BR112013004893B1

BR112013004893B1 - método de fabricação de cabeça de escova

Info

Publication number: BR112013004893B1
Application number: BR112013004893-0A
Authority: BR
Inventors: Raimund Nirwing; Frank Gliemroth; Ulrich Stoerkel; Thomas Fritsch
Original assignee: Braun Gmbh
Priority date: 2010-09-29
Filing date: 2011-09-28
Publication date: 2021-02-09
Also published as: CN103140149B; US20120073070A1; EP2436283A1; WO2012042488A1; EP2436283B1; CN103140149A; BR112013004893A2; US8608251B2

Abstract

MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE CABEÇA DE ESCOVA. A presente invenção refere-se a um método de fabricação de uma cabeça de escova que inclui as etapas de: fornecer um suporte de cerdas (200) sobre o qual é montado ao menos um tufo de cerdas (220) que compreende uma pluralidade de cerdas (221), e uma estrutura de cobertura (100) que tem ao menos uma abertura (110); constringir as extremidades livres da pluralidade de cerdas (221) do tufo de cerdas (220) em uma geometria em seção transversal definida (G) de modo que encaixe dentro da área em seção transversal (F) da abertura (100); mover a estrutura de cobertura (100) e o suporte de cerdas (200) um em relação ao outro até que o tufo de cerdas constrito (220A) e a abertura (100) fiquem posicionados em alinhamento espacial; e liberar a constrição durante o movimento da estrutura de cobertura (100) para uma posição final na qual o tufo de cerdas (220) estende-se através da abertura (100).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um método de fabricação de uma cabeça de escova de uma escova de dentes. A invenção refere-se adicionalmente a uma cabeça de escova para uma escova de dentes.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Sabe-se que uma cabeça de escova para uma escova de dentes pode ser fabricada fornecendo-se um suporte no qual um ou vários tufos de cerdas, cada um compreendendo uma pluralidade de cerdas, são montados (por exemplo, com o uso de tecnologia de formação de tufos por ancoramento). O suporte pode, então, ser montado em um tubo da escova de modo que seja móvel em relação ao tubo da escova; por exemplo, o suporte pode ser um disco que é montado em um tubo da escova para oscilar de modo giratório ao redor de um eixo perpendicular ao eixo da extensão longitudinal do tubo da escova (por exemplo, tal como ocorre com a cabeça de escova do produto Precision Clean da Oral-B).

[003] Deseja-se fornecer um método de fabricação de uma cabeça de escova que forneça opções adicionais de design.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[004] Tal desejo é satisfeito por um método de fabricação de uma cabeça de escova de acordo com a reivindicação 1. As modalidades são definidas pelas reivindicações dependentes.

[005] De acordo com um aspecto da invenção, é proposto um Método de fabricação de uma cabeça de escova que inclui as etapas de: - fornecer um suporte de cerdas sobre o qual é montado ao menos um tufo de cerdas que compreende uma pluralidade de cerdas, e uma estrutura de cobertura que tem ao menos uma abertura; - constringir as extremidades livres da pluralidade de cerdas do tufo de cerdas em uma geometria em seção transversal definida de modo que encaixe dentro da área em seção transversal da abertura; - mover a estrutura de cobertura e o suporte de cerdas um em relação ao outro até que o tufo de cerdas constrito e a abertura fiquem posicionados em alinhamento espacial; e - liberar a constrição durante o movimento da estrutura de cobertura para uma posição final na qual o tufo de cerdas estende-se através da abertura.

[006] Para a presente invenção, o termo "constrição" de um tufo de cerdas significa essencialmente ao menos trazer o tufo de cerdas para um formato em seção transversal pré-definido e, em particular, diminuir uma área em seção transversal do tufo de cerdas mediante a redução da distância média entre as cerdas do tufo de cerdas.

[007] Mediante o uso do método proposto, tufos de cerdas que têm uma largura em uma primeira direção de extensão espacial de suas extremidades livres, que é aproximadamente igual ou mesmo maior que a respectiva largura da abertura, podem ser deslizados para o interior da abertura de modo que sejam efetivamente evitados quaisquer danos (isto é, cerdas aprisionadas, cerdas quebradas, etc.) que possam ocorrer de outro modo.

[008] Em um aspecto do método proposto, uma estrutura constritora é usada para constringir o tufo de cerdas. A estrutura constritora pode ter dois ou mais elementos constritores. Ao menos um elemento constritor pode ter uma estrutura semelhante a um pente. Os dentes dessa estrutura semelhante a um pente podem ter bordas arredondadas.

[009] A invenção refere-se, ainda, a uma escova de dentes que compreende uma cabeça de escova produzida de acordo com o método de fabricação proposto.

[0010] A invenção trata adicionalmente de uma cabeça de escova com uma estrutura de cobertura que tem ao menos uma abertura e um suporte de cerdas sobre o qual é montado ao menos um tufo de cerdas que compreende uma pluralidade de cerdas estendendo-se através da abertura, sendo que a abertura tem em ao menos uma primeira direção de extensão espacial da abertura, uma largura menor que a respectiva largura do tufo de cerdas em sua extremidade livre e uma escova de dentes que compreende tal cabeça de escova.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0011] A presente invenção será elucidada adicionalmente por uma descrição detalhada de modalidades exemplificadoras e pela referência às figuras. Nas figuras,

[0012] A figura 1 é uma ilustração de uma cabeça de escova exemplificadora conforme proposto;

[0013] A figura 2 é uma seção transversal cortada através da seção de cabeça da escova mostrada na figura 1;

[0014] A figura 3A é uma vista lateral esquemática de um suporte de cerdas que tem tufos de cerdas montados em uma superfície de montagem do suporte de cerdas;

[0015] A figura 3B é uma vista superior esquemática do suporte de cerdas mostrado na figura 3A;

[0016] A figura 4 é uma vista superior esquemática de uma estrutura de cobertura projetada para ser montada sobre o suporte de cerdas mostrado nas figuras 3A e 3B de modo que os tufos de cerdas se estendem através de aberturas da estrutura de cobertura;

[0017] A figura 5A é uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual elementos constritores que formam uma estrutura constritora são movidos entre os tufos de cerdas;

[0018] A figura 5B é uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual os elementos constritores estão dispostos em uma posição final desejada em que os tufos de cerdas são constritos em uma geometria pré-definida;

[0019] A figura 5C é uma vista lateral da situação mostrada na figura 5B;

[0020] A figura 6A é uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual a estrutura constritora é movida para cima na direção das extremidades livres dos tufos de cerdas constritos e uma estrutura de cobertura é movida para uma posição assegurando o alinhamento espacial das aberturas e das extremidades livres dos tufos de cerdas constritos;

[0021] A figura 6B mostra uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual a estrutura de cobertura é movida na direção do suporte de cerdas;

[0022] A figura 6C é uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual os tufos de cerdas constritos estendem-se para o interior das aberturas e a estrutura constritora é movida simultaneamente com a camada de cobertura;

[0023] A figura 6D é uma ilustração esquemática de uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual os tufos de cerdas se estendem completamente através das aberturas, e o suporte de cerdas e a estrutura de cobertura são montados um no outro; e

[0024] A figura 7 é uma ilustração de uma escova de dentes exemplificadora que tem uma cabeça de escova conforme proposto.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0025] A figura 1 mostra uma cabeça de escova exemplificadora 10 conforme proposto, que é aqui obtida como uma cabeça de escova substituível projetada para uso com um cabo 2 de uma escova de dentes elétrica 1, conforme mostrado na figura 7. A cabeça de escova 10 tem uma seção de pescoço tubular 90 e uma seção de cabeça 20. A seção de cabeça 20 compreende uma estrutura de cobertura 100 com aberturas 110 que são alongadas em uma direção perpendicular à direção de extensão longitudinal da cabeça de escova 10. Nessa modalidade exemplificadora, dois tufos de cerdas 220 se estendem através de cada uma das aberturas 110, respectivamente. Conforme será explicado em mais detalhes com referência à figura 2, os tufos de cerdas 220 são montados sobre um suporte de cerdas, que na modalidade exemplificadora mostrada é disposto para um movimento acionado, em particular, um movimento giratório oscilatório ao redor de um eixo que é essencialmente paralelo ao eixo da extensão longitudinal da cabeça de escova 10. Elementos de limpeza adicionais 120, que são aqui obtidos como tufos de cerdas adicionais, são montados sobre a estrutura de cobertura 100 de modo que o campo geral de tufos de cerdas compreende fileiras de tufos de cerdas dispostas de maneira alternada montadas sobre a estrutura de cobertura 100 e sobre o suporte de cerdas. Além disso, a cabeça de escova 10, conforme mostrado, tem uma parte frontal 300 sobre a qual são montados elementos de limpeza adicionais 320. Em vez de obtidos como tufos de cerdas, ao menos alguns dos elementos de limpeza 120, 220 ou 320 montados sobre a estrutura de cobertura 100, sobre o suporte de cerdas ou sobre a parte frontal 300 poderiam também ser obtidos como, por exemplo, palhetas elastoméricas ou similares.

[0026] A figura 2 é uma seção transversal cortada através da seção de cabeça 20 da cabeça de escova 10 mostrada na figura 1. Para a presente invenção, pode-se notar que um suporte de cerdas 200 é disposto sob a estrutura de cobertura 100. O suporte de cerdas 200 estende-se de uma primeira extremidade da seção de cabeça 20, que é proximal à seção de pescoço tubular 90, até uma segunda extremidade que forma a parte frontal 300 da cabeça de escova. O suporte de cerdas 200 é montado por meio de pinos de montagem 230, 231 junto à estrutura de cobertura 100 de modo que o suporte de cerdas 200 possa ser acionado em uma rotação oscilatória ao redor do eixo definido pelos pinos de montagem 230 e 231. Os tufos de cerdas 220, que são montados sobre o suporte de cerdas 200, se estendem através de aberturas 110 fornecidas na estrutura de cobertura 100. Conforme será explicado adicionalmente com referência às figuras 3A e 4, a largura da abertura 110 na direção de extensão longitudinal da abertura da cabeça de escova é apenas ligeiramente maior que a largura do tufo de cerdas 220, por exemplo, a largura do tufo de cerdas próxima da superfície de montagem na direção de extensão longitudinal da abertura pode ser da ordem de cerca de 0,5 mm a cerca de 4 mm e a respectiva largura da abertura pode, então, ser apenas cerca de 0,1 mm maior. A largura da abertura 110 na direção de extensão lateral da abertura perpendicular à direção de extensão longitudinal da abertura é maior que a largura dos dois tufos de cerdas 220 dispostos em uma fileira para permitir o movimento de limpeza dos tufos de cerdas 220 montados sobre o suporte de cerdas 200. Elementos de limpeza adicionais 120 são montados na estrutura de cobertura 100. A direção de extensão longitudinal da abertura e a direção de extensão lateral da abertura são duas direções de extensão espacial da abertura e, em geral, a abertura tem ao menos uma primeira direção de extensão espacial na qual a abertura é menor que a largura do respectivo tufo de cerdas que se estende através da abertura em sua extremidade livre, em particular, a largura da extremidade livre do tufo de cerdas em uma condição na qual o mesmo é montado no suporte de cerdas 200, mas não se estende através da abertura. Nas modalidades abaixo será explicado como o tufo de cerdas 220 pode ser deslizado para dentro da abertura, evitando-se efetivamente o risco de flexão, quebra, etc., de qualquer cerda do tufo de cerdas.

[0027] A figura 3A é uma ilustração esquemática de um suporte de cerdas 200 que tem uma superfície de montagem 201 sobre a qual tufos de cerdas 220 (aqui: três tufos de cerdas 220) são montados (a tecnologia de montagem dos tufos de cerdas é de conhecimento geral na técnica, por exemplo, podem ser fornecidos orifícios de formação de tufos no suporte de cerdas no quais maços de cerdas são montados com o uso de tecnologia de grampeamento; outras tecnologias como tecnologia em molde ou AFT - formação de tufos livre de âncora - podem também ser usadas). Cada tufo de cerdas 220 compreende uma pluralidade de cerdas 221 (uma cerda 221 pode ser um filamento produzido a partir de poliamida, por exemplo, náilon-6.6, e pode ter um diâmetro na faixa de cerca de 100 micrômetros a cerca de 200 micrômetros). Os tufos de cerdas 220 são separados por vãos 225, onde, devido à extensão angulada das cerdas 221, os vãos 225 entre os tufos de cerdas 220 estreitam-se na direção das extremidades livres dos tufos de cerdas 220 ou podem até mesmo desaparecer à medida que as cerdas 221 de diferentes tufos mesclam-se nas extremidades livres. Em geral, o método de fabricação proposto não exige que vários tufos de cerdas sejam montados em um suporte de cerdas e, portanto, pode haver apenas um único tufo de cerdas montado no suporte de cerdas, ou pode haver dois tufos de cerdas ou pode haver três, quatro, cinco, etc., tufos de cerdas montados no suporte de cerdas. Os tufos de cerdas podem ser montados de maneira um tanto quanto aleatória, ou podem ser montados de maneira regular, por exemplo, em uma fileira ou em várias fileiras (por exemplo, um suporte de cerdas pode ter duas fileiras de tufos de cerdas, sendo que cada fileira compreende dois tufos de cerdas). A figura 3A indica que a largura W1 de um tufo de cerdas 220 em uma dada direção de extensão espacial ao nível da superfície de montagem 201 é menor que a largura W2 do mesmo tufo de cerdas 220 em sua extremidade livre superior, dado que os tufos de cerdas 220, em geral, apresentam alargamento na direção das extremidades livres das cerdas 221, causado pelo fato de as cerdas 221 não se estenderem paralelamente umas às outras, mas segundo um certo ângulo (similar a um maço de flores cortadas).

[0028] A figura 3B é uma vista superior do suporte de cerdas 200, representado esquematicamente mostrado na figura 3A. Cada tufo de cerdas 220 montado no suporte de cerdas 200 compreende uma pluralidade de cerdas 221. Os tufos são separados por vãos 225. A figura indica que em cada tufo de cerdas 220 - embora possam ter o mesmo número de cerdas 221 - o padrão de cerdas (posição das cerdas) pode ser (ligeiramente) diferente e, além disso, a densidade das cerdas 221 em um tufo de cerdas 220 é menor que a maior densidade possível de agrupamento (e a densidade pode variar de um tufo de cerdas para outro). A maior densidade possível de agrupamento de rolos de mesmo diâmetro é 91%, enquanto a densidade de agrupamento das cerdas em um tufo de cerdas (ao nível da superfície de montagem) pode ser da ordem de cerca de 50% a cerca de 80% e pode, em particular, ser cerca de 60% ou cerca de 70%. Para fins de clareza, na figura 3B é essencialmente ignorado o fato de que as cerdas se estendem com ângulos diferentes umas em relação às outras em vez de paralelamente umas às outras.

[0029] A figura 4 é uma ilustração esquemática de uma estrutura de cobertura 100 que tem aberturas 110. Na modalidade mostrada, a estrutura de cobertura 100 tem três aberturas 110 coincidindo com o número de tufos de cerdas do suporte de cerdas mostrado nas figuras 3A e 3B. Conforme mencionado em relação ao número de tufos de cerdas montados no suporte de cerdas 200 acima, é também suficiente - sem perda de generalidade, isto é, sem perda do conceito geral subjacente do método de fabricação proposto - que a estrutura de cobertura tenha uma única abertura, mas a estrutura de cobertura pode ter também mais de uma abertura, pode ter duas, três, quatro, cinco, etc., aberturas. As aberturas podem ser dispostas aleatoriamente ou em um padrão regular, mas como é tencionado na presente invenção que os tufos de cerdas montados sobre um suporte de cerdas se estendam através das aberturas em uma condição montada da cabeça de escova, os respectivos tufos de cerdas e as aberturas são dispostos de maneira espacialmente coincidente. Isso não exige necessariamente que o número de aberturas seja idêntico ao número de tufos de cerdas, uma vez que dois ou mais tufos de cerdas podem finalmente se estender através de uma única abertura (um exemplo foi discutido com referência à figura 1). A presente descrição não exclui ainda que possam existir outras aberturas, através das quais outros elementos de limpeza possam se estender na condição montada da cabeça de escova. Adicionalmente, a presente descrição não exclui que um ou vários elementos de limpeza adicionais, em particular tufos de cerdas, sejam montados sobre o suporte de cerdas, que finalmente não se estenderão através de nenhuma das aberturas. A largura de uma abertura 110 em uma primeira direção de extensão espacial da abertura é W3 (aqui: a direção de extensão longitudinal da abertura) e a largura da abertura em uma segunda direção de extensão espacial da abertura é W4 (aqui: a direção de extensão lateral da abertura). No caso de a largura W3 ser aproximadamente igual ou apenas ligeiramente maior que a largura correspondente W1 de um tufo de cerdas 220 (conforme indicado na figura 3A), e também de ser menor que a largura W2 do tufo de cerdas em sua extremidade livre, então é óbvio que a estrutura de cobertura 100 não pode simplesmente ser deslizada sobre os tufos de cerdas 220 até que os tufos de cerdas 220 se estendam através das aberturas 110, uma vez que uma ou várias cerdas 221 dos tufos de cerdas 220 que se estendem para a área além da largura W3 da abertura 110 podem ser flexionadas e acabar sendo danificadas ou quebradas, de modo que uma única ou várias cerdas 221 possam finalmente não se estender através da abertura 110, mas podem, em particular, ser aprisionadas entre a estrutura de cobertura e o suporte de cerdas. Cada abertura 110 tem uma área em seção transversal F, que na modalidade mostrada é idêntica para as três aberturas 110. Em geral, cada abertura pode ter uma área em seção transversal F diferente (em particular, as larguras W3 e W4 podem ser diferentes entre as aberturas, mas também a geometria das áreas em seção transversal pode variar em muitos aspectos, por exemplo, o formato das áreas em seção transversal pode não ser essencialmente retangular conforme mostrado aqui, mas pode ser triangular, circular, oval ou pode ser irregular). De modo similar, os tufos de cerdas podem ter formatos em seção transversal diferentes.

[0030] Um método de fabricação proposto para uma cabeça de escova será agora discutido com referência às figuras 5A a 5C e às figuras 6A a 6D que efetivamente evita a flexão, danos, quebra ou aprisionamento das cerdas.

[0031] A figura 5A é uma ilustração esquemática de um primeiro estágio do método de fabricação proposto. É fornecido um suporte de cerdas 200, conforme mostrado na figura 3B, no qual são montados três tufos de cerdas 220 exemplificadores. O suporte de cerdas 200 pode, em particular, ser mantido por uma máquina em um local preciso. É fornecida uma estrutura constritora 400 que aqui compreende dois elementos constritores 401 e 402 que são, cada um, dispostos como elementos constritores semelhantes a um pente que tem dentes 411 e 412, respectivamente. Nessa etapa do método de fabricação, o primeiro elemento constritor semelhante a um pente 401 é movido relativamente na direção do suporte de cerdas 200 na direção indicada pela seta A1 e o segundo elemento constritor semelhante a um pente 402 é movido relativamente na direção do suporte de cerdas 200 ao longo da direção indicada pela seta A2. Deve-se observar de maneira geral que os movimentos entre dois objetos descritos no presente pedido podem ser implementados pela movimentação de apenas um dos objetos ou ambos os objetos; por exemplo, aqui o primeiro elemento constritor semelhante a um pente 401 poderia ser movido enquanto o suporte de cerdas 200 é mantido estacionário, o suporte de cerdas 200 pode ser movido enquanto o primeiro elemento constritor semelhante a um pente 401 é mantido estacionário, ou o suporte de cerdas 200 e o primeiro elemento constritor semelhante a um pente 401 podem ambos ser movidos, por exemplo, simultaneamente ou sucessivamente. Para a presente invenção, o primeiro elemento constritor semelhante a um pente 401 pode ser movido em uma direção A1 primeiro e, então, o segundo elemento constritor semelhante a um pente 402 pode ser movido na direção A2, ou ambos os elementos constritores 401, 402 podem ser movidos simultaneamente. Quando os elementos constritores semelhantes a um pente 401, 402 são movidos, os dentes 411 e 412 movem-se entre os tufos de cerdas 220 (isto é, os dentes 411, 412 movem-se para os vãos 225 indicados nas figuras 3A e 3B), separando assim as cerdas dos respectivos tufos de cerdas em maços que estão associados a um tufo de cerdas individual. Os dentes 411 e 412 são aqui afunilados na direção de suas extremidades livres e os dentes 411 e 412 podem ter, em particular, bordas arredondadas de modo a evitar efetivamente danos às cerdas. Devido ao afunilamento dos dentes 411 e 412, as cerdas dos tufos de cerdas 220 são inicialmente separadas e, então, constritas em uma maior densidade de agrupamento de cerdas, conforme ficará claro a partir da figura 5B.

[0032] A figura 5B é a mesma vista superior da figura 5A, mas com os dois elementos constritores 401 e 402 da estrutura constritora 400 dispostos em uma posição constritora final. Nessa posição constritora final, os demais vãos entre os elementos constritores semelhantes a um pente 401 e 402 definem a área em seção transversal G dos tufos de cerdas constritos 220A, onde na modalidade mostrada a área em seção transversal G é essencialmente retangular e idêntica para os três tufos de cerdas constritos 220A. Embora a modalidade exemplificadora mostrada tenha três áreas em seção transversal G de formas idênticas, novamente não se deve excluir que cada uma das áreas em seção transversal pode ter um formato e/ou tamanho diferente, onde, em particular, o formato pode variar em relação ao formato do próprio tufo de cerdas. Deve-se entender que as posições espaciais e as áreas em seção transversal G individuais são escolhidas de modo que, por um lado, coincidam com a posição espacial das aberturas e, por outro lado, encaixem no interior das áreas em seção transversal F das aberturas, respectivamente. Embora a densidade de agrupamento de cerdas no tufo de cerdas não constrito possa ser, por exemplo, 70%, conforme explicado anteriormente, a densidade de agrupamento de cerdas no tufo de cerdas constrito pode ser maior, por exemplo, 85%. A constrição dos tufos de cerdas pode aumentar a densidade de agrupamento de cerdas em um valor absoluto de densidade de agrupamento de cerdas de, por exemplo, 5%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, ou 35% (isto é, se uma densidade de agrupamento de cerdas original de 70% for aumentada em 5%, a densidade de agrupamento de cerdas no tufo de cerdas constrito será de 75%), onde, obviamente, uma densidade de agrupamento de cerdas de cerca de 91% define o limite superior (onde esse valor teórico é, evidentemente, válido apenas para rolos perfeitos de mesmo diâmetro, e o limite superior real da densidade de agrupamento de cerdas depende particularmente da geometria da seção transversal das cerdas individuais em um tufo de cerdas). A geometria da seção transversal dos tufos de cerdas constritos 220A pode, em particular, ser escolhida de modo que as cerdas não sejam danificadas ou deformadas pelo processo de constrição e, portanto, uma densidade de agrupamento de cerdas de 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 86%, 87%, 88%, 89% ou 90% pode ser escolhida como o limite superior para a densidade de agrupamento de cerdas a ser alcançada quando se assume que as cerdas podem ser aproximadamente rolos ideais.

[0033] Em um caso onde é necessária uma separação bidimensional de tufos de cerdas, pode ser fornecida uma segunda estrutura constritora adicional que também pode compreender dois elementos constritores e pode, por exemplo, ser movida ao longo de uma direção angulada na direção que a primeira estrutura constritora é movida (em particular: essa direção angulada pode ser essencialmente perpendicular à direção na qual a primeira estrutura constritora é movida), de modo a resultar finalmente em um padrão bidimensional de tufos de cerdas constritos. Em tal modalidade, a primeira e a segunda estruturas constritoras que podem ser consideradas como estruturas subconstritoras formam juntas a estrutura constritora de acordo com o método de fabricação proposto.

[0034] A figura 5C é uma vista lateral da situação mostrada esquematicamente na figura 5B. Em particular, pode ser visto que os dentes dos elementos constritores da estrutura constritora 400 foram movidos entre os tufos de cerdas na região próxima da superfície de montagem 201 do suporte de cerdas 200. A separação entre os tufos de cerdas é ideal no nível da superfície de montagem, onde os tufos de cerdas são essencialmente constritos, por exemplo, pelo tamanho e geometria de seus orifícios de formação de tufos para o caso de os tufos de cerdas serem montados com o uso da tecnologia de grampeamento (formação de tufos por ancoramento). Os tufos de cerdas alargam-se na direção de suas extremidades livres, conforme explicado anteriormente. Portanto, pode não ser confiável deslizar os elementos constritores a uma certa distância até uma superfície de montagem 201 (por exemplo, mais próxima das extremidades livres dos tufos de cerdas do que da superfície de montagem), uma vez que as cerdas individuais que se projetam a partir de tufos de cerdas vizinhos podem ficar confinadas juntamente com as cerdas do respectivo tufo de cerdas constrito. Em um cenário onde há uma distância suficiente entre os tufos de modo que as cerdas dos tufos de cerdas individuais não se mesclem umas com as outras, pode não haver uma necessidade específica de mover os elementos constritores para um local próximo da superfície de montagem.

[0035] Deve-se observar que são também possíveis outras geometrias dos elementos constritores da estrutura constritora. Por exemplo, em uma modalidade adicional, o primeiro elemento constritor pode ser um elemento constritor semelhante a um pente conforme mostrado nas figuras 5A e 5B, enquanto o segundo elemento constritor pode ser obtido como uma contraplaca que tem reentrâncias ou orifícios nos quais as pontas dos dentes podem se estender na posição final, conforme mostrado na figura 5B.

[0036] Na figura 6A é mostrada esquematicamente uma etapa intermediária do método de fabricação proposto na qual a estrutura de cobertura 100 já se encontra disposta próxima do suporte de cerdas 200, onde as aberturas 110 já estão em alinhamento espacial com a posição das extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A. Ao contrário da situação mostrada na figura 5C, a estrutura constritora 400 é afastada da superfície de montagem 201 do suporte de cerdas 200 na direção das extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A, conforme indicado pela seta C1, de modo que os tufos de cerdas constritos 220A são forçados para o interior da geometria constrita em suas extremidades livres e qualquer alargamento indesejado dos tufos de cerdas na direção de suas extremidades livres é essencialmente evitado.

[0037] Na figura 6B é indicada a próxima etapa do método de fabricação proposto, na qual a estrutura de cobertura 100 é movida na direção das extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A em uma direção C2. Como as aberturas 110 e as extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A já se encontravam em alinhamento espacial e como as extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A são, cada uma, confinadas individualmente em uma geometria G (conforme explicado com referência à figura 5B) que se encaixa dentro da geometria F (conforme indicado na figura 4) da respectiva abertura 110 através da qual o respectivo tufo de cerdas finalmente se estenderá, as extremidades livres dos tufos de cerdas constritos 220A deslizarão facilmente para o interior das aberturas 110 sem flexão ou quebra de qualquer cerda individual.

[0038] Na figura 6C é mostrada uma etapa intermediária adicional da modalidade exemplificadora do método de fabricação proposto. Embora na etapa intermediária explicada com referência à figura 6B apenas a parte do topo dos tufos de cerdas constritos 220A deslizará para o interior das aberturas, a figura 6C mostra a situação onde a estrutura constritora 400 e a estrutura de cobertura 100 são ambas movidas em alinhamento para as direções C3 e C2 (coincidentes), respectivamente, de modo que os tufos de cerdas constritos 220A deslizam adicionalmente para o interior das aberturas 110 até se estenderem completamente através das aberturas 110 e ser obtida a relação espacial final entre a estrutura de cobertura 100 e o suporte de cerdas 200, tal como é indicado na figura 6D. No processo de mover a estrutura constritora 400, os elementos constritores individuais podem ser primeiro movidos juntos para baixo até a superfície de montagem 201 do suporte de cerdas 200 na direção C3 e, então, individualmente para fora (isto é, fora do caminho) até que os elementos constritores sejam movidos para uma posição na qual possa ser obtida a relação espacial final da estrutura de cobertura 100 e do suporte de cerdas 200 conforme mostrado na figura 6D. A figura 6D indica, ainda, que o suporte de cerdas 200 e a estrutura de cobertura 100 podem ser montados um no outro por ao menos um elemento de montagem 230A e/ou 231A, em particular de modo a permitir o movimento relativo entre a estrutura de cobertura 100 e o suporte de cerdas 200, conforme explicado anteriormente com referência à modalidade exemplificadora mostrada na figura 2.

[0039] A cabeça de escova que é finalmente obtida tem as seguintes características estruturais: uma estrutura de cobertura que tem ao menos uma abertura e um suporte de cerdas sobre o qual é montado ao menos um tufo de cerdas que se estende através da abertura, sendo que a abertura tem ao menos uma primeira direção de extensão espacial da abertura que é menor que a respectiva largura do tufo de cerdas em sua extremidade livre (onde a largura do tufo de cerdas em sua extremidade livre é particularmente medida antes do procedimento de montagem, quando a estrutura de cobertura finalmente montada poderá até certo ponto também constringir o tufo de cerdas como a própria estrutura constritora).

[0040] A figura 7 mostra uma escova de dentes exemplificadora 1 (aqui: uma escova de dentes elétrica) que tem uma cabeça de escova 10 fabricada de acordo com o método de fabricação proposto, sendo que a cabeça de escova 20 está disposta em uma extremidade superior de um cabo 2 (aqui: a cabeça de escova 10 está disposta de modo a ser removível).

[0041] As dimensões e valores apresentados na presente invenção não devem ser compreendidos como estando estritamente limitados aos exatos valores numéricos mencionados. Em vez disso, exceto de outro modo especificado, cada uma dessas dimensões se destina a significar tanto o valor mencionado como uma faixa de valores funcionalmente equivalentes em torno daquele valor. Por exemplo, uma dimensão apresentada como "40 mm" destina-se a significar "cerca de 40 mm".

Claims

1. Método de fabricação de uma cabeça de escova, compreendendo as etapas de: fornecer um suporte de cerdas (200) sobre o qual ao menos um tufo de cerdas (220) que compreende uma pluralidade de cerdas (221) é montado e uma estrutura de cobertura (100) que tem ao menos uma abertura (110); constringir as extremidades livres da pluralidade de cerdas (221) do tufo de cerdas (220) em uma geometria em seção transversal definida (G) de modo que encaixe dentro da área em seção transversal (F) da abertura (110); mover a estrutura de cobertura (100) e o suporte de cerdas (200) um em relação ao outro até que o tufo de cerdas constrito (220A) e a abertura (110) fiquem posicionados em alinhamento espacial; e liberar a constrição durante o movimento da estrutura de cobertura (100) para uma posição final na qual o tufo de cerdas (220) estende-se através da abertura (110), caracterizado pelo fato de que a etapa de constrição compreende mover uma estrutura constritora (400) relativamente ao suporte de cerdas (200), em que a estrutura constritora (400) é relativamente movida próxima à superfície de montagem (201) do suporte de cerdas (200), e relativamente movendo a estrutura constritora (400) de uma primeira posição próxima da superfície de montagem (201) do suporte de cerdas (200) para uma segunda posição próxima das extremidades livres das cerdas (221).

2. Método de fabricação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a estrutura constritora (400) compreende ao menos dois elementos constritores (401, 402), sendo que um elemento constritor (401) é um elemento constritor semelhante a um pente tendo uma pluralidade de pinos (411).

3. Método de fabricação, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que os dentes (411) do elemento constritor semelhante a um pente têm bordas arredondadas.

4. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que na etapa de liberar a constrição, a estrutura constritora (400) é movida para uma terceira posição distal ao suporte de cerdas (200).

5. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que compreende ao menos dois tufos de cerdas (220), cada um tendo uma pluralidade de cerdas (221), são montados sobre o suporte de cerdas (200).

6. Método de fabricação, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que ao menos quatro tufos de cerdas (220) são montados sobre o suporte de cerdas (200) em ao menos duas fileiras, sendo que cada fileira compreende ao menos dois tufos.

7. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a estrutura constritora (400) tem quatro elementos constritores que formam duas estruturas subconstritoras, sendo que cada estrutura subconstritora compreende dois dos elementos constritores, e as duas estruturas subconstritoras são anguladas uma em relação à outra.

8. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a estrutura de cobertura (100) tem ao menos duas aberturas (110).

9. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a etapa de constringir as extremidades livres das cerdas (221) do tufo de cerdas (220) inclui comprimir o tufo de cerdas (220) de modo que a densidade de cerdas na parte constrita do tufo de cerdas é maior que a densidade de cerdas do tufo de cerdas não constrito na superfície de montagem (201).

10. Método de fabricação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que na etapa de mover a estrutura de cobertura (100) para a posição final ao menos dois tufos de cerdas (220) movem-se para o interior da abertura (110).