líquido e, dessa forma, vazamento reduzido e secura otimizada.
[0198]A camada de distribuição que compreende as fibras de celulose reticuladas da presente revelação pode compreender outras fibras, porém essa camada pode compreender vantajosamente ao menos 50% ou 60% ou 70% ou 80% ou 90% ou até mesmo 100%, em peso da camada, de fibras de celulose reticuladas (incluindo os agentes de reticulação).
Camada de captura
[0199]Se um material não-tecido tridimensional da presente revelação for fornecido apenas como a camada superior de um artigo absorvente, o ADS 250 pode compreender uma camada de captura 252. A camada de captura pode ser disposta entre a camada de distribuição 254 e a camada superior 224. Em tal caso, a camada de captura 252 pode ser ou compreender um material não-tecido, como um material SMS ou SMMS hidrofílico, que compreende uma camada de fiação contínua, uma produzida por extrusão em blocos com passagem de ar quente em alta velocidade e uma camada de fiação contínua adicional, ou alternativamente um não- tecido quimicamente fixado com fibra têxtil cardada. O material de não-tecido pode ser colado com látex.
Sistema de fixação
[0200]O artigo absorvente pode compreender um sistema de fixação. O sistema de fixação pode ser usado para propiciar tensões laterais em torno da circunferência do artigo absorvente para segurar o artigo absorvente no usuário, como é típico tipicamente para fraldas fixadas com fita. Esse sistema fixação pode não ser necessário para os artigos de fralda de treinamento visto que a região da cintura desses artigos já é unida. O sistema de fixação pode compreender um fecho como abas de fita de fixação, componentes de fixação do tipo gancho e laço, fechos de encaixe como abas & fendas, fivelas, botões, fechos de pressão e/ou componentes de fixação hermafroditas, embora quaisquer outros mecanismos de fixação adequados estejam dentro do escopo da presente revelação. Uma zona de contato 244 é normalmente fornecida na superfície voltada para a peça de vestuário da região da cintura anterior 205 para o prendedor ser fixado de modo liberável à mesma.
Orelhas anteriores e posteriores
[0201]O artigo absorvente pode compreender orelhas anteriores 246 e orelhas posteriores 240. As orelhas podem ser uma parte integral da estrutura, como formadas a partir da camada superior 224 e/ou da camada inferior 226 como painéis laterais. Alternativamente, como representado na Figura 28, as orelhas podem ser elementos separados fixados por colagem e/ou gofragem a quente e/ou união por pressão. As orelhas posteriores 240 podem ser extensíveis para facilitar a fixação das abas 242 à zona de contato 244 e manter as fraldas fixadas com a fita no lugar em torno da cintura do usuário. As orelhas posteriores 240 podem também ser elásticas ou extensíveis para fornecer mais conforto e ajuste de contorno inicialmente através do ajuste conformável do artigo absorvente para o usuário e sustentando este ajuste durante todo o tempo de uso mesmo quando o artigo absorvente estiver carregado com fluidos e outros exsudatos corpóreos, visto que as orelhas elastificadas permitem que as laterais do artigo absorvente se expandam e contraiam.
Recurso de cintura elástica
[0202]O artigo absorvente 220 pode compreender também ao menos um recurso elástico da cintura (não representado) que ajuda a fornecer melhor ajuste e contenção. O recurso elástico da cintura destina-se, em geral, a se expandir e se contrair elasticamente, para ser ajustado dinamicamente à cintura do usuário. O detalhe elástico da cintura pode estender-se ao menos longitudinalmente para fora a partir de ao menos uma borda da cintura do núcleo absorvente 228 e, em geral, forma ao menos uma porção da borda de extremidade do artigo absorvente. As fraldas descartáveis podem ser construídas de modo a ter dois recursos de cintura elástica, um posicionado na região da cintura anterior e um posicionado na região da cintura posterior.
Sinais de cor
[0203]Em uma forma, os artigos absorventes da presente revelação podem ter diferentes cores em diferentes camadas, ou porções das mesmas (por exemplo, a camada superior e a camada de captura, a camada superior e o revestimento de núcleo não-tecido, uma primeira porção e uma segunda porção de uma camada superior, uma primeira porção e segunda porção da camada de captura). As cores diferentes podem ser tonalidades da mesma cor (por exemplo, azul escuro e azul claro) ou podem ser cores realmente diferentes (por exemplo, púrpura e verde). As cores diferentes podem ter um Delta E em a faixa de cerca de 1,5 a cerca de 10, cerca de 2 a cerca de 8 ou cerca de 2 a cerca de 6, por exemplo. Outras faixas Delta E também são abrangidas pelo escopo da presente revelação.
[0204]Em um exemplo, várias camadas dos artigos absorventes podem ser unidas com o uso de um adesivo colorido. O adesivo colorido pode ser disposto em qualquer camada adequada ou camadas em um padrão. O padrão do adesivo pode ou não complementar o padrão da camada superior. Tal padrão pode aumentar a aparência de profundidade em um artigo absorvente. Em certos exemplos, o adesivo colorido pode ser azul.
[0205]Em outros exemplos, qualquer uma das camadas pode compreender símbolos, como uma tinta impressa para auxiliar na aparência, impressão de profundidade, impressão de absorvência ou impressão de qualidade dos artigos absorventes.
[0206]Em outros exemplos, as cores podem ser complementares ou alinhadas com os padrões de recursos tridimensionais do material não tecido 10 utilizado como um componente em um artigo absorvente. Por exemplo, um tecido que tem uma primeira e uma segunda zona de padrões visualmente distintos de recursos tridimensionais também pode ter impresso na mesma cor para enfatizar, realçar, contrastar com ou, de outro modo, alterar a aparência visual do tecido 10. Os realces de cor podem ser benéficos ao comunicar a um usuário de um artigo absorvente certas características funcionais do material não tecido 10 quando em uso. Dessa forma, a cor pode ser usada em combinação com recursos estruturais tridimensionais em um componente ou em combinações de componentes para entregar um artigo absorvente visualmente distinto. Por exemplo, uma camada superior ou camada de captura secundária pode ter impressa na mesma um padrão de cor ou cores que complementam o padrão de recursos tridimensionais de um tecido 10 utilizado como uma camada superior em um artigo absorvente. Outro exemplo é um artigo absorvente que compreende 1) um núcleo absorvente que compreende um canal, 2) uma camada superior com um padrão tridimensional registrado ou que realça o canal ou canais no núcleo, e 3) um componente gráfico colorido, tinta impressa ou símbolos visíveis a partir da superfície de visualização da camada superior (superfície de contato com o corpo) ou de visualização da camada inferior (superfície voltada para a peça de vestuário) para enfatizar adicionalmente os recursos funcionais do canal ou canais de núcleo e o desempenho geral do artigo absorvente.
[0207]A caracterização adicional dos aspectos inovadores da presente revelação pode ser realizada concentrando-se nos recursos tridimensionais em uma zona visualmente discernível. Cada zona, como as zonas 110, 120, e 130, discutidas acima, pode ser descrita com mais detalhes em relação às microzonas. Uma microzona é uma porção do material não tecido 10 dentro de uma zona, que tem ao menos duas regiões visualmente discerníveis, havendo uma diferença de propriedade intensiva comum entre essas duas regiões. Uma microzona pode compreender uma porção do material não tecido 10 que atravessa dois ou mais limites de zona que têm ao menos duas regiões visualmente discerníveis, havendo uma diferença de propriedade intensiva comum entre estas duas regiões
[0208]O benefício de considerar as microzonas na presente revelação é o de ilustrar que, além das diferenças em propriedades intensivas médias com uma zona, como as zonas 110, 120, e 130, conforme discutido acima, a presente revelação também fornece tecidos que têm diferenças nas propriedades intensivas reais e/ou médias entre regiões definidas pelos recursos tridimensionais em uma zona, com os recursos tridimensionais posicionados com precisão de acordo com o design da esteira de formação utilizada para produzir os tecidos. A diferença entre as propriedades intensivas entre as regiões dos recursos tridimensionais fornece outros benefícios tanto visuais como funcionais. O contraste visual acentuado entre as regiões pode proporcionar designs extremamente finos e visualmente distintos dentro de uma zona e entre zonas. De modo semelhante, o posicionamento preciso das regiões proporcionado pela esteira de formação fabricada com precisão pode proporcionar propriedades excelentes e ajustadas de maciez, resistência e de manuseio de fluidos das zonas. Dessa forma, a invenção em uma modalidade fornece a combinação inesperada de diferenças em propriedades intensivas médias entre zonas e, simultaneamente, diferenças nas propriedades intensivas das regiões que compõem uma microzona.
[0209]As regiões definidas por recursos tridimensionais podem ser entendidas com referência à Figura 38 e à Figura 39. A Figura 38 mostra uma imagem de microscópio ótico de uma porção de um tecido 10 de acordo com a presente revelação, e a Figura 39 é uma micrografia eletrônica por varredura (MEV) de uma seção transversal da porção do tecido mostrada na Figura 38. Dessa forma, as Figuras 38 e 39 mostram uma porção de um material não tecido 10 ampliada para uma descrição mais precisa dos recursos do tecido visualmente discerníveis de modo diferente. A porção do material não tecido 10 mostrada na Figura 38 tem cerca de 36 mm na DT e exibe porções de ao menos três zonas visualmente distintas, conforme discutido abaixo.
[0210]Nas Figuras 38 e 39 que mostram uma porção de um padrão de um material não tecido 10, uma primeira zona 110 (no lado esquerdo da Figura 38) é caracterizada por fileiras de primeiras regiões 300 de largura variável genericamente orientadas na direção da máquina (MD) separadas por fileiras de segundas regiões 310 de largura variável orientadas na direção da máquina (MD). A primeira região é também o recurso tridimensional 20 que define a primeira e a segunda regiões 300, 310. Em uma modalidade, um recurso tridimensional é uma porção do material não tecido 10 que foi formada entre ou ao redor de um elemento elevado da esteira de formação que nesta descrição é a primeira região 300, de modo que a estrutura resultante tem uma dimensão relativamente maior na direção Z. A segunda região adjacente 310, de modo geral, tem uma propriedade intensiva comum com a primeira região 300, e em uma modalidade tem valores de espessura relativamente mais baixos, isto é, menor dimensão na direção Z. As dimensões relativas na direção Z em relação a um plano da primeira superfície 16, conforme descrito acima, podem ser vistas na Figura 39. As dimensões absolutas não são críticas; mas as diferenças dimensionais podem ser visualmente discerníveis sobre o material não tecido 10 sem ampliação.
[0211]A invenção da descrição permite que as características benéficas sejam melhor expressadas em relação às regiões definidas por recursos tridimensionais em microzonas. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 38, na zona 110 para cada recurso tridimensional 20 existe uma distinção visível entre uma primeira região 300 e uma segunda região 310. Conforme citado anteriormente, a distinção visível pode existir no material não tecido 10 sem ampliação; as vistas ampliadas utilizadas na presente invenção são para os propósitos de clareza da revelação. Qualquer área que se estenda além do contorno entre uma porção suficiente da primeira região 300 e da segunda região 310, de modo que uma diferença em suas respectivas propriedades intensivas possa ser determinada dentro da área, pode ser uma microzona. Adicionalmente, imagens de microscopia ótica ou de microtomografia computadorizada (micro TC) de uma estrutura podem também ser utilizadas para estabelecer a localização de regiões e a área de uma microzona.
[0212]A porção de material não tecido 10 mostrado na Figura 38 ilustra adicionalmente uma outra característica benéfica do tecido 10, em que as diferenças nas propriedades intensivas entre regiões adjacentes podem ser diferenças entre zonas. Dessa forma, uma microzona que abrange uma área que circunda a segunda região 310 da zona 120 e a primeira região 300 da zona 130 pode ser identificada. Em certas modalidades, inclusive no material não tecido 10 mostrado nas Figuras 38 e 39, a diferença nas propriedades intensivas exibidas pelas regiões em microzonas mostra que um contorno zonal pode ser significativamente diferente em magnitude do que as diferenças entre as propriedades intensivas exibidas pelas regiões dentro de uma zona.
[0213]Independentemente de qual zona ou contorno zonal uma microzona específica abrange, os recursos tridimensionais podem ser caracterizados pelas diferenças entre as propriedades intensivas das regiões definidas por eles. Em geral, o não tecido da presente revelação pode ser um material não tecido de fiação contínua que tem uma primeira superfície que define um plano da primeira superfície. O tecido pode ter uma pluralidade de recursos tridimensionais, sendo que cada recurso tridimensional define uma primeira região e uma segunda região, sendo que as regiões têm uma propriedade intensiva comum que tem um valor diferente entre elas. Em uma modalidade, a primeira região pode ser distinguida como estando em uma elevação maior que a segunda região em relação ao plano da primeira superfície, apresentando, portanto, uma diferença na propriedade intensiva comum de espessura em cada região. As duas regiões podem também ser distinguidas como tendo densidades, peso base e densidades volumétricas diferentes. Ou seja, as duas regiões podem ser distinguidas dentro de uma microzona do material não tecido de fiação contínua como sendo diferente em relação a propriedades intensivas comuns, incluindo propriedades como espessura, densidade, peso base e densidade volumétrica. Em uma modalidade uma ou ambas as regiões de uma microzona podem ser permeáveis a fluidos. Em uma modalidade, a região de densidade mais alta de uma microzona pode ser permeável a fluidos.
[0214]Dentro da zona 110 da porção de tecido mostrada na Figura 38, por exemplo, pode haver recursos tridimensionais 20 definindo ao menos duas regiões, uma primeira região 300 e uma segunda região 310. A diferença na espessura, peso base e densidade volumétrica entre a primeira e a segunda regiões para a zona 110 mostrada na Figura 38 pode ser de 274 mícrons, 1 g/m2 e 0,437 g/cc, respectivamente.
[0215]De modo semelhante, dentro da zona 130 da porção de tecido mostrada na Figura 38, por exemplo, pode haver recursos tridimensionais 20 definindo ao menos duas regiões, uma primeira região 300 e uma segunda região 310. A diferença na espessura, peso base e densidade volumétrica entre a primeira e a segunda regiões para a zona 130 mostrada na Figura 38 pode ser de 2083 mícrons, 116 g/m2 e 0,462 g/cc, respectivamente.
[0216]Adicionalmente, dentro da zona 120 da porção de tecido mostrada na Figura 38, por exemplo, pode haver recursos tridimensionais 20 definindo ao menos duas regiões, uma primeira região 300 e uma segunda região 310. A diferença na espessura, peso base e densidade volumétrica entre a primeira e a segunda regiões para a porção de tecido mostrada na Figura 38 pode ser de 204 mícrons, 20 g/m2 e 0,53 g/cc, respectivamente. Na modalidade mostrada, a zona 120 forma o que, em uma vista não ampliada do material não tecido 10, parece ser um contorno costurado entre as zonas 110 e 130.
[0217]Adicionalmente, uma zona que abrange o contorno entre as zonas 120 e 130 da porção de tecido mostrada na Figura 38, por exemplo, existe ao menos duas regiões, uma primeira região 300 na zona 130 e uma segunda região 310 na zona 120. A diferença na espessura, peso base e densidade volumétrica entre a primeira e a segunda regiões para a porção do tecido mostrado na Figura 38 pode ser de 2027 mícrons, 58 g/m2 e 0,525 g/cc, respectivamente.
[0218]As microzonas são discutidas em mais detalhes com referência às Figuras 40 a 42 e aos dados mostrados na Figura 44. As Figuras 40 a 42 são varreduras por microtomografia computadorizada (Micro-TC) de uma porção de um material não tecido 10 de padrão similar ao do material não tecido 10 mostrado na Figura 38. A microtomografia computadorizada (Micro-TC) permite a descrição dos mesmos recursos conforme mostrado na Figura 38 de uma maneira um pouco diferente e de forma a permitir uma medição muito precisa de propriedades intensivas.
[0219]Conforme mostrado na Figura 40, as zonas 110, 120 e 130 são claramente visíveis, com seus respectivos recursos tridimensionais 20. Conforme representado nas Figuras 40 e 41, os recursos tridimensionais são as porções de cor escura, com a cor escura também representando a primeira região 300 de um recurso tridimensional 20, e as porções de cor clara adjacentes representando a segunda região 310 para o recurso tridimensional 20.
[0220]A varredura por microtomografia computadorizada permite que a imagem seja "cortada" e recortada em seção transversal, conforme mostrado pelo plano de corte 450 na Figura 41. Um plano de corte pode ser colocado em qualquer lugar da imagem; para os propósitos da presente revelação, o plano de corte 450 corta uma seção transversal substancialmente paralela ao eixo geométrico Z de modo a produzir a imagem em seção transversal na Figura 42.
[0221]A tecnologia de microtomografia computadorizada permite que propriedades intensivas sejam medidas diretamente e com precisão. A medições de espessura podem ser feitas diretamente a partir de imagens de seções transversais com base na ampliação da escala, como a seção transversal mostrada na Figura 42. Adicionalmente, o diferencial de cor entre as primeiras regiões e as segundas regiões é representativo e proporcional às diferenças no peso base, densidade volumétrica, e outras propriedades intensivas, que podem da mesma forma ser medidas diretamente. A metodologia de microtomografia computadorizada é explicada abaixo na seção de Métodos de teste.
[0222]A Figura 43 é uma imagem de varredura de microtomografia computadorizada do material não tecido 10 mostrado nas Figuras 40 e 41. O uso da técnica permite a análise da primeira e da segunda regiões específicas mostradas como porções numeradas do material não tecido 10. Na Figura 43, as regiões específicas foram selecionadas manualmente e analisadas para medir a espessura, peso base e densidade volumétrica, e os dados são apresentados na Figura 44.
[0223]A Figura 44 mostra dados para agrupamentos das medições da primeira e da segunda regiões feitas dentro das três zonas representadas na Figura 44. O eixo geométrico x representa as regiões, com os números correspondendo às regiões numeradas na Figura 43. As medições das primeira regiões são identificadas como Fn (por exemplo, F1) e as medições das segundas regiões são identificadas como Sn (por exemplo, S1). Dessa forma, as regiões 1 a 5 são as primeiras regiões F1, estando cada uma na zona 110. As regiões 6 a 10 são as segundas regiões S1, estando também na zona 110. De modo semelhante, as primeiras regiões F2 são as regiões 16 a 20 na zona 120, e as regiões 11 a 15 e 21 a 25 são as segundas regiões S2 na zona 120. Por fim, as regiões 31 a 35 são as primeiras regiões F3 na zona 130 e as regiões 26 a 30 são as segundas regiões S2 na zona 130. As regiões numeradas são representadas de forma consistente em todos os três gráficos da Figura 44, mas por uma questão de simplicidade, as zonas 110, 120 e 130 são representadas somente no mapa de espessura.
[0224]Os gráficos mostrados na Figura 44 representam graficamente a magnitude da diferença nas propriedades intensivas entre as primeiras regiões e as segundas regiões dentro de qualquer uma das zonas, e podem ser utilizados para visualizar graficamente a diferença em propriedades intensivas para pares de regiões que compõem uma microzona. Por exemplo, pode-se observar que na zona 110 o peso base entre as duas regiões pode ser substancialmente igual, mas a espessura (calibre) pode variar de cerca 400 mícrons nas primeiras regiões a cerca 40 mícrons nas segundas regiões, ou um diferencial em torno de 10X. A densidade volumétrica na zona 110 pode variar de cerca 0,1 g/cc a cerca 0,6 g/cc. Distinções quantificáveis similares podem ser compreendidas para cada uma das zonas mostradas.
[0225]Dessa forma, com referência à Figura 43 e à Figura 44 juntas, uma caracterização adicional da estrutura benéfica de um tecido 10 da presente revelação pode ser entendida. O material não tecido 10 pode ser descrito como tendo ao menos duas zonas visualmente distintas, por exemplo, as zonas 110 e 120, com cada uma das zonas tendo um padrão de recursos tridimensionais, sendo que cada um dos recursos tridimensionais define uma microzona que compreende a primeira e a segunda regiões, por exemplo, regiões 300, 310, e sendo que a diferença nos valores para ao menos uma das microzonas na primeira zona é quantificavelmente diferente da diferença nos valores para ao menos uma das microzonas na segunda zona. Por exemplo, na Figura 43, duas microzonas representativas 400 na zona 130 são designadas como o par de regiões marcadas como áreas 31 e 27 e 33 e 26. Ou seja, a primeira região 31 e a segunda região 27 formam uma microzona, e a primeira região 33 e a segunda região 26 formam uma microzona. De modo semelhante, duas microzonas representativas 400 na zona 120 são designadas como o par de regiões marcadas como áreas 19 e 24 e 17 e 22. A partir da Figura 44, as Tabelas 4 a 7 podem ser preenchidas conforme mostrado:Tabela 4: Exemplos ilustrativos de diferenças de espessura em microzonas
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Tabela 5: Exemplos ilustrativos de diferenças no peso base em microzonas
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Tabela 6: Exemplos ilustrativos de diferenças na densidade volumétrica em microzonas
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Tabela 7: Exemplos ilustrativos de diferenças em propriedades intensivas dentro de diferentes zonas:
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[0226]As quatro microzonas representativas de duas zonas são mostradas nas Tabelas 4 a 6 para ilustração. Mas, conforme pode ser entendido, cada par de primeira e segunda regiões na Figura 43 poderia da mesma forma ser quantificado para preencher adicionalmente fileiras adicionais na Tabela 4, mas não o são por propósitos de concisão. Em geral, para qualquer tecido dotado de duas ou mais zonas, sendo que cada zona tem um padrão de recursos tridimensionais definindo microzonas, as propriedades intensivas podem ser medidas e organizadas conforme ilustrado aqui com referência às Figuras 43 e 44 para que se possa entender tanto a diferença em valores para propriedades intensivas dentro de uma zona, como as diferenças em valores de propriedades intensivas entre uma região na primeira zona e outra região em uma segunda zona.
[0227]Uma microzona que abrange duas zonas, como as zonas 110 e a zona 130, pode ter uma diferença ainda maior em propriedades intensivas em relação a uma microzona dentro de uma única zona. Por exemplo, a visualização dos dados para uma microzona abrangendo uma primeira região da zona 130, por exemplo, na primeira região 32, e uma segunda região da zona 110, por exemplo, na segunda região 8, a microzona apresenta diferenças drásticas em todas as propriedades de espessura, peso base e densidade volumétrica. A espessura da primeira região 32 da zona 130 é de cerca de 2100 mícrons, enquanto a espessura da segunda região 8 da zona 110 é de cerca de 29 mícrons, ou um diferencial de cerca de 72X. De modo semelhante, o peso base da primeira região 32 da zona 130 pode ser tão alto quanto 150 g/m2, enquanto o peso base da segunda região 8 da zona 110 pode ser de cerca de 14 g/m2, ou um diferencial de cerca de 10X. Além disso, a densidade volumétrica da primeira região 32 da zona 130 pode ser de cerca 0,069 g/cc, enquanto a densidade volumétrica da segunda região 8 da zona 110 pode ser de 0,492 g/cc, ou um diferencial de cerca de 7X.
[0228]Para cada um dos parâmetros de propriedade intensiva medidos das várias regiões de uma microzona, tal medição é feita com o uso do método de microtomografia computadorizada aqui descrito. A resolução do método respalda o estabelecimento das propriedades intensivas das regiões de microzona, de modo a poder dimensionar as comparações de diferenças e razões de regiões, conforme descrito aqui.
[0229]A caracterização adicional de um tecido 10 pode ser realizada por referência às Figuras 45 a 49, que são MEVs mostrando com mais detalhes certos aspectos do material não tecido 10 e de regiões existentes no mesmo. As Figuras 45 a 49 são fotografias de porções ampliadas da zona 110 do tecido mostrado na Figura 38. O material não tecido 10 mostrado na Figura 38 foi produzido de acordo com o processo descrito acima com referência à Figura 7 em que o tecido foi processado através de uma linha de contato formada pelos cilindros de compactação 70 e 72, com o cilindro 72 que entra em contato com o primeiro lado 12 que é aquecido para causar a união parcial de fibras nas segundas regiões 301. As Figuras 45 (voltadas para a esteira) e 46 (voltadas para o cilindro de compactação aquecido) são MEVs de uma porção da segunda superfície 14 e da primeira superfície 12, respectivamente, ampliadas para 20X. As Figuras 47 (voltada para a esteira) e 48 (voltada para o cilindro de compactação aquecido) são fotografias de uma porção da segunda superfície 14 e da primeira superfície 12, respectivamente, ampliadas 90X, e mostram em detalhes a característica estrutural benéfica da união parcial das fibras formadas pelos cilindros de compactação 70 e 72.
[0230]Como pode ser melhor visto nas Figuras 47 e 48, bem como na vista em seção transversal da Figura 49, os cilindros de compactação aquecidos podem causar a união térmica das fibras em graus diferentes com um efeito benéfico sobre todo o tecido 10. Conforme mostrado, as fibras em contato com um cilindro aquecido, por exemplo o cilindro 70 em contato com a primeira superfície 12 do tecido 10, podem ser unidas por fusão de modo que a primeira superfície 12 experimenta uma ligação de fibra a fibra relativamente maior do que a segunda superfície 14. Em uma modalidade, as fibras unidas 80 da primeira superfície podem ser substancial e completamente unidas por fusão para formar, de fato, uma película de filme de fibras unidas, enquanto as fibras na segunda região 310 no segundo lado 14 podem experimentar pouca ou nenhuma união. Esse recurso permite um material não tecido 10 para uso em um artigo absorvente descartável, por exemplo, como uma camada superior, para manter a integridade física durante a fabricação e uso, bem como a maciez relativa de um lado, que pode ser o lado em contato com a pele voltado para o usuário.
[0231]Mesmo nas microzonas com o maior diferencial de espessura, esse efeito de "revestimento de união" tem a finalidade de manter a integridade da manta, ao mesmo tempo em que não afeta significativamente a maciez, ou outras propriedades benéficas como propriedades de manuseio de fluidos. Conforme pode ser entendido com referência às Figuras 50 a 53, o diferencial na extensão de união térmica das fibras pode ser tal que as fibras na primeira superfície 12 em uma segunda região 310 podem ser completas ou substancialmente completas, enquanto a extensão da união térmica das fibras na segunda superfície 14 em uma primeira região 300 pode ser mínima, sem ligação térmica.
[0232]A Figura 50 mostra novamente a porção de material não tecido 10 mostrada na Figura 38. As Figuras 51 a 53 mostram imagens ampliadas de uma microzona, indicada na Figura 50 como uma primeira região 300 e uma segunda região 310, que parece visualmente ser um orifício ou uma abertura. As Figuras 51 e 52 mostram a microzona à medida que ela aparece na segunda superfície 14 ampliada em 40X e 200X, respectivamente. A Figura 53 mostra a segunda região 310 conforme ela aparece no primeiro lado 12 sob ampliação de 200X. As fibras na segunda região 310 são completamente, ou substancialmente completamente unidas, enquanto as fibras na primeira região 300 são completamente ou substancialmente completamente não unidas. O benefício da estrutura ilustrada é que uma microzona pode funcionar como uma abertura permeável a fluidos, enquanto as regiões unidas da segunda região 310 funcionam simultaneamente para manter a integridade física do tecido 10.
[0233]As microzonas, portanto, desempenham um papel significativo na estrutura física geral e no funcionamento de um tecido 10 da presente invenção. Com a produção de recursos tridimensionais projetados com precisão e com espaçamento relativamente próximo, possibilitado pela esteira de formação da presente descrição, um tecido 10 pode exibir zonas, microzonas e recursos tridimensionais visualmente distintos que proporcionam superioridade funcional nas áreas ao menos de maciez e manuseio de fluidos, bem como designs estéticos visualmente atraentes. A diferença potencial nas propriedades físicas da primeira e da segunda superfícies permite que o material não tecido 10 seja projetado tanto para resistência quanto para maciez, tanto em forma como em função.
[0234]A Figura 54 é uma imagem de varredura de microtomografia computadorizada da porção de material não tecido 10 similar àquela mostrada nas Figuras 40 e 41, mas tendo sido submetida à etapa de processamento adicional de formação de uniões de ponto 90 na linha de contato dos cilindros de calandragem 71 e 73. Conforme descrito acima, em relação à discussão das Figuras 43 e 44, para microzonas de união de pontos específicas 400, a primeira e a segunda regiões mostradas como porções numeradas do material não tecido 10 podem ser analisadas e incluem regiões de uniões de ponto, especificamente nas áreas numeradas 31 a 35. Por exemplo, as regiões adjacentes 32 e 26 formam uma microzona 400 na terceira zona 130. Na Figura 54, as regiões específicas foram visualmente discernidas para identificar regiões que incluem as regiões de união de pontos adicionais e analisadas para medir a espessura, peso base e densidade volumétrica, sendo os dados apresentados na Figura 55, onde a espessura, o peso base e a densidade volumétrica de todas as regiões, incluindo as regiões de união de pontos, são quantificadas e comparadas.
[0235]A Figura 55 mostra dados para agrupamentos da primeira e da segunda medições de região feitas dentro das três zonas representadas na Figura 54. O eixo geométrico x representa as regiões, com os números correspondendo às regiões numeradas na Figura 43. As medições das primeiras regiões são identificadas como Fn (por exemplo, F1) e as medições das segundas regiões são identificadas como Sn (por exemplo, S1). Dessa forma, as regiões 1 a 5 são as primeiras regiões F1, estando cada uma na zona 110. As regiões 6 a 10 são as segundas regiões S1, estando também na zona 110. De modo semelhante, as primeiras regiões F2 são as regiões 16 a 20 na zona 120, e as regiões 11 a 15 e 21 a 25 são as segundas regiões S2 na zona 120. Finalmente, as regiões 31 a 35 são segundas regiões mas são uniões de ponto 90 designadas na Figura 55a B1 para distingui-las nesta revelação como tendo sido formadas por um processo de ligação pontual. As primeiras regiões F3 na zona 130 são as regiões 26 a 30 e 36 a 40, enquanto as regiões 41 a 44 são as segundas regiões S2 na zona 130. As regiões numeradas são representadas de forma consistente em todos os três gráficos da Figura 55, mas por uma questão de simplicidade, as zonas 110, 120 e 130 são representadas somente no mapa de espessura.
[0236]Os gráficos mostrados na Figura 54 representam graficamente a magnitude da diferença nas propriedades intensivas entre as primeiras e as segundas regiões dentro de qualquer uma das zonas de um tecido submetidas a uma etapa de ligação pontual por calandragem, e podem ser utilizadas para visualizar graficamente a diferença em propriedades intensivas para pares de regiões que compõem uma microzona. Por exemplo, pode-se observar que na zona 110 esse peso base entre as duas regiões pode variar dentro de uma faixa mais estreita do que a espessura ou a densidade volumétrica. Por exemplo, a espessura (calibre) pode variar de cerca 325 mícrons nas primeiras regiões a cerca de 29 mícrons nas segundas regiões da zona 110, ou um diferencial em torno de 10X. A densidade volumétrica na zona 110 pode variar de cerca de 0,08 g/cc a cerca de 0,39 g/cc. Distinções quantificáveis similares podem ser compreendidas para cada uma das zonas mostradas.
[0237]Em geral, as regiões de uma microzona podem ter valores amplamente variáveis para peso base, espessura e densidade volumétrica.
[0238]Dessa forma, com referência às Figuras 54 e Figura 55 juntas, a caracterização adicional da estrutura benéfica de um tecido 10 da presente revelação pode ser entendida especificamente em relação às uniões de pontos de calandragem térmica 90. Com o foco nos propósitos de descrição na zona 130, os recursos tridimensionais que definem uma microzona que compreende primeiras e segundas regiões que são regiões ligadas por pontos, podem ser identificados e quantificados os valores de propriedades intensivas. Por exemplo, na Figura 54, uma microzona de união de pontos representativa 400 na zona 130 pode ser o par de regiões marcadas como áreas 26 e 32 ou 30 e 35. Ou seja, a primeira região 26 e a segunda região 32 formam uma microzona de união de pontos 400, e a primeira região 30 e a segunda região 35 formam uma microzona de união de pontos 400.
[0239]As diferenças em certas propriedades intensivas para as microzonas de união de pontos podem ser vistas na Figura 55. Por exemplo, tomando-se as duas microzonas de união de pontos 400 descritas acima, por exemplo, as duas microzonas de união de pontos 400 das regiões 26 e 32 e 30 e 35, respectivamente, pode-se observar que há uma leve diferença de peso base entre as primeiras e as segundas regiões na faixa de cerca de 55 a cerca de 60 g/m2, mas as mesmas regiões exibem uma diferença significativa na espessura de cerca de 430 mícrons a cerca de 460 mícrons a cerca de 125 mícrons, e uma diferença significativa na densidade volumétrica de cerca de 0,13 a 0,14 g/cc a cerca de 0,41 a 0,48 g/cc. Outras diferenças nas propriedades intensivas podem ser observadas com referência à Figura 55.
[0240]Os pontos de união 90 podem desempenhar um papel significativo na estrutura física geral e no funcionamento de um tecido 10 da presente invenção. Pela adição de pontos de união 90 ao tecido 10 compreendendo recursos tridimensionais projetados com precisão e com espaçamento relativamente próximo, possibilitados pela esteira de formação da presente revelação, um tecido 10 pode ser adicionalmente melhorado para exibir uma combinação inesperada de zonas, microzonas e recursos tridimensionais visualmente distintos que proporcionam superioridade funcional nas áreas de maciez, resistência e manuseio de fluidos, bem como designs estéticos visualmente atraentes. O recurso de pontos de união proporciona um material não tecido 10 projetado para o melhor desempenho combinado de resistência, maciez, manuseio de fluidos e estética visual, especialmente considerando tanto a forma como a função. Métodos de teste: Teste de envelhecimento por compressão Medição de calibre inicial: • Cortar cinco amostras de 8 centímetros por 8 centímetros (3 polegadas por 3 polegadas) por material não tecido a ser medido. • Numerar cada uma das amostras de 1 a 5. • Medir o calibre a 0,5 kPa com o pé de 65 mm padrão usando o testador de calibre Thwing-Albert de acordo com os procedimentos padrão. • Relatar calibre inicial para cada uma das cinco amostras. • Relatar o calibre médio das cinco amostras. Método de compressão envelhecida e medição de calibre envelhecido • Empilhar as cinco amostras em um modo alternado com cada uma separada por uma toalha de papel, a pilha começando e terminando com um número de amostra 1 e 5, respectivamente. • Colocar as amostras empilhadas de modo alternado em um suporte de amostras de alumínio com um peso adequado sobre as amostras (4 KPa, 14 KPa ou 35 KPa). • Colocar as amostras empilhadas com o peso em forno a 40°C por 15 horas. • Remover o peso após 15 horas, separar as amostras e medir o calibre de cada amostra a 0,5 kPa com testador de calibre Thwing-Albert com pé de 65 mm padrão, de acordo com os procedimentos padrão. • Relatar o valor de calibre envelhecido para cada uma das cinco amostras. • Relatar o calibre envelhecido médio das cinco amostras. Relatórios de análise: • Relatar os calibres inicial e envelhecido médios por número de posição • Relatar o Índice de Recuperação de Calibre: (Calibre Envelhecido Médio/Calibre Inicial Médio) * 100
Gramatura localizada
[0241]A gramatura localizada do tecido não-tecido pode ser determinada por várias técnicas disponíveis, porém uma técnica representativa simples envolve uma matriz de perfuração que tem uma área de 3,0 cm2 que é usada para cortar um pedaço de amostra da manta da região selecionada da área total de um tecido não-tecido. O pedaço de amostra é, então ponderado e dividido por sua área para produzir a gramatura localizada do tecido não-tecido em unidades de gramas por metro quadrado. Os resultados são relatados como uma média de 2 amostras por região selecionada.
Teste de teor de felpa
[0242]O teste de teor de felpa é usado para determinar a quantidade de fibras removidas de materiais não-tecidos sob uma força de abrasão (isto é, o teor de felpa).
[0243]O teste de teor de felpa usa os seguintes materiais: • Testador de fricção "Sutherland Ink Rub" com um peso de 0,9 kg (2 lb), disponível junto à Danilee Co, San Antonio, TX, EUA. • Rolos de pano com óxido de alumínio de grão 320 fabricados pela Plymouth Coatings, (617) 447- 7731. Este material pode também ser adquirido da McMaster Carr, part number 468.7A51, (330) 995-5500. • Fita dupla-face 3M 409, disponível da Netherland Rubber Company, (513) 733-1085. • Fita de remoção de fibra 3M 3187, disponível da Netherland Rubber Company, (513) 733-1085. • Balança analítica (+/- 0,0001 g) • Cortador de papel • 2200 g de peso (metal) 170 mm x 63 mm. • Papelão grosso de forro com calibre de 1,13 mm (0,0445 polegada).
Preparação do material:
[0244]Medir e cortar um pedaço de 19 cm de comprimento (7,5 polegadas) do pano de óxido de alumínio. Medir e cortar pedaços de 16,5 cm (6,5 polegadas) da fita 3M n° 3187, dois pedaços de fita para cada espécime. Dobrar aproximadamente 0,6 cm (0,25 polegada) em cada extremidade da fita 3M n° 3187 para facilitar o manuseio. Colocar a fita 3M n° 3187 sobre o papelão grosso de forro, para uso posterior.
Preparação das amostras
[0245]Antes de manusear ou de testar qualquer dos materiais, lavar as mãos com água e sabão para remover o excesso de oleosidade. Opcionalmente, usar luvas de látex. Cortar uma amostra do tecido não-tecido a ser testado com um tamanho de ao menos 11 cm na DM e 4 cm na DT. Abrir a amostra de tecido não-tecido a ser testada, com o lado a ser testado voltado para baixo. Cortar um pedaço de ao menos 11 cam de comprimento da fita dupla-face 3M n° 409. Remover a tira de papel e aplicar o lado da fita dupla-face que estava voltado para a fita de papel à amostra de tecido não-tecido no sentido do comprimento da direção da máquina (DM). Recolocar a fita de papel sobre o lado exposto. Usando o cortador de papel, cortar, da área com fita, amostras de teste de 11 cm na MD e 4 cm na DT. Procedimento de teste 1. Montar a peça cortada do pano de óxido de alumínio no testador de fricção Sutherland Ink Rub usando o peso de 0,9 kg (2 lb.). Colocar uma segunda peça cortada de pano de óxido de alumínio sobre o papelão (uma nova peça é usada para cada teste). Colocar ambos sobre o peso de 0,9 kg (2 lb). As laterais se dobrarão nos clipes. Confirmar que o pano de óxido de alumínio e o papelão estejam planos. 2. Montar a espécime na plataforma do testador de fricção Sutherland Ink, centralizando-a na placa de metal. Colocar o peso de 2.200 g sobre a espécime por 20 segundos. 3. Conectar a placa de metal e o peso de 0,9 kg (2 lb) ao testador Sutherland. 4. Ligar o testador de fricção. Se a luz do contador não acender, pressionar o botão de reinicialização (reset). Pressionar o botão do contador para configurar a fricção em 20 ciclos. Selecionar a velocidade 1 (a velocidade baixa) (a luz não acende) usando o botão de velocidade. Pressionar "Start" (Iniciar). 5. Quando o testador se desligar, remover cuidadosamente o pano e o peso, tomando cuidado para não perder as microfibras soltas (felpas). Em alguns casos, as microfibras estarão presas tanto ao pano de óxido de alumínio quanto à superfície da amostra de não-tecido. Colocar o peso de cabeça para baixo na bancada. 6. Pesar as fitas de remoção de fibra com o papel removível preso a elas. Segurando a fita de remoção de fibra por suas extremidades dobradas, remover o papel removível colocá-lo de lado. Delicadamente colocar a fita sobre o pano de óxido de alumínio para remover toda a felpa. Remover a fita de remoção de fibra e colocar de volta no papel removível. Pesar e anotar o peso das fitas de remoção de fibra. 7. Segurar, por suas extremidades dobradas, outra peça da fita de remoção de fibra pré-pesada. Delicadamente colocar a fita de remoção de fibra sobre a superfície da amostra de não-tecido friccionada. Colocar uma placa de metal plana sobre a fita de remoção de fibra. 8. Colocar o peso de 2.200 g sobre a placa de metal por 20 segundos. Remover a fita de remoção de fibra. Segurar, por suas extremidades dobradas (para evitar impressões digitais), a fita de remoção de fibra pré- pesada. Colocar a fita de remoção de fita pré-pesada de volta no papel removível. Pesar e anotar o peso das fitas de remoção de fibra. 9. O peso das felpas é a soma do aumento de peso de ambas as fitas de remoção de fibra. 10. O peso das felpas reportado é a média de 10 medições.
Cálculos
[0246]Para uma dada amostra, adicionar o peso em gramas das felpas coletadas do pano de óxido de alumínio e o peso em gramas das felpas coletadas da amostra de não- tecido friccionada. Multiplicar o peso combinado em gramas por 1.000 para converter em miligramas (mg). Para converter esta medição de perda de peso absoluto em perda de peso por unidade de área, dividir o peso total de felpas pela área da região friccionada.
Teste de permeabilidade ao ar
[0247]O teste de permeabilidade ao ar é usado para determinar o nível de fluxo de ar em pés cúbicos por minuto (ft3/min) através de uma esteira de formação. O teste de permeabilidade ao ar é executado em um Testador de Permeabilidade ao Ar da Textest Instruments, modelo FX3360 Portair, disponível junto à Textest AG, Sonnenbergstrasse 72, CH 8603 Schwerzenbach, Suíça. A unidade utiliza uma placa de orifício de 20,7 mm para faixas de permeabilidade ao ar entre 142 a 472 L/s (300 a 1.000 pés cúbicos/minuto). Se a permeabilidade ao ar for menor que 142 L/s (300 pés cúbicos/minuto), a placa de orifício precisa ser reduzida; se for maior do que 472 L/s (1.000 pés cúbicos/minuto), a placa de orifício precisa ser aumentada. A permeabilidade ao ar pode ser medida em zonas localizadas de uma esteira de formação para determinar diferenças na permeabilidade ao ar ao longo de esteira de formação. Procedimento de teste 1. Ligar o instrumento FX3360. 2. Selecionar um estilo pré-determinado que tem a seguinte configuração: a. Material: Padrão b. Propriedade de Medição: Permeabilidade ao ar (AP) c. Pressão de Teste: 125 Pa (Pascal) d. Fator T: 1,00 e. Passo de ponto de teste: 2 centímetros (0,8 polegada). 3. Posicionar a placa de orifício de 20,7 mm no lado de topo da esteira de formação (o lado com as protuberâncias tridimensionais) na posição de interesse. 4. Selecionar "Medição de Mancha" na tela sensível ao toque da unidade de teste. 5. Reinicializar o sensor antes da medição, se necessário. 6. Uma vez reinicializado, selecionar o botão de "Início" para iniciar a medição. 7. Esperar até que a medição se estabilize e anotar a leitura de ft3/min da tela. 8. Selecionar o botão "Iniciar" novamente para interromper a medição.
Teste da altura de pilha de bolsas
[0248]A altura de empilhamento de bolsas de uma embalagem de artigos absorventes é determinada da seguinte forma:
Equipamento
[0249]Um testador de espessura com uma placa deslizante horizontal rígida e plana é usado. O testador de espessura é configurado de modo que a placa deslizante horizontal se move livremente em uma direção vertical com a placa deslizante horizontal sempre mantida em uma orientação horizontal diretamente acima de uma placa base horizontal rígida e plana. O testador de espessura inclui um dispositivo adequado para medir o vão entre a placa deslizante horizontal e a placa de base horizontal dentro de ± 0,5 mm horizontal. A placa deslizante horizontal e a placa base horizontal são maiores do que a superfície da embalagem do artigo absorvente que entra em contato com cada placa, isto é, cada placa se estende após a superfície de contato da embalagem do artigo absorvente em todas as direções. A placa deslizante horizontal exerce uma força para baixo de 8,34 N (850 ± 1 grama-força) na embalagem do artigo absorvente, que pode ser conseguida colocando-se um peso adequado no centro da embalagem que não entra em contato com a superfície superior da placa deslizante horizontal de modo que a massa total da placa deslizante mais o peso adicionado é 850 ± 1 gramas.
Procedimento de teste
[0250]As embalagens de artigos absorventes são equilibradas a 23 ± 2°C e 50 ± 5% de umidade relativa antes da medição.
[0251]A placa deslizante horizontal é elevada e uma embalagem de artigo absorvente é colocada no centro sob a placa deslizante horizontal, de tal forma que os artigos absorventes dentro da embalagem fiquem em uma orientação horizontal (veja a Figura XX). Qualquer cabo ou outra característica da embalagem sobre a superfície que poderia estar em contato com as placas é dobrado de forma horizontal contra a superfície da embalagem de forma a minimizar seu impacto na medição. A placa deslizante horizontal é abaixada lentamente até que entre em contato com a superfície superior da embalagem e, então, liberada. O vão entre as placas horizontais é medido dentro de ± 0,5 mm, dez segundos após a liberação da placa deslizante horizontal. Cinco embalagens idênticas (mesmo tamanho e mesma contagem de artigos absorventes) são medidas e a média aritmética é registrada como a largura da embalagem. A "altura de empilhamento de bolsas" = (largura da embalagem/contagem de artigos absorventes por pilha) x 10 é calculada e relatada dentro de ± 0,5 mm.
Método de medição de propriedade intensiva por microtomografia computadorizada (Micro-TC)
[0252]O método de medição de propriedade intensiva por micrografia computadorizada mede os valores de peso base, espessura e densidade volumétrica nas regiões visualmente discerníveis de uma amostra de substrato. Baseia-se na análise de uma imagem tridimensional de amostra de raio x obtida em um instrumento de microtomografia computadorizada (um instrumento adequado é o Scanco μCT 50 disponível junto à Scanco Medical AG, Suíça, ou equivalente). O instrumento de microtomografia computadorizada é um microtomógrafo de feixe cônico com um gabinete blindado. Um tubo de raios x isento de manutenção é utilizado como a fonte com um ponto focal de diâmetro ajustável. O feixe de raios x passa através da amostra, onde alguns dos raios x são atenuados pela amostra. A extensão da atenuação está correlacionada à massa de material através da qual os raios x terão de passar. Os raios x transmitidos continuam até a matriz detetora digital e geram uma imagem de projeção bidimensional da amostra. Uma imagem tridimensional da amostra é gerada pela coleta de várias imagens de projeção individuais da amostra conforme ela é girada, que são então reconstruídas em uma única imagem tridimensional. O instrumento está em interface com um software executado em computador para controlar a captura de imagem e salvar os dados brutos. A imagem tridimensional é, então, analisada com o uso de software para análise de imagens (um software para análise de imagens adequado é o MATLAB disponível junto à Mathworks, Inc., Natick, MA, EUA ou equivalente) para medir o peso base, a espessura e as propriedades intensivas de densidade volumétrica de regiões dentro da amostra.
Preparação das amostras:
[0253]Para obter uma amostra para medição, posicionar horizontalmente uma camada única do material de substrato seco e cortar por matriz uma peça circular com um diâmetro de 30 mm.
[0254]Se o material de substrato for uma camada de um artigo absorvente, por exemplo uma camada superior, não tecido da camada inferior, camada de captura, camada de distribuição ou outra camada componente; prenda com fita o artigo absorvente a uma superfície plana e rígida em uma configuração plana. Separar cuidadosamente a camada individual de substrato do artigo absorvente. Um bisturi e/ou aspersão criogênica (como o Cyto-Freeze, Control Company, Houston, TX, EUA), podem ser utilizados para remover uma camada de substrato das camadas subjacentes adicionais, se necessário, para evitar qualquer extensão longitudinal e lateral do material. Uma vez que a camada de substrato tenha sido removida do artigo, prosseguir com o corte por matriz da amostra conforme descrito acima.
[0255]Se o material de substrato estiver sob a forma de um lenço umedecido, abra uma nova embalagem de lenços umedecidos e remova toda a pilha da embalagem. Remover um único lenço do meio da pilha, posicioná-lo horizontalmente e deixá-lo secar completamente antes do corte por matriz da amostra para análise.
[0256]Uma amostra pode ser cortada de qualquer local contendo a zona visualmente discernível a ser analisada. Dentro de uma zona, as regiões a serem analisadas são aquelas associadas a um recurso tridimensional que define uma microzona. A microzona compreende ao menos duas regiões visualmente discerníveis. Uma zona, recurso tridimensional ou microzona pode ser visualmente discernível devido a alterações na textura, elevação ou espessura. As regiões dentro de diferentes amostras retiradas do mesmo material de substrato podem ser analisadas e comparadas umas com as outras. Deve-se tomar cuidado para evitar dobras, vincos ou rasgos ao selecionar um local para amostragem.
Captura de imagem:
[0257]Configurar e calibrar o instrumento de microtomografia computadorizada de acordo com as especificações do fabricante. Colocar a amostra no suporte adequado, entre dois anéis de material de baixa densidade, que tenham um diâmetro interno de 25 mm. Isso permitirá que a porção central da amostra fique horizontal e seja varrida sem ter quaisquer outros materiais diretamente adjacentes às suas superfícies superior e inferior. As medições devem ser feitas nesta região. O campo de imagem em 3D da vista é de aproximadamente 35 mm de cada lado no plano xy com uma resolução de aproximadamente 5000 por 5000 pixels, e com um número suficiente de fatias de 7 mícrons de espessura coletadas para incluir completamente a direção z da amostra. A resolução da imagem em 3D reconstruída contém voxels isotrópicos de 7 mícrons. As imagens são capturadas com a fonte a 45 kVp e 133 μA sem filtro de baixa energia adicional. Essas configurações de corrente e tensão podem ser otimizadas para produzir o contraste máximo nos dados de projeção com penetração de raios x suficiente através da amostra, mas uma vez otimizadas são mantidas constantes para todas as amostras substancialmente similares. Um total de 1500 imagens de projeção são obtidas com um tempo de integração de 1000 ms e 3 médias. As imagens de projeção são reconstruídas na imagem em 3D e salvas em formato RAW de 16 bits para preservar o sinal de saída do detector completo para análise.
Processamento de imagem:
[0258]Carregar a imagem em 3D no software para análise de imagens. Estabelecer um limiar para a imagem em 3D em um valor que separe e remova o sinal de fundo devido ao ar, mas que mantenha o sinal procedente das fibras de amostra no interior do substrato.
[0259]São geradas três imagens de propriedade intensiva em 2D a partir da imagem de limiar em 3D. A primeira é a imagem do peso base. Para gerar esta imagem, o valor para cada voxel em uma fatia no plano xy é somado a todos os seus valores de voxel correspondentes nas outras fatias na direção z contendo sinal da amostra. Isso cria uma imagem em 2D na qual cada pixel tem agora um valor igual ao sinal cumulativo através de toda a amostra.
[0260]Para converter os valores de dados brutos na imagem de peso base em valores reais é gerada uma curva de calibração de peso base. Obter um substrato com uma composição substancialmente similar à da amostra em análise e um peso base uniforme. Seguir os procedimentos descritos acima para obter ao menos dez amostras replicadas do substrato de curva de calibração. Medir com precisão o peso base, tomando a massa com resolução 0,0001 g, dividir pela área da amostra e converter em gramas por metro quadrado (g/m2), de cada uma das amostras de calibração de camada única e calcular a média com resolução 0,01 g/m2. Seguindo os procedimentos descritos acima, capturar uma imagem de microtomografia computadorizada de uma única camada do substrato de amostra de calibração. Seguindo o procedimento descrito acima, processar a imagem de microtomografia computadorizada, e gerar uma imagem de peso base contendo valores de dados brutos. O valor de peso base real para esta amostra é o valor médio de peso base medido nas amostras de calibração. Em seguida, empilhar duas camadas das amostras de substrato de calibração uma sobre a outra, e capturar uma imagem de microtomografia computadorizada das duas camadas de substrato de calibração. Gerar uma imagem de dados brutos de peso base de ambas as camadas juntas, cujo valor de peso base real seja igual a duas vezes o valor médio de peso base medido nas amostras de calibração. Repetir esse procedimento de empilhamento de camadas únicas do substrato de calibração, capturando uma imagem de microtomografia computadorizada de todas as camadas, gerando uma imagem de dados brutos de peso base igual ao número de camadas vezes o valor médio de peso base medido nas amostras de calibração. Um total de ao menos quatro imagens de calibração de peso base diferentes é obtido. Os valores de peso base das amostras de calibração devem incluir valores acima e abaixo dos valores do peso base da amostra original sendo analisada para assegurar uma calibração precisa. A curva de calibração é gerada efetuando-se uma regressão linear nos dados brutos em função dos valores de peso base real para as quatro amostras de calibração. Esta regressão linear precisa ter um valor R2 de ao menos 0,95, caso contrário, todo o procedimento de calibração deve ser repetido. Esta curva de calibração é agora usada para converter os valores de dados brutos em pesos base reais.
[0261]A segunda imagem de propriedade intensiva em 2D é a imagem de espessura. Para gerar essa imagem as superfícies superior e inferior da amostra são identificadas, e a distância entre essas superfícies é calculada dando a espessura da amostra. A superfície superior da amostra é identificada com início na fatia mais alta na direção z e avaliando-se cada fatia que passa através da amostra para localizar o voxel na direção z para todas as posições de pixel no plano xy onde o sinal de amostra foi primeiramente detectado. O mesmo procedimento é seguido para identificar a superfície inferior da amostra, exceto pelo fato de que os voxels na direção z localizados são todas as posições no plano xy onde o sinal de amostra foi detectado pela última vez. Uma vez identificadas as superfícies superior e inferior elas são suavizadas com um filtro mediano 15x15 para remover o sinal de fibras extraviadas. A imagem de espessura em 2D é, então, gerada pela contagem do número de voxels que existem entre as superfícies superior e inferior para cada uma das posições de pixel no plano xy. Esse valor de espessura bruta é, então, convertido em distância real, em mícrons, multiplicando-se a contagem de voxels pela resolução de espessura de fatia de 7 μm.
[0262]A terceira imagem de propriedade intensiva em 2D é a imagem de densidade volumétrica. Para gerar essa imagem dividida cada valor de pixel no plano xy na imagem de peso base, em unidades de g/m2 pelo pixel correspondente na imagem de espessura, em unidades de mícrons. As unidades da imagem de densidade volumétrica são gramas por centímetro cúbico (g/cc).
Peso base, espessura e propriedades intensivas de densidade volumétrica através de micro tomo gr afia computadorizada:
[0263]Começar identificando a região a ser analisada. Uma região a ser analisada é uma região associada a um recurso tridimensional que define uma microzona. A microzona compreende ao menos duas regiões visualmente discerníveis. Uma zona, recurso tridimensional ou microzona pode ser visualmente discernível devido a alterações na textura, elevação ou espessura. Em seguida, identificar o contorno da região a ser analisada. O contorno de uma região é identificado por discernimento de diferenças visuais em propriedades intensivas em comparação a outras regiões dentro da amostra. Por exemplo, um contorno de região pode ser identificado com base no discernimento de uma diferença visual de espessura em comparação a outra região na amostra. Qualquer uma das propriedades intensivas pode ser utilizada para discernir os contornos da região na própria amostra física de qualquer uma das imagens de propriedade intensiva por microtomografia computadorizada. Uma vez que o contorno da região tenha sido identificado, traçar uma "região de interesse" (RDI) oval ou circular no interior da região. A RDI deve ter uma área de ao menos 0,1 mm2, e ser selecionada para medir uma área com valores de propriedade intensiva representativos da região identificada. A partir de cada uma das três imagens de propriedade intensiva calcular o peso base médio, a espessura e a densidade volumétrica dentro da RDI. Anotar esses valores como o peso base da região com resolução 0,01 g/m2, espessura com resolução 0,1 mícron e densidade volumétrica com resolução 0,0001 g/cc.

Claims (5)

1. Tecido não-tecido (10), caracterizado pelo fato de que compreende: a. uma primeira (12) e uma segunda (14) superfícies e uma primeira e uma segunda zonas visualmente discerníveis sobre uma dentre a primeira (12) e a segunda (14) superfícies, cada uma dentre a primeira (110) e a segunda (120) zonas tendo um primeiro padrão de recursos tridimensionais conferido às mesmas por meio de uma esteira de formação (60) na qual o tecido não-tecido (10) foi formado, cada um dos recursos tridimensionais definindo uma microzona compreendendo uma primeira (300) e uma segunda (310) regiões, cada uma dentre a primeira (300) e a segunda regiões (310) sendo permeável a fluido e tendo uma diferença em valores para uma propriedade intensiva; b. em que o tecido não-tecido (10) compreende fibras poliméricas contínuas e as fibras poliméricas na segunda região (310) são parcialmente ligadas termicamente à primeira superfície (12), e c. em que uma dentre a primeira (110) e a segunda (120) zona tem um segundo padrão de recursos tridimensionais sendo ligações térmicas pontuais (90) conferido às mesmas por cilindros de calandragem de ligação pontual (71, 73), cada uma das ligações térmicas pontuais (90) definindo uma microzona de ligação pontual compreendendo uma primeira região (300) de ligação pontual e uma segunda região (310) de ligação pontual, a primeira (300) e segunda (310) regiões de ligação pontual tendo uma diferença de valores para a propriedade intensiva.
2. Tecido não-tecido (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as fibras parcialmente ligadas termicamente (80) na segunda região (310) formam uma pele porosa de ligações fibra a fibra.
3. Tecido não-tecido (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente uma terceira zona (130) tendo um padrão de recursos tridimensionais definindo uma microzona compreendendo uma primeira (300) e uma segunda (310) regiões, em que a diferença em valores para uma propriedade intensiva para uma das microzonas na terceira zona (130) é diferente da diferença em valores para a propriedade intensiva para uma das microzonas, tanto na primeira zona (110) quanto na segunda zona (120).
4. Tecido não-tecido (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a diferença em valores para a propriedade intensiva para uma das microzonas na primeira zona (110) é 1,2X diferente da diferença em valores para uma das microzonas na segunda zona (120).
5. Tecido não-tecido (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que algumas das fibras sobre a segunda superfície (14) da segunda região (310) são desprovidas de ligações de fibra a fibra.
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