BR112012001029B1 - sistema de implante mamário. - Google Patents

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Abstract

sistema de implante mamário. a presente invenção está correlacionada a um sistema de implante mamário, o qual compreende um invólucro (3, 4) com um formato externo flexível, para implantação no corpo de um paciente, de modo a fazer parte de um implante mamário (10), e compreende ainda pelo menos um primeiro elemento (1) contido no invólucro e, opcionalmente, pelo menos um segundo elemento (2) também contido no invólucro. os primeiro e segundo elementos são deslocáveis dentro do invólucro e/ou seus volumes podem ser modificados a fim de mudar o formato e/ou tamanho do implante mamário. um reservatório (r) compreendendo um fluido lubrificante é conectado ao invólucro, de modo a permitir ao fluido lubrificante ser suprido e removido do invólucro, a fim de reduzir o atrito superficial ente os elementos adjacentes e/ou entre o invólucro e os elementos, antes de o formato do implante mamário ser modificado.

Description

“SISTEMA DE IMPLANTE MAMÁRIO”.
Antecedentes da Invenção
A presente invenção está correlacionada a um sistema de implante mamário, que permite que o formato do implante mamário seja variado após a sua implantação no corpo do paciente. A presente invenção, particularmente, aperfeiçoa o sistema de implante mamário descrito no Pedido de Patente Internacional PCT/EP/2009/000622.
Os implantes mamários são tipicamente usados para substituir uma mama natural que tenha sido removida, por exemplo, devido a um câncer, ou para aumentar o tamanho de uma mama natural quando este tamanho é considerado insatisfatório. Em geral, as pessoas que desejam modificar o tamanho e formato globais de implantes mamários após a implantação têm de ser submetidas a uma cirurgia de maior porte. Seria desejável para o paciente ajustar o tamanho e formato do implante mamário facilmente, dependendo das necessidades presentes. Assim, por exemplo, na medida em que o tempo passa, o paciente não deve se sentir muito feliz com o tamanho ou formato da mama artificial, ou então, o paciente deve desejar mudar o formato ou tamanho apenas temporariamente. Assim, por exemplo, algum paciente deve desejar reduzir o volume do implante mamário durante atividades esportivas ou desejar aumentar o tamanho para um particular evento, como, por exemplo, um encontro noturno formal.
A Patente U.S. No. 6.875.233 BI divulga um implante mamário que permite que o tamanho e formato globais do mesmo sejam modificados, uma vez tenham sido cirurgicamente implantados. Tal implante mamário inclui uma casca exterior e um balão interno. A casca exterior, tipicamente, é um pulmão, tendo uma pluralidade de pregas, de modo que o formato externo do implante é variável. Na medida em que o balão é cheio, a casca exterior se expande de uma maneira que cria um efeito de levantamento ou um efeito de subida de balão. Uma válvula conectada à casca exterior e ao balão interno pode ser usada para encher o balão externo conectado ao paciente, sem a necessidade de posterior cirurgia após o implante ter sido implantado no paciente. O
2/37 balão pode ser cheio com um líquido, um gás ou um sólido, e esse agente de enchimento pode ser adicionado e removido através da válvula, caso necessário. A válvula permanece externa, de modo que possa ser usada sem nenhuma cirurgia posterior, ou pode ser localizada sob a pele do paciente, em cujo caso uma cirurgia de menor porte pode ser realizada para acessar a válvula.
As opções para mudança do formato de implante mamário de acordo com essa citação do estado da técnica são limitadas. Também, existe o inconveniente para o paciente de que a válvula para acessar o balão interno do implante mamário sempre penetra na pele do paciente ou, quando ela é implantada subcutaneamente, exige que uma cirurgia de menor porte seja realizada.
O documento de patente U.S. No. 2003/0074084 Al divulga um implante mamário com uma pluralidade de câmaras. As câmaras são diferentemente pressurizadas a fim de controlar o formato do implante mamário após o insuflamento do mesmo. Cada câmara pode ser provida de um par de condutos para, alternativamente, liberar fluido e remover fluido da câmara.
Conectores terminais de tais condutos podem ser facilmente localizados por especialistas na área médica, para liberação ou remoção de fluido de uma desejada câmara, de modo manual ou com o auxílio de instrumentos. Alternativamente, o fluido pode ser suprido ou removido mediante inserção de uma agulha oca diretamente dentro das câmaras dos implantes mamários.
Conquanto que as opções de mudança de formato de implante mamário conforme essa citação do estado da técnica seja aperfeiçoada com relação ao implante mamário divulgado na Patente U.S. No. 6.875.233 Bl, um especialista na área médica ainda necessita obter diferentes tamanhos e formatos de implantes mamários após implantação.
Numa modalidade mais simples descrita no documento de patente U.S. No. 2003/0074084 Al, válvulas de uma via são dispostas entre duas câmaras adjacentes para possibilitar uma transferência de fluido de uma primeira para uma segunda das
3/37 câmaras adjacentes, após aplicação de uma força de compressão externa à primeira câmara. Desse modo, as valvulas possibilitam a remodelação do implante mamário, simplesmente, através de manipulação. É ainda sugerido automaticamente abrir e fechar as válvulas através de controle remoto sem fio.
Conquanto que essa modalidade possa permitir ao formato do implante mamário ser modificado de um modo não-invasivo simplesmente através de manipulação, o tamanho da mama, isto é, o volume do implante mamário não seria assim afetado.
O documento de patente PCT/EP2009/000622 mencionado anteriormente também se refere a um sistema de implante mamário compreendendo uma pluralidade de câmaras que são interligadas quando implantadas, de modo que o fluido possa ser trocado entre as mesmas, para modificação do respectivo conteúdo de fluido. Diversas modalidades são divulgadas para mudança do formato, mas, não para mudança de volume, além disso, para mudança de formato e também de volume, sem mudança de massa do implante mamário (isso sendo obtido ao obrigar uma câmara cheia de gás ser comprimida, quando o líquido é trocado entre as câmaras do implante mamário), e ainda para mudança do formato e também do volume do implante mamário, envolvendo uma mudança de massa do dito implante mamário. O documento ainda descreve que a troca de fluido entre as câmaras pode ser obtida através de compressão manual de uma ou outra câmara de fluido, de modo similar ao do acima mencionado documento U.S. No. 2003/0074084 Al. Entretanto, modalidades preferidas incluem um primeiro reservatório implantado distante do implante mamário na cavidade abdominal do paciente, ou no interior da área do peito do paciente, tal como, exterior ao tórax sob o músculo peitoral menor, ou entre os músculos peitorais maior e menor. Uma bomba pode ser provida para bombear o fluido entre as câmaras do implante mamário e/ou entre uma ou mais câmaras e o reservatório remotamente implantado. A bomba pode ser manualmente acionada, para cuja finalidade é vantajosamente implantada subcutaneamente. Alternativamente, a bomba pode ser acionada por um motor, que pode ser igualmente implantado. A bomba
4/37 e/ou o motor podem ser acionados por meio de energia sem fio, transmitida de fora do corpo do paciente. Uma unidade de controle para controlar todo o processo, particularmente, em um modo sem fio, pode ser ainda provida. O implante mamário pode apresentar ainda uma placa rígida posterior, na qual pelo menos uma câmara é firmemente conectada, para prover suficiente rigidez, proporcionando ao implante mamário um contorno básico, o qual é mantido em quaisquer das mudanças de formato do implante mamário. Além disso, a fim de melhorar o aspecto global do implante mamário, a parte da parede externa do implante mamário que se defronta com o peito do paciente pode compreender um compartimento cheio de um material mole, tal como, silicone.
Portanto, o sistema de implante mamário divulgado no documento de patente PCT/EP2009/000622 oferece uma grande variedade de opções de mudança de formato e tamanho de um implante mamário após sua implantação. As mudanças podem se facilmente realizadas e controladas pelo paciente, sem que qualquer especialista da área médica seja envolvido.
No entanto, com esses implantes mamários citados pelo estado da técnica, o problema surge que após a mudança de volume de uma ou mais câmaras dentro do implante mamário e, assim, mudança de formato e/ou tamanho do implante, um movimento relativo de superfícies mutuamente adjacentes dentro do implante mamário irá ocorrer. Mais especificamente, a superfície externa de uma primeira câmara pode contatar a respectiva superfície externa de uma segunda câmara, e/ou pode contatar a parede rígida posterior acima mencionada, e/ou a parede externa flexível acima mencionada, dentro das quais as câmaras de fluido são mantidas, podendo formar um compartimento cheio de silicone, conforme mencionado. O movimento relativo entre as superfícies de contato de um ou mais dos elementos acima mencionados provoca uma substancial quantidade de atrito superficial, a qual tem de ser superada, a fim de se obter a variação de tamanho e/ou formato da maneira desejada. Quando a troca de fluido é obtida mediante compressão local manual do implante mamário ou através de
5/37 compressão, por exemplo, de um reservatório implantado subcutaneamente, os pacientes têm de aplicar forças de compressão relativamente altas. Quando a troca de fluido é obtida com a ajuda de um motor implantado, o motor deve ser relativamente forte. Em outras palavras, tal motor é relativamente volumoso e necessita de muita energia, pelo que esses aspectos não são desejados para partes a serem implantadas em um corpo de paciente.
Resumo da Invenção
Portanto, constitui um objetivo principal da presente invenção proporcionar um implante mamário, mais especificamente, um sistema de implante mamario similar a aqueles descritos anteriormente, que permita uma manipulação mais fácil do implante mamário quando da variação do formato e/ou tamanho do mesmo. Um sistema de implante mamário de acordo com a presente invenção compreende um invólucro externo flexível para implantação no corpo do paciente, o qual faz parte do implante mamário. Esse invólucro pode, por exemplo, compreender uma placa rígida posterior e/ou uma parede externa cheia com um material mole, conforme conhecido do acima mencionado estado da técnica. O sistema de implante mamário de acordo com a presente invenção compreende ainda pelo menos um primeiro elemento contido no invólucro e, preferivelmente, pode compreender ainda pelo menos um segundo elemento também contido no dito invólucro. No contexto da presente invenção, o termo “elemento” pode incluir uma câmara do tipo descrito acima, isto é, tendo uma parede externa flexível e sendo cheia de um fluido, em particular, um líquido, e sendo especificamente adaptada para suprir e remover fluido de tal câmara, a fim de finalmente modificar o tamanho e/ou o formato do implante mamário global. O termo “elemento” pode, igualmente, cobrir uma pluralidade de câmaras permanentemente interligadas. Entretanto, a invenção não se limita a isso. Assim, a invenção também inclui modalidades em que o elemento ou elementos apresentam um volume constante, isto é, não são adaptados para troca de conteúdo de fluido. Como tal, o conteúdo das câmaras
6/37 não precisa, necessariamente, ser um fluido, podendo ainda ser granular. Além disso, não é necessário que os elementos tenham uma parede externa flexível. Assim, por exemplo, um grande número de pequenos elementos, tal como, 100 ou mais, pode ser contido no invólucro do sistema de implante mamário da presente invenção. Esses pequenos elementos podem ou não ser totalmente rígidos. Portanto, independentemente da particular construção dos elementos, os ditos elementos apresentam em comum que eles são contidos no invólucro do implante mamário, a fim de encher o invólucro e proporcionar no invólucro um particular formato externo, que, por sua vez, define o formato externo do implante mamário. Assim, ao modificar o volume de um ou mais elementos dentro do invólucro, e/ou mediante re-disposição do elemento ou elementos dentro do invólucro, o formato e/ou o tamanho do implante mamário será conseqüentemente afetado.
Agora, de acordo com a invenção, é ainda proporcionado um reservatório que compreende um fluido lubrificante. O reservatório é conectado ao invólucro, de modo a permitir ao fluido lubrificante ser suprido e removido do interior do invólucro. O atrito superficial entre uma superfície externa de um elemento contido no invólucro e uma superfície adjacente de um diferente elemento contido no invólucro, e/ou do invólucro em si, e/ou de um diferente componente do implante mamário, tal como, uma placa rígida posterior, pode ser reduzido mediante suprimento de fluido lubrificante proveniente do reservatório para o invólucro.
Assim, quando se deseja modificar o formato e/ou o volume do implante mamário, o fluido lubrificante é primeiramente suprido do reservatório para o invólucro, de modo que possa circular entre as superfícies de contato, desse modo, reduzindo o atrito superficial. A seguir, o formato/tamanho do implante mamário é modificado através de qualquer modo desejado, por exemplo, manualmente, rearranjando os elementos contidos no invólucro de fora do implante mamário, ou através de troca de fluido entre os elementos contidos no invólucro, ou entre um elemento no invólucro e um reservatório remotamente implantado. Deve ser observado que - embora preferido
7/37 a invenção não está limitada a sistemas de implantes mamários totalmente implantados, isto e, os componentes dos mesmos podem ser providos fora do corpo do paciente, tais como, o reservatório de fluido lubrificante, o reservatório para troca de fluido com um ou mais elementos contidos no invólucro, e outros. Uma vez o tamanho/formato do implante mamário tenha sido modificado através de mudança do tamanho e/ou da posição de um ou mais elementos contidos no invólucro, o fluido lubrificante pode ser removido do invólucro, pelo que o atrito superficial da superfície externa do elemento ou elementos irá aumentar. O aumento de atrito superficial oferece a importante vantagem de que o formato do implante mamário obtido pela manipulação do elemento ou elementos dentro do invólucro será substancialmente mantido por um longo período de tempo. Isso é particularmente importante nas modalidades em que o elemento ou elementos não são firmemente conectados a uma estrutura de suporte, mas sim, sendo, por exemplo, livremente móveis dentro do invólucro.
Geralmente, o fluido lubrificante pode ser um líquido ou um gás. Quando o fluido lubrificante é um gás, o invólucro pode ser estabelecido sob pressão do gás, de modo a ser inflado, desse modo, facilitando a manipulação do elemento ou elementos contidos no dito invólucro. Entretanto, uma vez que é tipicamente perigoso manipular gás dentro do corpo humano, o fluido lubrificante usado em conexão com a presente invenção é preferivelmente um líquido ou um gel, em particular, um líquido ou gel isotônico. O uso de um líquido isotônico não irá causar nenhum dano ao paciente em caso de algum vazamento.
O invólucro, em si, apresenta uma parede flexível e, preferivelmente, também esticavel, isto e, uma parede elastica, de modo a acompanhar quaisquer mudanças de formato causadas por uma realocação interna dos elementos. A flexibilidade ou elasticidade da parede externa do invólucro é também importante com relação à fibrose que cobre a dita parede externa, quando o implante mamário está implantado no corpo do paciente. O formato do invólucro pode ser suficientemente flexível para permitir o alongamento da extensão funcional do mesmo, sem interferir
8/37 com a fibrose. Assim, por exemplo, a parede externa do invólucro pode apresentar, pelo menos, uma ruga ou descontinuidade, similar a de um pulmão, para permitir o alongamento da parede externa sem alongar a fibrose que cobre a parede externa quando implantado.
O sistema de implante mamário da presente invenção, preferivelmente, é um sistema totalmente implantável (exceto, possivelmente, para um controle remoto sem fio ou transferência de energia sem fio de fora do paciente para o sistema implantado), sem necessidade de interveniência de nenhum especialista na área médica, em particular, sem nenhuma necessidade de cirurgia, quando o tamanho e/ou o volume do implante mamário é alterado. Como tal, é preferido implantar o reservatório de fluido lubrificante dentro do corpo do paciente juntamente com o implante mamário. Uma vez que a implantação do implante mamário exige cirurgia na área do peito do paciente, o reservatório de fluido lubrificante pode, vantajosamente, ser também implantado nessa área e, mais especificamente, fora do tórax, como é o implante mamário. A fim de não influenciar negativamente o formato externo do implante mamário, é preferido que o reservatório seja adaptado para implantação abaixo do músculo peitoral menor, ou entre os músculos peitorais maior e menor.
Entretanto, a fim de evitar que o reservatório de fluido lubrificante tenha alguma influência sobre o formato externo do implante mamário, pode ser vantajoso adaptar o reservatório de modo que o mesmo possa ser implantado dentro do corpo do paciente, distante do implante mamário, em cujo caso pelo menos um conduto terá de ser provido entre o reservatório implantado remotamente e o invólucro, a fim de permitir a troca de fluido entre os mesmos.
A implantação do reservatório de fluido lubrificante distante do implante mamário pode ser também vantajosa por razões outras que o aspecto visual do implante mamário. Assim, por exemplo, o reservatório de fluido lubrificante pode ser adaptado para ser implantado na axila ou embaixo do braço do paciente, onde o mesmo fica escondido, porém, pode ser facilmente acessado, como, por exemplo, o paciente
9/37 manualmente comprimindo o reservatório e, assim, impulsionando o fluido lubrificante para circular dentro do invólucro.
Alternativamente, o reservatório de fluido lubrificante pode ser adaptado para implantação na cavidade abdominal do paciente, pelo fato de que a cavidade abdominal, geralmente, oferece mais espaço para a implantação, o que é particularmente vantajoso no caso em que adicionais componentes, tais como, uma bomba e/ou um motor, e similares, sejam implantados juntamente com o reservatório.
É ainda possível implantar somente uma parte do reservatório, distante do implante mamário, enquanto a outra parte é implantada como parte do implante mamário ou próxima do implante mamário. Assim, por exemplo, quando um servossistema é usado para trocar fluido entre o reservatório e o invólucro, conforme será descrito em maiores detalhes abaixo, uma primeira parte do reservatório pode ser implantada, por exemplo, na axila ou embaixo do braço do paciente, ou na cavidade abdominal do paciente, de modo a ser facilmente acessível ao paciente, em particular, subcutaneamente, e uma parte mais volumosa do reservatório pode ser adaptada para implantação em algum outro local no corpo do paciente, por exemplo, próximo ao implante mamário.
Conforme mencionado anteriormente, pode se feita a implantação subcutânea de pelo menos uma parte do reservatório, de modo que a compressão manual da parte subcutaneamente implantada obrigue o fluido a circular do reservatório para o invólucro. Vantajosamente, existe pelo menos uma válvula provida entre o reservatório e o invólucro, restringindo o fluxo em uma ou em outra direção. Assim, por exemplo, uma válvula de uma via ou de duas vias pode ser provida para impedir o fluido lubrificante de retornar para o reservatório, enquanto o tamanho e/ou o formato do reservatório estiver sendo manipulado. Uma vez um desejado tamanho/formato tenha sido obtido, o usuário pode comprimir o implante mamário usando ambas as mãos, desse modo, aumentando a pressão interna no invólucro para um valor no qual a válvula se abre, e o fluido lubrificante irá então retornar para o reservatório. Uma vez que somente uma pequena
10/37 quantidade de fluido lubrificante e necessária para se obter o efeito redutor de atrito, esse procedimento não ira substancialmente afetar o tamanho/formato do implante mamário. Preferivelmente, a válvula é uma válvula de duas vias, que se abre na direção do invólucro quando a pressão (manual) aplicada ao reservatório exceder uma pressão predeterminada, e se abre na direção do reservatório quando uma pressão aplicada no invólucro de fora do implante mamário exceder uma predeterminada pressão.
Numa modalidade preferida, o invólucro inclui 10 ou mais, centenas ou mesmo milhares ou mais de pequenos elementos, cujos elementos podem ser granulares ou esféricos, em particular, esferas. Preferivelmente, esses elementos devem se aderir na ausência do fluido lubrificante. Assim, por exemplo, os elementos podem ser modelados na forma de esferas, não completamente cheios, de modo que tenham uma superfície externa frouxa. As superfícies de contato das esferas adjacentes, desse modo, são relativamente grandes, de modo que o atrito superficial que resiste ao movimento relativo entre esferas adjacentes é do mesmo modo igualmente grande. Na ausência de fluido lubrificante, as posições mutuas dos elementos dentro do invólucro são improváveis de substancialmente mudar no curso do tempo, enquanto as posições mútuas dos elementos podem ser facilmente modificadas na presença do fluido lubrificante, por exemplo, mediante manipulação manual de fora do implante mamário.
Está ainda dentro do escopo da presente invenção que mais de um invólucro seja provido no implante mamario. Em particular, um ou mais invólucros, aos quais o fluido lubrificante pode ser fornecido, podem ser contidos em um invólucro maior, dentro do qual o fluido lubrificante pode ser igualmente fornecido. Assim, o invólucro ou invólucros internos podem constituir “elementos” dentro do invólucro maior. Desse modo, é possível manipular os elementos dentro dos invólucros internos, que podem conter, por exemplo, centenas de pequenos elementos, conforme descrito acima, e para manipular os invólucros internos dentro do invólucro maior, por exemplo, rearranjando sua posição mútua dentro do invólucro maior.
11/37
De acordo com outra modalidade preferida da invenção, o elemento ou elementos dentro do invólucro podem apresentar a forma de um acolchoado ou almofada, similar a forma tipicamente usada para aumento da mama feminina para fins estéticos. Esses acolchoados ou almofadas são cheios com um determinado material a apresentam uma parede externa flexível, a parede formando a superfície externa dos elementos. Conforme razões já estabelecidas anteriormente, a parede externa flexível dos acolchoados ou almofadas é preferivelmente frouxa, de modo a aumentar a área de superfície de contato e, assim, o atrito superficial com outros acolchoados/almofadas na ausência de fluido lubrificante.
O material de enchimento da almofada ou acolchoado pode ser granular, mas, preferivelmente, é um material mole, em particular, um fluido. Como tal, o material de enchimento pode compreender gás, líquido, gel, espuma ou qualquer outro material fluido, ou uma combinação dos materiais mencionados. Mais vantajosamente, o material de enchimento é um líquido de silicone ou um gel de silicone, na medida em que a consistência do mesmo se torna mais próxima daquela de uma mama natural.
Conforme descrito anteriormente, um modo preferido de modificar o formato e/ou tamanho do implante mamario envolve o suprimento e/ou remoção de fluido de pelo menos um dos elementos contidos no invólucro. Isso pode ser obtido mediante intercambiamento do fluido entre pelo menos um primeiro elemento e pelo menos um segundo elemento dentro do invólucro. Alternativamente, pelo menos um reservatório diferente do reservatório de fluido lubrificante pode ser provido em conexão de fluido com pelo menos um elemento contido no invólucro, de modo que o fluido possa ser trocado entre esse (adicional) reservatório e o respectivo elemento.
Nesse último caso envolvendo o adicional reservatório, tal reservatório pode ser adaptado para implantação embaixo do músculo peitoral menor ou entre os músculos peitorais maior e menor, de modo similar ao reservatório de fluido lubrificante. Tal reservatório pode ser colocado ainda mais distante do implante
12/37 mamário, em cujo caso, novamente, pelo menos um conduto terá de ser provido para a troca de fluido.
No caso anterior onde o fluido é intercambiado entre os primeiro e segundo elementos dentro do invólucro, isso pode ser obtido de uma maneira simples, por exemplo, comprimindo manualmente um ou outro elemento, desse modo, impulsionando o fluido para circular de um elemento para o respectivo outro elemento. Uma ou mais válvulas de alívio de pressão podem ser providas entre os respectivos elementos, para serem abertas a uma predeterminada pressão. Desse modo, a estrutura global pode ser mantida de um modo relativamente simples. Mais vantajosamente, a válvula de alívio de pressão é uma válvula de alívio de pressão de duas vias, que se abre em uma direção ou em outra direção, dependendo do lado em que a predeterminada pressão é aplicada.
Ao invés de intercambiar o fluido diretamente entre os primeiro e segundo elementos, um reservatório intermediário pode ser interposto entre os dois elementos, de modo que o fluido possa ser trocado entre o reservatório intermediário e os primeiro e segundo elementos, para modificar o respectivo conteúdo. Em outras palavras, o fluido espremido de um elemento dentro do reservatório intermediário irá fazer com que uma quantidade equivalente de fluido seja impulsionada do reservatório intermediário para o respectivo outro elemento. O reservatório intermediário pode ser disposto, por exemplo, em uma placa rígida posterior do implante mamário, conforme será descrito em maiores detalhes numa fase seguinte.
Como nos sistemas de implante mamário citados pelo estado da técnica, a presente invenção é de utilidade em conexão com implantes mamários tendo um volume constante e um formato variável, implantes mamários tendo um volume variável e um formato variável e implantes mamários tendo volume e formato variáveis, mas, uma massa constante.
Enquanto nos sistemas de implantes mamários citados no estado da técnica é proporcionada uma pluralidade de câmaras com variável tamanho e formato,
13/37 essas câmaras são dispostas em posições relativamente fixas. Mais especificamente, câmaras adjacentes são separadas por uma parede intermediária que faz parte de ambas as câmaras, não havendo nenhum movimento relativo entre essas câmaras. Em particular, não existe atrito superficial entre as paredes externas das câmaras adjacentes. O atrito superficial ocorre principalmente entre as paredes externas das câmaras e uma parede externa flexível (invólucro), dentro do qual as câmaras dos implantes mamários do estado da técnica podem ser contidas.
De acordo com uma modalidade preferida da presente invenção, são providos pelo menos dois elementos dentro do involucro, dos quais, pelo menos o primeiro elemento e deslocavel em relação ao segundo elemento, movimentando o primeiro elemento entre diferentes pontos dentro do invólucro quando o formato externo do implante mamário é para ser modificado. Em outras palavras, uma superfície externa do primeiro elemento que é movimentada de um primeiro ponto para um segundo ponto dentro do invólucro, será deslocada em relação a uma superfície externa de contato do respectivo segundo elemento contido no invólucro.
Isso proporciona mais flexibilidade para variar o formato do implante mamário. A área da superfície externa de um elemento (primeiro) que contata o outro elemento (segundo) deve ser grande, de modo que as forças de atrito superficial sejam altas na ausência de fluido lubrificante e, assim, o formato do implante mamário é improvável de se modificar sem que seja intencionalmente.
O segundo elemento, que pode formar um acolchoado ou almofada e que pode ou não ser interligado com o primeiro elemento para permitir ao fluido ser intercambiado, pode ser montado de modo fixo dentro do invólucro. Assim, por exemplo, o segundo elemento pode fazer parte da parede do invólucro ou, mais preferivelmente, fazer parte de uma placa rígida posterior do implante mamário. É particularmente vantajoso montar de modo fixo o segundo elemento dentro do invólucro, quando os primeiro e segundo elementos estão de algum modo interligados, assim, limitando o movimento relativo dos mesmos. Ao montar o segundo elemento de modo
14/37 fixo no invólucro, predeterminados formatos do implante mamário são fáceis de serem obtidos, pelo fato de que somente o primeiro elemento precisa ser deslocado e o deslocamento somente pode ocorrer dentro de uma predeterminada faixa, devido ao primeiro elemento estar conectado ao segundo elemento, que se encontra montado de forma fixa.
Por outro lado, ambos os primeiro e segundo elementos podem ser dispostos dentro do invólucro, de modo a serem movimentados entre diferentes pontos. Essa disposição oferece uma máxima flexibilidade para quaisquer mudanças de formato. Mas, também nesse caso, pode ser vantajoso interligar os primeiro e segundo elementos, de modo a limitar o deslocamento relativo entre os mesmos.
De acordo com outra modalidade, cada ou ambos dos primeiro e segundo elementos são montados dentro do invólucro, de modo a serem movimentados somente entre predeterminados pontos. Assim, o respectivo elemento não é montado de forma fixa dentro do invólucro, existindo uma faixa de pontos entre os quais o elemento pode ser movimentado. Isso permite que uma estrutura geral seja mantida, ao mesmo tempo em que permite que certas mudanças sejam feitas dentro de tal estrutura.
Também, é ainda possível montar de modo fixo o segundo elemento em uma parede do invólucro, e montar o primeiro elemento de modo que seja móvel dentro do invólucro, somente entre predeterminados pontos. Assim, por exemplo, o primeiro elemento pode ser de algum modo conectado ao segundo elemento ou pode ser de algum modo conectado a uma parede do invólucro, ou ambas as maneiras. Mediante essa disposição, é possível prover uma estrutura na qual um ou mais primeiros elementos sejam móveis a partir de um ponto localizado, pelo menos parcialmente, ao lado do segundo elemento (que, igualmente, pode ser dito como sendo um ponto acima ou abaixo do segundo elemento, dependendo da perspectiva), para um ponto no topo do segundo elemento, de modo a modificar o formato externo do implante mamário de relativamente plano para relativamente alto.
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Logicamente, é também possível prover cada dos primeiro e segundo elementos dentro do invólucro, de modo que tenham inteira movimentação livre no mesmo.
A real finalidade é, em cada caso, modificar o formato externo do implante mamário em um estágio pós-operatório e, particularmente, de um modo nãoinvasivo.
Conforme mencionado anteriormente, o implante mamário, preferivelmente, apresenta uma parede posterior rígida, disposta para ser colocada adjacente ao tórax do paciente. A parede posterior proporciona rigidez e fornece ao implante mamário um contorno básico que e mantido em todos e quaisquer dos formatos do implante mamário. A parede posterior rígida, vantajosamente, faz parte do invólucro.
Além ou independentemente de qualquer parede posterior rígida, o invólucro pode apresentar uma estrutura compreendendo pelo menos um compartimento cheio de um material mole, tal como, uma espuma ou silicone. Isso proporciona ao implante mamário a aparência e sensação de uma mama natural e pode servir para nivelar qualquer irregularidade causada por diferentes enchimentos e/ou diferentes pressões nos elementos contidos no invólucro do implante mamário, ou causada por uma distribuição irregular dos elementos dentro do invólucro.
Também, já foi mencionado anteriormente que o uso de um servossistema pode facilitar a troca de fluido entre o reservatório de fluido lubrificante e o invólucro (e, igualmente, entre um “adicional” reservatório e um ou mais dos elementos contidos no invólucro). Um servossistema, no sentido da presente invenção, deve ser entendido como um sistema no qual uma quantidade de fluido é deslocada entre sub-câmaras do reservatório do fluido lubrificante, cuja quantidade é diferente da quantidade de fluido trocada entre o reservatório de fluido lubrificante e o invólucro (ou entre o “adicional” reservatório e um ou mais dos elementos contidos no invólucro).
Existem diversos modos alternativos de implementação de tal servossistema no sistema de implante mamário da presente invenção. Nesse contexto, é
16/37 preferível prover um elemento de mola para impulsionar o reservatório de fluido lubrificante ou pelo menos uma das sub-câmaras do mesmo, em um estado de mínimo ou máximo volume, isto é, em um estado normalmente pequeno ou um estado normalmente grande. A energia, tal como, uma força de compressão manual sobre uma sub-câmara implantada subcutaneamente, é então necessária somente para trocar fluido entre o invólucro e o reservatório em uma direção, enquanto a força necessária exigida para trocar o fluido na direção oposta é proporcionada pela força da mola. Do mesmo modo, o fluido pode ser trocado entre um adicional reservatório e um ou mais elementos contidos no invólucro, a fim de modificar o tamanho e/ou o formato do implante mamário.
O servossistema pode ser projetado como um servossistema reverso, com a condição de que somente uma pequena quantidade de fluido precisa ser trocada entre as sub-câmaras do reservatório, a fim de se obter uma quantidade relativamente grande de troca de fluido entre o reservatório e o invólucro. Isso significa que uma força relativamente grande, mas, um pequeno curso, é necessária para se obter a quantidade relativamente grande de troca de fluido entre o reservatório e o invólucro. Isso é particularmente conveniente quando uma das sub-câmaras do reservatório é provida para implantação subcutânea, de modo a ser manualmente compressível pelo paciente, de fora do seu corpo. Assim, a sub-câmara compressível disposta subcutaneamente pode apresentar um volume relativamente pequeno e, portanto, não irá afetar adversamente a aparência visual do paciente, entretanto, com um efeito colateral negativo de que o paciente terá de aplicar uma força relativamente grande à sub-câmara subcutânea relativamente pequena, a fim de obter a desejada troca de fluido relativamente grande. Essa sub-camara pode ser colocada, vantajosamente, sob o braço do paciente.
Além disso, pode ser necessário se adicionar fluido lubrificante ao reservatório ou se adicionar um adicional fluido de reservatório, usado para inflar e desinflar um ou mais elementos contidos no involucro. Em particular, quando um gás é contido em um ou outro reservatório, é possível que parte do gás escape no decorrer do
17/37 tempo, devido a vazamento. Portanto, a fim de manter um desejado balanço no reservatório ou reservatórios, o sistema de implante mamário de acordo com uma modalidade preferida, inclui, pelo menos, uma porta de injeção para implantação sob a pele do paciente, de modo a permitir que fluido seja adicionado ou removido de qualquer reservatório por meio de injeção de fora do corpo do paciente. Portanto, a porta de injeção é principalmente provida para fins de calibração. Preferivelmente, o sistema é adaptado para manter o formato e tamanho do implante mamário, ao mesmo tempo em que o fluido é adicionado ou removido do reservatório através da dita porta de injeção. Depois, após o fluido ter sido adicionado ou retirado da dita porta de injeção, o implante, mamário é adaptado para modificar o formato ou tamanho para uma maior ou menor extensão, em um procedimento de calibração.
A porta ou as portas de injeção podem ainda ser usadas para ajustar a pressão no sistema de implante mamário. Assim, por exemplo, quando um paciente tiver alcançado uma particular distribuição de fluido entre os elementos cheios de fluido contidos no invólucro, é conveniente para o paciente liberar qualquer excesso de pressão do sistema, removendo seletivamente o fluido do sistema, através da porta ou portas de injeção.
Conforme mencionado anteriormente, pode ser provida uma bomba no sistema de implante mamário, para trocar o fluido lubrificante entre o reservatório e o invólucro. A mesma bomba ou uma bomba diferente pode ainda ser usada para bombear fluido entre os elementos cheios de fluido contidos no invólucro ou para bombear fluido dentro e fora de um ou mais elementos cheios de fluido contidos no invólucro. Alternativamente, o adicional reservatório pode ser conectado à bomba, de modo a permitir a troca de fluido entre os elementos cheios de fluido no invólucro, mediante bombeamento de fluido com a dita bomba de um primeiro elemento para o adicional reservatório, e do adicional reservatório para o segundo elemento, e vice-versa.
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A bomba ou bombas podem ser adaptadas para implantação sob a pele do paciente, de modo que possa ser manualmente operada através da pele. Nesse caso, uma bomba substancialmente hidráulica ou substancialmente pneumática pode ser usada.
Entretanto, quando a bomba não é manualmente operável, o sistema de implante mamário pode compreender pelo menos um motor, para automaticamente acionar a bomba. Nesse caso, a bomba pode ser de tipo hidráulico, pneumático ou mecânico. Também, um interruptor manualmente operável para ativar o motor pode ser disposto subcutaneamente para operação pelo paciente, de fora do corpo do paciente.
O motor, em si, pode ser disposto para ser acionado por energia elétrica ou eletromagnética, por um campo pulsante elétrico ou eletromagnético ou por energia ultra-sônica.
O sistema de implante mamário pode compreender ainda uma fonte de energia para suprimento de energia direta ou indiretamente a pelo menos uma parte consumidora de energia do sistema, em particular, ao motor acima mencionado, para acionamento da bomba. Tal fonte de energia pode incluir um dispositivo de armazenamento de energia, como, por exemplo, uma bateria ou um acumulador, em particular, uma ou mais baterias recarregáveis e um capacitor.
A fonte de energia, quando provida fora do corpo do paciente, preferivelmente, compreende um transmissor de energia sem fio, para transmitir energia em um modo sem fio, de fora do corpo do paciente, direta ou indiretamente para a parte consumidora de energia ou para um dispositivo de armazenamento de energia implantado.
O sistema de implante mamário, preferivelmente, compreende ainda um dispositivo de transformação de energia implantável, para transformar a energia transmitida em um modo sem fio em energia elétrica. A energia elétrica é armazenada no dispositivo de armazenamento de energia e/ou é usada para acionar a parte consumidora de energia, tal como, o motor e a bomba, na medida em que o dispositivo de transformação de energia transforma a energia sem fio em energia elétrica.
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Alternativamente, a parte consumidora de energia pode ser adaptada para diretamente transformar a energia transmitida em um modo sem fio em energia cinética.
E ainda preferido proporcionar o sistema de implante mamário com uma unidade de controle, para direta ou indiretamente controlar um ou mais elementos do sistema de implante mamário, em particular, a bomba e o motor. Assim, por exemplo, a unidade de controle pode ser primeiramente adaptada para controlar a troca de fluido lubrificante entre o reservatório e o invólucro, e/ou para controlar o fluxo de fluido dentro ou fora de, ou entre um ou mais elementos contidos no invólucro. Preferivelmente, essa ação de controle é realizada de um modo não-invasivo, de fora do corpo do paciente, como, por exemplo, através de controle remoto sem fio. Nesse caso, uma parte da unidade de controle é implantada no corpo do paciente, enquanto a outra parte não é implantada. Em particular, no caso em que a unidade de controle é completamente implantada no corpo do paciente, um interruptor operável manualmente para ativar a unidade de controle pode ser disposto subcutaneamente, de modo a ser operável de fora do corpo do paciente.
Quando uma parte da unidade de controle é provida fora do corpo do paciente e a outra parte é implantada no corpo, a parte externa da unidade de controle pode ser usada para programar a parte implantada da unidade de controle, preferivelmente, em um modo sem fio. Também, a parte implantável da unidade de controle pode ser adaptada para transmitir sinais de realimentação para a parte externa da unidade de controle. Esses sinais podem se correlacionar a parâmetros funcionais e/ou físicos do sistema e/ou do paciente, e/ou podem se correlacionar à energia armazenada no dispositivo de armazenamento de energia e/ou a um balanço de energia do sistema.
A invenção será agora descrita em maiores detalhes no contexto com algumas modalidades preferidas da invenção, conforme mostrado nos desenhos anexos. Breve Descrição dos Desenhos
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- As figuras 1A-1C mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma primeira modalidade da invenção;
- as figuras 2A-2C mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção;
- as figuras 3A-3B mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma terceira modalidade da presente invenção;
- as figuras 4A-4B mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma quarta modalidade da presente invenção;
- as figuras 5A-5F mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma quinta modalidade da presente invenção;
- as figuras 6A-6B mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma sexta modalidade da presente invenção;
- as figuras 7A-7D mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma sétima modalidade da presente invenção;
- as figuras 8A-8B mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma oitava modalidade da presente invenção;
- as figuras 9A-9C mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma nona modalidade da presente invenção;
- a figura 10 mostra um sistema de implante mamário, de acordo com uma décima modalidade da presente invenção;
- as figuras 11A-11D mostram um sistema de implante mamário, de acordo com uma décima primeira modalidade da presente invenção; e
- a figura 12 mostra um sistema de implante mamário, de acordo com uma décima segunda modalidade da presente invenção.
Descrição Detalhada de Modalidades Preferidas
A figura IA mostra de forma bastante esquemática uma vista em seção transversal de um sistema de implante mamário, de acordo com uma primeira modalidade. O sistema de implante mamário compreende uma primeira câmara de fluido
21/37 (1) e uma segunda câmara de fluido (2), cada uma fazendo parte do implante mamário (10) a ser implantado na área da mama de um paciente. As primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2) são montadas de forma fixa em uma placa rígida posterior (3), com um contorno adaptado para serem colocadas adjacentes ao tórax do paciente. A placa rígida posterior (3) e uma parede externa flexível (4) formam em conjunto um invólucro, dentro do qual as primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2) são contidas. Uma linha de fluido (5) conecta as primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2) e se dispõe, na modalidade mostrada, através da placa rígida posterior (3). Uma bomba é incluída na linha de fluido (5), sendo mostrada somente de forma bastante esquemática. A bomba pode apresentar diversas e diferentes formas e pode ser de qualquer tipo adequado. Ao invés de incorporar a bomba na parede rígida posterior (3), ela pode também ser adaptada para implantação distante do implante mamário (10), isto é, em uma área com menos limitações de espaço. Também, o modo presente de acionar a bomba, tal como, manual, ou automaticamente por meio de um motor, é irrelevante e pode ser escolhido adequadamente. Na modalidade mostrada, a bomba inclui um pistão (6), o qual é móvel em um reservatório (7), em que uma extremidade do mesmo é conectada através da linha de fluido (5) com a primeira câmara de fluido (1), e a outra extremidade é conectada através da linha de fluido (5) com a segunda câmara de fluido (2). Mediante uso do pistão móvel, o fluido pode ser bombeado e, desse modo, trocado entre as primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2).
Na figura IA, a câmara de fluido (1) é cheia com fluido quase que na sua capacidade máxima, de modo que o implante mamário global (10) é relativamente robusta. A figura 1B mostra o mesmo implante mamário (10) com algum fluido sendo removido da primeira câmara de fluido (1) para a segunda câmara de fluido (2) usando a bomba (não mostrado na figura 1B). Nesse estado, o implante mamário (10) é relativamente flácido. A figura 1C mostra o mesmo implante mamário com a segunda câmara de fluido (2) sendo cheia quase que ao seu máximo. O volume da câmara de fluido (1), conseqüentemente, é diminuído. Nesse caso, novamente, o implante mamário
22/37 é relativamente robusto, sendo levantado mais acima da placa rígida posterior (3), conforme comparado ao estado mostrado na figura IA. A robustez do implante mamário (10) no estagio mostrado na figura 1C, resulta, parcialmente, do fato de que uma pressão será construída na segunda câmara de fluido (2), quando o volume da segunda câmara de fluido (2) atingir a sua capacidade máxima. No estágio mostrado na figura IB, a tensão dentro da parede externa das primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2) é irrelevante. Isso pode fazer com que a parede externa assuma uma posição dentro do invólucro (3, 4), que não é a ideal quando em um momento posterior, uma mudança de formato do implante mamário é desejada, mediante intercambiamento de fluido entre as câmaras de fluido (1, 2). Isto é, a superfície externa das câmaras de fluido (1, 2) deve precisar de um relativo deslocamento para a superfície interna do invólucro (3, 4). As forças de atrito superficial, em tal caso, terão de ser superadas. A fim de temporariamente reduzir o atrito superficial, um reservatório (R) contendo um fluido lubrificante, tal como, um líquido isotônico, é conectado ao interior do invólucro, numa posição entre uma parede externa das câmaras de fluido (1, 2) e uma superfície interna do invólucro (3, 4). Antes de movimentar o fluido da câmara de fluido (1) para a câmara de fluido (2), o fluido lubrificante do reservatório (R) é suprido para o invólucro, para reduzir o atrito superficial. Quando o formato do implante mamário é modificado do estado mostrado na figura IA para o estado mostrado na figura 1C, o implante mamário se submete a um estágio intermediário mostrado na figura 1B. Assim, o reservatório de fluido lubrificante (R) é mostrado na figura IB com um volume menor, se comparado às figuras IA e ÍC, uma vez que parte de seu volume foi deslocado para o invólucro (3, 4) a fim de reduzir o atrito superficial. Uma vez o estado mostrado na figura ÍC tenha sido alcançado, o fluido lubrificante pode ser removido do invólucro (4), retornando para o reservatório (R).
A figura 2A mostra uma estrutura simplificada de uma vista em seção transversal de um implante mamário de acordo com uma segunda modalidade. Diferentemente da figura 1, a figura 2A mostra uma seção transversal tomada horizontalmente do implante mamário, além da placa rígida posterior. O invólucro (3, 4)
23/37 e o reservatório de fluido lubrificante (R) não são mostrados aqui por razões de simplificação, mas, igualmente estão presentes. O implante mamário (10) da figura 2A compreende uma primeira câmara de fluido (1) e duas segundas câmaras de fluido (2). Além disso, uma maior quantidade de câmaras de fluido (1) e câmaras de fluido (2) pode também estar presente. Na presente modalidade, as câmaras de fluido (1) e (2) são separadas por paredes de separação (8), feitas de um material polimérico. As paredes de separação (8) são flexíveis, mas, preferivelmente, não são esticáveis. A parede externa das câmaras de fluido (1, 2) é também flexível e, preferivelmente, esticável. Assim, é igualmente possível nessa modalidade que o atrito superficial entre as paredes das câmaras de fluido e a parede interna do invólucro (3, 4) gere forças de atrito superficial, que podem ser reduzidas por meio do fluido lubrificante, conforme descrito anteriormente.
Nas paredes de separação (8) são providas válvulas (11), que permitem ao fluido ser trocado entre as câmaras de fluido (1, 2). Essas válvulas (11) são projetadas como válvulas de alívio de pressão e podem ser de diversos e diferentes tipos. A finalidade das válvulas (11) é permitir que o fluido circule de uma câmara de fluido para a câmara de fluido seguinte, quando uma predeterminada diferença de pressão for excedida. A fim de permitir ao fluido circular através da mesma válvula em ambas as direções, as válvulas (11) são projetadas como válvulas de alívio de pressão de duas vias. Um modo bastante simples de proporcionar essa válvula de alívio de pressão de duas vias é mostrado na figura 2C. Conseqüentemente, uma fenda (12) se dispõe na parede de separação flexível (8), que se abre quando uma determinada diferença de pressão entre as câmaras de fluido adjacentes for excedida. A figura 2A mostra um estado “médio” do implante mamário (10). No entanto, a figura 2A também mostra por meio de linhas pontilhadas um possível estado extremo do implante mamário (10). Isto é, quando a pressão nas segundas câmaras de fluido (2) é aumentada, por exemplo, pelo paciente, ao comprimir manualmente as segundas câmaras de fluido (2), o fluido irá circular para a primeira câmara de fluido (1), conforme mostrado pelas setas. Depois,
24/37 quando o paciente libera a pressão nas segundas câmaras de fluido (2), o implante mamário (10) irá assumir o formato mostrado pelas linhas pontilhadas.
A figura 2B mostra por linhas pontilhadas outro estado extremo do implante mamário (10), mostrado na figura 2A. Nesse caso, quando a pressão na primeira câmara de fluido (1) é aumentada, o fluido é obrigado a circular para as adjacentes câmaras de fluido (2), conforme indicado pelas setas na figura 2B. Uma vez a pressão seja liberada, o implante mamário (10) irá tomar o formato conforme mostrado na figura 2B pelas linhas pontilhadas. Conseqüentemente, o paciente pode facilmente modificar o formato do implante mamário (10) entre os três estados mostrados nas figuras 2A e 2B. Outros estados intermediários podem também ser obtidos e ainda outras formas podem ser conseguidas, por exemplo, quando somente uma das duas câmaras de fluido (2) é comprimida para impulsionar o fluido para a vizinha primeira câmara de fluido (1).
As figuras 3A e 3B mostram o implante mamário (10) apresentado nas figuras 2A, 2B, contido em um invólucro (4), que, novamente, é constituído na modalidade mostrada pela placa rígida posterior (3) e parede externa (4). A parede externa (4) pode ser cheia com um líquido ou gel tipo silicone ou com uma espuma, ou uma combinação dos mesmos. Também, bolhas de ar ou colágeno podem ser incorporadas no silicone, espuma ou outro material mole. O compartimento que forma a parede externa (4) é completamente separado das primeira e segunda câmaras de fluido interligadas (1, 2). As figuras 3A e 3B demonstram como a parede externa pode nivelar as irregularidades do formato externo do implante mamário. Entretanto, de forma mais relevante, a parede externa (4) forma uma barreira entre as câmaras de fluido internas (1, 2) flexíveis e esticáveis e qualquer fibrose que possa se formar exteriormente ao implante mamário e, ainda, forma uma barreira para o fluido lubrificante introduzido no invólucro, proveniente do reservatório (R).
As figuras 4A e 4B mostram uma quarta modalidade de um implante mamário. Novamente, uma placa rígida posterior (3) e uma parede (4), juntas, formam
25/37 um invólucro, no qual uma primeira câmara de fluido (1) e uma segunda câmara de fluido (2) são dispostas. As primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2) são montadas de modo fixo à placa rígida posterior (3). Mediante uma bomba, geralmente designada com a referência numérica (13) e, novamente, integrada na placa rígida posterior (3) na modalidade mostrada, o fluido pode ser trocado entre as primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2). A primeira câmara de fluido (1) juntamente com a placa rígida posterior (3), define um espaço confinado, formando uma terceira câmara de fluido (14). A terceira câmara de fluido (14) compreende um meio compressível, tal como, um gás, ou uma espuma na qual o gás esta contido. O fluido é trocado somente entre as primeira e segunda câmaras de fluido (1, 2), enquanto a terceira câmara de fluido (14) é completamente isolada, sendo separada da primeira câmara de fluido por uma parede de separação (15) e da segunda câmara de fluido (2) por uma parede de separação (16). Ambas as paredes de separação (15, 16) são flexíveis e, pelo menos, a parede de separação (15) não deve ser esticável.
Quando o fluido é bombeado da primeira câmara de fluido (1) para a segunda câmara de fluido (2), os volumes das câmaras de fluido (1, 2) irão, conseqüentemente, se modificar, conforme mostrado na figura 4B. A parede da primeira câmara de fluido (1) é elástica - na modalidade mostrada - de modo a se adaptar ao volume reduzido, mas, também, pode ser não-elástica, desde que, seja suficientemente flexível para se conformar com o volume modificado. A parede externa (4) que faz parte do invólucro pode, igualmente, ser esticável, para se conformar aos formatos e volumes modificados, podendo ter, geralmente, a mesma estrutura da parede externa (4) mostrada nas modalidades anteriores (e em todas as modalidades descritas doravante). Devido ao fato de a parede de separação (15) não ser esticável, o aumento de volume da segunda câmara de fluido (2) faz com que a pressão na terceira câmara de fluido (14) se eleve de uma pressão inicial (Pl) para uma pressão elevada (P2). De modo geral, não somente foi o formato do implante mamário (10) que acentuadamente se modificou, mas, o volume
26/37 foi também modificado. Entretanto, a massa e, portanto, o peso, do implante mamário, não sofreu nenhuma modificação.
Embora as figuras 1 a 3 sejam correlacionadas a implantes mamários com volume e peso constantes, mas, formato variável, e a figura 4 esteja correlacionada a uma modalidade com um peso constante, mas, formato e volume variáveis, as modalidades seguintes estão correlacionadas a implantes mamários em que o formato e volume variáveis envolvem uma mudança de peso do implante mamário. Além disso, diferentemente das modalidades anteriores, onde as câmaras de fluido (1, 2) são fixadas entre si e ao invólucro, nas modalidades seguintes, pelo menos um dos elementos contidos no invólucro para modificar o formato/volume do implante mamário pode ser movido entre diferentes pontos dentro do invólucro, de modo a modificar o formato externo do implante mamário.
O implante mamário (10), de acordo com uma quinta modalidade mostrada nas figuras 5A a 5D, apresenta um invólucro substancialmente formado a partir de uma parede rígida posterior (3) e uma parede externa (4) firmemente a ela conectada. Dentro do invólucro (3, 4), são acomodados um primeiro elemento tipo acolchoado ou almofada (1) e um segundo elemento tipo acolchoado ou almofada (2). Os elementos (1) e (2) podem ser similares às câmaras de fluido (1, 2), com variável conteúdo de fluido, conforme descrito anteriormente (ver, também, as figuras seguintes 5E, 5F e figuras 6A, 6B). Entretanto, é igualmente possível que os elementos (1, 2) tenham um volume constante e, por exemplo, sejam cheios com material granular ou com um material de gel. Na modalidade mostrada nas figuras 5A a 5D, o segundo elemento (2) é montado de modo fixo no invólucro, mais exatamente, à placa rígida posterior (3). O primeiro elemento (1), até certo ponto, é livremente móvel dentro do invólucro (3, 4).
O presente sistema de implante mamário inclui um servossistema para suprimento de fluido lubrificante do reservatório de fluido lubrificante para o invólucro (3, 4). O reservatório de fluido lubrificante consiste de três sub-câmaras (R', R, R'), das
27/37 quais somente a primeira sub-câmara (R’) está em conexão de fluido com o interior do invólucro (3, 4) através da linha de fluido (5). Todo os servossistema é implantado no corpo do paciente distante do implante mamário (10). A primeira sub-câmara (R’) apresenta a forma de um pulmão. A segunda sub-câmara (R”) coopera com a primeira sub-câmara (R’)> de modo que o enchimento da segunda sub-câmara (R”) com um fluido da terceira sub-câmara (R’”) irá fazer com que a primeira sub-câmara (R’) seja expandida, e vice-versa. Assim, quando o fluido é removido da segunda sub-câmara (R”) para a terceira sub-câmara (R’”), a extensão e, portanto, o volume da primeira subcâmara (R’) diminui. Entretanto, a situação é tal que a mudança de volume na segunda sub-câmara (R”), que também se apresenta na forma de um pulmão (ver a figura 5B), é menor que a mudança de volume na primeira sub-câmara (R’).
O modo de suprir o fluido lubrificante da primeira sub-câmara (R’) para o invólucro (3, 4) será agora explicado com relação às figuras 5A e 5B. Isto é, o paciente apresenta uma câmara de pressão (23) disposta subcutaneamente, a fim de abrir uma válvula (24) disposta entre as segunda e terceira sub-câmaras (R”) e (R’”) do reservatório de fluido lubrificante, desse modo, permitindo ao fluido circular entre as sub-câmaras (R”) e (R’”). Uma mola pré-atuada (25) irá fazer com que a primeira subcâmara (R’) diminua, desse modo, impulsionando não apenas o fluido da segunda subcâmara (R”) para circular na terceira sub-câmara (R’”), mas, também, o fluido lubrificante da primeira sub-câmara (R’) para circular no interior do invólucro (3, 4) do implante mamário (10). O estado resultante do sistema de implante mamário é mostrado na figura 5B.
Nessa situação, o primeiro elemento livremente móvel (1) pode ser deslocado de um ponto ao lado ou, na perspectiva mostrada, parcialmente subjacente ao segundo elemento (2) para um ponto diferente, tal como, no topo do segundo elemento (2), conforme mostrado na figura 5C, de modo a modificar o formato externo do implante mamário (10) de relativamente plano para relativamente alto. Uma vez a realocação do primeiro elemento (1) tenha resultado em uma adequada mudança de
28/37 formato do implante mamário (10), o fluido lubrificante tem de ser novamente removido do invólucro (3, 4). Conseqüentemente, o paciente pode simplesmente comprimir a terceira sub-câmara (R’”) subcutaneamente implantada do reservatório de fluido lubrificante, conforme indicado pela seta (P) na figura 5D. O aumento de pressão na terceira sub-câmara (R’”) irá fazer com que a válvula (24), que é projetada como uma válvula de alívio de pressão, se abra, de modo que o fluido circule da terceira subcâmara (R’”) para a segunda sub-câmara (R”). A segunda sub-câmara (R”) irá, conseqüentemente, também se expandir contra a força da mola (25) e, então, comprimir a mola (25), de modo que ela assuma novamente sua posição inicial, conforme mostrado na figura 5A. Isso, por sua vez, fará com que a primeira sub-câmara (R’) também se expanda, e o fluido lubrificante será extraído do invólucro (3, 4) do implante mamário (10), de volta para a primeira sub-câmara (R’) remotamente implantada do servossistema. A terceira sub-câmara (R’”) subcutaneamente implantada, desse modo, funciona como uma bomba manualmente operável.
Com o servossistema mostrado nas figuras 5A a 5D, a terceira subcâmara (R’”) implantada subcutaneamente pode ser mantida relativamente pequena, de modo que não irá prejudicar demasiadamente a aparência do paciente. Assim, por exemplo, pode ser vantajoso que ela seja colocada sob o braço do paciente. Como efeito colateral negativo, a pressão que o paciente tem de aplicar à terceira sub-câmara (R’”) a fim de superar a força da mola (25) é relativamente alta. Entretanto, se a força da mola for mantida pequena, isto faz com que o suprimento de fluido lubrificante no invólucro (3, 4) do implante mamário (10) por ação automática da mola (25) demore um pouco mais.
Deve ser observado que a câmara de pressão (23) implantada subcutaneamente para atuação da válvula (24) pode ser substituída por componentes automáticos, tais como, um interruptor e um motor elétrico. Do mesmo modo, ao invés da compressão manual da terceira sub-câmara (R’”), uma bomba e um motor para
29/37 acionamento da bomba podem ser usados, possivelmente ativados por meio de um comutador de pressão subcutaneamente implantado.
Além do reservatório de fluido lubrificante (R) (possivelmente sem um servossistema, isto é, não separado em sub-câmaras (R’-R”’)), o sistema de implante mamário pode compreender um adicional reservatório e/ou bomba, conectados aos primeiro e segundo elementos (1, 2), a fim de remover fluido de um elemento e suprir uma quantidade equivalente de fluido ao respectivo outro elemento. Isso é mostrado nas figuras 5E e 5F, que podem ser entendidas mostrando uma diferente seção transversal do implante mamário (10), apresentado nas figuras 5A a 5D, sem o reservatório de fluido lubrificante e seu associado servossistema. Portanto, além de realocar o primeiro elemento (1) dentro do invólucro (3, 4) (ou, possivelmente, mais que somente um de tal elemento), de modo a modificar o formato do implante mamário, o dito formato pode ser ainda modificado mediante intercambiamento de fluido entre os elementos (1) e (2), no presente caso, por interação de uma bomba intermediária (6, 7), similar às das figuras IA ou 4A, 4B. O volume do implante mamário (10), entretanto, permanece não afetado por essa mudança de formato. Entretanto, a combinação de realocação dos elementos dentro do invólucro (3, 4) e intercambiamento de fluido entre alguns ou todos os elementos (1, 2) dentro do invólucro (3, 4) oferece uma grande variedade de possibilidades para adaptação do formato do implante mamário (10). Em qualquer caso, uma vez o desejado formato tenha sido obtido, o fluido lubrificante é retirado do invólucro (3, 4), para retorno ao reservatório (R).
As figuras 6A e 6B, do mesmo modo, mostram um implante mamário (10) de acordo com uma sexta modalidade, acomodado em um invólucro (3, 4) com um primeiro elemento (1) tipo acolchoado ou tipo almofada e um segundo elemento (2) tipo acolchoado ou tipo almofada (2), similar às figuras 5A e 5B. O reservatório de fluido lubrificante (R), conectado ao interior do invólucro (3, 4) pode ou não envolver um servossistema, conforme explicado em relação às figuras 5A a 5D. A diferença, se comparado com a modalidade mostrada nas figuras 5E, 5F, reside no fato de que o
30/37 fluido não pode ser intercambiado entre os primeiro e segundo elementos (1, 2), nem diretamente (tal como descrito com relação às figuras 2A a 2C), nem através de uma bomba (tal como, a bomba (6, 7) nas figuras 5E, 5F). Ao invés disso, é um reservatório de fluido separado (Ri) e (R2) associado a cada dos primeiro e segundo elementos (1, 2). Conforme pode ser visto de uma comparação das figuras 5E, 5F com as figuras 6A, 6B, pode ser obtida a mesma mudança de formato do implante mamário (10), de relativamente plano para relativamente alto. Entretanto, a modalidade mostrada nas figuras 6A a 6B, oferece adicionais opções para mudança não apenas do formato, mas, também, do tamanho do implante mamário (10), pelo que os reservatórios (Ri) e (R2) podem ser individualmente cheios e esvaziados a fim de individualmente desinflar e inflar os associados primeiro e segundo elementos (1, 2).
Ao invés de ser inteira e livremente móvel dentro do invólucro (3, 4), o primeiro elemento (1) pode ser parcialmente conectado ao invólucro, por exemplo, à parede (4), e/ou ao segundo elemento (2), a fim de limitar os contornos de movimento dos mesmos. Assim, por exemplo, os elementos (1) e (2) podem ser interligados de modo que a linha de fluido proveniente do primeiro elemento (1) para o reservatório (Ri) passe através do segundo elemento (2). Além disso, uma válvula, tal como, a válvula de alívio de pressão (12) mostrada nas figuras 2A a 2C pode estar presente na área de conexão, ou a área de conexão pode ser completamente fechada. A conexão pode compreender também uma ou mais tiras, através das quais o primeiro elemento (1) é ligado às superfícies vizinhas.
As figuras 7A a 7D mostram uma sétima modalidade, similar à quinta modalidade, entretanto, com a única diferença de que os elementos (1) contidos no invólucro (3, 4) não são do tipo acolchoado ou almofadado, sendo bem menores e podendo ter a forma de pequenas esferas.Podem existir centenas de esferas (1) contidas no invólucro (3, 4) e essas esferas, preferivelmente, não são totalmente infladas, podendo ter uma parede frouxa, de modo a prover grandes superfícies de contato entre as esferas adjacentes (1). No entanto, é também possível que os elementos (1) sejam
31/37 feitos de material fino granular e/ou de material rígido. Em qualquer caso, deverá ser entendido que as figuras 7A e 7B mostram somente de forma esquemática o princípio de que um grande número desses elementos (1) é contido no invólucro (3, 4). Conquanto que as figuras 7A a 7D mostrem os elementos como espaçados de certo afastamento, eles, de fato, não são espaçados, mas sim, completamente enchendo o interior do invólucro (3, 4), na medida em que a finalidade dos mesmos é definir o formato externo de todo o implante mamário (10).
A figura 7A mostra um estado inicial em que o implante mamário (10) é relativamente plano e o fluido lubrificante ainda está contido na primeira sub-câmara (R’) do reservatório de fluido lubrificante. Quando é desejada uma mudança de formato, o fluido lubrificante é primeiramente suprido da primeira sub-câmara (R’) para o invólucro (3, 4) usando o servossistema, conforme mostrado na figura 7B. O atrito superficial entre os elementos (1) contidos no invólucro (3, 4) é conseqüentemente reduzido. Isso permite a manipulação manual do implante mamário (10), de modo a se obter um diferente formato do mesmo, o qual pode ser relativamente alto, conforme mostrado na figura 7C. Quando ficar satisfeita a mudança de formato desejada, o fluido lubrificante é retirado do invólucro (3, 4) mediante compressão da terceira sub-câmara (R’”) do reservatório de fluido lubrificante, conforme indicado pela seta (P) na figura 7D. Na ausência de fluido lubrificante, o atrito superficial entre os elementos (1) contidos no invólucro (3, 4) aumenta substancialmente, de modo que a mudança de formato seja mantida por longo período de tempo.
Um servossistema similar ao mostrado nas figuras 7A a 7D pode também ser usado no contexto com os reservatórios (Ri) e (R2) apresentados nas figuras 6A, 6B, ou qualquer outro reservatório para inflar e desinflar um ou mais dos elementos (1, 2) contidos no invólucro (3, 4).
As figuras 8A e 8B mostram uma oitava modalidade, com um reservatório de fluido lubrificante (R) disposto inteiramente de modo subcutâneo, mostrado na figura 8A em um estado fora de operação. O reservatório (R) é totalmente
32/37 expandido devido à força de uma mola de compressão (25) contida no dito reservatório. Assim, o reservatório (R) de fluido lubrificante pode ser, por exemplo, de um tipo balão ou de um tipo pulmão. Quando uma mudança de formato é desejada, o reservatório (R) de fluido lubrificante é comprimido de fora do corpo do paciente, conforme indicado pela seta (P) na figura 8A. O sistema com o reservatório (R) sendo comprimido não é especificamente mostrado nas figuras 8A, 8B. Entretanto, uma vez o fluido lubrificante tenha sido suprido do reservatório (R) para o invólucro (3, 4), por exemplo, através da mão esquerda do paciente, o atrito superficial entre os elementos (1) é conseqüentemente reduzido, e o formato do implante mamário (10) pode ser facilmente manipulado manualmente, usando a mão direita. Essa manipulação irá provocar uma realocação dos elementos (1) entre diferentes pontos dentro do invólucro (3, 4), que, por sua vez, faz com que o formato externo do implante mamário (10) seja modificado de relativamente alto, conforme a figura 8A, para relativamente plano, conforme a figura 8B, ou viceversa. Uma vez o formato desejado seja obtido, a pressão (P) no reservatório (R) é liberada e a força elástica da mola (25) faz com que o fluido lubrificante seja retirado do invólucro (3, 4), para retorno ao reservatório (R).
Os elementos (1) na modalidade mostrada nas figuras 8A, 8B são substancialmente menores que os elementos tipo acolchoado e são substancialmente maiores que os elementos tipo esfera das modalidades anteriores. Pelo menos, alguns dos mesmos podem ser interligados, de modo a limitar o movimento relativo presente, e/ou pelo menos alguns dos mesmos podem ser conectados ao invólucro, de modo a limitar seus movimentos com relação à parede (4) ou à placa posterior (3) do invólucro (3, 4). Também, pelo menos alguns dos elementos (1) podem ser interligados, de modo a permitir o intercambiamento direto de fluido ou podem ser conectados a um ou mais reservatórios remotamente implantados através de associados condutos de fluido. Esses reservatórios de fluido podem igualmente ser implantados subcutaneamente, para operação manual, na maneira de uma bomba. Todas essas opções não são especificamente mostradas nas figuras 8A e 8B, sendo evidente que essas opções são
33/37 igualmente aplicáveis ao implante mamário, de modo independente da particular realização do reservatório (R) de fluido lubrificante.
As figuras 9A a 9B mostram numa nona modalidade como o fluido lubrificante pode ser suprido e removido do interior do invólucro (3, 4), cujo invólucro é mostrado de forma bastante esquemática nas figuras 9A, 9B. Por razões de simplificação, os elementos de enchimento do invólucro (3, 4) não são mostrados nas figuras 9A, 9B. O reservatório (R) de fluido lubrificante é adaptado para implantação subcutânea. Primeiro, a pressão (P) é exercida sobre o reservatório (R) a partir de fora do paciente, de modo a impulsionar o fluido para circular através de uma válvula de contrapressão de duas vias e através da linha(5) para o invólucro (3, 4) (figura 9A). A válvula de contrapressão de duas vias (28) colocada na linha (5), que conecta o reservatório (R) ao invólucro (3, 4) é esquematicamente mostrada em maiores detalhes na figura 9C. A forma do implante mamário (10) pode ser depois remodelada facilmente, por exemplo, através de manipulação manual a partir do exterior do implante mamário (10) ou usando componentes automáticos, tais como, elementos implantados, incluindo bomba, motor e outros. Após a remodelagem ter sido completada (figura 9B), a pressão pode ser aplicada sobre o invólucro (3, 4) a partir do exterior do implante mamário (10), o mais uniformemente possível, de modo a evitar posterior rearranjo dos elementos dentro do invólucro. Assim, após a compressão manual do implante mamário (10), conforme indicado pelas setas (P) na figura 9B, o fluido lubrificante no invólucro (3, 4) é impulsionado de volta através da válvula (28) para o reservatório (R) implantado remotamente.
A figura 10 mostra uma décima modalidade de um sistema de implante mamário mais complexo. A estrutura básica do sistema de implante mamário corresponde à estrutura descrita acima em relação às figuras 9A e 9B, mas, pode também ser completamente diferente. O que é importante na modalidade mostrada na figura 10 é uma bomba (P) acionada por um motor (M) e disposta para bombear fluido entre o
34/37 reservatório (R) e o invólucro (3, 4). O reservatório (R) pode ser implantado em qualquer local conveniente no corpo do paciente, tal como, na cavidade abdominal.
O motor (M) é energizado com energia transmitida em um modo sem fio. Para tal fim, o sistema de implante mamário compreende um transmissor de energia (29) exterior ao corpo do paciente, e um dispositivo de transformação de energia (30) interior ao corpo do paciente, preferivelmente, subcutaneamente implantado, para transformar a energia sem fio em energia elétrica. Conquanto que seja possível fazer uso de um motor (M) adaptado para diretamente transformar a energia transmitida em um modo sem fio em energia cinética ou, alternativamente, usar a energia transmitida em um modo sem fio transformada em energia elétrica por meio do dispositivo de transformação de energia (30) para acionar o motor (M), na medida em que o dispositivo de transformação de energia transforma a energia sem fio em energia elétrica, a modalidade específica mostrada na figura 10, primeiro, armazena a energia elétrica transformada em um dispositivo de armazenamento de energia (E), antes de a mesma ser suprida ao motor (M). Logicamente, é também possível que uma parte da energia elétrica transformada seja diretamente usada pelo motor, enquanto a outra parte da energia elétrica transformada é armazenada no dispositivo de armazenamento de energia (E). O dispositivo de armazenamento de energia (E) pode incluir pelo menos um acumulador, tal como, uma bateria recarregável e/ou um capacitor. Além disso, é menos conveniente, mas, possível, implantar uma bateria regular como dispositivo de armazenamento de energia (E). Porém, uma bateria regular pode ser usada como fonte de energia, para prover energia sem fio, para ser transmitida de fora do corpo do paciente.
O sistema de implante mamário mostrado na modalidade específica da figura 10 inclui ainda uma unidade de controle. A unidade de controle compreende uma primeira parte (Cl), para ser usada pelo paciente fora do seu corpo, e uma segunda parte (C2), para ser implantada no corpo do paciente. Assim, os dados podem ser transmitidos em um modo sem fio entre as primeira e segunda partes (Cl, C2) da unidade de controle. Além disso ou alternativamente, a segunda parte implantável (C2) da unidade de
35/37 controle pode ser programável através da primeira parte da unidade de controle. Preferivelmente, os dados são transmitidos entre as primeira e segunda partes (Cl, C2) da unidade de controle da mesma maneira que a energia é transmitida, tal como, através dos elementos (29) e (30).
A parte externa (Cl) da unidade de controle pode também ser substituída por um simples interruptor operável manualmente, para ativar a unidade de controle implantável (C2). Esse interruptor é depois disposto para implantação subcutânea, de modo a ser operável de fora do corpo do paciente. Também, é possível combinar o interruptor com uma parte externa (Cl) da unidade de controle.
Além disso, informação de realimentação pode ser enviada entre a parte implantada (C2) e a parte externa (Cl) da unidade de controle. Essa informação de realimentação pode incluir informação correlacionada à energia a ser armazenada no dispositivo de armazenamento de energia (E). A unidade de controle pode fazer uso dessa informação de realimentação para ajustar a quantidade de energia sem fio transmitida pelo transmissor de energia (29). A informação de realimentação pode ser correlacionada a um balanço de energia, que pode ser definido como o balanço entre uma quantidade de energia sem fio recebida no interior do corpo humano, e uma quantidade de energia consumida pelo motor e bomba, ou como o balanço entre uma velocidade de energia sem fio recebida no interior do corpo humano, e uma velocidade de energia consumida pelo motor e bomba.
A figura 10 mostra ainda uma porta de injeção (31) implantada sob a pele do paciente. O fluido pode ser adicionado ou removido do sistema de implante mamário através da porta de injeção (31) por meio de uma seringa comum, caso seja necessário.
Claramente, um sistema como o descrito com relação à figura 10 pode também ser usado para inflar e desinflar um ou mais dos elementos (não mostrado) contidos no invólucro (3, 4).
No contexto com uma décima primeira modalidade de um sistema de implante mamário, as figuras 11A a 11D mostram uma maneira de implantar o
36/37 reservatório (R) de fluido lubrificante distante do implante mamário próximo ao tórax, sob o músculo peitoral. O invólucro do implante mamário (10) é formado apenas da parede flexível (4), dentro da qual um grande número de elementos é contido, tal como, as anteriormente descritas pequenas esferas. Entretanto, o implante mamário (10) pode também apresentar outra forma e configuração. Ele é projetado para aumentar o volume de uma mama natural (50), mas, pode também ser projetado para substituir uma mama amputada. Uma bomba (5) é também implantada distante do implante mamário (10), para trocar fluido entre o invólucro e o reservatório (R). A bomba (5) pode ser combinada com um motor, unidade de controle e outras partes do sistema anteriormente descrito. Ao invés de ou além da bomba (5), outros elementos do sistema de implante mamário descrito anteriormente podem ser combinados com essa décima primeira modalidade, tais como, componentes remotamente implantados para operação manual pelo paciente, válvulas de alívio de pressão, etc.
As figuras 11A a 11D mostram a seqüência de mudança de formato do implante mamário (10). A figura 11A mostra um estado inicial, em que a mama (50) não é nem plana nem alta. A figura 11B mostra um estado intermediário, em que o fluido lubrificante do reservatório (R) é bombeado dentro do invólucro usando a bomba (5). O atrito superficial entre os elementos contidos no invólucro é conseqüentemente reduzido e permite uma fácil remodelagem do implante mamário (10) mediante manipulação manual. Um possível resultado da remodelagem é mostrado na figura 11C. Uma vez o desejado formato tenha sido obtido, a bomba (5) é usada para retirar o fluido lubrificante do invólucro, para retorno ao reservatório (R), conforme mostrado na figura 11D. O atrito superficial entre os elementos contidos no invólucro é conseqüentemente novamente aumentado, de modo a manter o novo formato do implante mamário (10).
Ao invés de implantar o reservatório (R) sob o músculo peitoral menor, o reservatório pode ser também colocado entre o músculo peitoral menor (40) e o músculo peitoral maior (41), conforme mostrado na figura 12. Essa disposição pode ser mais conveniente para o paciente.
37/37
Deverá ser entendido que não apenas o reservatório (R) de fluido lubrificante, mas, também, o adicional reservatório, se presente, para mudar o conteúdo de fluido dentro de um ou mais dos elementos contidos no invólucro, pode ser colocado sob o músculo peitoral menor ou entre os músculos peitorais menor e maior, juntamente 5 com o reservatório (R) de fluido lubrificante ou separado do mesmo.

Claims (15)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Sistema de implante mamário, compreendendo pelo menos um invólucro (3, 4) com um formato externo flexível, para implantação no corpo de um paciente, de modo a fazer parte de um implante mamário (10), e compreendendo ainda pelo menos um primeiro elemento (1) contido no invólucro e, opcionalmente, pelo menos um segundo elemento (2) também contido no invólucro, e ainda compreendendo um fluido lubrificante para reduzir o atrito superficial entre uma superfície externa do dito pelo menos um primeiro elemento (1) e as superfícies que contatam a dita superfície externa, caracterizado pelo fato de um reservatório (R; R', R, R’”) compreendendo o referido fluido lubrificante e em conexão com o invólucro (3, 4), de modo a permitir ao fluido lubrificante ser suprido e removido do invólucro.
  2. 2. Sistema de implante mamário, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido lubrificante é um líquido ou um gel preferivelmente, isotônico.
  3. 3. Sistema de implante mamário, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o dito sistema é adaptado para modificar o atrito entre superfícies do implante mamário, para permitir uma mudança do formato externo do implante mamário em um estágio pós-operatório e preferivelmente de forma não invasiva.
  4. 4. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a superfície externa do dito pelo menos um primeiro elemento (1) ou de pelo menos dois ou pelo menos três primeiros elementos (1) é deslocáveil em relação a uma superfície interna de contato com o invólucro e/ou com uma superfície externa de contato do dito pelo menos um segundo elemento (2).
  5. 5. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o reservatório (R; R', R, R') é adaptado para implantação no interior da área do tórax do paciente, preferivelmente
    2/4 exteriormente ao tórax, mais especificamente abaixo do músculo peitoral menor (40) ou entre os músculos peitorais maior e menor (40, 41).
  6. 6. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o reservatório é adaptado para implantação dentro do copo do paciente, distante do implante mamário (10), o sistema compreendendo ainda pelo menos um conduto (5) entre o reservatório implantado remotamente e o invólucro, para a troca de fluido entre o reservatório e o invólucro, onde preferivelmente pelo menos uma parte (R’”) do reservatório (R) é adaptada para ser implantada na axila ou subjacente ao braço do paciente ou na cavidade abdominal do paciente.
  7. 7. Sistema de implante mamário, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma parte (R’”) do reservatório (R) é adaptada para ser implantada subcutaneamente, de modo que o fluido possa ser trocado entre o invólucro e o reservatório mediante compressão manual do reservatório (R) implantado subcutaneamente ou parte (R’”) do mesmo, desse modo, impulsionando o fluido para circular do reservatório para o invólucro.
  8. 8. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de compreender pelo menos uma válvula (28) entre o reservatório e o invólucro sendo que a dita pelo menos uma válvula (28) inclui uma válvula de alívio de pressão, que se abre em pelo menos uma direção sob uma predeterminada pressão.
  9. 9. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de compreender 10 (dez) ou mais, preferivelmente 100 (cem) ou mais dos primeiros elementos (1) contidos no invólucro (3,4).
  10. 10. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a parede externa do invólucro apresenta um formato adaptado, para permitir o alongamento da extensão funcional da
    3/4 mesma, sem interferir com a fibrose que cobre a dita parede externa, quando o implante mamário é implantado no corpo, sendo que a parede externa preferivelmente apresenta pelo menos uma ruga ou descontinuidade, adaptada para permitir o alongamento da dita parede externa, sem alongar a fibrose que cobre a parede externa, quando implantada.
  11. 11. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que pelo menos um primeiro elemento (1) e pelo menos um segundo elemento (2) dentro do invólucro são interligados, de modo a permitir a troca de conteúdo entre os mesmos.
  12. 12. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que a superfície externa do dito pelo menos um primeiro elemento (1) é deslocável em relação a uma superfície externa de contato do dito pelo menos um segundo elemento (2), movimentando o primeiro elemento entre diferentes pontos dentro do invólucro (3, 4), de modo a modificar o formato externo do implante mamário (10).
  13. 13. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, a 12, caracterizado pelo fato de que a troca de uma quantidade de fluido entre o reservatório e o invólucro (3, 4) envolve um deslocamento de uma quantidade de fluido entre sub-câmaras (R, R’”) do reservatório, dita quantidade sendo diferente da quantidade de fluido trocada entre o invólucro (3, 4) e o reservatório.
  14. 14. Sistema de implante mamário, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de compreender ainda pelo menos uma bomba (13) sendo que a pelo menos uma bomba (13) é adaptada para trocar o fluido lubrificante entre o reservatório (R) e o invólucro (3, 4) e/ou adaptada para bombear fluido entre os primeiro e segundo elementos.
  15. 15. Sistema de implante mamário, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de compreender ainda uma unidade de controle (Cl, C2), adaptada para direta ou indiretamente controlar a dita pelo menos uma bomba (13) ou
    4/4
    B' outro componente do sistema, sendo que a unidade de controle (Cl, C2) preferivelmente adaptada para ser operada pelo paciente, de fora do corpo do seu corpo.
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