BR102016007241A2 - A method for establishing an electrostimulation protocol for the control of pelvic pain and the use of a portable electrostimulation device for the control of pelvic pain using the above-mentioned protocol. - Google Patents

A method for establishing an electrostimulation protocol for the control of pelvic pain and the use of a portable electrostimulation device for the control of pelvic pain using the above-mentioned protocol. Download PDF

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"PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS, E RESPECTIVO EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO".
CAMPO TÉCNICO
[001] Conforme é do conhecimento da técnica, a Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea (TENS - do inglês "Transcutaneous Eiectrícai Nerve Stimulation") é uma conhecida e já consagrada modalidade de tratamento não medicamentoso e não invasivo para o controle de dores de diversas etiologias, Tal tratamento consiste na colocação de eletrodos em determinadas regiões do corpo humano, e na aplicação de pulsos elétricos através deles, com o objetivo de estimular as fibras nervosas (ou nervos); esta estimulação elétrica dos nervos produz um efeito analgésico, gerando redução ou até eliminação total da dor, [002] Esta modalidade de tratamento já vem sendo utilizada em vários cenários clínicos para o tratamento de diversas condições agudas e crônicas da dor, e tem sido bem aceita entre os profissionais da saúde, [003] A TENS é particularmente indicada nos casos de afecções dolorosas das mais variadas etiologias, tanto agudas, quanto crônicas. Inclusive dores viscerais, como as dores pélvicas (provocadas pela dismenorreia) e as dores de origem oncológica, também têm sido tratadas com sucesso através da eletroestimulação. Trata-se de uma alternativa ou um adjuvante do tratamento analgésico medicamentoso, também reduzindo a necessidade de anti-inflamatórios.
[004] Com relação mais específica às dores pélvicas, é do conhecimento geral que a dismenorreia é um mal que atinge 50% das mulheres em idade fértil. Muitas dessas mulheres ficam incapacitadas para a atividade laborai, uma vez que esta síndrome provoca fortes dores abdominais, cefaleia, náuseas e até desmaios. Assim sendo, milhões de horas de trabalho são perdidas por causa da dismenorreia, sendo que o tratamento é normalmente efetuado à base de anti-inflamatórios e analgésicos, fármacos que apresentam diversos efeitos colaterais. Dada a severidade de uma parcela significativa dos casos, o tratamento muitas vezes é efetuado em clínicas e hospitais.
[005] Como uma alternativa para o tratamento das dores pélvicas, a Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea (TENS) apresenta-se como opção terapêutica eficaz, através de equipamentos de eletroestimulação, os quais possibilitam o controle das dores de uma forma não medicamentosa e não invasiva.
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA
[006] Os usuais equipamentos de eletroestimulação podem ser divididos em dois grandes grupos: os de bancada, alimentados pela rede elétrica, e os portáteis, alimentados por baterias. Para a utilização de equipamentos de bancada, há necessidade do deslocamento do usuário até os locais onde o aparelho está disponível, o qual geralmente é operado por pessoas especializadas (médicos ou fisioterapeutas). Ao contrário, os equipamentos portáteis são autoaplicáveis, sendo que, após indicação de um profissional, os mesmos podem ser utilizados pelo próprio usuário, em seu ambiente doméstico ou laborai.
[007] Entre os já conhecidos equipamentos portáteis de eletroestimulação destinados especificamente ao controle das dores pélvicas, citam-se aqueles previstos nos documentos US 4.803.986 e US 2012/0109233 (correspondente ao WO 2010/035962).
[008] No documento US 4.803.986, o corpo do eletroestimulador, em forma de disco, é dotado de um botão liga-desliga, de um indicador luminoso para avisar se o aparelho está ligado e/ou se a carga da batería está acabando (necessitando, pois, de recarga), e de dois botões de controle, cada qual destinado a aumentar/diminuir a amplitude dos pulsos elétricos a serem fornecidos a cada um dos dois canais de saída previstos no aparelho, respectivamente interligados, através de conectores elétricos aos eletrodos, O corpo do eletroestimulador é ainda provido de alças que permitem a fixação do aparelho a uma tira ou cinto, passível de ser fixada, por exemplo, no sutiã ou ao redor da cintura da usuária.
[009] No documento US 2012/0109233, o eletroestimulador compreende uma parte de almofada que inclui um eletrodo de estimulação, e uma parte de aquecimento, que inclui um aquecedor planar, dito eletroestimulador fornecendo, assim, estimulações elétrica e térmica. Tal equipamento também é alimentado por uma bateria recarregável, preferivelmente de íon-lítio, com grandes dimensões, [010] Os equipamentos de eletroestimulação portáteis atualmente existentes no mercado apresentam um grande inconveniente: suas dimensões ainda são consideráveis, em decorrência das dimensões das baterias neles empregadas. De fato, as operações efetuadas pelos equipamentos de eletroestimulação demandam um grande consumo de corrente, razão pela qual as baterias neles empregadas precisam apresentar capacidade suficiente para atender a essa demanda, e para alimentar o equipamento durante um período de tempo considerado aceitável. As baterias que satisfazem essas exigências apresentam dimensões consideráveis.
[011] Por esse motivo, o emprego de baterias com menores dimensões, descartáveis, como as de íon-lítio em forma de moeda, nunca foi viável, uma vez que estas, apresentando menor capacidade de carga, reduziríam substancialmente a vida útil do equipamento.
[012] Outro inconveniente das baterias comumente empregadas nesses equipamentos portáteis consiste na necessidade de se recarregá-las. De fato, é comum ocorrerem situações nas quais o equipamento encontra-se descarregado, quando a usuária é acometida das dores decorrentes da dismenorreia; nestes casos, nem sempre a usuária tem onde recarregar seu aparelho, e muitas vezes, em função da intensidade das dores, a mesma não consegue esperar por essa operação, acabando por recorrer de forma mais imediata a medicamentos. O ideal seria que a usuária tivesse em mãos um equipamento de eletroestimulação portátil e de baixo custo, que não necessitasse de recarga, e que estivesse sempre pronto para ser usado, a qualquer momento e em qualquer lugar.
[013] Adicionalmente, os equipamentos de eletroestimulação portáteis presentes no mercado apresentam mais um inconveniente; necessitam ser regulados pela usuária, através de botões de controle de intensidade previstos no corpo do aparelho. Como esses equipamentos são quase sempre aplicados na região suprapúbíca ou na região lombar da usuária, que são as zonas preferenciais para aplicação dos estímulos para o controle das dores decorrentes da dismenorreia, os botões de controle são de difícil visualização e acesso, tornando trabalhoso e suscetível a erros o acionamento dos mesmos pela usuária. Isso muitas vezes acaba se transformando em um verdadeiro transtorno para a mulher, que já está bastante fragilizada pelo acometimento das dores, fazendo com que a mesma frequentemente abandone o uso da eletroestimulação e recorra à ingestão imediatista de medicamentos.
[014] Por outro lado, também é do conhecimento da técnica que, para serem efetivos no tratamento da dor, os estímulos (ou pulsos) elétricos devem atender a uma série de requisitos quanto à sua intensidade (ou amplitude) [em volts (V)], à sua frequência [em hertz (Hz)], à sua largura (ou duração) [em microssegundos (ps)], à sua forma de onda, e ao modo de estimulação empregado.
[015] Na literatura científica, há diversos relatos evidenciando que a analgesia induzida por pulsos elétricos ocorre dentro de uma faixa bastante elástica dos parâmetros anteriormente citados, [016] De fato, os inúmeros equipamentos de eletroestimuiação conhecidos da técnica costumam aplicar pulsos elétricos cujos parâmetros encontram-se situados nas seguintes faixas: - intensidade de corrente: 1 a 50 mA (com carga de 500Ω); - frequência: 1 a 250 Hz; - largura de pulso (ou duração): 10 a 1000 ps; - forma de onda: monofásica, bifásica simétrica ou bifásica assimétrica; e - modo de estimulação: contínuo ou intermitente, [017] Apesar de haver extensa literatura atestando a eficácia da TENS, o mecanismo de ação não está totalmente esclarecido, sendo que a Teoria do Portal da Dor e a da Liberação Central de Endorfinas são os mecanismos de ação mais aceitos pela comunidade científica.
[018] Um fenômeno fisiológico há muito conhecido é o da acomodação da fibra nervosa ao estímulo elétrico, Trata-se da refratariedade da membrana da célula nervosa quando o estímulo é aplicado na mesma fase e com parâmetros fixos de intensidade, frequência e largura de pulso. Neste caso a estimulação deixa de ser eficaz e não ocorre o efeito analgésico, [019] Para evitar a acomodação das fibras nervosas, diversas estratégias vêm sendo desenvolvidas, entre elas: - inversão da polaridade dos pulsos elétricos; - alteração do formato de onda; - variação do valor da frequência ou da intensidade (amplitude) dos pulsos elétricos.
[020] Quando se utiliza a variação da intensidade (amplitude) dos pulsos elétricos como estratégia para evitar a acomodação das fibras nervosas, tal variação é sempre feita de forma regular no tempo (conforme ilustra a representação gráfica da Figura 1 anexa).
[021] Porém, mesmo com a adoção desta medida, ainda existe algum grau de acomodação das fibras nervosas, justamente peio fato de haver uma repetição temporal regular das referidas variações de intensidade. Em função da plasticidade e da capacidade adaptativa das membranas celulares das fibras nervosas, os intervalos regulares das variações permitem que as referidas membranas se adaptem, provocando igualmente a acomodação das fibras nervosas, e, com isso, a perda ou diminuição do efeito analgésico.
[022] Esse é outro inconveniente dos equipamentos de eletroestimulação atualmente existentes no mercado: a dificuldade em manter a não acomodação das fibras nervosas durante a aplicação dos pulsos elétricos.
[023] Seria desejável, portanto, desenvolver algum tipo de protocolo para a aplicação dos estímulos elétricos que fosse capaz de reduzir de forma significante a acomodação das fibras nervosas, e, com isso, garantir a obtenção do efeito analgésico desejado.
[024] Por outro lado, também seria desejável obter um equipamento portátil para aplicação de eletroestimulação que consumisse menos corrente quando da aplicação dos pulsos elétricos, permitindo a utilização de baterias de menor capacidade e de menores dimensões, de modo a resultar em um equipamento menor, com menor custo e descartável, garantindo melhores características de portabilidade que as dos equipamentos até então conhecidos.
[025] Adicionalmente, seria desejável obter um equipamento portátil de eletroestimulação que dispensasse a necessidade de regulagem por parte da usuária, de modo a tornar seu uso substancialmente mais fácil que o dos equipamentos convencionais, de difícil operação.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[026] Visando alcançar esses objetivos, foi desenvolvido um inovador protocolo de eletroestimulação, no qual a variação de intensidade dos pulsos elétricos aplicados passou a ser realizada de forma aleatória, respeitando os limites de eficácia da estimulação. Com este novo protocolo, conseguiu-se reduzir de forma eficaz a acomodação da membrana celular das fibras nervosas, aumentando a eficácia da eletroestímulação e, consequentemente, do efeito analgésico.
[027] Concomitantemente, esta variação aleatória de intensidade dos pulsos elétricos reduziu substancialmente o consumo de corrente nas operações do equipamento de eletroestímulação. Esta característica permitiu a utilização de baterias descartáveis de íon-lítio em forma de moeda, modelo CR20-XX, as quais apresentam menores dimensões, menor custo e menor capacidade de carga, porém suficiente para atender o agora menor consumo de corrente, graças às variações aleatórias de intensidade determinadas pelo protocolo de eletroestímulação ora inovado. Assim tornou-se viável a descartabilidade do produto, já que não é necessária a reposição das baterias.
[028] Somente esta família de baterias alia as características de tamanho reduzido, tensão e carga suficientes, baixo impacto ambiental e custo reduzido, o que possibilita a descartabilidade do equipamento.
[029] Desta forma, sendo agora possível a utilização de tais baterias descartáveis, conseguiu-se reduzir substancialmente as dimensões do equipamento, antes maiores por dependerem de baterias de maior capacidade, até então necessárias para propiciar as operações de eletroestímulação do aparelho. Adicionalmente, com a utilização de baterias descartáveis, tornou-se possível diminuir sensivelmente o custo do equipamento.
[030] Assim sendo, com a criação deste novo protocolo de eletroestímulação, tornou-se possível o desenvolvimento de um equipamento descartável, de baixo custo, de reduzidas dimensões e com grande portabilidade. Com isso, viabilizou-se o uso do equipamento a qualquer momento e em qualquer local, em casa ou no trabalho, evitando deslocamentos desnecessários, bem como os custos a eles associados.
[031] Por outro lado, o Inventor introduziu significativas alterações na eletrônica e na mecânica do equipamento, no sentido de torná-lo um dispositivo acionável com apenas um toque (dispositivo "one touch"), o que facilitou substancialmente seu uso por parte das usuárias, que não precisam mais utilizar botões de controle para regular a intensidade dos pulsos elétricos.
[032] De fato, e de modo diverso dos equipamentos convencionais, no equipamento ora inovado, a operação é feita através de um único botão de liga-desliga, cujo acionamento dá início a uma sequência de eletroestimulações automatizadas, seguindo o protocolo de eletroestimulação ora inovado, findo o que o equipamento é automaticamente desligado. Com isso, além de facilitar o uso do aparelho, evita-se com total segurança a ocorrência de erros decorrentes do acionamento equivocado dos botões de controle por parte da usuária. DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[033] A complementar a presente descrição, de modo a se obter uma melhor compreensão das características do objeto da patente, um conjunto de desenhos acompanha este relatório, no qual, de maneira exemplificada e não limitativa, foi representado o seguinte: - a Figura 1 é uma representação gráfica ilustrando a usual estratégia para evitar a acomodação das fibras nervosas empregada nos conhecidos protocolos de eletroestimulação, qual seja, o emprego de variação da intensidade (amplitude) dos pulsos elétricos, variação esta que até hoje, é feita de forma regular no tempo; - a Figura 2 é outra representação gráfica, agora ilustrando a nova estratégia para evitar a acomodação das fibras nervosas prevista pelo protocolo de eletroestimulação ora inovado, qual seja, o emprego de uma variação aleatória da intensidade (amplitude) dos pulsos elétricos, durante a aplicação dos trens de pulsos; - a Figura 3 ilustra, também através de uma representação gráfica, uma das modalidades do protocolo de eletroestimulação ora inovado, qual seja, o modo contínuo, no qual são continuamente aplicados trens de pulsos ("burst") com uma determinada duração, e com polaridade sequencialmente invertida; - a Figura 4 ilustra, igualmente através de uma representação gráfica, outra das modalidades do protocolo de eletroestimulação ora inovado, qual seja, o modo intermitente, no qual são aplicados trens de pulsos ("burst") com uma determinada duração, e com polaridade sequencialmente invertida, porém prevendo-se um intervalo de tempo entre os referidos trens de pulso, com uma determinada duração; - a Figura 5 é outra representação gráfica, ilustrando as etapas do protocolo de eletroestimulação ora inovado; - as Figuras 6 e 7 ilustram o equipamento portátil de eletroestimulação para o controle de dores pélvicas ora inovado, respectivamente através de perspectiva inferior e perspectiva superior; - as Figuras 8 e 9 são as mesmas perspectivas ilustradas nas Figuras 5 e 6, agora mostrando seus componentes em explosão; - a Figura 10 é uma vista inferior do referido equipamento; - a Figura 11 é uma vista superior do referido equipamento; - a Figura 12 é um corte do equipamento, indicado pela linha A-A na Figura 11, sendo que a Figura 12A é um detalhe ampliado do mesmo, indicado na figura anterior; - a Figura 13 é outro corte do equipamento, indicado pela linha B-B na Figura 11, sendo que a Figura 13A é um detalhe ampliado do mesmo, indicado na figura anterior; - a Figura 14 é um diagrama de blocos do referido equipamento; - a Figura 15 é o esquema elétrico do equipamento ora inovado; - finalmente, a Figura 16 é um fluxograma do programa ("software") especificamente desenvolvido para o protocolo de eletroestimulação ora inovado.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[034] A presente patente de Invenção refere-se a um "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS, E RESPECTIVO EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", ditos processo e equipamento de eletroestimulação sendo mais especificamente empregados no controle das dores decorrentes da dismenorreia, da endometriose, e de outras condições dolorosas da cavidade pélvica das mulheres.
[035] Com referência inicialmente ao "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO", dito processo prevê o desenvolvimento de um protocolo de eletroestimulação no qual a variação de intensidade dos pulsos elétricos é feita de forma aleatória, respeitando o limite inferior de eficácia da estimulação, de modo a reduzir o fenômeno fisiológico de acomodação das fibras nervosas aos estímulos.
[036] Mais especificamente, segundo o presente processo, os pulsos elétricos apresentam forma de onda quadrada, polaridade monopolar, largura (ou duração) entre 60 ps e 100 ps, preferivelmente 80 ps, e frequência entre 40 Hz e 70 Hz, preferivelmente 55 Hz, e intensidade variando aleatoriamente dentro de uma faixa dentro de uma faixa de 10 V, preferivelmente, de 5 V, conforme ilustrado na Figura 2 anexa.
[037] Ainda segundo o presente processo, são previstas duas modalidades para o protocolo de eletroestimulação ora inovado, quais sejam, modo contínuo e modo intermitente.
[038] No modo contínuo, ilustrado na representação gráfica da Figura 3, são continuamente aplicados trens de pulsos (”burst") com duração de 500 milissegundos a 2 segundos, preferivelmente de 1 segundo, e com polaridade sequencialmente invertida.
[039] No modo intermitente, ilustrado na representação gráfica da Figura 4, são aplicados trens de pulsos ("burst") com duração de 1 a 4 segundos, preferivelmente de 3 segundos, e com polaridade sequencialmente invertida, porém prevendo-se um intervalo de tempo entre os trens de pulso, intervalo este com duração de 1 a 4 segundos, preferivelmente 3 segundos.
[040] Obedecendo a essa variação aleatória de intensidade dos pulsos elétricos durante todo o ciclo de estimulação, o protocolo de eletroestimulação para o controle de dores pélvicas ora inovado apresenta as seguintes etapas, conforme ilustrado na Figura 5 anexa; a) rampa de intensidade de 0 V até 25 V de pico [medida com carga resistiva de 500 Ω], durante 5 segundos; b) Io período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; c) Io período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; d) 2o período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; e) 2o período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; f) 3o período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; g) 3o período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; h) fim do protocolo, após 21 minutos e 5 segundos» [041] Em formas de realização opcionais, o protocolo ora inovado prevê a utilização simultânea de outras estratégias, utilizadas em conjunto com a variação aleatória da intensidade dos pulsos para evitar ainda mais a acomodação das fibras nervosas e para tornar o consumo de corrente ainda menor.
[042] Entre as estratégias simultaneamente empregadas com a variação aleatória (ou randômica) da intensidade dos pulsos, citam-se: - a utilização de trens de pulso ("burst") monopolares, os quais permitem economizar a carga das baterias; - a inversão da polaridade dos trens de pulso, evitando o efeito de acomodação das fibras musculares; - a inclusão de modos intermitentes de estimulação intercalados para a manutenção da analgesia, uma vez que o efeito desejado tenha sido alcançado, [043] Com este novo protocolo, em que a intensidade dos pulsos elétricos passou a variar de forma aleatória, conseguiu-se reduzir de forma eficiente a acomodação das fibras nervosas, aumentando a eficácia da eletroestimulação e, consequentemente, do efeito analgésico, [044] Concomitantemente, esta variação aleatória de intensidade dos pulsos elétricos permitiu também reduzir substancialmente o consumo de corrente nas operações do equipamento de eletroestimulação, permitindo a utilização de baterias descartáveis de íon-lítio em forma de moeda, modelo CR20XX, as quais apresentam menores dimensões, baixo custo e menor capacidade de carga, porém suficiente para atender o agora menor consumo de corrente, graças às variações aleatórias de intensidade determinadas pelo protocolo de eletroestimulação ora inovado, sem a necessidade de reposição das mesmas.
[045] Desta forma, tornou-se possível a utilização de tais baterias de íon-lítio, reduzindo-se substancialmente as dimensões do equipamento, antes maiores por serem necessárias baterias de maior capacidade para propiciar a operação de eletroestimulação do aparelho, [046] Com referência agora ao "EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", dito equipamento apresenta-se detalhadamente ilustrado nas Figuras 6 a 13 anexas.
[047] Tal equipamento é constituído por uma bandagem dupla (1) formada por duas folhas (2), cada qual compreendida por um trecho central (2a) e por duas abas laterais (2b), o trecho central (2a) de ambas as folhas (2) abrigando entre si um compartimento (3), formado por corpo (3a) e tampa (3b), que configura alojamento para o módulo eletrônico do aparelho, e as duas abas laterais (2a) da folha (2) superior abrigando respectivos eletrodos (4), devidamente cobertos por respectivas camadas de gel protegidas por folhas protetoras removíveis (5); cada uma das folhas (2) é adicionalmente dotada de uma respectiva tira fixadora (6), que une as folhas ao compartimento de eletrônica do equipamento.
[048] Como já mencionado, o compartimento central (3) abriga o módulo eletrônico do aparelho, que consiste em uma placa de circuito impresso (7) com os componentes e o circuito elétricos do equipamento; dito compartimento central (3) abriga também a bateria de alimentação (8), a qual, graças ao protocolo de eletroestimulação inovador ora previsto, já anteriormente descrito, passou a poder ser uma bateria descartável de íon-lítio em forma de moeda, modelo CR20XX.
[049] O equipamento ora inovado prevê ainda um único botão liga-desliga (9), o qual, ao ser acionado, dá início ao protocolo de eletroestimulação acima descrito, desligando automaticamente o aparelho, ao final do referido protocolo.
[050] O diagrama de blocos da Figura 14 ilustra os componentes internos do módulo eletrônico do equipamento ora inovado, quais sejam: Módulo de Alimentação de Força (10), Módulo Regulador Step-up (11), Módulo Microcontrolador (12), Módulo Selo de Alimentação (13), Módulo Fonte Boost (14), Módulo Ponte H (15) e Módulo de Saída para os eletrodos (16).
[051] A seguir, tais módulos serão detalhadamente explicados, em conjunto com a descrição do esquema elétrico do equipamento ora inovado, ilustrado na Figura 15 anexa.
[052] Como se verifica na referida Figura 15, o circuito (17), que se refere ao Módulo de Alimentação de Força (10), alimenta todos os outros circuitos com a tensão fornecida pela bateria. O MOSFET "Q2", quando saturado com o sinal proveniente do botão "Power", irá saturar o MOSFET "Q4", energizando o circuito (19), que se refere ao Módulo Regulador Step-up (11).
[053] O circuito (19) possui um regulador Step-Up "Q6", que adquire a tensão da bateria e a eleva a 3,3 V, Esta tensão de saída é filtrada pelo capacitor "C6", e então fornecida para o circuito (21) e para alimentação do microcontrolador.
[054] No circuito (18), que se refere ao Módulo Microcontrolador (12), localiza-se o microcontrolador "Ul", responsável pelo controle de todas as funções do equipamento. Após este ser alimentado, o LED "D3" acende de forma intermitente para indicar o funcionamento do equipamento. Além disto, o microcontrolador passa a monitorar o sinal do botão Power, a enviar o sinal de PWM para "Ql", a enviar os sinais para controle da Ponte H e a enviar também um sinal para "Q3" no circuito (20), que se refere ao Módulo Selo de Alimentação (13), responsável por manter saturado o Mosfet "Q4" do circuito (17), que torna desnecessário o botão Power estar pressionado para o equipamento permanecer energizado.
[055] O circuito (21), que se refere ao Módulo Fonte Boost (14), é um conversor DC/DC do tipo boost, cuja função é elevar a amplitude da tensão de 3,3 V para o nível que será utilizado na eletroestimulação. O conversor é controlado através de um sinal de PWM aplicado no MOSFET "Ql", e a tensão de saída é enviada ao circuito (22) através do capacitor "Cl".
[056] O circuito (22), que se refere ao Módulo Ponte H (15), tem a função de descarregar nos eletrodos a energia armazenada no capacitor "Cl" da fonte boost. Outra funcionalidade é a de fazer a inversão da polaridade da corrente que circula através desses eletrodos, inversão esta que ocorre de acordo com os sinais digitais emitidos pelo microcontrolador. A largura dos pulsos que saem da ponte-H também é controlada pelo mesmo sinal que controla a inversão da polaridade, e então, finalmente, estes estímulos são conduzidos até o usuário através dos eletrodos representados pelo bloco (23) na Figura 15, que se refere ao Módulo de Saída para os Eletrodos (16) no diagrama de blocos da Figura 14.
[057] A Figura 16 é um fluxograma do programa ("software") especificamente desenvolvido para o protocolo de eletroestimulação para o controle de dores pélvicas ora inovado.
[058] Como já anteriormente mencionado, com o novo protocolo de eletroestimulação idealizado pelo Inventor, além de se reduzir de forma eficaz a acomodação das fibras nervosas, conseguiu-se reduzir o consumo de corrente nas operações do equipamento de eletroestimulação, permitindo a utilização de uma bateria descartável (8) de íon-lítio em forma de moeda, modelo CR20XX, com menores dimensões, baixo custo e menor capacidade de carga, porém suficiente para atender o agora menor consumo de corrente graças às variações aleatórias de intensidade determinadas pelo protocolo de eletroestimulação ora inovado.
[059] Com isso, tornou-se possível o desenvolvimento do equipamento de eletroestimulação ora inovado, o qual se apresenta descartável, de baixo custo, de reduzidas dimensões e com grande portabilidade, viabilizando seu uso pelas usuárias a qualquer momento e em qualquer local, em casa ou no trabalho.
[060] Adicionalmente, graças às alterações introduzidas pela Depositante na eletrônica e na mecânica do equipamento, conseguiu-se torná-lo um dispositivo acionável com apenas um toque (dispositivo "one touch"), facilitando substancialmente seu uso por parte das usuárias, que não precisam mais utilizar botões de controle para regular a intensidade dos pulsos elétricos.
[061] De fato, no equipamento ora inovado, a operação é feita através do único botão de liga-desliga (9), cujo acionamento dá início à sequência de eletroestimulação automatizada, seguindo o protocolo de eletroestimulação ora inovado, findo o que o equipamento é automaticamente desligado. Com isso, além de facilitar o uso do aparelho, evita-se com total segurança a ocorrência de erros decorrentes do acionamento equivocado dos botões de controle por parte da usuária.
REIVINDICAÇÕES

Claims (18)

1) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE E L ET RO E ST1M U L AÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", caracterizado por prever uma variação aleatória de intensidade dos pulsos elétricos, respeitando os limites de eficácia da estimulação, variação aleatória esta compreendida em uma faixa de 10 V, sendo que ditos pulsos elétricos apresentam forma de onda quadrada, polaridade monopolar, largura (ou duração) entre 60 ps e 100 ps e frequência entre 40 Hz e 70 Hz; dito protocolo de eletroestimulação apresenta ainda as seguintes etapas; a) rampa de intensidade de 0 V até 25 V de pico [medida com carga resistiva de 500 Ω], durante 5 segundos; b) Io período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; c) Io período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; d) 2o período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; e) 2o período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; f) 3o período de modo contínuo, mantido durante 5 minutos; g) 3o período de modo intermitente, mantido durante 2 minutos; h) fim do protocolo, após 21 minutos e 5 segundos,
2) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a intensidade dos pulsos elétricos variar aleatoriamente dentro da faixa de 5 V, preferivelmente,
3) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a largura (ou duração) dos pulsos elétricos ser preferivelmente 80 ps,
4) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a frequência dos pulsos elétricos ser preferivelmente 55 Hz.
5) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por prever duas modalidades de eletroestimulação, quais sejam, modo contínuo e modo intermitente.
6) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com as reivindicações 1 e 5, caracterizado por, no modo contínuo, serem continuamente aplicados trens de pulsos (”burst") com duração de 500 milissegundos a 2 segundos, e com polaridade sequencialmente invertida.
7) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por os referidos trens de pulsos ("burst") apresentarem preferivelmente a duração de 1 segundo.
8) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com as reivindicações 1 e 5, caracterizado por, no modo intermitente, serem aplicados trens de pulsos ("burst") com duração de 1 a 4 segundos, e com polaridade sequencialmente invertida, prevendo-se um intervalo de tempo entre os trens de pulso, intervalo este com duração de 1 a 4 segundos.
9) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por os referidos trens de pulsos ("burst") apresentarem preferivelmente a duração de 3 segundos.
10) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o referido intervalo de tempo entre os trens de pulso apresentar preferivelmente a duração de 3 segundos.
11) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por prever, opcionalmente, a utilização simultânea de outras estratégias para evitar a acomodação das fibras nervosas, utilizadas em conjunto com a variação aleatória da intensidade dos pulsos.
12) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com as reivindicações 1 e 11, caracterizado por uma das referidas estratégias ser a utilização de trens de pulso ("burst") monopolares.
13) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com as reivindicações 1 e 11, caracterizado por outra das referidas estratégias ser inversão da polaridade dos trens de pulso.
14) "PROCESSO PARA ESTABELECER UM PROTOCOLO DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS", de acordo com as reivindicações 1 e 11, caracterizado por outra das referidas estratégias ser a inclusão de modos intermitentes de estimulação.
15) "EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", caracterizado por se constituir de bandagem dupla (1) formada por duas folhas (2), cada qual compreendida por um trecho central (2a) e por duas abas laterais (2b), o trecho central (2a) de ambas as folhas (2) abrigando entre si um compartimento (3), formado por corpo (3a) e tampa (3b), que configura alojamento para o módulo eletrônico do aparelho, e as duas abas laterais (2a) da folha (2) superior abrigando respectivos eletrodos (4), devidamente cobertos por respectivas camadas de gel protegidas por folhas protetoras removíveis (5); cada uma das folhas (2) é adicionalmente dotada de uma respectiva tira fixadora (6); o módulo eletrônico consiste em uma placa de circuito impresso (7) com os componentes e o circuito elétricos do equipamento, sendo prevista uma batería de alimentação (8) descartável de íon-lítio em forma de moeda, modelo CR20XX, e um único botão liga-desliga (9), cujo acionamento dá início ao protocolo de eletroestimulação, ao término do qual o aparelho é automaticamente desligado; são previstos ainda os seguintes componentes internos; Módulo de Alimentação de Força (10), Módulo Regulador Step-up (11), Módulo Microcontrolador (12), Módulo Selo de Alimentação (13), Módulo Fonte Boost (14), Módulo Ponte H (15) e Módulo de Saída para os eletrodos (16),
16) "EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a referida batería descartável (8) ser preferivelmente de 3V.
17) "EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por compreender o esquema elétrico ilustrado na Figura 15.
18) "EQUIPAMENTO PORTÁTIL DE ELETROESTIMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE DORES PÉLVICAS UTILIZANDO O REFERIDO PROTOCOLO", de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por compreender o fluxograma ilustrado na Figura 16.

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