BR102014012331A2 - Instalação e processo para a deformação a quente de placas - Google Patents
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Abstract
INSTALAÇÃO E PROCESSO PARA A DEFORMAÇÃO A QUENTE DE PLACAS A presente invenção refere-se a uma instalação para a deformação a quente de placas (P), com pelo menos um dispositivo de aquecimento (4) e pelo menos um dispositivo de prensagem (2), disposto a jusante do pelo menos um dispositivo de aquecimento (4) para a deformação das placas, sendo que a jusante do dispositivo de prensagem é previsto pelo menos um dispositivo de pós-aquecimento (6) para a solicitação térmica, pelo menos parcial, das placas (P) remodeladas no dispositivo de prensagem.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "INSTALAÇÃO E PROCESSO PARA A DEFORMAÇÃO A QUENTE DE PLACAS". [001] A presente invenção refere-se a uma instalação para a deformação a quente de placas e ao respectivo processo para a deformação a quente de placas.
Estado da Técnica [002] A deformação a quente de chapas é uma tendência de desenvolvimento relativamente recente na fabricação de componentes, em especial para carrocerias de veículos. As chapas usadas nisso, no escopo do presente pedido de patente, de acordo com a linguagem corriqueira da área da tecnologia da moldagem, também são denominadas de “platinas” [placas]. Uma placa (platina), em regra geral, é uma placa respectivamente cortada, estampada, juntada e/ou pré-moldada. Porém, as providências de acordo com a presente invenção, não apenas podem ser usadas com chapas respectivamente preparadas, mas sim também nos respectivos materiais de partida. Por esta razão, a presente invenção também se refere a todas as peças a serem processadas ou produtos semi-acabados que podem ser deformados em processos de deformação correspondentes, por exemplo, por meio de prensagem e/ou repuxamento profundo. [003] A deformação a quente possibilita produzir componentes com alta resistência e geometria complexa sem resiliência e permite uma redução significante de peso nas, por exemplo, carrocerias assim produzidas, e um aumento de segurança, por exemplo, de passageiros de um veículo correspondente. [004] Devido às exigências crescentes à resistência e rigidez de componentes estruturais, em especial em veículos, cada vez mais são usados aços de alta e altíssima resistência. Um aumento da resistência permite uma redução do peso do veículo, fato este que possibilita especialmente uma redução da emissão de poluentes e do consumo de combustível. Em modelos de veículos automotores atuais podem ser economizados mais do que 30 kg de peso em virtude do uso de componentes moldados a quente. [005] Os processos de deformação a quente, pela sua natureza, são técnicas combinadas de moldagem e beneficiamento. Em virtude do uso de aços adequados, tais como, por exemplo, aço manganês-boro, podem ser obtidas resistências de até 1 500 MPa. Processos de têmpera pressurizados compreendem, por exemplo, aquecer as placas até uma temperatura que se encontra acima da temperatura de auste-nitização total, por exemplo, acima de 850°C, e depois, resfriar rapidamente a placa na ferramenta. Dessa forma surge a estrutura de martensita desejada com a resistência desejada. A combinação da deformação com o resfriamento brusco em uma ferramenta às vezes também é denominada de têmpera pressurizada ou têmpera de moldagem. [006] Na deformação a quente de materiais altamente resistentes para carrocerias de automóveis são usados os chamados fornos de rolos para o pré-aquecimento das placas. O aquecimento de tais fornos usualmente ocorre por meio de tubos de jato que são aquecidos eletricamente ou por meio de maçaricos de gás. A fim de se obter ciclos de processo mais curtos possíveis, um certo “estoque” de componentes pré-aquecidos na instalação tem vantagem. A duração do tratamento térmico para a têmpera do aço é um parâmetro importante que define o tempo do ciclo da respectiva prensa. Fornos de rolo apresentam um comprimento de até 40 metros e, portanto, precisam de certas condições para a construção, inclusive uma dissipação eficiente do calor excedente. Também fornos rotativos, usados como alternativa para os fornos de rolo para o pré-aquecimento de componentes, apresentam desvantagens. Eles também são aquecidos por meio de tubos de jato e quanto à sua eficiência são insatisfatórios. [007] Componentes temperados pressurizados destacam-se por sua alta resistência e rigidez. Conforme mencionado, dessa forma podem ser reduzidas espessuras das chapas e peso pode ser economizado. Porém, o problema é o alongamento de ruptura baixo de componentes temperados pressurizados, o que em operações de fabricação posteriores, tais como, por exemplo, soldadura com mais componentes, pode causar fissuras. Por esta razão é desejável, executar determinadas áreas, por exemplo, de uma parte da carroceria, de modo temperado pressurizado, e outras partes do mesmo componente de tal modo que estas apresentem uma ductilidade maior, assim podendo absorver mais energia por meio de deformação plástica. [008] Sugestões apresentadas até agora que são usadas para a geração de tais propriedades locais diferentes, as chamadas “tailored properties”, compreendem influenciar de modo dirigido os componentes da liga dos respectivos produtos semi-acabados, a produção de chamados “tailored welded blanks”, isto é, placas que são juntadas de materiais diferentes, o aquecimento parcial (local) por meio de tecnologias de aquecimento indutivas ou condutivas, a têmpera parcial de determinadas áreas das ferramentas de têmpera sob pressão pelo a-quecimento local e mascarar determinadas áreas dos componentes, a fim de suprimir o aquecimento (e também a austenitização) no respectivo forno de rolo. Porém, tais processos são complexos, apresentam um resultado frequentemente não satisfatório, e causam custos excessivos. [009] Portanto, há a demanda de possibilidades aperfeiçoadas para o fornecimento de placas com propriedades localmente distintas. Divulgação da Invenção. [0010] Diante deste histórico, a presente invenção apresenta uma instalação para a deformação a quente de placas e o respectivo pro- cesso para a deformação a quente de placas com as características das reivindicações independentes. Exemplos de execução preferidos são o objeto das sub-reivindicações e do seguinte relatório descritivo. [0011] Em virtude do pós-aquecimento pelo menos parcial, previsto de acordo com a presente invenção, que somente é realizado depois da remodelagem de uma têmpera pressurizada das placas na ferramenta de prensagem, podem ser produzidas de maneira especialmente eficiente placas ou componentes com propriedades localmente diferentes. Em especial podem ser fornecidos, de acordo com a presente invenção, configurações muito complexas em quaisquer pontos com as propriedades desejadas do material, por exemplo, ductilidade elevada.
Vantagens dalnvencão. [0012] Como já foi mencionado anteriormente, o termo “platinas” [placas], no escopo do presente pedido de patente, é abrangente. O termo inclui chapas, produtos semi-acabados, componentes juntados e/ou pré-moldados que são deformados a quente, especialmente temperados sob pressão, em uma instalação correspondente. [0013] Um aspecto especialmente vantajoso da presente invenção refere-se ao uso de um queimador pré-misturador de hidrogênio e oxigênio ou queimador pré-misturador de gás combustível e oxigênio. Tais tipos de queimadores em princípio são conhecidos, por exemplo, do documento DE 103 45 411 A1. Por exemplo, queimadores pré-misturadores de gás combustível e oxigênio são usados no chamado polimento a fogo de peças de vidro, especialmente de peças de cristal de chumbo ou vidro à base de soda cálcica. No caso, pelo menos uma parte da superfície da peça de vidro é aquecida e derretida com a chama do queimador. Queimadores correspondentes também são conhecidos como os chamados queimadores da marca Hidropox e são comercializados pela titular com este nome de marca. [0014] Queimadores pré-misturadores de gás combustível e oxigênio, especialmente queimadores de hidrogênio e oxigênio, são caracterizados por uma eficiência de transmissão de calor especialmente alta. Ao contrário dos chamados queimadores de mistura externa, o cabeçote do queimador de um queimador de pré-mistura de gás combustível e oxigênio já recebe uma mistura de gás combustível e oxigênio que não será gerada no cabeçote do queimador. Queimadores de pré-mistura geram chamas especialmente duras que são adequadas para derreter áreas superficiais maiores que também podem apresentar cavidades ou outras irregularidades. Isto, como foi descoberto no contexto da presente invenção, é uma vantagem decisiva em comparação com os queimadores de mistura externa. Em queimadores de mistura externa somente pode ser gerada uma chama macia que em especial não pode alcançar cantos, furos ou cavidades de uma superfície. O uso de um queimador de pré-mistura possibilita assim especialmente um aquecimento local de áreas, especialmente de áreas de formações diferentes das respectivas placas. Devido ao aquecimento mais longo por meio de um queimador de mistura externa, na verdade, também seria possível a obtenção de temperaturas altas, porém, há nisso o risco de que a placa se esquenta na sua totalidade e não somente nas áreas desejadas. [0015] De acordo com uma forma de execução especialmente preferida da instalação de acordo com a presente invenção, o pelo menos um dispositivo de pós-aquecimento pode ser orientado no espaço e/ou pode ser deslocado no espaço. Por exemplo, o dispositivo de pós-aquecimento usado de acordo com a presente invenção pode ser montado em um robô industrial. Isto permite uma guia e orientação exata do dispositivo de pós-aquecimento ao longo da ou sobre a superfície da placa remodelada que dessa forma pode ser uniformemente aquecida nas áreas desejadas (parcialmente), até uma faixa de temperatura desejada de, por exemplo, entre 650 °C e 850 °C, especialmente de 700°C até 800°C, especialmente, cerca de 750°C. [0016] Preferencialmente, o dispositivo de aquecimento (especialmente para o aquecimento total da placa antes da deformação na ferramenta de pressão) é executado como dispositivo de austenitização. De preferência, no caso, a austenitização é uma austenitização total. Uma austenitização fornece as propriedades desejadas do material, com as quais pode ser executada uma prensagem subsequente sob resfriamento ou resfriamento brusco simultâneo, e em seguida a isto, mais um aquecimento, pelo menos um aquecimento parcial (pós-aquecimento). Um dispositivo de austenitização adequado é projetado para o aquecimento especialmente local das placas até uma temperatura de 750 °C até 1050°C, especial mente de 800 °C até 1000°C, por exemplo, de 850°C até 950°C. A temperatura apropria <á depende dos respectivos materiais e situa-se acima de uma temperatura de austenitização. Esta se situa, por exemplo, nos aços manganês-boro aquecidos em cerca de 850°C. Se uma placa é pré-aquecida ãé uma temperatura pouco abaixo da temperatura de austenitização, a temperatura de austenitização pode muito rapidamente ser alcançada ou ultrapassada através de um queimador correspondente, especialmente em determinadas áreas da placa. Em tal resfriamento durante a prensagem ou remodelagem, as placas preferencialmente são esfriadas a temperaturas de 100°C até 200°C, onde também é possível um resfriamento até qualquer temperatura entre a temperatura ambiente e 250°C. [0017] Uma instalação apropriada, com vantagem, apresenta também pelo menos um dispositivo de carregamento para carregar a instalação com as placas e/ou pelo menos um dispositivo de transferência para transferir as placas para a pelo menos uma ferramenta de prensagem da instalação e/ou pelo menos um dispositivo de transferência para a transferência das placas para o dispositivo de pós- aquecimento. [0018] Com vantagem, pelo menos um dispositivo de aquecimento compreende pelo menos um forno tipo Paternoster (contínuo). Como fornos tipo Paternoster, que em princípio são conhecidos, podem ser usados, por exemplo, fornos tipo Paternoster verticais que apresentam uma eficiência de energia melhorada e que em especial apresentam a vantagem de poder substituir os fornos de rolos convencionais que, como já foi mencionado, são construções grandes e, portanto, exigem certas condições construtivas. Os fornos tipo Paternoster são, por e-xemplo, fornos elétricos ou podem ser operados com combustível, podendo ser operados em faixas de temperatura correspondentes, de modo que um aquecimento eficiente e confiável é garantido. [0019] As respectivas temperaturas a serem obtidas dependem do material das placas. Por exemplo, como já foi mencionado, a temperatura de austenitização total de aços manganês-boro situa-se em cerca de 850°C. O técnico pode facilmente deduzir as temperaturas correspondentes dos índices característicos disponíveis do material. [0020] É vantajoso executar também o dispositivo de aquecimento com pelo menos um queimador de hidrogênio e oxigênio ou um queimador de gás combustível e oxigênio. Com isso também é possível um aquecimento muito eficiente, especialmente também em determinadas áreas, das placas. [0021] Embora tal dispositivo de aquecimento, especialmente um dispositivo de austenitização, no escopo da presente invenção preferencialmente é usado para uma austenitização total de uma placa, também é possível, usá-la para o aquecimento, especialmente a austenitização, parcial, isto é, para aquecer ou a austenitização de determinadas regiões ou áreas locais de placas. Pelo menos uma chama de queimador de um queimador de pré-mistura de hidrogênio e oxigênio pode ser dirigida para as regiões previstas para o aquecimento ou a austenitização parcial. Uma disposição de queimador correspondente possibilita assim especialmente uma austenitização definida local de regiões, onde, por exemplo, através da têmpera pressurizada pode em seguida ser obtida uma resistência local alta. Nas áreas sem austenitização, em contrapartida, é garantida uma ductilidade suficiente do material depois da têmpera pressurizada. Dessa forma seria imaginável, por exemplo, fornecer uma ductilidade desejada em primeiras áreas da placa por meio de tal aquecimento parcial por meio do dispositivo de aquecimento, isto é, antes da remodelagem, e em segundas áreas da placa, por meio do aquecimento através do dispositivo de pós-aquecimento, isto é, depois da remodelagem. [0022] Com vantagem, um dispositivo de aquecimento, especialmente um dispositivo de austenitização, é previsto em uma instalação correspondente com um dispositivo de pré-aquecimento na forma de uma unidade construtiva. Isto possibilita instalações compactas, de estrutura pequena que podem ser operadas com eficiência de energia, que apenas precisam, por exemplo, isolamento térmico ou de temperatura. [0023] Um processo de acordo com a presente invenção compreende o carregamento de placas em uma instalação de acordo com a presente invenção, aquecimento ou austenitização das placas pelo menos localmente em um dispositivo de aquecimento, especialmente um dispositivo de austenitização, deformá-las em seguida em uma ferramenta pressurizada e em seguida, pelo menos parcialmente aquecê-las em um dispositivo de pós-aquecimento. Como já foi explicado, o processo de prensagem pode ser um processo de têmpera pressurizado. [0024] A instalação de acordo com a presente invenção para a deformação a quente de placas, e o processo de acordo com a presente invenção aproveitam de maneira igual as vantagens acima explicadas. [0025] É lógico que as características mencionadas acima e aquelas em seguida ainda a serem apresentadas podem ser usadas, não somente na combinação respectivamente indicada, e sim também em outras combinações ou individualmente, sem sair do escopo da presente invenção. [0026] A presente invenção é representada esquematicamente com a ajuda de um exemplo de execução no desenho, e em seguida, fazendo referência ao desenho, será descrita detalhadamente. Descrição das Figuras [0027] A Figura 1 mostra uma instalação para a deformação a quente de placas, de acordo com uma forma de execução preferida da presente invenção, em uma representação esquemática. [0028] A Figura 2 mostra em uma representação esquemática um cabeçote de queimador para ser usado em uma forma de execução da presente invenção. [0029] A Figura 3 mostra um processo para a deformação a quente de placas de acordo com uma forma de execução da presente invenção na forma de um fluxograma. [0030] Nas Figuras, elementos iguais ou de funcionamento igual levam referências iguais e no interesse de uma visibilidade melhor não são explicados repetidamente. [0031] A Figura 1 mostra uma instalação para a deformação a quente de placas, de acordo com uma forma de execução preferida da presente invenção. A instalação leva a referência 10. Ela compreende um dispositivo de carregamento 3, onde as placas P correspondentes, por exemplo, peças estampadas de chapa, podem ser carregadas na instalação correspondente, em direção da seta (seta inferior horizontal). É previsto um dispositivo de aquecimento 4 que apresenta um forno tipo Paternoster 4a representado esquematicamente. As placas P são introduzidas em direção da seta em uma área inferior do dispositi- vo de aquecimento 4, são elevadas para cima (ilustrado com seta vertical), e durante a elevação são aquecidas continuamente. É possível aquecer de tal modo as placas no forno tipo Paternoster 4a que passam por uma austenitização. Porém, a Figura 1 mostra uma forma de execução onde o dispositivo de aquecimento 4 possui um dispositivo de austenitização 4b conectado a jusante do forno tipo Paternoster 4a. Neste caso, o forno tipo Paternoster serve para o pré-aquecimento das placas. [0032] Em uma parte superior do forno tipo Paternoster 4a, as placas P saem novamente dele em direção da seta (seta superior horizontal). Em seguida, elas atravessam o dispositivo de austenitização 4b que possui um queimador 14 que no presente exemplo é simbolizado como um queimador de três chamas. O queimador 14 pode ter qualquer número de chamas de queimador. O queimador 14 também pode ser executado de modo móvel e solicitar diversas áreas de uma placa P uma após a outra. Para tal, podem ser previstos os respectivos dispositivos de movimentação que, por exemplo, também podem ser ativados de modo totalmente automático, usando o respectivo controle. As platinas P atravessam o dispositivo de austenitização 4b em sentido da seta e são aquecidas até uma temperatura (por exemplo, 900°C) que fica acima de uma temperatura de austenitização do respectivo material. [0033] Em seguida, as placas P chegam até um dispositivo de transferência 5 que as transfere para uma ferramenta de pressão 8. A ferramenta de pressão 8 remodela as placas na forma desejada, sendo que ao mesmo tempo com a deformação ocorre um resfriamento das placas até cerca de 200 °C ou menos. [0034] Em virtude desse resfriamento ou resfriamento brusco que preferencialmente acontece a uma taxa de superior a 30 K por segundo, surge nas áreas com austenitização da placa uma estrutura de martensita ou dureza. [0035] Como foi mencionado, as placas remodeladas apresentam neste estado uma temperatura de cerca 200 °C. Neste estado, as placas remodeladas são parcialmente solicitadas com calor por meio de um dispositivo de pós-aquecimento 16 que possui pelo menos um queimador de pré-mistura de hidrogênio e oxigênio 18 ou um queimador de pré-mistura de gás combustível e oxigênio. Dessa forma, nos pontos solicitados por calor na placa remodelada, a estrutura de dureza é transformada em uma estrutura mista que apresenta propriedades melhores, por exemplo, maleabilidade. [0036] O dispositivo de pós-aquecimento 16 pode ser montado, por exemplo, em um robô industrial (não mostrado), com o que pode ser disponibilizada uma mobilidade e orientação tridimensional dos queimadores 18. Isto permite a guia exata dos queimadores 18 ao longo da superfície dos componentes que assim pode ser aquecida uniformemente nas áreas desejadas até temperaturas entre mais ou menos 650°C e 850°C. A alteração da estrutura assim o fcida produz, por exemplo, uma redução da dureza e um aumento da dilatação ou maleabilidade. Em testes realizados podiam ser realizadas, por exemplo, melhorias dos valores de dilatação de até 18 %. [0037] Os queimadores 18 podem ser produzidos com quaisquer geometrias (também com diâmetros pequenos, por exemplo, para pontos de soldadura), e assim são capazes de aquecer as mais diversas áreas em um componente ou de uma placa P remodelada. A passagem de energia, no caso, é muito eficiente, e a duração do tratamento pode ser restrita para poucos segundos. [0038] Existem vantagens claras em comparação com outras tecnologias de aquecimento, tais como, por exemplo, o aquecimento por indução que não pode ser aplicado em geometrias ou formas de placas tridimensionais, uma vez que, por exemplo, raios internos não po- dem ser aquecidos de maneira exata. [0039] Também em comparação com os processos convencionais apoiados por raio laser, o processo de acordo com a presente invenção apresenta vantagens. Processos apoiados por raio laser, na verdade, em geral têm condições de executar tarefas parecidas, porém, em virtude da alta densidade de energia e da superfície focal relativamente pequena, precisam ser operados com uma complexidade de processo consideravelmente maior, para, por exemplo, aquecer áreas maiores, o que torna tais processos na prática relativamente ineficiente. [0040] Com o processo de acordo com a presente invenção, áreas parciais de uma placa, especialmente de uma placa tridimensionalmente remodelada, por exemplo, de placas temperadas de aço UHS, podem ser aquecidas posteriormente de modo muito variado e efetivo, sendo que a dilatação do material pode ser elevada até um valor suficiente para uma deformação dirigida. [0041] Por meio dos queimadores usados de acordo com a presente invenção, podem ser providenciados pontos focais de, por e-xemplo, uma superfície de 10 até 20 cm2. Especialmente preferidos são queimadores com os quais podem ser providenciadas superfícies focais com um tamanho de 2 cm x 2 cm ou 4 cm x 2 cm. [0042] A Figura 2 mostra uma forma de execução preferida de um cabeçote de queimador que pode ser usado de acordo com a presente invenção. [0043] Um cabeçote de queimador de pré-mistura que pode ser usado de acordo com a presente invenção leva a referência 22 na Figura 2. [0044] Com um queimador de pré-mistura de hidrogênio e oxigênio, usado de acordo com a presente invenção que possui um canal 221, através do qual uma mistura de hidrogênio e oxigênio é levada ao cabeçote do queimador 22 pode ser gerada uma chama de queimador muito dura que providencia uma transmissão de energia muito boa. Em especial podem ser solicitadas com segurança com o calor necessário áreas apresentando desbastes ou contornos mais complexos. A respectiva mistura de gás aqui já sai dos bocais do queimador 223 como mistura e é inflamada lá. [0045] A Figura 3 mostra em uma representação esquemática um fluxograma de um processo 100 de acordo com uma forma de execução especialmente preferida da presente invenção. Em um primeiro passo de processo 101, as respectivas placas são estampadas de uma chapa. Estas, em um passo de processo 102 são carregas, por exemplo, por meio de um dispositivo de carregamento, em um dispositivo de deformação a quente, de acordo com a presente invenção. Isto pode ser feito de modo contínuo. Em um passo 103, as placas P são pré-aquecidas na instalação, para o que podem ser usados os meios acima mencionados. Em um passo 104 acontece uma austenitização, também conforme já foi explicado acima. Depois da austenitização, as placas P, em um passo 105, são transferidas por um dispositivo de transferência para uma ferramenta de pressão, e lá são remodeladas ou prensadas em um passo 106 e ao mesmo tempo são resfriadas bruscamente. Depois do resfriamento brusco na ferramenta de pressão as placas temperadas sob pressão, que neste estado podem a-presentar formas complexas tridimensionais, são parcialmente aquecidas (passo 107) por meio de um dispositivo de pós-aquecimento, especialmente um queimador de pré-mistura de hidrogênio e oxigênio ou de gás combustível e oxigênio, de modo desejado, fazendo com que nas áreas aquecidas possa ser criada uma estrutura mista com propriedades desejadas (por exemplo, capacidade de dilatação melhor)
Claims (11)
1. Instalação para a deformação a quente de placas (P), com pelo menos um dispositivo de aquecimento (4) e pelo menos um dispositivo de prensagem (2), disposto a jusante do pelo menos um dispositivo de aquecimento (4), para a deformação das placas, caracterizada pelo fato de que a jusante do dispositivo de prensagem (2) é previsto pelo menos um dispositivo de pós-aquecimento (16) para a solicitação térmica, pelo menos parcial, das placas (P) remodeladas no dispositivo de prensagem.
2. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de pós-aquecimento (16) apresenta pelo menos um queimador de pré-mistura de hidrogênio e oxigênio ou um queimador de pré-mistura de gás combustível e oxigênio (18).
3. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de pós-aquecimento (16) pode ser deslocado e/ou orientado no espaço.
4. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, onde o dispositivo de aquecimento (4) é executado como um dispositivo de austenitização.
5. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, que também apresenta pelo menos um dispositivo de carregamento (3) para carregar a instalação com as placas, e/ou pelo menos um dispositivo de transferência para transferir as placas para a pelo menos uma ferramenta de pressão, e/ou pelo menos um dispositivo de transferência para transferir as placas remodeladas para o pelo menos um dispositivo de pós-aquecimento (16).
6. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de aquecimento (4) compreende pelo menos um forno tipo Paternoster.
7. Instalação, de acordo com uma das reivindicações ante- riores, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de aquecimento a-presenta pelo menos um queimador de pré-mistura hidrogênio e oxigênio ou um queimador de pré-mistura de gás combustível e oxigênio.
8. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a ferramenta de pressão (8) é executada de tal modo que as placas durante sua remodelagem são resfriadas até uma temperatura entre a temperatura ambiente e 300°C, especialmente de 150°C até 250°C ou inferior a 200°C.
9. Instalação, de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que áreas da placa remodelada a-quecidas no dispositivo de pós-aquecimento (16) são aquecidas para temperaturas de cerca de 650 °C até 850 °C, especial mente para 700 °C até 800°C, especialmente para cerca de 750°C.
10. Processo para a deformação a quente de placas, onde as placas são carregadas em uma instalação de acordo com uma das reivindicações anteriores, são aquecidas em um dispositivo de aquecimento da instalação até uma temperatura de austenitização, são remodeladas em uma ferramenta de pressão e, nisso, são resfriadas e em seguida, em um dispositivo de pós-aquecimento, são aquecidas pelo menos parcialmente até uma temperatura de 650 °C até 850 °C, especialmente de 700°C até 800°C, especialmente até 750°C.
11. Processo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que placas revestidas são deformadas a quente, especialmente que placas revestidas com silício de alumínio ou zinco são deformadas a quente.
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