BR112017018772B1 - Material antiadesão, método para a preparação e kit do referido material e biomembrana substituta, método para a preparação e kit da referida membrana - Google Patents

Material antiadesão, método para a preparação e kit do referido material e biomembrana substituta, método para a preparação e kit da referida membrana Download PDF

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Shoko TOKOROZAKI
Ken-ichiro Hiwatari
Haruki Obara
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Tsuyoshi Kimura
Jun Negishi
Tetsuya Higami
Seiichi Funamoto
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Abstract

material antiadesão, método para a preparação e kit do referido material e biomembrana substituta, método para a preparação e kit da referida membrana. um material antiadesão compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível ou cola de fibrina; um método para preparar um material antiadesão, compreendendo complexar um polímero biocompatível ou cola de fibrina a tecidos descelularizados; um kit de material antiadesão compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível ou cola de fibrina; uma biomembrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível ou cola de fibrina; um método para preparar uma biomembrana substituta, compreendendo complexar um polímero biocompatível ou cola de fibrina com os tecidos descelularizados; e um kit de biomembrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível ou cola de fibrina.

Description

CAMPO TÉCNICO
[006] A presente invenção se refere a um material antiadesão, em particular, a uma biomembrana substituta acompanhada por regeneração de tecido.
TÉCNICA ANTECEDENTE
[007] Adesão de tecido pós-operatório ocorre em uma ampla área tal como departamento cardiovascular, cirurgia digestiva, ortopédicos, obstétricos, oftalmologia, e similares. Por exemplo, adesão intraperitoneal após cirurgia abdominal é reparação fisiológica do corpo vivo e é difícil de impedir completamente a adesão. Portanto, obstrução intestinal adesiva ocorre em uma frequência fixa devido à adesão pós- operatória. Obstrução intestinal adesiva é geralmente observada mais em cirurgia para o abdômen inferior onde existem muitas superfícies de dissecação do que em cirurgia para o abdômen superior. É também dito que sua frequência é proporcional ao tempo cirúrgico e uma quantidade de sangramento até certo ponto. Para prevenir ou diminuir a ocorrência de obstrução intestinal adesiva, são requeridos uma operação cuidadosa e afetuosa do cirurgião, mínima superfície de dissecação, sangramento mínimo, tempo mínimo de operação, prevenção da contaminação durante a operação, mínimo restante de uma matéria estranha, uso de sutura absorvível, drenagem apropriada, prevenção de infecção, ambulação pós-operatória precoce, e similares. No caso de operação contaminada de emergência, são também requeridos suficiente lavagem intraperitoneal, posição corporal pós-operatória, uso pós-operatório de antibióticos, e similares. Embora cada um destes seja efetivo para prevenir obstrução intestinal adesiva até certo ponto, estes não são suficientes para completamente prevenir a ocorrência de obstrução intestinal adesiva (Referência de não patente 1).
[008] No campo de obstétricos, adesão da tuba de falópio é um dos problemas mais importantes visto que pode levar a uma diminuição da fecundidade no futuro. Até hoje, uma variedade de prevenção de adesão pós-operatória tem sido tentada, porém não é esse um método perfeito para a prevenção da adesão já estabelecida (Referência de não patente 2).
[009] No campo de cirurgia cardiovascular, adesão pós-operatória entre o epicárdio (a superfície do coração) e as paredes do tórax e entre o pericárdio e o epicárdio aumenta o risco de dano ao coração e as grandes artérias durante reoperação (Referência de não patente 3). Adesão tem um efeito adverso sobre quase todas as manipulações durante a reoperação. Adesão provoca sangramento devido à adesiotomia, dano aos órgãos e aos vasos, e diminui a visibilidade de uma estrutura de superfície do coração. Operação prolongada aumenta a invasão aos pacientes e aumento na quantidade de sangramento agrava distúrbios de órgão associados com transfusão sanguínea maciça. Quando o epicárdio e as paredes do tórax são solidamente aderidas uma à outra após a operação, distúrbio de contração do coração, especialmente do ventrículo direito, algumas vezes ocorre. A esse respeito, é preferível formar as condições onde o epicárdio não adere às estrutura circundante e pode mover-se livremente. Acredita-se que o auto-pericárdio, uma vez aberto, é preferivelmente novamente fechado, porém existem muitos casos onde não é possível e em geral não é desejável forçar o religamento (Referência de não patente 4). Portanto, após cardiotomia, algum material substituto de pericárdio é frequentemente usado para fechamento do pericárdio. Por exemplo, membrana de silício, poliuretano, fáscia, folha de politetrafluoroetileno expandido (e-PTFE), pericárdio heterogêneo de, por exemplo, vaca, porco, cavalo, etc., Dacron, dura máter, e similares foram usados. Entretanto, adesão do pericárdio é severa e o uso de material estranho pode induzir a inflamação nos tecidos circundantes e o início de mediastinite (Referência de não patente 5). Quando permanecer como uma matéria estranha, ele torna-se um viveiro de bactérias infecciosas e algumas vezes é calcificado em um tempo distante. Portanto, o desenvolvimento de um material substituto do pericárdio com alta biocompatibilidade ou uma membrana substituta que acelera a regeneração é desejado.
[0010] É reportado que 1,3 bilhões de dólares foram gastos por ano para o tratamento de adesão abdominal nos Estados Unidos (Referência de não patente 6). Desse modo, de aspectos econômicos médicos, é importante tomar uma medida para aliviar a adesão tanto quanto possível. Além disso, alívio da adesão, melhora de QOL (Qualidade de Vida) de paciente e redução de despesas médicas são esperados. Entretanto, nas presentes circunstâncias, adesão de tecido pós-operatório não pode completamente ser impedida e é um grande problema que incomoda os cirurgiões.
[0011] Uma barreira física para prevenir a adesão inclui atualmente uma barreira tal como hialuronato de sódio / carboximetil celulose (Seprafilm (marca comercial registrada)) como um material, de uso clínico do qual é domesticamente aprovado, e um material antiadesão tal como celulose regenerada oxidada (Interceed (marca comercial registrada)) e politetrafluoroetileno (e-PTFE) (Membrana cirúrgica GoreTex (marca comercial registrada)). Um material de pericárdio substituto aprovado Estados Unidos inclui um material antiadesão tal como ácido poliláctico / polietileno glicol (REPEL-CV (marca comercial registrada)). A eficácia de qualquer um destes materiais é limitada e não é satisfatória para cirurgiões (Referência de não patentes 7-8). A Membrana cirúrgica Gore-Tex (marca comercial registrada) permanece permanentemente como uma matéria estranha e desse modo induz a inflamação nos tecidos adjacentes e a hiperplasia dos tecidos fibrosos para tornar a composição de tecido não visível durante a reoperação. A partir destas razões também, a produtização de um material substituto de pericárdio com biocompatibilidade elevada ou uma membrana substituta que acelera a regeneração é desejada.
[0012] O uso de cola de fibrina, que é um adesivo de tecido, para prevenir a adesão é reportado (Referência de não patentes 9-10). Entretanto, a cola de fibrina não pode completamente prevenir a adesão de tecido e desse modo um grande problema que incomoda os cirurgiões ainda não foi resolvido.
[0013] O material não bioabsorvível tal como silício, Teflon (marca comercial registrada) e poliuretano é altamente eficaz para prevenir a adesão entre os tecidos, porém permanece na superfície do tecido vivo como sendo não bioabsorvível não apenas para retardar o reparo do tecido, mas também ser uma causa de inflamação. Portanto, uma membrana antiadesão usando material bioabsorvível, tal como, por exemplo, uma membrana antiadesão empregando-se gelatina (referências de patente 4-5), uma membrana antiadesão empregando- se ácido algínico ou ácido hialurônico (Referência de patente 6), uma membrana antiadesão empregando-se carboximetil celulose (Referências de Patente 7-8) e similares foi desenvolvido. Entretanto, apesar das membranas antiadesão bioabsorvível convencionais não permanecerem no corpo vivo, elas eram problemáticas em que seu efeito antiadesão era insuficiente e desse modo a adesão é provável ocorrer e que sua resistência é insuficiente e desse modo a sutura dos tecidos do paciente não é possível.
[0014] Por outro lado, para prevenir a rejeição no caso de transplante de tecidos de outra pessoa ou animais de outras espécies, os tecidos descelularizados preparados removendo-se células dos tecidos biológicos foram desenvolvidos. Um método conhecido para a descelularização inclui um método empregando-se um tensoativo (Referências de Patente 9-10), um método empregando-se uma enzima (Referência de patente 11), um método empregando-se um agente de oxidação (Referência de patente 12), um método empregando-se o tratamento com uma pressão hidrostática elevada (Referências de Patente 13-15), um método empregando-se congelamento e descongelamento (Referências de Patente 16-17), um método empregando-se o tratamento com solução de eletrólito hipertônica (Referência de patente 18), e similares. A aplicação dos tecidos descelularizados à pele (Referências de Patente 16-17), a córnea (Referência de patente 14), o vaso sanguíneo (Referência de patente 19) e similares é proposto.
[0015] Referência de patente 1: Publicação de Patente Japonesa Número 11-502431
[0016] Referência de patente 2: Publicação de Patente Japonesa Número 2001-327592
[0017] Referência de patente 3: Publicação de Patente Japonesa Número 2003-500170
[0018] Referência de patente 4: Publicação de Patente Japonesa Número 2004-065780
[0019] Referência de patente 5: Publicação de Patente Japonesa Número 2013-226166
[0020] Referência de patente 6: Publicação de Patente Japonesa Número 2000-116765
[0021] Referência de patente 7: Publicação de Patente Japonesa Número 2004-051531
[0022] Referência de patente 8: Publicação de Patente Japonesa Número 2010-284216
[0023] Referência de patente 9: Publicação de Patente Japonesa Número 60-501540
[0024] Referência de patente 10: Publicação de Patente Japonesa Número 2003-518981
[0025] Referência de patente 11: Publicação de Patente Japonesa Número 2002-507907
[0026] Referência de patente 12: Publicação de Patente Japonesa Número 2003-525062
[0027] Referência de patente 13: Publicação de Patente Japonesa Número 2004-097552
[0028] Referência de patente 14: WO 2008/111530
[0029] Referência de patente 15: Publicação de Patente Japonesa Número 2013-502275
[0030] Referência de patente 16: Publicação de Patente Japonesa Número 2005-185507
[0031] Referência de patente 17: Publicação de Patente Japonesa Número 2005-211480
[0032] Referência de patente 18: Publicação de Patente Japonesa Número 2010-221012
[0033] Referência de patente 19: Publicação de Patente Japonesa Número 2013-503696
[0034] Referência de não patente 1: Tsuneo Fukushima et al., Surgical Therapy, 2006; 94(6):919-924
[0035] Referência de não patente 2: Akira Fujishita et al., Gynecologic e Obstetric Surgery, 2002; 13:91-98
[0036] Referência de não patente 3: Dobell AR., et al., Ann Thorac Surg.1984; 37:273-8
[0037] Referência de não patente 4: Cunningham J N, Jr., et al.,J Thorac Cardiovasc Surg. 1975; 70:119-25
[0038] Referência de não patente 5: Hiroshi Sakuma et al., Artificial Organs, 2000; 29(1):233-238
[0039] Referência de não patente 6: Ray NF. et al., J. Am. Coll. Surg. 1998; 186:1-9
[0040] Referência de não patente 7: Lodge AJ, et al., Ann Thorac Surg. 2008; 86:614-621
[0041] Referência de não patente 8: Haensig et al., Medical Devices: Evidence and Research 2011; 4:17-25
[0042] Referência de não patente 9: Takamichi Sato et al., Obstetrics and Gynecology, 1990; 57(12):2398-2404
[0043] Referência de não patente 10: Kiyoji Okuda et al., The World of obstetrics and gynecology, 1993; 45(9):759-764
[1] DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO (Problema Técnico a ser Solucionado pela Invenção)
[0044] O problema a ser solucionado pela presente invenção é fornecer um material (um material antiadesão) que exerça um efeito antiadesão quando aplicado ao sítio cirúrgico e um material (uma membrana substituta) que substitui a função biológica quando aplicado à parte defeituosa após a cirurgia.
[0045] O problema a ser solucionado pela presente invenção é também fornecer um material antiadesão que possui resistência à membrana elevada para permitir a sutura, pode reduzir a adesão pós- operatória do tecido vivo, e possui a excelente biocompatibilidade.
(Meios para Solucionar os Problemas)
[0046] Os presentes inventores sinceramente estudaram, e como um resultado, constataram que os problemas como acima mencionados poderiam ser resolvidos empregando-se os tecidos descelularizados dos tecidos biológicos como um material antiadesão para desse modo completarem a presente invenção. Desse modo, a presente invenção se refere a um material antiadesão em que um polímero biocompatível é complexado aos tecidos descelularizados preparados descelularizando os tecidos biológicos.
[0047] Os presentes inventores também constataram que uma membrana substituta e um material antiadesão preparados complexando a cola de fibrina com os tecidos descelularizados tornaram um tecido substituto ou uma barreira quando aplicados à parte defeituosa ou entre os tecidos a fim de prevenir a adesão aos tecidos adjacentes para desse modo completar a presente invenção.
[0048] Desse modo, a presente invenção inclui: [1] um material antiadesão compreendendo os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [2] um método para a preparação de um material antiadesão compreendendo complexar um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados; [3] um material antiadesão kit compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [4] uma membrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [5] um método para a preparação de uma membrana substituta compreendendo complexar um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados; [6] um kit de biomembrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível.
[0049] Especificamente, a presente invenção inclui os seguintes: [7] Um material antiadesão compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [8] O material antiadesão de [1] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele; [9] O material antiadesão de [1] ou [2] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se os tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo; [10] O material antiadesão de [3] acima em que o tratamento com pressão hidrostática elevada compreende aplicar uma pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio; [11] O material antiadesão de qualquer um de [1] a [4] acima em que o polímero biocompatível é um polímero biocompatível o qual naturalmente ocorre; [12] O material antiadesão de qualquer um de [1] a [5] acima em que o polímero biocompatível é cola de fibrina; [13] O material antiadesão de qualquer um de [1] a [6] acima em que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados; [14] O material antiadesão de [7] acima em que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersãoimersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; [15] O material antiadesão de qualquer um de [1] a [8] acima em que o material antiadesão é uma membrana antiadesão e uma espessura de película é 10 a 5.000 μm; [16] Um método para a preparação de um material antiadesão compreendendo complexar um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados; [17] O método de [10] acima em que a complexação é a imersão imersãoou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; [18] um kit de material antiadesão compreendendo os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [19] O kit de [12] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura- máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele; [20] O kit de [12] ou [13] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se os tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo; [21] O kit de [14] acima em que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar uma pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio; [22] O kit de qualquer um de [12] a [15] acima em que o polímero biocompatível é cola de fibrina; [23] O kit de qualquer um de [12] a [16] acima em que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados; [24] O kit de [17] acima em que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão imersãoou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; [25] O kit de qualquer um de [12] a [18] acima em que o material antiadesão é uma membrana antiadesão e uma espessura de película é 10 a 5.000 μm; [26] Uma membrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [27] A biomembrana substituta de [20] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele; [28] A biomembrana substituta de [20] ou [21] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se os tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo; [29] A biomembrana substituta de [22] acima em que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar uma pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio; [30] A biomembrana substituta de qualquer um de [20] a [23] acima em que o polímero biocompatível é um polímero biocompatível o qual naturalmente ocorre; [31] A biomembrana substituta de qualquer um de [20] a [23] acima em que o polímero biocompatível é cola de fibrina; [32] A biomembrana substituta de qualquer um de [20] a [25] acima em que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados; [33] A biomembrana substituta de [26] acima em que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão imersãoou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; [34] O kit de qualquer um de [20] a [27] acima em que uma espessura de película é 10 a 5.000 μm; [35] Um método para a preparação de uma membrana substituta compreendendo complexar um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados; [36] O método de [29] acima em que a complexação é a imersão imersãoou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; [37] Um kit de biomembrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível; [38] O kit de [31] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele; [39] O kit de [31] ou [32] acima em que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo; [40] O kit de [33] acima em que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar a pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio; [41] O kit de qualquer um de [31] a [34] acima em que o polímero biocompatível é cola de fibrina; [42] O kit de qualquer um de [31] a [35] acima em que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados; [43] O kit de [36] acima em que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersãoimersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados; e [44] O kit de qualquer um de [31] a [37] acima em que uma espessura de película da biomembrana substituta é 10 a 5.000 μm.
EFEITOS DA INVENÇÃO
[0050] A biomembrana substituta ou o material antiadesão da presente invenção possui um efeito de agir como um substituto de tecidos defeituosos quando aplicado à parte defeituosa dos tecidos ou um efeito de prevenir a adesão aos tecidos em contato com a parte aplicada.
[0051] Usando o material antiadesão da presente invenção, a adesão pode drasticamente ser reduzida. Também, a biomembrana substituta ou o material antiadesão da presente invenção possui resistência suficiente para sutura aos tecidos para permitir sua fixação aos tecidos.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0052] A Figura 1 mostra a avaliação no Dia 7 após aplicar o material antiadesão da presente invenção ao modelo de rato da adesão ao coração em que E e F mostram o tecido do miocárdio enquanto que o G e H mostram o pericárdio, respectivamente.
MELHOR MODO PARA REALIZAR A INVENÇÃO
[0053] A presente invenção inclui uma membrana substituta compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível. A presente invenção também inclui um material antiadesão compreendendo tecidos descelularizados e um polímero biocompatível.
[0054] O material antiadesão da presente invenção é caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados preparados pela descelularização de tecidos biológicos e um polímero biocompatível são complexados um ao outro. Como usado aqui, o termo "complexação" denota as condições onde um polímero biocompatível não é facilmente desprendido dos tecidos descelularizados. Os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível podem quimicamente ser ligados um ao outro, ou um polímero biocompatível pode fisicamente ser adsorvido aos tecidos descelularizados, ou um polímero biocompatível pode ser imerso aos tecidos descelularizados. Um exemplo de adsorção física é o revestimento. De acordo com a presente invenção, a imersãoimersão ou revestimento de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados é preferível.
[45] Tecidos Descelularizados
[0055] Para o material antiadesão da presente invenção, os tecidos descelularizados na forma de camada são usados. Os tecidos biológicos a serem usados para os tecidos descelularizados e a localização dos quais tecidos biológicos são obtidos não particularmente limitados tão longe quanto eles são dos vertebrados e são de um tal tamanho e espessura que podem ser usados para o material antiadesão.
[0056] Os tecidos descelularizados podem ser obtidos coletando-se os tecidos biológicos dos vertebrados (invólucros) e submetendo os tecidos biológicos ao tratamento de descelularização. Os tecidos biológicos são descelularizados para remover as células derivadas de donner e patógenos (vírus e bactérias). Desse modo, mesmo se os tecidos biológicos descelularizados foram transplantados aos animais diferentes dos donners, uma reação imune heteróloga é restringida. Portanto, o tipo de animais dos quais os tecidos biológicos são coletados não é particularmente limitado. Por outro lado, desde que os tecidos biológicos sejam preferivelmente facilmente disponíveis, eles são preferivelmente coletados de um animal diferente de humano, preferivelmente animais domésticos de mamíferos ou animais domésticos de pássaros. Os animais domésticos mamíferos incluem gado, cavalos, camelos, lhama, asno, iaque, ovelha, porcos, cabras, veado, alpacas, cachorros, cães de guaxinim, doninhas, raposas, gatos, coelhos, hamsters, cobaias, ratos, esquilos, guaxinim, e similares. Os animais domésticos pássaros incluem periquito, papagaio, galinha, patos, perus, ganso, galinha d’angola, faisão, avestruz, ema, codorna, e similares. Entre estes, os tecidos biológicos de porcos, coelhos ou gado são preferíveis em vista da disponibilidade estável.
[0057] Os tecidos biológicos incluem tecidos que possuem uma estrutura matriz extracelular e que podem ser descelularizados, os tecidos sendo selecionados do grupo que consiste em fígado, rim, ureter, bexiga, uretra, língua, amígdala, esôfago, estômago, diafragma, intestino delgado, intestino grosso, peritôneo, ânus, pâncreas, coração, pericárdio, vasos sanguíneos, baço, pulmão, cérebro, dura máter, ossos, medula espinhal, cartilagem, testículos, âmnio, útero, trompa de falópio, ovário, placenta, córnea, músculo esqueletal, tendões, nervos, pele, e similares. No caso em que os tecidos descelularizados são na forma de folha, como sendo facilmente aplicados ao corpo vivo, os tecidos preferíveis incluem aqueles selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo (omento maior, omento menor), diafragma, submucosa (por exemplo, tecido da submucosa do intestino delgado) e pele. Os tecidos que podem ser descelularizados incluem os tecidos não na forma de folha como podem ser facilmente aplicados ao corpo vivo se eles são processados na folha. Mais preferivelmente, os tecidos são pele, pericárdio e âmnio. A pele normalmente consiste em epiderme, derme, tecido subcutâneo, e similares. Para o material antiadesão da presente invenção, o uso simples da derme é preferível.
[0058] Para a coleção de tecidos biológicos de animais, os métodos adequados para o tipo de invólucros animais ou tecidos do corpo vivo podem ser usados. Os tecidos biológicos coletados de animais são submetidos ao tratamento de descelularização. O tratamento de descelularização não é particularmente limitado até que ele posas remover as células derivadas de donner e os patógenos e inclui o tratamento com um tensoativo (Singelyn J.M., et al., Biomaterials, 2009, 30, 5409-5416; Singelyn J.M,, et al., J. Am. Coll. Cardiol., 2012, 59, 751763; Sonya B., et al., Sci. Transl. Med., 2013, 5, 173ra25), tratamento de enzima, tratamento de pressão osmótica, congelamento e descongelamento, tratamento com um agente oxidante, tratamento com a pressão hidrostática elevada (Sasaki S., et al., Mol. Vis., 2009, 15, 2022-2028; Yoshihide H., et al., Biomaterials, 2010, 31, 3941-3949; Seiichi F., et al., Biomaterials, 2010, 31, 3590-3595; Negishi J., et al., J. Artif. Organs, 2011, 14, 223-231; Patente Japonesa Número 4092397; Publicação de Patente Japonesa Número 2008-111530; Publicação de Patente Japonesa Número 2009-50297) e uma combinação destes, os quais podem adequadamente ser selecionados dependendo do tipo de invólucros animais e tecidos biológicos. O tratamento com a pressão hidrostática elevada é particularmente preferível em vista do não uso durante a descelularização de químicos que podem afetar adversamente ao corpo humano visto que destrói as células derivadas de donner e os patógenos aplicando-se pressão hidrostática aos tecidos biológicos em um meio. Por outro lado, mesmo quando o tratamento de descelularização é feito com químicos, os químicos podem ser removidos por lavagem suficiente dos tecidos após o tratamento de descelularização.
[0059] O tratamento de descelularização pode incluir uma etapa de lavar os tecidos biológicos descelularizados. Uma método para lavar os tecidos biológicos descelularizados pode adequadamente ser selecionado dependendo do tipo de tratamento de descelularização. Um método para lavar inclui imergir em uma solução de lavagem (Publicação de Patente Japonesa Número 2010-227246) e irradiação de micro-ondas (Patente Japonesa Número 4189484).
[0060] Uma pressão na qual o tratamento com a pressão hidrostática elevada é feito pode ser qualquer pressão com a qual as células derivadas de donner e patógenos são destruídas e é adequadamente dependente do tipo de invólucros animais e o tipo de tecidos biológicos. Para uma pressão hidrostática, de 2 a 1.500 MPa é exemplificado. Quando a pressão hidrostática aplicada é mais do que 50 MPa, a descelularização de tecidos biológicos é suficientemente realizado. Portanto, a pressão hidrostática é preferivelmente de 50 a 1.500 MPa, mais preferivelmente de 80 a 1.300 MPa, ainda mais preferivelmente de 90 a 1.200 MPa, e mais preferivelmente de 95 a 1.100 MPa.
[0061] Um meio usado para aplicação de uma pressão hidrostática inclui água, um salina, propileno glicol ou uma solução aquosa deste, glicerol ou uma solução aquosa deste, uma solução de açúcar aquosa, e similares. Um tampão inclui tampão de acetato, tampão de fosfato, tampão de citrato, tampão de borato, tampão de tartarato, tampão de Tris, tampão de HEPES, tampão de MES, e similares. Uma açúcar para uma solução de açúcar aquosa inclui eritrose, xilose, arabinose, alose, talose, glicose, manose, galactose, eritritol, xilitol, manitol, sorbitol, galactitol, sacarose, lactose, maltose, trealose, dextrano, ácido algínico, ácido hialurônico, e similares.
[0062] Uma temperatura na qual o tratamento com a pressão hidrostática elevada é feito não é particularmente limitada e pode ser qualquer temperatura em que gelo não seja formado e os tecidos não sejam danificados pelo calor. Em vista da descelularização suave e pouco dano aos tecidos, a temperatura é preferivelmente de 0°C a 45°C, mais preferivelmente de 4°C a 40°C, ainda mais preferivelmente de 10°C a 37°C, e mais preferivelmente de 15°C a 35°C.
[0063] Um intervalo de tempo para o tratamento com a pressão hidrostática elevada é preferivelmente de 5 a 60 minutos, e mais preferivelmente de 7 a 30 minutos uma vez que com intervalo tão pequeno de tempo o tratamento de descelularização não é suficientemente feito enquanto que o intervalo de tempo tão longo leva ao desperdício de energia.
[0064] A presença ou ausência de descelularização pode ser confirmada por mancha histológica (mancha de hematoxilina-eosina) ou quantificação dos DNAs remanescentes.
[0065] Após a aplicação de uma pressão hidrostática elevada aos tecidos biológicos, as células dentro dos tecidos biológicos são destruídas e são removidas com uma solução de lavagem. Uma solução de lavagem pode ser a mesma como, ou diferente de, um meio usado para a aplicação de uma pressão hidrostática elevada e pode ser uma combinação de vários tipos de solução de lavagem. Uma solução de lavagem preferivelmente contém uma nuclease, um solvente orgânico ou um agente de quelação. Uma nuclease e um solvente orgânico podem melhorar a eficiência da remoção de ácidos nucleicos e lipídeos, respectivamente, de tecidos biológicos aos quais a pressão hidrostática é aplicada. Um agente de quelação pode inativar os íons de cálcio e os íons de magnésio nos tecidos descelularizados para desse modo prevenir a calcificação que pode ocorrer quando os tecidos descelularizados são aplicados para afetar as porções.
[0066] Um solvente orgânico é preferivelmente um solvente orgânico solúvel em água tendo um efeito elevado de remoção de lipídeo. Os preferidos são etanol, isopropanol, acetona e sulfóxido de dimetila. Um agente de quelação inclui agente de quelação de ácido imino carboxílico tal como ácido etilenodiaminatetra-acético (EDTA), ácido nitrilotriacético (NTA), ácido dietilenotriamina penta-acético (DTPA), ácido hidroxietil etilenodiaminetriacético (HEDTA), ácido trietileno-tetra-amina hexa-acético (TTHA), ácido 1,3-propano diamina tetra-acético (PDTA), ácido 1,3-diamino-2-hidróxi propano tetra-acético (DPTA-OH), ácido hidroxietil imino diacético (HIDA), diidroxietil glicina (DHEG), ácido glicol éter diamina tetra-acético (GEDTA), ácido dicarboximetil glutâmico (CMGA), ácido 3-hidróxi-2,2'-imino dissucínico (HIDA) e ácido carboximetil aspártico (ASDA), ou um sal destes; agente de quelação de ácido hidroxicarboxílico tal como ácido cítrico, ácido tartárico, ácido málico e ácido lático, ou um sal destes. Um sal de um agente de quelação inclui sal de sódio ou sal de potássio.
[0067] A seguir, os tecidos após o tratamento de descelularização são preferivelmente liofilizados em vista da manutenção da estabilidade. As condições para a liofilização podem ser quaisquer até a água ser removida dos tecidos após a descelularização e podem adequadamente ser selecionadas dependendo do tipo de tecidos biológicos. As condições incluem programa de congelamento usado para a criopreservação de homeotransplante (-1°C/min., 90 min. ou mais) e liofilização com um aparato de secagem a vácuo.
[0068] Tendo em vista a alta eficiência da lavagem, uma solução de lavagem pode conter um tensoativo. Um tensoativo inclui um tensoativo aniônico tal como sabão de ácido graxo, alcoxicarboxilato, alcoxicarboxilato de polioxietileno, sulfonato de alquila, sulfonato de alquil benzeno, sal de éster de ácido alquilsulfúrico, sal de éster de ácido polioxietileno alquilsulfúrico, sal de éster de alquilfosfonato, sal de éster de ácido graxo α-sulfo, glutamato de N-acila, sal de acil-N-metil taurina, sal de N-alquil sarcosina, colato e desoxicolato; um tensoativo catiônico tal como alquil dimetilamina, alquil dietanolamina, sal de alquil trimetil amônio, sal de dialquil dimetil amônio, sal de alquilpiridínio e sal de alquil benzil dimetil amônio; um tensoativo anfolítico tal como óxido de alquil dimetilamina, alquilcarboxibetaína, alquilamidapropilbetaína, alquilamida- propilsulfobetaína, alquilimidazoliumbetaína, 3-[(3-col- amidopropil)dimetilammonio]-2-Hidróxi-1-propano-sulfonato (CHAPSO), e 3-[(3-colamidapropil)dimetil-amônio]-1-propanossulfonato (CHAPS); tensoativo não iônico tal como éster de ácido graxo de glicerina, éster de ácido graxo de sorbitano, éster de ácido graxo de sacarose, éster de ácido graxo de trealose, éster de ácido graxo de polietileno glicol, éster de ácido graxo de polioxietileno de glicerina, éster de ácido graxo de sorbitano de polioxietileno, éter de alquila de polioxietileno, éter de alquilfenila de polioxietileno, éter de polioxietileno polioxipropileno, éter de alquil(poli)glicerina, alcanolamida de ácido graxo, alcanolamida de ácido graxo de polioxietileno, alquil(poli)glicosídeo, maltosídeo de alquila, tioglucosídeo de alquila, alquilmaltopiranosídeo, alcanoil-N- metil-D-glucosamina, N,N-bis(3-D-gluconamidopropil)colamida (BIGCHAP) e N,N-bis(3-D-gluconamidopropil)desoxicolamida (desóxi- BIGCHAP).
[0069] Tendo em vista a remoção das células, um tensoativo é preferivelmente sulfonato de alquila, sal de éster de ácido alquilsulfúrico, sal de éster de ácido polioxietileno alquilsulfúrico, sal de éster de ácido graxo α-sulfo, alquil éter de polioxietileno, alquil fenil éter de polioxietileno e alquil(poli)glicosídeo e mais preferivelmente sulfonato de alquila, alquil éter de polioxietileno, alquil fenil éter de polioxietileno e alquil(poli)glicosídeo.
[0070] Uma temperatura, na qual os tecidos biológicos aos quais a pressão hidrostática elevada foi aplicada e lavados, não é particularmente limitada e pode ser a temperatura na qual os tecidos não são danificados por calor. Tendo em vista a boa lavagem e alguns efeitos sobre os tecidos, a temperatura é preferivelmente de 0°C a 45°C, mais preferivelmente de 1°C a 40°C, e mais preferivelmente de 2°C a 35°C. Quanto a lavagem, a solução de lavagem pode ser agitada ou estimulada quando apropriado.
[46] Polímero Biocompatível
[0071] Como usado aqui, um polímero biocompatível denota um polímero que não exerce efeitos danosos quando aplicado ao corpo vivo e possui hidrofilicidade. Especificamente, um polímero biocompatível denota um polímero que possui (i) um peso molecular de peso médio de 500 ou mais, (ii) 2.000 mg/kg ou mais de LD50 quando administrado oralmente aos ratos e (iii) solubilidade ou umectabilidade estendida à água. Como usado aqui, um peso molecular de médio peso é aquele calculado com cromatografia de permeação de gel (também referido como "GPC"), poliestireno equivalente de um peso molecular de médio peso quando GPC é medido com tetra-hidrofurano como um solvente ou pululan equivalente de um peso molecular de médio peso quando o GPC é medido com água como um solvente. No caso em que um polímero biocompatível é complexado por imersãoimersão ou adsorção física, a complexação é frequentemente insuficiente quando um peso molecular de médio peso de um polímero biocompatível é baixo e, portanto um peso molecular de médio peso de um polímero biocompatível é preferivelmente 1.000 ou mais e mais preferivelmente 2.000 ou mais.
[0072] Um polímero biocompatível é aproximadamente classificado em um polímero biocompatível que ocorre naturalmente, um polímero biocompatível que ocorre naturalmente e é processado e um polímero biocompatível e um polímero biocompatível artificialmente sintetizado. Entre os polímeros biocompatíveis, um polímero biocompatível que ocorre naturalmente ou um polímero biocompatível que ocorre naturalmente e é processado inclui, por exemplo, polissacarídeos tal como sulfato de condroitina, dermatan, heparina, heparan, ácido algínico, ácido hialurônico, sulfato de dermatano, sulfato de queratano, quitina, quitosana, pectina, amilose amilopectina, glicogênio, dextrina, dextrano e β-1,3-glucano, ou um sal destes; derivados de polissacarídeo tais como metil celulose, hidroxietil celulose, hidroxipropil celulose, carboximetil celulose, acetato de celulose e carboximetil quitosana, e um sal destes; polipeptíeos ou glicoproteínas tal como colágeno, gelatina, elastina, fibrinogênio, fibrina ou cola de fibrina, fibronectina, laminina, vitronectina, entactina, trombospondina, tenacina, caseína, avidina, caderina, mucina e proteoglicano.
[0073] Entre os polímeros biocompatíveis, um polímero biocompatível artificialmente sintetizado inclui, por exemplo, polipeptídeos sintéticos tal como polialanina, poliasparagina, ácido poliaspártico, poliarginina, poliisoleucina, poliornitina, poliglicina, ácido poliglutâmico, politriptofano, politirosina, poli-histidina, poliprolina e polilisina, ou um sal destes; poli-(ácidos hidroxicarboxílicos) tais como ácido poliglicólico, ácido polilático, ácido poli-hidroxibutírico, poli ε- caprolactona e ácido politartárico; poliol éteres tais como polietileno glicol e poliglicerina; polímeros radicalmente polimerizados tais como ácido poli(met)acrílico, poliacrilamida, ácido polifumárico, poli(met)acrilato contendo grupo fosforil-colina, poli-hidroxietil(met)- acrilato e poli-(dialildimetilamônio), e um sal destes.
[0074] Entre os polímeros biocompatíveis, um polímero bioabsorvível é preferível, tendo em vista o menor peso dos pacientes quando sendo absorvidos no corpo vivo após a operação. Um polímero bioabsorvível inclui um polímero biocompatível que naturalmente ocorre, um polímero biocompatível que ocorre naturalmente e é processado, polipeptídeos sintéticos ou um sal destes e ácidos poli(hidroxicarboxílicos) e é preferivelmente um polímero biocompatível que ocorre naturalmente tendo em vista a capacidade de absorção no corpo, mais preferivelmente polissacarídeos ou um sal deste, polipeptídeos ou glicoproteínas tendo em vista a prevenção de adesão, e ainda mais preferivelmente ácido algínico, ácido hialurônico e cola de fibrina.
[47] Cola de Fibrina
[0075] A cola de fibrina é uma formulação em que o coágulo pastoso, o qual é formado pela reação da enzima trombina a fibrinogênio, é utilizado para a selagem do tecido, a adesão de porções danificadas de órgãos, hemostasia e similares. O tipo de cola de fibrina não é particularmente limitado e seus constituintes tal como fibrinogênio e trombina podem ser derivados de sangue ou podem ser preparados por técnica recombinante. A cola de fibrina preferivelmente inclui Bolheal (fabricado por THE CHEMO-SERO-THERAPEUTIC RESEARCH INSTITUTE) o qual consiste em pó liofilizado de fibrinogênio, um solvente de fibrinogênio, pó liofilizado de trombina e um solvente de trombina.
[48] Complexação
[0076] A complexação dos tecidos descelularizados e um polímero biocompatível inclui a formação de ligação química entre os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível, adsorção física de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados, imersão de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados, e similares. Entre estes, a imersão de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados é preferível visto que o efeito de um polímero biocompatível persiste durante um longo período de tempo. Para a adsorção física de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados, um polímero biocompatível pode ser ligado ou aplicado aos tecidos descelularizados. Para a imersão de um polímero biocompatível como os tecidos descelularizados, os tecidos descelularizados podem ser impregnados na solução contendo um polímero biocompatível. Tendo em vista a maior eficiência da imersão, os tecidos descelularizados são preferivelmente impregnados após a liofilização e mais preferivelmente a pressão é aplicada ou reduzida ao mesmo tempo em que a imersão (WO 2013/032009).
[0077] No caso em que uma espessura de película de um material antiadesão é tão fina, resistência à membrana insuficiente é às vezes obtida. No caso em que uma espessura de película de um material antiadesão é tão grossa, um material antiadesão é menos provável estar ligado às porções afetadas desiguais para fornecer um sentimento de incongruência. Portanto, uma espessura de película de um material antiadesão é preferivelmente de 10 a 5.000 μm, mais preferivelmente de 30 a 2.000 μm, e mais preferivelmente de 50 a 1.000 μm.
[0078] O material antiadesão da presente invenção é adequadamente usado para a prevenção da adesão na hora da cirurgia. Por exemplo, o material antiadesão da presente invenção é usado para prevenir a adesão da superfície dos tecidos biológicos lesionados na cirurgia de peitoral, cirurgia abdominal e cirurgia endoscópica às doenças nos brônquios, pulmão, coração, fígado, baço, pâncreas, rim, útero, ovário, e similares; cirurgia de sutura de tendão de Achilles, tendão da mão, nervos, e similares; sutura após a liberação de Cesária. O material antiadesão da presente invenção é usado ligando-o aos tecidos responsáveis pela adesão, porém pode também ser suturado aos tecidos quando necessário. Também, quando aplicado ao tecido defeituoso, o material antiadesão da presente invenção pode adequadamente ser usado como uma membrana substituta a fim de prevenir a adesão dos tecidos em contato com a parte à qual o material antiadesão é aplicado e funcionar como substituto do defeito histológico.
[0079] No caso em que os tecidos descelularizados e a cola de fibrina são complexados um ao outro, um método de revestir cola de fibrina aos tecidos descelularizados, um método de dispersar o pó dos ingredientes ativos de cola de fibrina (pó de fibrinogênio, pó de trombina) aos tecidos descelularizados, e um método de imergir fibrinogênio aos tecidos descelularizados e em seguida atuando trombina são exemplificados. No caso do revestimento, o revestimento de cola de fibrina a, pelo menos, um lado dos tecidos descelularizados é exemplificada. Ou seja, o revestimento de cola de fibrina a um lado ou ambos os lados dos tecidos descelularizados é exemplificada. Um lado para o revestimento é preferivelmente um lado concebível de contato ou adesão com tecidos após o revestimento. Por exemplo, no caso do revestimento ao defeito do pericárdio, o revestimento de cola de fibrina ao lado em contato com o epicárdio tendo em vista a prevenção da adesão ao epicárdio, o revestimento de cola de fibrina ao lado em contato com a pleura tendo em vista a prevenção da adesão à pleura, ou revestimento de cola de fibrina a ambos os lados são exemplificados. Paro revestimento, fibrinogênio ou trombina pode ser primeiro revestido e em seguida o outro pode ser aplicado ou ambos fibrinogênio e trombina podem ser revestidos simultaneamente. O revestimento por vaporização com um aparato de vaporização pode também ser empregada. Uma área de tecidos descelularizados à qual a cola de fibrina é revestida pode ser uma área parcial de tecidos descelularizados ou uma área total de tecidos descelularizados. No caso em que o efeito antiadesão deve ser exercido ao longo dos tecidos descelularizados, o revestimento a uma área total dos tecidos descelularizados é preferível. Para o revestimento, os constituintes de cola de fibrina podem ser revestidos sobre a superfície dos tecidos descelularizados ou podem ser imersas nos tecidos descelularizados. Preferivelmente, os constituintes de cola de fibrina são revestidos sobre a superfície dos tecidos descelularizados e também imersos nos tecidos descelularizados.
[0080] Cada concentração de trombina e fibrinogênio no caso em que a cola de fibrina é aplicada aos tecidos descelularizados não é particularmente limitada até poder formar gel por cola de fibrina sobre a superfície dos tecidos descelularizados. Por exemplo, 4 mg/mL a 250 mg/mL é exemplificado no caso de fibrinogênio e 1 U/mL a 1.200 U/mL é exemplificado no caso de trombina.
[0081] O sítio de aplicação não é particularmente limitado até ser um sítio que possua tecidos celulares ou ser de tecidos responsáveis pela adesão. O sítio de aplicação podem ser os mesmos tecidos como os tecidos biológicos originais ou tecidos diferentes dos tecidos biológicos originais. Por exemplo, ele inclui pericárdio, coração, epicárdio, pleura, parede abdominal, peritôneo, bexiga, âmnion, útero, dura-máter, diafragma, intestino delgado, intestino grosso, estômago, ânus, pâncreas, baço, fígado, rim, pulmão, pele, esôfago, ligamento e tendão. Preferivelmente, é pericárdio e parede abdominal.
[0082] A presente invenção inclui um kit de biomembrana substituta ou um kit de material antiadesão em que os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível são separadamente formulados. O kit pode ser usado tal que, quando empregando, um operador combine os tecidos descelularizados e um polímero biocompatível para complexá- los e aplica a complexação às porções afetadas. No caso que os tecidos descelularizados são liofilizados, os tecidos descelularizados podem ser imersos com um solvente e, após a restauração, os tecidos descelularizados podem ser revestidos às porções afetadas e um polímero biocompatível pode ser aplicado a elas. Desse modo, o kit pode compreender um solvente para a restauração. No caso de o kit compreender a cola de fibrina, a restauração pode ser realizada com uma solução de fibrinogênio ou uma solução de trombina. O kit pode também ser composto de tecidos descelularizados aos quais fibrinogênio ou trombina é complexado e uma formulação do outro. No caso que, o revestimento dos tecidos descelularizados complexados às porções afetadas e a subsequente aplicação de uma formulação do outro são exemplificados. Por exemplo, no caso de um kit composto de tecidos descelularizados aos quais o fibrinogênio é complexado e uma formulação de trombina, os tecidos descelularizados podem ser aplicados e em seguida a formulação de trombina pode ser aplicada. EXEMPLOS
[0083] A presente invenção é explicada em mais detalhes por meio dos seguintes Exemplos, porém não é limitada a eles. A não ser que de outro modo mencionado, "porção" e "%" referidos nos Exemplos são baseados em uma massa escala.
TECIDOS DESCELULARIZADOS
[0084] A camada dérmica foi separada da pele do porcino para obter a derme de folha (a espessura da película: 400 μm). Uma bolsa com o zipper feito de polietileno foi carregada com a derme e uma salina como um meio para o tratamento com pressão hidrostática elevada e, empregando-se o Equipamento de Processamento de Alta Pressão para R&D (fabricado por Kobe Steel, Ltd.; nome comercial: Dr. Chef), a pressão hidrostática de 1.000 Mpa foi aplicada durante 15 minutos. A derme após o tratamento com pressão hidrostática elevada foi lavada por agitação em uma salina contendo DNase como uma nuclease a 20 ppm a 4°C durante 96 horas. A derme foi também agitada em 80% de etanol a 4°C durante 72 horas e em seguida em uma Salina a 4°C durante 2 horas para fornecer o tecido descelularizado em uma folha (referido posteriormente como "folha úmida"). Uma folha úmida e uma folha úmida liofilizada (referido posteriormente como "folha liofilizada") foram empregadas durante um teste.
EXEMPLO 1
[0085] Uma folha liofilizada foi imersa em solução salina a 2% de alginato de sódio em temperatura ambiente durante 2 horas para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo 1.
EXEMPLO 2
[0086] Uma folha liofilizada foi imersa em solução salina a 40% de polietileno glicol 4000 em temperatura ambiente durante 2 horas para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo 2.
EXEMPLO 3
[0087] Uma folha liofilizada foi imersa em solução salina a 10% de gelatina em temperatura ambiente durante 2 horas para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo 3.
EXEMPLO COMPARATIVO 1
[0088] Uma folha úmida foi definida como uma membrana antiadesão do Exemplo Comparativo 1.
EXEMPLO COMPARATIVO 2
[0089] De acordo com os exemplos de JP 2013-226166, uma solução aquosa de 2,7 % de massa de pó de gelatina (fabricado por Nippi, Incorporated; nome comercial: MediGelatin) foi revestido à prato de vidro, o qual foi secado por ar e aquecido em um forno a vácuo a 140°C durante 10 horas para reticulação térmica para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo Comparativo 2 com uma espessura de película de 100 μm.
EXEMPLO COMPARATIVO 3
[0090] De acordo com o exemplo 1 de JP 2000-116765, uma solução aquosa de 1 % de massa de hialuronato de sódio foi revestido ao prato de vidro e a ele uma solução aquosa contendo 1 % de massa de quitosana e 0,6 % de massa de ácido acético foi também revestido. O prato de vidro foi em seguida secado por ar para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo Comparativo 2 com uma espessura de película de 150 μm.
EXEMPLO COMPARATIVO 4
[0091] De acordo com o exemplo 1 de JP 2010-284216, tecido de não tecido de raiom foi carboximetilado com ácido monocloroacético (grau de eterificação: 0,84, peso molecular: 160.000) e revestido ao prato de vidro. Uma solução aquosa de 1 % de massa de hialuronato de sódio foi revestido ao prato de vidro e a ele uma solução aquosa contendo 1 % de massa de quitosana e 0,6 % de massa de ácido acético foi também revestido. O prato de vidro foi em seguida secado por ar para fornecer uma lâmina. A lâmina foi imersa em uma solução de metanol de 4% de ácido hidroclórico (teor de umidade 10%) a 25°C durante 6 horas. Depois disso, a lâmina foi lavada com 50% de solução de metanol aquosa, 80% de solução de metanol aquosa e 100% de solução de metanol aquosa sequencialmente e secada para fornecer uma membrana antiadesão do Exemplo Comparativo 4 com uma espessura de película de 300 μm.
1. Avaliação da força da sutura
[0092] Os ratos Wistar (machos, 6-12 semanas de idade) foram anestesiados. O abdômen foi raspado e a pele foi desinfectada com uma solução de povidona-iodo (marca comercial: Isodine). A região ventral foi incise com bisturi estéril para criar duas cavidades na pele de 15 mm de comprimento e 15 mm de largura na esquerda e direita. A túnica muscular e o peritôneo sob as cavidades da pele foram removidos em um quadrado tendo um comprimento de 10 mm e largura de 10 mm. A superfície exposta do órgão foi desgastada com gaze estéril para causar dano ao órgão. Ao sítio de remoção do lado direito do abdômen foi suturada a membrana antiadesão com sutura cirúrgica (Johnson & Johnson K.K.; nome comercial: Ethicon 6-0 PROLENE). No caso em que a sutura não foi possível devido a falta de comprimento, a membrana antiadesão foi meramente ligada ao sítio de remoção sem sutura. Como um controle, ao sítio de remoção do lado esquerdo do abdômen foi suturado o peritônio sem empregar a membrana antiadesão. Depois disso, a camada de incisão foi suturada com sutura cirúrgica. A força da suturada membrana antiadesão foi avaliada com base nos seguintes critérios. Os resultados são mostrados na Tabela 1. o: Tendo comprimento e sendo capaz de suturar o peritôneo x: Tendo comprimento insuficiente e sendo incapaz de suturar peritôneo
2. Avaliação do efeito Antiadesão
[0093] Os ratos submetidos à cirurgia foram criados durante 7 dias e em seguida a cirugia abdominal foi realizada para remover a área cirúrgica. O efeito antiadesão com relação à adesão entre o fígado ou o intestine delgado e a membrana antiadesão ou o peritôneo foi avaliada com base nos seguintes critérios. Os resultados são mostrados na Tabela 1. 5: Completamente nenhum estado de adesão foi observado com efeito antiadesão extremamente bom 4: Apenas o estado de adesão que é tênue e facilmente descascado foi observado com bom efeito antiadesão 3: Estado de adesão requerendo tração leve em uma faixa reduzida em um sítio foi observado com efeito antiadesão levemente ruim 2: Estado de adesão requerendo um pouco de tração em um sítio ou adesão requerendo leve tração em dois ou três sítios foi observado com efeito antiadesão ruim 1: Estado de adesão requerendo um pouco de tração em dois ou mais sítios ou adesão requerendo leve tração em quatro ou mais sítios foi observado com efeito antiadesão extremamente ruim 0: Forte estado de adesão foi observado sem nenhuma efeito antiadesão TABELA 1
Figure img0001
[0094] Dos resultados mostrados na Tabela 1, é entendido que a membrana antiadesão da presente invenção possui resistência a tal ponto que permite a sutura e excelente efeito antiadesão.
EXEMPLO 4 1. Preparação de pericárdio descelularizado
[0095] O pericárdio porcino descelularizado foi preparado por um método de uma pressão hidrostática elevada ou tratamento com um tensoativo. Para um método de uma pressão hidrostática elevada, uma bolsa de polietileno foi carregado com Pericárdio porcino junto com uma salina e selada. Empregando-se Dr. Chef (fabricado por Kobe Steel, Ltd.), o tratamento com uma pressão hidrostática elevada de 3.000 a 10.000 atm foi realizado. O tratamento com um tensoativo foi conduzido empregando-se 0,05% de SDS (Dodecil Sulfato de sódio; fabricado por Wako Pure Chemical Industries, Ltd.; tensoativo iônico), 0,5% de SDS, 0,5% de CHAPS (3-[(3-colamidopropil)dimetilamônio]-1- propanossulfonato; fabricado por DOJINDO; tensoativo anfolítico), ou 1% de Triton X-100 (fabricado por Sigma; tensoativo não iônico). O Pericárdio porcino tratado com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo foi lavado com uma solução de lavagem contendo uma nucleasse e uma solução de lavagem contendo álcool. Entretanto, o Pericárdio porcino tratado com 0,5% de SDS não foi tratado com uma solução de lavagem contendo uma nuclease. Após a lavagem, o Pericárdio porcino descelularizado foi inciso ao tamanho de 15 mm x 15 mm. O pericárdio inciso foi liofilizado sob pressão reduzida durante mais do que 24 horas empregando-se um aparato de secagem a vácuo (EYELA).
2. Experimento com Modelo de Adesão de Coração de Rato
[0096] Os Ratos Wistar (machos, 10-12 semanas de vida) foram anestesiados por injeção intramuscular de 0,1 ml de Somnopentila. A lateral do peito foi raspada e desinfectada com Isodina. A traqueia dos ratos anestesiados foi intubada e conectada a um ventilador. Os ratos foram deitados em posição recostada, a lateral do peito foi incisa e o pericárdio e túnica muscular foram removidos. A superfície do coração foi desgastada com tecido não tecido para induzir a inflamação. O coração foi coberto com cada um dos materiais antiadesão, a parte incisa dos ratos foi suturada e a extubação foi realizada após a respiração espontânea ser estabilizada.
3. Constituição de Grupo e Observação
[0097] Cola de fibrina foi revestida a ambos os lados do Pericárdio porcino descelularizado seco para preparar os materiais antiadesão. A Cola de fibrina foi preparada misturando-se 80 mg/mL de uma solução de fibrinogênio e 250 U/mL de uma solução de trombina empregando- se um aplicador revestido. Uma solução de fibrinogênio foi preparada empregando-se pó liofilizado de fibrinogênio contido no Bolheal (nome comercial; fabricado por THE CHEMO-SERO-THERAPEUTIC RESEARCH INSTITUTE) e um solvente de fibrinogênio. Uma solução de trombina foi preparada empregando-se pó liofilizado de trombina contida no Bolheal e um solvente de trombina.
[0098] Como um controle, (1) o Grupo sem aplicação dos materiais antiadesão foi estudado. Também, (2) o Grupo com revestimento de Bolheal à parte desgastada do coração, e (3) o Grupo com imersão de Pericárdio porcino descelularizado seco em salina foi usado. Como um período de observação, o experimento foi realizado em dois grupos (1 semana e 4 semanas). Os ratos passaram por eutanásia e o peito foi inciso para avaliar os resultados quanto a adesão. Também, (4) os materiais antiadesão e o coração foram histologicamente avaliados por coloração HE.
4. Resultados
[0099] No grupo sem nenhuma aplicação dos materiais antiadesão, a adesão severa foi observada entre o coração e as paredes do tórax. No caso do grupo com revestimento de Bolheal e o grupo com imersão de pericárdio porcino descelularizado seco em salina, o estado de adesão igual àquele do controle foi observado. No caso do Grupo com aplicação dos materiais antiadesão, o estado de adesão foi mal observado em torno do coração e apenas o estado menor de adesão foi observado em vários casos. Como mostrado na coloração de HE no dia 7 (Fig. 1), no caso do Grupo com aplicação de material antiadesão, quase nenhuma inflamação foi observada e a infiltração celular nos tecidos descelularizados foi observada para revelar que o material antiadesão da presente invenção possui um excelente efeito antiadesão e é útil como uma membrana substituta com elevada biocompatibilidade. (1) Grupo sem nenhuma aplicação dos materiais antiadesão: adesão severa foi observado (n = 5). (2) Grupo com revestimento de Bolheal: adesão severa foi observada (n = 5). (3) Grupo com imersão de pericárdio porcino descelularizado seco em salina: estado sólido de adesão foi observado (n = 5). (4) Grupo com aplicação de material antiadesão (um tratamento com pressão hidrostática elevada): a adesão severa foi mal observada (n=5). (5) Grupo com aplicação de material antiadesão (tratamento com 0,05% de tensoativo SDS): o estado de adesão foi mal observado (n=4). (6) Grupo com aplicação de material antiadesão (tratamento com 0,5% de tensoativo SDS): o estado de adesão foi mal observado (n=5). (7) Grupo com aplicação de material antiadesão (tratamento com 0,5% de tensoativo CHAPS): o estado de adesão foi mal observado (n=5). (8) Grupo com aplicação de material antiadesão (tratamento com 1% de tensoativo Triton X-100): o estado de adesão foi mal observado (n=5).
EXEMPLO 5
[00100] Os tecidos descelularizados foram preparados por um método de uma pressão hidrostática elevada. Uma bolsa de polietileno foi carregada com Pericárdio porcino, pericárdio bovino, diafragma porcino, peritôneo porcino, bexiga porcina ou derme porcina juntamente com uma salina e selada. Empregando-se o Dr. Chef (fabricado por Kobe Steel, Ltd.), o tratamento com a pressão hidrostática elevada de 3.000 a 10.000 atm foi realizado. O Pericárdio porcino, pericárdio bovino, diafragma porcino, peritôneo porcino, a bexiga porcina ou a derme porcina tratados com uma pressão hidrostática elevada foram lavados com uma solução de lavagem contendo uma nucleasse e uma solução de lavagem contendo álcool.
[00101] Um material antiadesão compreendendo os tecidos descelularizados e cola de fibrina foi preparado como descrito abaixo. O pericárdio descelularizado, o diafragma descelularizado, o peritônio descelularizado, a bexiga descelularizada e a derme descelularizada foram incisos em 3,0 cm x 2,5 cm para preparar os tecidos descelularizados. A cola de fibrina foi revestida a ambos os lados dos tecidos descelularizados para preparar os materiais antiadesão. A cola de fibrina foi preparada misturando-se 80 mg/mL de uma solução de fibrinogênio e 250 U/mL de uma solução de trombina empregando-se um aplicador de revestimento. Uma solução de fibrinogênio foi preparada empregando-se pó liofilizado de fibrinogênio contido em Bolheal e um solvente de fibrinogênio. Uma solução de trombina foi preparada empregando-se pó liofilizado de trombina contido em Bolheal e um solvente de trombina. Seprafilm (marca comercial registrada; fabricado por Sanofi), uso clínico do qual foi aprovado no Japão, foi usado como um material antiadesão existente.
[00102] Um modelo de adesão de tecido do coração foi preparado empregando-se coelhos machos brancos japoneses de 5-6 meses de idade. Sob anestesia com cloridrato de xilazina e cetamina, um tubo traqueal foi intubado na traqueia e ligado a um respirador artificial. O esterno foi inciso 5 cm com o segundo ao quinto entalhe de costela sendo como um guia. O pericárdio logo abaixo do peito aberto foi inciso por 2,0 cm x 1,5 cm. O epicárdio estava em contato com uma lima de metal durante 10 minutos. O esterno, a costela, o músculo e a pele na ferida do peito aberto foram suturados para fechar o peito. Após isso, os coelhos foram criados normalmente durante um mês, o peito foi aberto e a condição de adesão entre a parte desgastada do epicárdio e as paredes do tórax foi avaliada. A adesão foi classificada com base em uma severa dissecação entre a parte desgastada do epicárdio e as paredes do tórax de acordo com os seguintes critérios.
[00103] Grau de adesão 0: Nenhum estado de adesão
[00104] Grau de adesão 1: Estado de adesão pode ser facilmente dissecado
[00105] Grau de adesão 2: Estado de adesão pode ser francamente dissecado
[00106] Grau de adesão 3: Estado de adesão precisa ser precisamente dissecado
[00107] No Exemplo 5, os seguintes grupos de teste foram avaliados. (1) Grupo de controle; (2) grupo de cola de fibrina; (3) Grupo de tecido descelularizado (Pericárdio porcino); (4) Grupo de material antiadesão (Pericárdio porcino); (5) Grupo de material antiadesão (pericárdio bovino); (6) Grupo de material antiadesão (diafragma porcino); (7) Grupo de material antiadesão (peritôneo porcino); (8) Grupo de material antiadesão (bexiga porcina); (9) Grupo de material antiadesão (derme porcina); (10) Grupo de Seprafilm
[00108] O Grupo (1) é um grupo sem nenhuma aplicação de um material antiadesão. Para a aplicação do grupo (2), 80 mg/mL de uma solução de fibrinogênio e 250 U/mL de uma solução de trombina foram misturados em uma relação de 1:1 empregando-se um aplicador de revestimento e a mistura foi revestida ao epicárdio de defeito do pericárdio. Para aplicação dos grupos (3) a (9), auto-pericárdio adjacente ao defeito do pericárdio e cada um dos grupos teste foram suturados um ao outro para fixação. Para aplicação do grupo (10), Seprafilm foi ligado ao epicárdio do defeito do pericárdio. Os resultados da avaliação do escore de adesão são mostrados abaixo. (1) Grupo de controle: Grau de adesão 3, 3, 3, 3 (n=4) (2) Grupo de cola de fibrina: Grau de adesão 3, 3, 2 (n=3) (3) Grupo de tecido descelularizado (Pericárdio porcino): Grau de adesão 3, 3, 1, 0 (n=4) (4) Grupo de material antiadesão (Pericárdio porcino): Grau de adesão 0, 0, 0, 0 (n=4) (5) Grupo de material antiadesão (pericárdio bovino): Grau de adesão 0, 0, 0, 0, 0 (n=5) (6) Grupo de material antiadesão (diafragma porcino): Grau de adesão 2, 0, 0, 0, 0 (n=5) (7) Grupo de material antiadesão (peritôneo porcino): Grau de adesão 0, 0, 0, 0, 0 (n=5) (8) Grupo de material antiadesão (bexiga porcina): Grau de adesão 0, 0, 0, 0, 0 (n=5) (9) Grupo de material antiadesão (derme porcina): Grau de adesão 0, 0, 0, 0, 0 (n=5) (10) Grupo Seprafilm: Grau de adesão 3, 3, 2 (n=3)
[00109] Como está claro a partir dos resultados mostrados acima, um efeito antiadesão bastante excelente foi provado pela complexação dos tecidos descelularizados e cola de fibrina. Os materiais antiadesão da presente invenção (Pericárdio porcino, pericárdio bovino, peritôneo porcino, bexiga porcina e derme porcina) mostraram significante diferença de todos do grupo de controle, grupo de cola de fibrina, grupo de tecido descelularizado e grupo Seprafilm por teste U de Mann- Whitney (*: p<0.05). O material antiadesão da presente invenção (diafragma porcino) mostrou significante diferença de todos do grupo de controle, grupo de cola de fibrina e grupo Seprafilm por teste U de Mann- Whitney (*: p<0.05). Estes resultados mostraram que uma combinação de tecidos descelularizados e cola de fibrina agiram como um pericárdio substituto para provar o efeito da presente invenção como uma membrana substituta.
EXEMPLO 6
[00110] O Tecido descelularizado foi preparado por um método de uma pressão hidrostática elevada. Uma bolsa de polietileno foi carregada com Pericárdio porcino juntamente com uma salina e selada. Empregando-se o Dr. Chef (fabricado por Kobe Steel, Ltd.), o tratamento com a pressão hidrostática elevada de 3.000 a 10.000 atm foi realizado. O Pericárdio porcino tratado com uma pressão hidrostática elevada foi lavado com uma solução de lavagem contendo uma nuclease e uma solução de lavagem contendo álcool.
[00111] Um material antiadesão compreendendo os tecidos descelularizados e cola de fibrina foi preparado como descrito abaixo. O pericárdio descelularizado foi inciso em 2,0 cm x 2,0 cm para preparar o tecido descelularizado. A cola de fibrina foi revestida a ambos os lados do tecido descelularizado para preparar o material antiadesão. A cola de fibrina foi preparada misturando-se 80 mg/mL de uma solução de fibrinogênio e 250 U/mL de uma solução de trombina empregando-se um aplicador de revestimento. A solução de fibrinogênio foi preparada empregando-se pó liofilizado de fibrinogênio contido em Bolheal e um solvente de fibrinogênio. A solução de trombina foi preparada empregando-se o pó liofilizado de trombina contido no Bolheal e um solvente de trombina.
[00112] Um modelo de adesão de tecido intraperitoneal foi preparada empregando-se ratos machos SD de 8-9 semanas de idade. Sob anestesia com cloridrato de medetomidina e cloridrato de cetamina, a cirurgia abdominal foi realizada por incisão no abdômen cerca de 3 cm para baixo partindo de cerca de 2,5 cm sob o processo xifoide ao longo da linha média. O intestino cego foi exposto e o interior do círculo de 1,5 cm de diâmetro em sua superfície foi desgastado 50 vezes com gaze e em seguida a parte desgastada foi também desgastada 50 vezes com lâmina de bisturi para causar hemorragia petequial. Em seguida, o interior do círculo de 1,5 cm de diâmetro na superfície da parede abdominal adjacente à parte desgastada do intestino cego foi cauterizado com bisturi elétrico. A parte desgastada do intestino cego e a parte cauterizada da parede abdominal foram fixadas juntas em quatro pontos com 7-0 sutura de náilon para que ambas as partes ficassem em contato uma com a outra. A parede abdominal e a pele na ferida abdominal aberta foram suturadas para fechar o abdômen. Após os ratos serem criados normalmente durante 30 dias, o abdômen foi aberto e a condição de adesão entre a parte desgastada do intestino cego e a parte cauterizada da parede abdominal foi avaliada. A adesão foi marcada com base na severidade da dissecação entre a parte desgastada do intestino cego e a parte cauterizada da parede abdominal, uma quantidade de sangramento, uma área de adesão e o tipo de adesão de acordo com os critérios mostrados na Tabela 1. A marca de adesão foi um total das respectivas marcas dos itens de avaliação de A a D. TABELA 2
Figure img0002
[00113] No Exemplo 6, os seguintes grupos de tratamento foram avaliados. (1) Grupo de controle; (2) Material antiadesão
[00114] O material antiadesão (2) foi fixo entre a parte desgastada do intestino cego e a parte cauterizada da parede abdominal. Os resultados de avaliação da marca de adesão são mostrados na Tabela 3 em que a marca de adesão é mostrada como um total das respectivas marcas de A a D da Tabela 1. TABELA 3
Figure img0003
[00115] Como está claro na Tabela 3, um efeito antiadesão bastante excelente foi provado também no abdômen pela complexação dos tecidos descelularizados e cola de fibrina. Os materiais antiadesão da presente invenção mostraram significante diferença do grupo de controle pelo teste U de Mann-Whitney (*: p<0,01).
EXEMPLO 7 1. Preparação dos tecidos descelularizados
[00116] Os tecidos descelularizados foram preparados por um método de uma pressão hidrostática elevada. Uma bolsa de polietileno foi carregada com pericárdio bovino junto com uma salina e selada. Empregando-se o Dr. Chef (fabricado por Kobe Steel, Ltd.), tratamento com a pressão hidrostática elevada de 3.000 a 10.000 atm foi realizado. O pericárdio bovino tratado com a pressão hidrostática elevada foi lavado com a solução de lavagem contendo uma nuclease e a solução de lavagem contendo álcool para fornecer os tecidos descelularizados derivados de pericárdio bovino. Uma espessura de película dos tecidos descelularizados era de 400 μm.
2. Preparação dos materiais antiadesão (complexação dos tecidos descelularizados e cola de fibrina)
[00117] Os tecidos descelularizados obtidos no 1 acima foram liofilizados e em seguida cola de fibrina foi revestido a ambos os lados dos tecidos descelularizados para preparar os materiais antiadesão. A cola de fibrina foi preparada misturando-se 80 mg/mL de uma solução de fibrinogênio e 250 U/mL de uma solução de trombina empregando- se um aplicador de revestimento. A solução de fibrinogênio foi preparada empregando-se pó liofilizado de fibrinogênio contido no Bolheal e um solvente de fibrinogênio. A solução de trombina foi preparada empregando-se pó liofilizado de trombina contida no Bolheal e um solvente de trombina.
3. Experimento modelo de adesão de peritôneo de coelho
[00118] O experimento com modelo de adesão de peritôneo foi realizado empregando-se coelhos machos brancos japoneses de 15-20 meses de idade como abaixo descrito. Primeiro, após o tratamento anestésico, o pelo corporal no abdômen foi removido e a superfície da pele do abdômen foi desinfectada. A pele desinfectada foi incisa com bisturi para separar a pele da parede abdominal. A parede abdominal foi removida por 1,5 cm x 2 cm para verificar a posição do intestino cego. A superfície do intestino cego foi cauterizada com bisturi elétrico. Com a parte cauterizada do intestino cego sendo posicionada na superfície corporal, intestino cego foi fixado à parte defeituosa da parede abdominal por sutura. Um material antiadesão de 2 cm x 2,5 cm foi suturado à parte defeituosa da parede abdominal. Fechando a ferida da túnica muscular e a pele, medidas de despertar foram feitas. Após confirmar o caminhar, os coelhos foram levados novamente a uma gaiola de reprodução e foram criados durante um período fixo de tempo.
[00119] Após uma semana de um período de teste de reprodução normal, o abdômen foi aberto e a condição de adesão entre o material antiadesão e o intestino cego foi avaliada. A adesão foi medida com base na extensão da remoção entre o material antiadesão e o intestino cego de acordo com os seguintes critérios. Os resultados da avaliação são mostrados na Tabela 4. Critérios para Avaliar o Efeito Antiadesão Grau de adesão 0: Nenhum estado de adesão Grau de adesão 1: Estado de adesão pode ser facilmente dissecado Grau de adesão 2: Estado de adesão pode ser francamente dissecado Grau de adesão 3: Estado de adesão precisa ser precisamente dissecado
EXEMPLO 8
[00120] Os procedimentos foram realizados como no Exemplo 7 excetuando-se que um período de teste de reprodução normal foi alterado de uma semana para quatro semanas. Os resultados da avaliação são mostrados na Tabela 4.
EXEMPLO 9
[00121] Os procedimentos foram realizados como no Exemplo 7 excetuando-se que os tecidos descelularizados foram mudados do tecido descelularizado de pericárdio bovino para o tecido descelularizado do tecido do intestino delgado da submucosa de porcino e que uma espessura de película do tecido descelularizado era de 100 μm. Os resultados da avaliação são mostrados na Tabela 4.
EXEMPLO 10
[00122] Os procedimentos foram realizados como no Exemplo 9 excetuando-se que um período de teste de reprodução normal foi alterado de uma semana para quatro semanas. Os resultados da avaliação são mostrados na Tabela 4.
EXEMPLO COMPARATIVO 5
[00123] Os tecidos descelularizados obtidos no Exemplo 7, a preparação dos tecidos descelularizados, foram usados sem a complexação com a cola de fibrina para conduzir o experimento com o modelo de adesão do peritôneo de coelho. Um período de teste de reprodução normal era de uma semana. Os resultados são mostrados na Tabela 4.
EXEMPLO COMPARATIVO 6
[00124] Os tecidos descelularizados obtidos no Exemplo 7, a preparação dos tecidos descelularizados foram usados sem a complexação com a cola de fibrina para conduzir o experimento com modelo de adesão do peritôneo de coelho. Um período de teste de reprodução normal era de quatro semanas. Os resultados são mostrados na Tabela 4. TABELA 4
Figure img0004
Figure img0005
*: Avaliação do efeito antiadesão
[00125] A partir dos resultados mostrados na Tabela 4, é constatado que o material antiadesão da presente invenção possui uma excelente efeito antiadesão.
APLICABILIDADE INDUSTRIAL
[00126] A presente invenção pode ser empregada como um material antiadesão, em particular, uma membrana substituta acompanhada pela regeneração de tecido.

Claims (37)

1. Material antiadesão, caracterizado pelo fato de que compreende tecidos descelularizados e um polímero biocompatível, sendo que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados.
2. Material antiadesão de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele.
3. Material antiadesão de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo.
4. Material antiadesão de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar a pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio.
5. Material antiadesão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é um polímero biocompatível que ocorre naturalmente.
6. Material antiadesão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é cola de fibrina.
7. Material antiadesão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
8. Material antiadesão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o material antiadesão é uma membrana antiadesão e uma espessura de película é de 10 a 5.000 μm.
9. Método para a preparação de um material antiadesão, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que compreende complexar um polímero biocompatível como tecidos descelularizados.
10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a complexação é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
11. Kit de material antiadesão, caracterizado pelo fato de que compreende o material antiadesão como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, tecidos descelularizados e um polímero biocompatível.
12. Kit de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele.
13. Kit de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo.
14. Kit de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar a pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio.
15. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 14, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é cola de fibrina.
16. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 15, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados.
17. Kit de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
18. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 17, caracterizado pelo fato de que o material antiadesão é uma membrana antiadesão e uma espessura de película é de 10 a 5.000 μm.
19. Biomembrana substituta, caracterizada pelo fato de que compreende o uso do material antiadesão, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8.
20. Biomembrana substituta de acordo com a reivindicação 19, caracterizada pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura- máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele.
21. Biomembrana substituta de acordo com a reivindicação 19 ou 20, caracterizada pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo.
22. Biomembrana substituta de acordo com a reivindicação 21, caracterizada pelo fato de que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar a pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio.
23. Biomembrana substituta de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 22, caracterizada pelo fato de que o polímero biocompatível é um polímero biocompatível que ocorre naturalmente.
24. Biomembrana substituta de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 22, caracterizada pelo fato de que o polímero biocompatível é cola de fibrina.
25. Biomembrana substituta de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 24, caracterizada pelo fato de que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados.
26. Biomembrana substituta de acordo com a reivindicação 25, caracterizada pelo fato de que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
27. Biomembrana substituta de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 26, caracterizada pelo fato de que uma espessura de película é de 10 a 5.000 μm.
28. Método para a preparação de uma biomembrana substituta, como definida em qualquer uma das reivindicações 19 a 26, caracterizado pelo fato de que compreende o uso do método como definido na reivindicação 9 ou 10.
29. Método de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que a complexação é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
30. Kit de biomembrana substituta, caracterizado pelo fato de que compreende o kit de material antiadesão como definido em qualquer uma das reivindicações 11 a 18.
31. Kit de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados por descelularização de tecidos biológicos selecionados do grupo que consiste em pericárdio, bexiga, âmnio, dura-máter, peritôneo, diafragma, fáscia, submucosa de intestino delgado e pele.
32. Kit de acordo com a reivindicação 30 ou 31, caracterizado pelo fato de que os tecidos descelularizados são aqueles preparados tratando-se tecidos biológicos com uma pressão hidrostática elevada ou com um tensoativo.
33. Kit de acordo com a reivindicação 32, caracterizado pelo fato de que o tratamento com a pressão hidrostática elevada compreende aplicar a pressão hidrostática de 50 a 1.500 MPa aos tecidos biológicos em um meio.
34. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 30 a 33, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é cola de fibrina.
35. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 30 a 34, caracterizado pelo fato de que o polímero biocompatível é complexado com os tecidos descelularizados.
36. Kit de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que a complexação do polímero biocompatível com os tecidos descelularizados é a imersão ou revestimento do polímero biocompatível aos tecidos descelularizados.
37. Kit de acordo com qualquer uma das reivindicações 30 a 36, caracterizado pelo fato de que uma espessura de película da biomembrana substituta é de 10 a 5.000 μm.
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