BR102012026503B1 - formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas - Google Patents

formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas Download PDF

Info

Publication number
BR102012026503B1
BR102012026503B1 BR102012026503A BR102012026503A BR102012026503B1 BR 102012026503 B1 BR102012026503 B1 BR 102012026503B1 BR 102012026503 A BR102012026503 A BR 102012026503A BR 102012026503 A BR102012026503 A BR 102012026503A BR 102012026503 B1 BR102012026503 B1 BR 102012026503B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
oil
emulsion
formulation
elements
phase
Prior art date
Application number
BR102012026503A
Other languages
English (en)
Other versions
BR102012026503A2 (pt
Inventor
Dolivar Coraucci Neto
Original Assignee
Ouro Fino Participações E Empreendimentos S A
Ouro Fino Saúde Animal Participações S A
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Ouro Fino Participações E Empreendimentos S A, Ouro Fino Saúde Animal Participações S A filed Critical Ouro Fino Participações E Empreendimentos S A
Priority to BR102012026503A priority Critical patent/BR102012026503B1/pt
Priority to ARP130103677A priority patent/AR092969A1/es
Priority to UY0001035077A priority patent/UY35077A/es
Priority to CO13245309A priority patent/CO6930059A1/es
Publication of BR102012026503A2 publication Critical patent/BR102012026503A2/pt
Publication of BR102012026503B1 publication Critical patent/BR102012026503B1/pt

Links

Abstract

formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas - a presente invenção está relacionada a adjuvantes a serem usados em emulsões água em óleo (a/o), ao método para preparar esta emulsão e a vacinas que fazem o uso de adjuvantes em sua formulação.

Description

Relatório Descritivo de Patente de Invenção Formulações Farmacêuticas e Processo de Produção de Formulações Farmacêuticas Campo da Invenção A presente invenção está relacionada a adjuvantes a serem usados em emulsões água em óleo {NO), ao método para preparar esta emulsão e a vacinas que fazem o uso de adjuvantes em sua formulação. A presente invenção se situa no campo da bioquímica, farmácia e engenharia química.
Antecedentes da Invenção Compreende-se por emulsão um sistema disperso grosseiro que ocorre através da junção de dois ou mais líquidos não míscíveis entre si, sendo um de característica hidrofílica e o outro de característica hidrofóbica. Quando a fase contínua é hidrofílica a emulsão é do tipo óleo em água (O/A) e no caso contrário, quando a fase contínua é hidrofóbica a emulsão é do tipo água em óleo {NO).
Neste tipo de formulação a fase dispersa apresenta-se como gotículas suspensas na fase contínua. Por se tratar de um sistema termodinamicamente instável (energia livre de gibbs é positiva) a suspensão da fase dispersa não ocorre de maneira espontânea na fase contínua sendo necessária a aplicação de energia no sistema, podendo esta ser proveniente da agitação mecânica por exemplo. Além disso, as gotículas precisam permanecer o maior tempo possível suspensas, desta maneira é necessária a adição de uma substância capaz de diminuir a tensão superficial do sistema, apresentando certa afinidade com a fase contínua e dispersa. Esta substância recebe a denominação de tensoativo, como os aniônicos, catiônicos, não iônicos e poliméricos. Emulsões NO são amplamente aplicadas em formulações farmacêuticas, veterinárias e cosméticas. No caso em que o ativo for solúvel em água este tipo de formulação poderá promover uma liberação sustentada do mesmo. Em vacinas, emulsões são comumente usadas como veículos para estimularem a resposta imune. Um dos primeiros veículos utilizados foi o Adjuvante Completo de Freud que contém em sua formulação óleo mineral, Micobacteria e tensoativo, sendo que o mesmo futuramente foi modificado para Adjuvante Incompleto de Freud onde não há presença de Micobacteria. A partir de então, inúmeras formulações foram desenvolvidos para o uso regularem vacinas. A Febre Aftosa (FA) uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. O vírus da FA pertence ao gênero Aphtovirus da família Picornavirídae e está entre os menores vírus conhecidos. Os vírions apresentam capsídeo de simetria icosaédrica, não envelopados e seu genoma é um RNA de fita única.
Existem sete diferentes sorotipos de vírus da FA: O (mais comum), A, C, SAT (South African Territory)-1, SAT-2, SAT-3 e Ásia-1. Os quatro últimos são considerados exóticos no Brasil, os que tem mais influência na América Latina são os O, A e C, sendo que os últimos isolamentos no Brasil demonstraram a presença do tipo O. A estratégia de vacinação contra a Febre Aftosa (FA) pode ser feita com duas diferentes abordagens: a vacinação profilática, antes da ocorrência de um surto, e a vacinação reativa, feita após a detecção de um surto. Neste caso, a eliminação do rebanho doente deve ser complementada pela vacinação para proteger os animais sensíveis contra a estirpe do vírus em particular prevalente na área do surto.
Os principais determinantes da eficácia da vacinação profilática são o grau de cobertura da vacinação (a proporção de animais vacinados) e a eficácia (a proporção de animais vacinados que são protegidos).
Inicialmente a vacina contra FA era composta de uma formulação com hidróxido de alumínio, que oferecia uma resposta rápida, mas com uma duração de imunidade curta, de 2 a 3 meses somente. Entretanto a vacina contra a FA foi modificada pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (PAFMDC), devido à necessidade do aumento da duração da imunidade contra FA, especialmente em manejos de animais criados em longas extensões terra, isso facilitou a vacinação e também aumentou a proteção desses animais.
Com o uso dessa formulação de emulsão A/O a imunidade passou de 2-3 meses para 6 meses.
Inicialmente, a formulação proposta no presente pedido de patente foi baseada no Adjuvante Incompleto de Freud. Nesta formulação utilizava-se óleo mineral refinado com um agente tensoativo, o monooleato de manitol (Arlacel A, produzido pela empresa CRODA ou Montanide 80 (produzido pela empresa SEPPIC), sendo utilizada a concentração de 10% de tensoativo e 90% de óleo mineral, em uma formulação 50% fase aquosa e 50% fase oleosa (óleo mineral + monooleato de manitol). Para que a emulsão possa ser formada a mistura da fase aquosa a fase oleosa deve ser homogeneizada em alta velocidade através de um processo mecânico industrial utilizando um emusilficador industrial especialmente desenvolvido para este processo.
Entretanto, a emulsão resultante desse processo apresenta algumas desvantagens: alta viscosidade, entre 2000 a 2400 cps, o que dificulta o manejo e a injeção da vacina por via intramuscular ou subcutânea; e uma intensa reação local nos animais, o que acarreta grandes prejuízos na produção leiteira e no ganho de peso em animais para engorda. Além disso, esta emulsão apresentava-se com baixa estabilidade físico-química, visto a ocorrência de formação de separação da fase oleosa na parte superior da emulsão, fenômeno conhecido por “creaming”.
Na tentativa de solucionar este problema a empresa SEPPIC desenvolveu outro tensoativo chamado anhydromannide octodocenate (Montanide 888), usando óleo mineral mais 10% de Montanide 888, em uma em uma formulação 50% fase aquosa e 50% fase oleosa (óleo mineral + montanide 888). Esta mistura também passa por um processo de emulsificação mecânico utilizando um emulsificador industrial desenvolvido para este propósito.
Utilizando-se este agente emulsificante menores viscosidades são obtidas (200 a 300 cps contra 2400 cps com o Montanide 80 ou Arlacel A) facilitando assim a injeção da vacina contra FA nos animais.
Entretanto um problema ainda permanece: reação local muito intensa nos animais, especialmente na vacina com dose de 5 ml por animal.
No ano de 2007 um novo desafio surge para os produtores de vacina contra FA que é a purificação do antígeno onde a completa remoção de proteínas não estruturais se faz necessária para diferenciar animais vacinados de não vacinados. Com este desafio e com a purificação dos antígenos utilizados na vacina, ocorreu também a perda de potência das vacinas, ou seja, uma maior quantidade de antígeno purificado se fez necessária em cada vacina para se atingir o grau de proteção exigido pelos órgãos de fiscalização mundial.
Com isso a empresa SEPPIC desenvolveu um veículo pronto para uso especialmente indicado para antígenos purificados chamados Montanide ISA 70 que apresenta em sua composição óleo mineral associado com um ou mais agentes emulsificantes de origem vegetal extremamente refinados. A emulsão desenvolvida com o Montanide ISA 70 apresenta em sua composição 30% de fase aquosa e 70% de fase oleosa. Com isso uma melhor imunidade foi conseguida, entretanto um aumento exacerbado das reações locais nos animais também ocorreu, acarretando grandes prejuízos para o produtor pecuário.
No âmbito patentário, foram encontrados alguns documentos discorrendo sobre o tema da presente invenção. A PI0207698 (equivalente ao WO2002/67899) reivindica o uso de agente emulsificante na forma de copolímeros em bloco. Esses copolímeros são Arlacel P135 e Atlox 4912 ambos derivados da molécula de PEG30 Dipolyhydroxysterate, para emulsões A/O em vacinas. Nesse documento a concentração de agente emulsificante variou de 0,01 a 15% com óleo mineral e a quantidade de água na emulsão de 30% a 50%. A desvantagem desse copolímero é que para sua utilização é necessário aquecer a mistura de óleo mineral com agente emulsificante até 60°C, o que pode gerar impactos em certos componentes da emulsão que são sensíveis a temperatura como, por exemplo, antígenos virais e fármacos. Esse aquecimento podería destruir ou alterar a composição química do princípio ativo a ser formulado na emulsão, tendo-se assim uma emulsão estável, porém sem atividade imunológica ou farmacológica. Outro ponto a ser considerado é que o fato de que aquecer a emulsão pode gerar uma fusão incompleta em alguns casos entre o copolímero em bloco e o óleo mineral, criando diferenças entre partidas e a formação de “creaming” (separação de fase). O pedido de patente publicado W02011/031850 reivindica novas formulações de vacinas baseadas em emulsão óleo em água com estabilidade melhorada por utilização de adjuvantes contendo saponinas. A nova composição (emulsão injetável O/A) descrita no referido documento compreende: - uma solução aquosa contendo pelo menos 1 imunógeno; - uma solução aquosa contendo um surfactante iônico hidrofílico (por ex., a saponina) na dose de 0,35-3,0 mg/dose; - uma solução aquosa opcional contendo hidróxido de alumínio, na concentração de 0-1% (p/v); - um óleo mineral (por ex., óleo parafina) na concentração de 20-40% (v/v); - um surfactante lipofílico não iônico (por ex., monooleato de sorbitano), na concentração de 0,1-2,5% p/v; - um surfactante hidrofílico não iônico tendo alto balanço hidrofílico-lipofilico (HLB) entre 13 e 40 (por ex., polímero de polioxietileno/polioxilpropileno ou POE-POP) na concentração de 0,1-1,5% (p/v); e, - um surfactante hidrofílico não iônico tendo baixo balanço hidrofílico-lipofilico (HLB) entre 9 e 13 (por ex., trioleato etoxilado de sorbitan) na concentração de 1-8% (p/v). A emulsão tem temperatura de inversão de fase de 33-66°C. A nova emulsão pode ser utilizada para vacina contra FA, Micoplasma e PCV-2.
Anteriormente o pedido publicado W02005/009462 reivindicou composição semelhante, porém não compreendendo adição de saponina e hidróxido de alumínio. A patente PI 9608199 descreve uma vacina composta de um antígeno, associado a fração imunologicamente ativa da saponina e um esterol (colesterol). O pedido publicado W01995/17209 descreve uma composição vacinai compreendendo antígeno, saponina, 3De-0-acylated monoposphoryl Lipid A e emulsão O/A formada por óleo metabolizável (esqualeno), alfa tocoferol e Tween 80. A tabela 1 resume e exemplifica as composições do estado da técnica.
Tabela 1: Formulações A/O possíveis.
Fase aquosa 10-70% A fase imunogênica pode ser selecionada do grupo consistindo de patógenos inativados, patógenos atenuados, subunidades de antígenos, antígenos purificados, antígenos sem purificação ou antígenos produzidos de forma recombinante usando bactérias, extrato de leveduras, células de insetos ou de origem animal, plasmídeos de expressão e vetores. Os antígenos podem ser purificados, mas não limitados por meio de ultra filtração, ultra centrifugação, exclusão por tamanho ou filtração por gel, cromatografia iônica, e purificação por PEG.
Os patógenos podem ser bactérias, vírus, protozoários, fungos ou imunogênicos que constituídos de antitoxinas.
Veículo: água, solução salina, solução tampão, sais), alcoóis e seus condensados (éster e éter) etoxilados, propoxilados, sulfatados, fosfatados e carbonatados, quaternários de amônio; derivados de amina e amida; derivados de aminoácidos; alquilglicosídeo, lecitina, colesterol; derivados de saponinas. O pedido de patente US 2003/0044372 descreve soluções aquosas estáveis de fluidos alcoxitrimetilsilano compreendendo uma fase aquosa continua, uma fase orgânica descontínua e/ou fase alcoxitrimetilsilano e um sistema de emulsificação. O sistema de emulsificação compreende dois agentes emulsificantes, sendo um emulsificante de organossilicone hidrofóbico e um agente emulsificante de organossilicone hidrofílico. As emulsões são especialmente utilizadas para entrega de alcoxitrimetilsilano líquido na superfície e camada superior córnea. Dentre os possíveis surfactantes hidrofóbicos de organossilicone encontra-se o copolímero derivado “Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicone”. O pedido de patente US2012/0003277 descreve fármacos e composições compreendendo determinadas formas físicas para nanoemulsão de vacinas. É descrita uma composição imunogência compreendendo fase aquosa, fase oleosa e um ou mais imunogênicos localizados na fase oleosa da emulsão. A composição pode compreender silicones localizados na fase aquosa, como dimeticona. O documento AU 1996/077058 descreve surfactantes úteis como adjuvantes, principalmente na agricultura, em uma mistura de 60% a 95% de compostos organossilicones e 5% a 30% de surfactantes contendo não-silicones. O documento US 2011/0038822 descreve produtos antiperspirantes compreendendo emulsões água-em-óleo, tendo uma fase aquosa e uma fase oleosa. A fase aquosa compreende ativo antiperspirante e água, enquanto a fase oleosa compreende derivado “Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicone” e um carreador hidrofóbico. O documento US 2011/0294734 descreve composições farmacêuticas tendo como ativo peptídeos inibidores de TGF-Beta. Em uma realização preferencial, a formulação farmacêutica da presente invenção compreende 0,01-1% p/p de inibidor TGF-beta, 1-10% p/p de ciclodextrina, 0,5-6% p/p de derivado “Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicone”, 0,005-0,6% de conservante, silicone em quantidade de 3-20% p/p, 10-40% de óleo mineral e água q.s.p. 100%. A presente invenção vem resolver diversos problemas encontrados no estado da técnica em relação a adjuvantes vacinais, incluindo o problema de reações locais em animais devido ao uso de adjuvantes inadequados, trazendo uma nova e inventiva composição adjuvante para ser utilizada, preferencialmente, na produção de vacinas contra febre aftosa, compreendendo composição com quantidades e associações não descritas anteriormente.
Do que se depreende da literatura pesquisada, não foram encontrados documentos antecipando ou sugerindo os ensinamentos da presente invenção, de forma que a solução aqui proposta possui novidade e atividade inventiva frente ao estado da técnica.
Sumário da Invenção Em um aspecto, a presente invenção proporciona novas e inventivas composições adjuvantes capazes de resolver o problema de alta viscosidade das formulações farmacêuticas, falta de estabilidade físico química, curta duração de imunidade e muita reação local. Visando atender esses requisitos foram desenvolvidas diversas emulsões A/O mantendo-se a fase aquosa com antígeno, preferencialmente altamente purificado, e variando a fase oleosa composta basicamente de veículo lipofílico e agentes emulsificantes diversos, gerando diversos exemplos de utilização do referido adjuvante em vacinas. Na presente invenção é desnecessário o aquecimento da formulação para mistura dos componentes da mesma. É, portanto, um objeto da presente invenção uma composição compreendendo: a) fase aquosa compreendendo: - de 30 - 40% de antígeno, preferencialmente 40%, mais preferencialmente Vírus Inativado 01 Campos, A24 Cruzeiro e C3 Indaial; - de 0 a 10% de veículo aquoso, mais preferencialmente, solução salina; - de 0 a 1% de adjuvante, preferencialmente 1%, mais preferencialmente saponina; b) fase oleosa compreendendo: - de 50% a 70% de veículo oleoso, preferencialmente 60%, mais preferencialmente óleo mineral; - de 0,01% a 20% de tensoativo polimérico, preferencialmente 1 a 3%, mais preferencialmente tensoativo polimérico derivado de Dimethicone. É também um objeto da presente invenção um processo de produção da formulação compreendendo a etapa de misturar os elementos da fase aquosa (A) compreendendo: - de 30 - 40% de antígeno, preferencialmente 40%, mais preferencialmente Vírus Inativado 01 Campos, A24 Cruzeiro e C3 Indaial; - de 0 a 10% de veículo aquoso, mais preferencialmente, solução salina; - de 0 a 1% de adjuvante, preferencialmente 1%, mais preferencialmente saponina; com os elementos da fase oleosa (B) compreendendo: - de 50% a 70% de veículo oleoso, preferencialmente 60%, mais preferencialmente óleo mineral; - de 0,01% a 20% de tensoativo polimérico, preferencialmente 1 a 3%, mais preferencialmente tensoativo polimérico derivado de Dimethicone; durante cerca de 20 minutos (escala laboratorial) a 12 horas (escala industrial) em baixas temperaturas, preferencialmente temperatura de 2 - 8°C.
Estes e outros objetos da invenção serão imediatamente valorizados pelos versados na arte e pelas empresas com interesses no segmento, e serão descritos em detalhes suficientes para sua reprodução na descrição a seguir.
Breve Descrição das Figuras Figura 1: Estrutura básica derivados de Dimethicone.
Figura 2: Media das reações locais das formulações 1 ((♦) - estado da técnica), 2 ((■) - estado da técnica) e 3 ((A) - exemplo de formulação da presente invenção), descritas a seguir no relatório descritivo.
Figura 3: Média de reações locais comparando a Formulação 3 da presente invenção em escala de 1000 litros com a vacina industrial.
Figura 4: Resultados testes oficiais de potência em EPP (Expectativa de Proteção Percentual) comparando a Formulação 3, da presente invenção, em escala de 1000 litros com a vacina industrial.
Descrição Detalhada da Invenção Os exemplos aqui mostrados têm o intuito somente de exemplificar uma das inúmeras maneiras de se realizar a invenção, contudo, sem limitar o escopo da mesma.
Exemplo 1. Realização Preferencial Em uma realização preferencial, as formulações feitas nessa presente invenção consistem de duas fases a fase aquosa e a fase oleosa. A fase aquosa é composta de: - 30 - 40% de Antígeno; - Ο - 10% de veículo aquoso; - 0 % -1 % de adjuvante.
Em uma realização preferencial, os antígenos utilizados na presente invenção são Vírus Inativado 01 Campos, A24 Cruzeiro e C3 Indaial, entretanto outros antígenos podem ser utilizados.
Em uma realização preferencial, o veículo aquoso da presente invenção é solução salina, entretanto outros veículos aquosos conhecidos do estado da técnica poderão ser utilizados na presente invenção.
Em uma realização preferencial, o adjuvante utilizado na presente invenção é saponina, entretanto outros adjuvantes conhecidos do estado da técnica também podem ser utilizados. A fase oleosa foi composta de tensoativos diferentes, dependendo da formulação, que serão descritas abaixo: - 50 - 70% de veículo oleoso; - 0,01 - 20% de tensoativo.
Em uma realização preferencial, o veículo oleoso é óleo mineral, entretanto outros veículos oleosos poderão ser utilizados.
Em uma realização preferencial, o tensoativo utilizado na presente invenção é escolhido do grupo que compreende (polimérico derivado de Dimethicone, monooleato de sorbitano, monooleato de sorbitano etoxilado, montanide ISA 70, mas não se restringindo aos mesmos, sendo que outros tensoativos conhecidos do estado da técnica podem ser utilizados. FORMULAÇÃO 1 Emulsão padrão hoje utilizada para a vacina contra febre aftosa, composta de Montanide ISA 70, na proporção de 30% de água em 70% de óleo.
Modo de preparo: A fase aquosa deve ser misturada na fase oleosa, lentamente por 5 minutos, originando uma pré mistura que deve ficar sob agitação por no mínimo 20 minutos. Em seguida essa pré mistura deve passa por um homogenizador de alta velocidade tipo Silverson “in line” por no mínimo 3 passagens a uma velocidade de 9000 RPM.
Após a homogenização a viscosidade dessa emulsão em particular deve ficar em tomo de 50 a 70 Cps, (viscosidade medida com viscosímetro SV-10 Vibro-viscometer-Malvern), com um tamanho de partícula de < 1 pc (realizada com um contador de partículas Zetasizer Nano S90® (Malvern)). FORMULAÇÃO 2 Emulsão tradicional que utiliza uma mistura de óleo mineral, monooleato de sorbitano (Agente biodegradável sulfactante baseado em ácidos graxos - óleo oléico e açúcares como sorbitol álcool aonde combinados são classificados de Ester de sorbitol) mais monooleato de sorbitano etoxiiado em proporções 40% de água e 60% de óleo mais tensoativos.
Modo de preparo: A fase aquosa deve ser misturada na fase oleosa, lentamente por 5 minutos, formando uma pré mistura que deve ser mantida sob agitação por no mínimo 20 minutos. Em seguida essa pré mistura deve passar por um homogenizador de alta velocidade, tipo Silverson “in line” por no mínimo 3 passagens a uma velocidade de 9000 RPM.
Após a homogenização a viscosidade dessa emulsão em particular deve ficar em torno de 100 a 150 Cps (viscosidade medida com viscosímetro SV-10 Vibro-viscometer - Malvern), com uma tamanho de partícula < 1 pc (realizada com um contador de partículas Zetasizer Nano S90® (Malvern)). FORMULAÇÃO 3 Exemplo de formulação da presente invenção que utiliza uma mistura de óleo mineral mais 1% de derivados da Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicona como agente emulsificante na proporção de 40% de água com 60% de óleo mais tensoativo Modo de preparo: A fase aquosa deve ser misturada na fase oleosa, lentamente por 5 minutos, formando uma pré mistura que deve ser mantida sob agitação por no mínimo 20 minutos. Em seguida essa pré mistura deve passar por um homogenizador de alta velocidade, tipo Silverson “in line” por no mínimo 3 passagens a uma velocidade de 9000 RPM.
Após a homogenização a viscosidade dessa emulsão em particular deve ficar em torno de 20 a 50 Cps (viscosidade medida com viscosímetro SV-10 Vibro-viscometer - Malvern), com um tamanho de partícula de < 1 pc (realizada com um contador de partículas Zetasizer Nano S90® (Malvern)).
No cenário atual para vacinas, especialmente para vacinas contra FA, o maior desafio é o desenvolvimento de uma formulação que consiga associar baixa viscosidade, estabilidade físico-química, prolongada duração de imunidade e pouca reação local. Visando atender esses requisitos foi desenvolvido uma série de emulsões A/O mantendo-se a fase aquosa com antígeno altamente purificado, variando a fase oleosa composta basicamente de veículo lipofílico e agentes emulsificantes diversos. A presente invenção tem como umas das novidades novidade o uso de um agente emulsificante sintético derivado da Dimeticona que pode ser usado para emulsões A/O e emulsões duplas A/O/A. Tem também a propriedade de se homogeneizar entre os demais componentes da fase oleosa a frio, ou seja, sem o risco de alterar ou degradar nenhum composto da emulsão. Com isso vacinas como a contra FA, entre outras com princípio ativo termicamente sensível, podem ser utilizadas sem a possibilidade de degradação do antígeno. Dimethicone também chamada de polidimetisiloxane (PDMS) pertence ao grupo de polímeros de organosilicatos comumente referidos como silicones. São comumente usados como silicones orgânicos baseados em polímeros orgânicos particularmente conhecidos por suas capacidades reológicas. A fórmula desse composto é descrita como Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicone (nome comercial ABIL EM 90) com balanço hidrofilico/lipofilico (BHL) de 5.0, semelhante aos tensoativos previamente descritos. Sendo o mesmo um agente emulsificante não iônico extremamente estável devido a sua estrutura polimérica e polifuncional. A fórmula geral do composto com sua estrutura está exemplificada abaixo, na figura 1 onde: - O grupo A é um polieter, que se refere a polímeros que contém um grupo funcional de éter na sua cadeia principal. - O grupo B é um grupo estrutural de siloxano composto por R2SiO, aonde R é um átomo de hidrogênio ou um grupo de carbono que pertence a classe dos silicones orgânicos. Podem ser cadeias ramificadas ou não, com estrutura que pode variar de acordo com os átomos de oxigênio - Si-O-Si-O conectados com uma ligação o, e uma cadeia lateral R anexada ao átomo de silicone. - O grupo C é um grupo de Alkyl geralmente abreviado com um símbolo R que é um grupo funcional ou de cadeia lateral que consiste de carbonos combinados unicamente e átomos de hidrogênio.
As emulsões A/O de acordo com a invenção utilizam uma variação deste agente emulsificante entre 0,01-20,00%, preferencialmente uma faixa entre 1 a 3% sendo suficiente para uma emulsão estável.
Para vacinas baseadas em micro-organismos vivos, atenuados, inativados, intactos, subunidades, recombinantes, os adjuvantes podem ser utilizados para aumentar as respostas imunes. O material antigênico pode ser misturado ao adjuvante que pode estar na fase aquosa ou na fase oleosa da emulsão e estes podem ser também utilizados como veículos para agentes terapêuticos, especialmente os hidrossolúveis, ou outros ingredientes ativos solúveis. Assim, desencadeia respostas imunes ou respostas farmacológicas.
Nos exemplos abaixo, para ilustrar a presente invenção comparamos duas formulações amplamente conhecidas para vacinas contra febre aftosa com a proposta inovação. A idéia é de mostrar os benefícios da invenção quando comparados com formulações mais largamente utilizadas.
EXEMPLOS sintética etoxilados; derivados do álcool polivinílico; alcoóis de lanolina etoxilados; poloxâmeros; polietilenoglicóis etoxilados; alcoóis e seus condensados (éster e éter) etoxilados, propoxilados, sulfatados, fosfatados e carbonatados, derivados de amina e amida; derivados de aminoácidos; alquilglicosídeo, lecitina, ____________________________________________________________colesterol;________ TESTES CLÍNICOS FORM 1: emulsão A/O padrão composta de Montanide ISA 70; FORM 2: emulsão A/O composta da mistura de óleo mineral, monooleato de sorbitano e monooleato de sorbitan etoxilado; FORM 3 (invenção): emulsão A/O contendo agente derivado do Dimethicone. Para avaliação da invenção, os testes clínicos em animais seguiram a Instrução Normativa n°50 do MAPA (controle de qualidade da vacina contra Febre Aftosa, incluindo testes de tolerância (Alt 16), potência (Art. 17 e 18) e estabilidade da emulsão (Art. 23). O total de 162 animais, bovinos de 18 a 24 meses de idade, sem anticorpos contra FA, foi dividido em 3 grupos experimentais, com 54 animais cada um. Os animais foram vacinados pela via subcutânea com as formulações descritas como FORM 1, FORM 2 e FORM 3 acima. Nas formulações foi utilizando antígeno comercial da vacina contra FA, inócuo (vírus 01 Campos, C3 Indaial e A24 Cruzeiro). O sangue dos animais foi coletado no dia zero (momento prévio a aplicação da vacina) e após 28 dias da vacinação (T=0 e T=28), para avaliação da potência com o kit ELISA-CFL (Competição em Fase Líquida) fabricado pelo PANAFTOSA. Também foi avaliado o tamanho da reação local (medida do diâmetro da reação) em cada animal individualmente e a média foi comparada entre as 3 formulações testadas.
Devido às exigências regulatórias foi avaliada a presença de proteínas não estruturais (PNE). Nesse teste, 18 animais são previamente selecionados, para ausência total de proteínas não estruturais (no TO) com ELISA 3ABC, comercializado pelo PANAFTOSA aonde os mesmos não podem apresentar reações para PNE. Após essa seleção os animais são vacinados e re-vacinados 28 dias após a primeira vacinação (T28). Após 28 dias de re-vacinação (T56) são coletadas amostras e testadas para PNE com dois testes: ELISA 3 ABC (nome dado as proteínas não estruturais 3 A, 3 B e 3C) e um teste confirmatório chamado Imunoeletrotransferência (EITB).
Resultados do teste de potência: A vacina conforme formulação da presente invenção demonstrou resultados de potência dentro da faixa de proteção esperada (EPP = expectativa percentual de proteção).
Tabela 2: Média de potência (EPP) aos 28 dias após vacinação.
Resultado dos testes de proteínas não estruturais Nenhum animal foi considerado positivo para ambos os testes.
Resultado do teste de reação local: Conforme demonstrado na Figura 2, houve uma redução de aproximadamente 86% dos edemas nos animais que foram vacinados com a nova formulação.
ESTUDO DE ESTABILIDADE DAS FORMULAÇÕES
Segundo legislação do MAPA (Instrução Normativa n°50) todas as vacinas devem ser testadas quanto a estabilidade de suas emulsões (sem separação de fases) nas condições 2 a 8 °C por no mínimo 30 dias e 37°C por 15 dias. Além disso, durante o estudo, não pode ser visualizado gotículas ou bolhas no fundo do frasco.
Os resultados do estudo de estabilidade estão apresentados na Tabela 3.
No intuito de averiguar a robustez da invenção o teste de estabilidade foi estendido por 68 dias.
Tabela 3: Estabilidade das emulsões testadas: Para comprovação de que o escalonamento da presente patente é efetivo foi realizada uma partida de 1000 litros utilizando-se os equipamentos da produção e o sistema de produção e a mesma foi comprada com uma vacina industrial com volume de produção completo de aproximadamente 13000 litros. As formulações foram então submetidas aos testes oficiais com o mesmo numero de animais e comparados.
Os resultados estão presentes abaixo: Tabela 4- Média de reações locais comparando a Formulação 3 da presente invenção em escala de 1000 litros com a vacina industrial.
Tabela 5 - Resultados testes oficiais de potência em EPP (Expectativa de Proteção Percentual) comparando a Formulação 3, da presente invenção, em escala de 1000 litros com a vacina industrial.
Dessa forma, tem-se na presente invenção uma formulação nova e inventiva da qual conclui-se que: - as reações locais destas formulações quando comparadas com as formulações conhecidas (tensoativos baseado em ácidos graxos, óleo oléico e açúcares além de produtos comerciais como Montanide ISA 70) foram muito menores, o que leva a uma diminuição nas perdas de animais de produção; - com relação à potência, quando comparado com outros agentes emulsificantes teve o mesmo desempenho no campo, o que valida este produto como agente emulsificante com efeito adjuvante alternativo, tanto em escala de bancada como em escala semi-industrial em grandes volumes; - a formulação proposta quando utilizada com os mesmo equipamentos e condições da produção demonstra-se aplicável em larga escala e factível mesmo com os equipamentos e condições da produção. - a formulação proposta demonstra-se nova, aplicável industrialmente, solucionando vários desafios surgidos desde a primeira formulação da vacina contra febre aftosa e potencialmente para outros antígenos que venham a utilizar emulsões água em óleo em suas formulações.
Os versados na arte valorizarão os conhecimentos aqui apresentados e poderão reproduzir a invenção nas modalidades apresentadas e em outros variantes, abrangidos no escopo das reivindicações anexas.
Reivindicações

Claims (8)

1. Formulação farmacêutica caracterizada por compreender: a) fase aquosa contendo: - de 30 - 40% de antígenos oriundos do vírus causador da febre aftosa gênero Aphtovirus: - de 0 a 10% de veículo aquoso; - de 0 a 1% de adjuvante saponina; b) fase oleosa contendo: - de 50% a 70% de veículo oleoso; - de 0,01% a 20% de tensoativo polimérico derivado de dimetícona.
2. Formulação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender antígeno escolhido do grupo que compreende Vírus Inativado G1 Campos, A24 Cruzeiro, C3 Indaial.
3. Formulação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender óleo mineral como veículo oleoso.
4. Formulação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender 1 a 3% de tensoativo polimérico derivado de dimetícona.
5. Processo de produção da formulação definida nas reivindicações 1 a 4, caracterizado por compreender a etapa de misturar os elementos da fase aquosa (A) compreendendo: - de 30 - 40% de antígenos oriundos do vírus causador da febre aftosa gênero Aphtovirus; - de 0 a 10% de veículo aquoso; - de 0 a 1% de adjuvante saponina; com os elementos da fase oleosa (B) compreendendo: - de 50% a 70% de veículo oleoso; - de 0,01 % a 20% de tensoativo polimérico derivado de dimeticona.
6. Processo de produção da formulação, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por compreender a mistura dos elementos de A com os elementos de B durante cerca de 20 minutos a 12 horas em baixas temperaturas.
7.
Processo de produção da formulação, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por compreender a mistura dos elementos de A com os elementos de B em temperatura de 2 - 8°C.
BR102012026503A 2012-10-16 2012-10-16 formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas BR102012026503B1 (pt)

Priority Applications (4)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BR102012026503A BR102012026503B1 (pt) 2012-10-16 2012-10-16 formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas
ARP130103677A AR092969A1 (es) 2012-10-16 2013-10-10 Formulaciones farmaceuticas y proceso de produccion de formulaciones farmaceuticas
UY0001035077A UY35077A (es) 2012-10-16 2013-10-11 Formulaciones farmacéuticas y proceso de producción de formulaciones farmacéuticas
CO13245309A CO6930059A1 (es) 2012-10-16 2013-10-16 Formulaciones farmacéuticas y proceso de producción de formulaciones farmacéuticas

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BR102012026503A BR102012026503B1 (pt) 2012-10-16 2012-10-16 formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR102012026503A2 BR102012026503A2 (pt) 2014-06-17
BR102012026503B1 true BR102012026503B1 (pt) 2016-08-09

Family

ID=50548912

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR102012026503A BR102012026503B1 (pt) 2012-10-16 2012-10-16 formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas

Country Status (4)

Country Link
AR (1) AR092969A1 (pt)
BR (1) BR102012026503B1 (pt)
CO (1) CO6930059A1 (pt)
UY (1) UY35077A (pt)

Families Citing this family (1)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
BR102021012953A2 (pt) 2021-06-29 2023-01-10 Fabp Biotech Desenvolvimento Em Biotecnologia Ltda. Composição de vacina veterinária contra helmintos, método para tratamento e prevenção de infecção causada por helmintos e uso

Also Published As

Publication number Publication date
AR092969A1 (es) 2015-05-06
BR102012026503A2 (pt) 2014-06-17
CO6930059A1 (es) 2014-04-28
UY35077A (es) 2014-05-30

Similar Documents

Publication Publication Date Title
ES2600929T3 (es) Nuevas formulaciones de vacuna que comprenden adyuvantes que contienen saponina
JP5093902B2 (ja) 新規なワクチン製剤
AU2006268466B2 (en) Thermoreversible immuno-adjuvant emulsion
ES2307053T3 (es) Formulaciones de vacuna que comprenden una emulsion de aceite en agua.
TW410158B (en) Oil adjuvant vaccine and method for preparing same
ES2331058T3 (es) Emulsiones de agua en aceite inyectables.
BR112012013426B1 (pt) Métodos para a fabricação de uma emulsão de óleo-em-água, para preparar uma composição de vacina e para preparar um kit de vacina
ES2906854T3 (es) Vacuna combinada para cerdos
JPH04506521A (ja) 代謝可能な油を含有する液体ワクチンおよび活性成分担体
JP2007531790A (ja) マイクロ流動化された水中油型乳剤及びワクチン組成物
JP2023145596A (ja) レプリコン粒子および油性アジュバントによるワクチン接種
ES2227651T3 (es) Composiciones vacunales que comprenden inmunogenos inactivados y el virus vivo de la anemia aviar.
BR102012026503B1 (pt) formulações farmacêuticas e processo de produção de formulações farmacêuticas
CN106692966B (zh) 动物疫苗用佐剂及其制备方法和应用
Süli et al. Experimental squalene adjuvant: I. Preparation and testing of its effectiveness
US20150086587A1 (en) Vaccine adjuvant
CN114364398A (zh) 用于皮内施用的联合疫苗
JP2003128578A (ja) 動物用多価オイルアジュバントワクチン
RU2805210C2 (ru) Стабильные эмульсии бактериальных антигенов
Kazemi et al. Preparation and characterization of nanoliposome containing isolated vp1 protein of foot and mouth disease virus as a model of vaccine
WO2023118553A1 (en) Stable emulsions of antigens
JP4987725B2 (ja) ワクチンに有用な新規医薬組成物及びその調製方法
CN114177284A (zh) 一种兽用疫苗的自乳化型佐剂、制备方法及应用
Zhang et al. Development and efficacy evaluation of a novel water-in-oil-in-water adjuvant for an inactivated foot-and-mouth disease vaccine
WO2023056089A1 (en) Immunological adjuvant formulations comprising tlr4 agonist e6020

Legal Events

Date Code Title Description
B03A Publication of a patent application or of a certificate of addition of invention [chapter 3.1 patent gazette]
B25A Requested transfer of rights approved

Owner name: OURO FINO SAUDE ANIMAL PARTICIPACOES S.A. (BR/SP)

B65X Notification of requirement for priority examination of patent application
B65Y Grant of priority examination of the patent application (request complies with dec. 132/06 of 20061117)
B06A Patent application procedure suspended [chapter 6.1 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted [chapter 16.1 patent gazette]

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 16/10/2012, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS.

B15K Others concerning applications: alteration of classification

Ipc: A61K 39/135 (2006.01), A61K 9/107 (2006.01), C08G