BR102012004645A2 - Aparelho, processo e sistema de medição de audiência - Google Patents

Abstract

A PRESENTE INVENÇÃO REFERE-SE A UM APARELHO DE MEDIÇÃO DE AUDIÊNCIA (100) ASSOCIÁVEL A UM TELEVISOR (200) DOTADO DE UMA TELA (4) QUE EXIBE PELO MENOS UMA INFORMAÇÃO OSD (ON SCREEN DISPLAY) REFERNTE AO CANAL SINTONIZADO, CARACTERIZADO PELO FATO DE QUE COMPREENDE PELO MENOS UMA CÂMERA (1) CONFIGURADA PARA REGISTRAR PELO MENOS UMA IMAGEM (8) DE PELO MENOS PARTE DA ÁREA DA TELA (4) DO TELEVISOR (200), ONDE É EXIBIDA A INFORMAÇÃO OSD (ON SCREEN DISPLAY) E MEIOS PARA PROCESSAR A IMAGEM (8) E DETECTAR O CANAL SINTONIZADO. ALÉM DO APARELHO DE MEDIÇÃO DE AUDIÊNCIA (100), NESTE RELATÓRIO TAMBÉM SÃO REVELADOS UM PROCESSO E UM SISTEMA DE MEDIÇÃO DE AUDIÊNCIA.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "APARELHO, PROCESSO E SISTEMA DE MEDIÇÃO DE AUDIÊNCIA".

A presente invenção refere-se um sistema de medição de audi- ência de televisores, sendo esse sistema capacitado para a medição da au- diência de um televisor através de uma câmera que se projeta em direção à tela do televisor e consegue captar informações de audiência exibidas na tela.

Descrição do estado da técnica

Existe um interesse comercial envolvido na medição de audiên- cia de televisores em geral. Este interesse se dá, sobretudo, em razão da necessidade de se quantificar e determinar qual o público alvo que assiste a um dado conteúdo televisionado em um determinado momento.

Essa informação pode ser útil para publicitários, produtores, uma emissora de TV concorrente à emissora de TV que transmite a referida pro- gramação, entre outros interessados que fazem uso desses dados para to- mar decisões importantes em suas respectivas áreas de atuação.

Para o início da medição da audiência de um dado televisor, é necessário algum mecanismo que detecte uma mudança no canal assistido (ou seja, uma mudança no estado de sintonia). Quando o novo canal é sin- tonizado, é gerada uma informação de audiência. Assim, a cada mudança de canal uma nova informação deve ser gerada, a fim de que se acompanhe o que um dado espectador assistiu.

Alguns métodos conhecidos para a detecção de mudança de canal são (i) posição angular do seletor dos antigos televisores, (ii) a fre- quência do oscilador local, (iii) a tensão de sintonia, (iv) a sintonia dos televi- sores analógicos, (ν) o monitoramento do display do canal via mostrador LED ou Vávula Eletroluminescente, (vi) o monitoramento do display do canal na tela do tubo de imagem, (vii) o monitoramento de sintonizador de TV a cabo, e (viii) o monitoramento do display do canal na tela do televisor. A in- formação sobre o canal sintonizado é então registrada por um equipamento de medição de audiência.

Existe ainda uma técnica específica para o reconhecimento do canal sintonizado pelo televisor pela pesquisa das características existentes no stream de vídeo fornecido ao televisor pelo aparelho set-top-box sintoni- zador de canais a cabo, via satélite ou via transmissão terrestre, conhecido vulgarmente por 'channel grabber Nessa técnica, os quadros (conhecidos como frames pelos téc-

nicos no assunto) que compõem a imagem de um programa de televisão são capturados através de uma placa de captura de vídeo com sinais recebidos nos formatos PAL-M, PAL-N, NTSC ou SECAM, e entrega as imagens digi- talizadas em formato RGB com 8 (oito) bits de quantização com 25 ou 30 fps (vinte e cinco ou trinta quadros por segundo). Somente os dados "liquídos" de cada quadro são recebidos, portanto, não recebendo sinais de sincronis- mo e VBI.

O sistema de reconhecimento é baseado na verificação de se- melhança entre imagens contidas em um banco de dados e imagens pré- processadas. Toda a pesquisa de padrões trabalha com imagens em tons de cinza ou binária, dependendo do scrípt gravado. As informações de cor são utilizadas em alguns filtros para binarização das imagens processadas. Exis- tem diversas funções para fazer uso de boxes (áreas da imagem) que anali- sam partes da imagem capturada, com isso o desempenho é melhorado e cada aplicação é gerada dependendo da sua necessidade, pois cada set- top-box tem uma funcionalidade diferente, com informações dispostas em lugares diferentes da imagem, as cores das mais diversas cores possíveis e os caracteres exibidos não obedecendo às mesmas fontes (entenda-se fonte como tipo de letra).

É provido ainda um sistema de filtragem das imagens em tons

de cinza efetuadas pré-análise de semelhança para eliminar a variação de intensidade existente em fundos escuros. A mesma filtragem é feita ao ban- co de dados antes de sua gravação.

A pesquisa por caractere é exaustiva (caractere a caractere, pi- xel a pixel), com o critério de correlação para imagens em tons de cinza e verificação de igualdade pixel a pixel com imagens binárias.

O uso da técnica channel grabber com captura de imagens por sinal elétrico faz com que a aplicação tenha um ambiente mais controlado, livre de variações abruptas de iluminação, o que se constitui em um aspecto vantajoso. Além do mais, a criação de funções e parâmetros configuráveis mantendo o funcionamento do sensor baseado em um script, dá versatilida- de ao sensor, pois não é necessária a geração de versões de software para cada novo set-top-box criado pela indústria.

De outro lado, uma desvantagem considerável dessa técnica re- side no fato de que, em instalações nas quais os sintonizadores de televisão digital estão incorporados ao televisor, sem o uso de nenhum tipo de apare- Iho set-top-box, ela não pode ser utilizada. Esta dificuldade tornar-se-á maior com o aumento da penetração em massa de televisores com tecnologia digi- tal de sintonia de canais abertas em alta definição.

Os métodos acima mencionados são utilizados dependendo da condição dos televisores a serem monitorados. De qualquer forma, uma vez tendo a informação sobre o canal sintonizado, o equipamento de medição de audiência pode contabilizar e enviar essas informações às partes interessa- das em tempo real, ou armazenar esses dados e, só após um tempo pro- gramado, transmiti-los.

No tocante aos televisores, como regra geral, os modelos dispo- níveis no mercado atualmente estão divididos em: televisores interativos (que ainda são minoria) e televisores não interativos (a vasta maioria dos aparelhos). A audiência dos televisores interativos é geralmente medida a- través de uma tecnologia denominada "sistema de medição à distância" en- quanto que, na medição da audiência dos televisores não interativos (i.e. os televisores convencionais) são utilizados métodos descritos anteriormente dependendo do modelo de televisor e instalação.

Como exemplo de um aparelho para medição de audiência pode ser citado o aparelho descrito no documento US2008/0155583, denominado UNITAM system. Este aparelho possui diversas entradas para conexões com um aparelho de televisão e com os aparelhos conectados a ela. Através dessas conexões o aparelho coleta informações transmitidas à televisão e gera assinaturas de áudio para cada fonte de informação registrada. Uma vantagem dos aparelhos set-top-box é que eles podem ser associados a televisores convencionais, desprovidos de meios de comunica- ção interativa ou digital, por exemplo. Entretanto, os ditos set-top-boxes in- terferem diretamente nos meios de comunicação do televisor, e, por isso, podem aumentar os custos de instalação do aparelho ou comprometer os sistemas de comunicação conectados ao televisor.

Há uma metodologia mais moderna, que configura um sistema de medição à distância, caracterizado por não fazer uso de um aparelho di- retamente conectado a um televisor específico para a aferição de audiência. Um exemplo deste tipo de técnica é revelado pelo documento US 2002/0087969, cujo titular é a empresa IBM.

Este documento revela um método e um programa para medição de audiência de televisores interativos através de um sistema de hyperlinks, introduzidos em meio à programação pela própria rede transmissora. O sis- tema apresenta diversas funções, como monitorar temas e textos específi- cos acessados pelo usuário. Os hyperlinks podem ser vinculados a diversos temas diferentes como objetos, cenários e atores, podendo assumir diferen- tes formas conforme o interesse da rede transmissora.

O sistema de hyperlinks desta técnica anterior apresenta a van- tagem de não interferir diretamente nos meios de comunicação do aparelho de televisão. Isto é, o referido sistema não precisa estar plugado aos disposi- tivos internos do aparelho de televisão ou aos seus meios de comunicação (como o cabo de uma antena ou de uma TV por assinatura) para que cum- pra sua função de medição de audiência. Esta característica agrega bastan- te valor a esta tecnologia, pois ela não requer serviços de instalação nem aumenta os custos da medição com a produção de um aparelho individual para cada televisor monitorado.

Como desvantagem do sistema de medição à distância, ele não é capaz de se associar a televisores desprovidos de sistemas comunicação interativa, tal como os televisores analógicos convencionais.

Até o presente momento, o estado da técnica não engloba ne- nhum aparelho ou sistema que não interfira diretamente nos meios de co- municação do aparelho de TV, não seja invasivo e seja capaz registrar a audiência de televisores fazendo o uso apenas das imagens transmitidas pela tela do televisor.

Da mesma forma, é de se concluir também que o estado da téc- nica não engloba um aparelho ou sistema de medição de audiência capaz de medir a audiência de qualquer tipo de televisor, independentemente da tecnologia utilizada pelo aparelho de TV, a partir da captura de imagens exi- bidas na tela do televisor.

Objetivos da invenção A presente invenção tem por objetivo a provisão de um aparelho

e um sistema de medição de audiência de pelo menos um televisor que não interfere diretamente nos meios de comunicação do aparelho de televisão, executando a medição por meio da captura de imagens provenientes dire- tamente da tela do televisor. Ainda, a presente invenção tem por objetivo um processo de

medição de audiência de pelo menos um televisor a partir da captura de i- magens provenientes diretamente da tela do televisor.

Breve descrição da invenção

Os objetivos da presente invenção são alcançados por um apa- relho de medição de audiência associável a um televisor dotado de uma tela que exibe pelo menos uma informação OSD (on screen display - é uma i- magem imposta pelo televisor com a tarefa de informar o usuário) referente ao canal sintonizado, onde o aparelho compreende pelo menos uma câmera configurada para registrar pelo menos uma imagem de pelo menos parte da área da tela do televisor, onde é exibida a informação OSD (on screen dis- play) e meios para processar a imagem e detectar o canal sintonizado.

Também, os objetivos da presente invenção são alcançados por sistema de medição de audiência que compreende pelo menos um aparelho de medição de audiência tal e qual definido no parágrafo anterior, associado a pelo menos um televisor, o aparelho possuindo capacidade computacional, pelo menos um software e pelo menos uma conexão a qualquer meio para transmissão das informações de audiência. Por fim, os objetivos da presente invenção são alcançados por um processo de medição de audiência que utiliza pelo menos um aparelho de medição de audiência dotado de pelo menos uma câmera tal e qual defi- nido dois parágrafos acima, compreendendo as seguintes etapas, nas quais: Etapa (i): o aparelho é acionado quando um espectador liga o te-

levisor ou troca de canal;

Etapa (ii): a câmera captura uma imagem exibida em pelo me- nos parte da tela do televisor;

Etapa (iii): o aparelho cronometra um tempo específico para de- terminar se o canal relacionado à imagem está efetivamente sendo assistido pelo telespectador ou se corresponde apenas a um canal intermediário; e

Etapa (iv): o aparelho processa a imagem identificando a qual canal ela pertence.

Descrição resumida dos desenhos A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descri-

ta com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram:

Figura 1 - é uma primeira vista em perspectiva esquemática do aparelho de medição de audiência da presente invenção. Figura 2 - é uma segunda vista em perspectiva esquemática do

aparelho de medição de audiência da presente invenção.

Figura 3 - é uma vista frontal do aparelho de medição de audiên- cia em operação, posicionado sobre um televisor, formando o sistema de medição de audiência objeto da presente invenção. Figura 4 - é uma vista em perspectiva do aparelho de medição

de audiência em operação, posicionado sobre um televisor, formando o sis- tema de medição de audiência objeto da presente invenção.

Figura 5 - é uma vista do aparelho de medição de audiência ob- jeto da presente invenção, evidenciando uma projeção externa que compre- ende em sua face inferior uma câmera para captura de imagens de audiên- cia.

Figura 6 - é uma vista lateral da projeção externa do aparelho de medição objeto da presente invenção em uma primeira configuração possí- vel.

Figura 7 - é uma vista lateral da projeção externa do aparelho de medição objeto da presente invenção em uma primeira configuração possí- vel.

Figura 8 - é uma vista do sistema de medição de audiência obje- to da presente invenção no instante em que o aparelho de medição captura uma imagem de audiência na tela do televisor.

Figura 9 - é uma vista da imagem capturada pela câmera do a - parelho de medição objeto da presente invenção, depois da correção com- putacional para corrigir a distorção de perspectiva.

Descrição detalhada das figuras

A presente invenção diz respeito a um aparelho de medição de audiência 100, mais particularmente um aparelho de medição de audiência 100 de televisores 200. Esse aparelho forma, juntamente com outros com- ponentes que será descritos mais adiante, um sistema de medição de audi- ência novo e inovador, o qual por sua vez opera um método de medição de audiência idem. O aparelho, o sistema e o processo de medição de audiên- cia estão incluídos no escopo de proteção das reivindicações apensas. O aparelho de medição de audiência 100 da presente invenção

é o elemento responsável elas inovações da presente invenção, já que apre- senta uma constituição inovadora.

Conceitualmente falando, o aparelho de medição de audiência 100 é constituído como um set-top-box, ou seja, um aparelho eletrônico do- tado de uma caixa de proteção 7, configurado para ser posicionado adjacen- temente a um televisor 200 qualquer, o que viabiliza a medição de audiência. Preferivelmente, mas de modo não obrigatório, o aparelho 100 é posicionado sobre a superfície superior do televisor 200.

Entretanto, diferentemente da maioria dos registradores de audi- ência convencionais o aparelho de medição de audiência 100 objeto da pre- sente invenção é um sistema não invasivo de detecção de audiência que lança mão de uma pequena câmera 1 para capturar imagens 8 exibidas na tela 4 do televisor 200 e, a partir daí, indicar o canal ou a programação assis- tida.

A presente invenção se aplica a todo televisor, independente de marca modelo ou tamanho, que utiliza a tela como forma de mostrar o núme- ro do canal sintonizado e volume utilizado, dentre outras informações deno- minadas como OSD (on screen display).

Embora isso seja uma regra geral, a maneira como a informação sobre o canal sintonizado é disponibilizada na tela (posição, tamanho, tipo e cor de letra, etc. não obedece a nenhuma regra preestabelecida. Além de disponibilizar as informações do número do canal, al-

guns equipamentos também informam o nome da emissora sintonizada, ho- rário corrente, informações sobre o programa em veiculação, grade da emis- sora, etc. Isto é possível quando essas informações são recebidas pelo sinal da antena, dependendo do sistema analógico ou digital que está sendo sin- tonizado (PAL-N, NTSC, ISDB-T, etc.).

A função precípua da câmera 1 é coletar imagens 8 exibidas na tela 4 do aludido televisor 200 para, por meio das imagens capturadas, de- terminar o(s) canal(is) assistido(s) por um determinado telespectador sem que para isso sejam utilizados sistemas ou métodos de detecção invasiva no televisor 200, sem tampouco interceptar os sinais elétricos correspondentes à programação antes que ela chegue ao televisor 200 (sinais de TV a cabo, por exemplo).

A regra que todo televisor disponibiliza esta informação também se aplica ao fato do televisor não disponibilizar esta informação via saída de vídeo independentemente se a mesma é analógica (saídas AV) ou digital (saída HDMI/DVI).

Assim, como detecta o canal sintonizado a partir de imagens e- xibidas na tela do televisor, o aparelho de medição de audiência 100 objeto da presente invenção simula o olho humano, visualizando a informação for- necida na tela ao invés de capturá-la via saída do sinal de vídeo.

É importante mencionar que, assim como o cérebro humano ne- cessita do olho para efetuar a captura das imagens, na presente invenção a câmera 1 é responsável pela captura de imagens coloridas, controle do foco da imagem e compatibilidade com os mais diversos padrões de imagens.

Para o cérebro humano é necessária uma freqüência de amos- tragem mínima de 25 fps (vinte e cinco quadrosIframes por segundo), uma vez que com esta freqüência o ser humano consegue compor as várias foto- grafias que estão sendo capturadas e montar um vídeo. Quando se utiliza uma câmera de vídeo para captar as imagens e fornecê-las a um computa- dor, deve-se obedecer a mesma regra se a intenção é disponibilizar um ví- deo sem que haja perturbações, ("jitters"), para o cérebro humano. O sistema de medição de audiência objeto da presente invenção

não é tão rigoroso quanto o cérebro humano, pois, na realidade, o que é de- sejável são os registros de mudança de escopo, audiência, a fim de rastrear por completo tudo que foi disponibilizado ao telespectador pelo seu televisor.

É importante mencionar ainda que existem alguns complicado- res quando se quer instalar uma câmera em um domicílio com relação a i- númeras variedades físicas do ambiente: dimensões, móveis, disposição física dos móveis, anteparos entre a câmera e o televisor, etc.

A solução para contornar os problemas mecânicos relacionados à instalação de uma câmera em um ambiente tão variante é mudar-se o pon- to de visão da câmera, utilizando-se para isso o próprio televisor 200 como base, ou seja, com o próprio aparelho objetivo de sensoriamento servindo para anular as dificuldades mecânicas.

A figura 8 em especial ilustra o aparelho 100 dotado de câmera 1 instalado em um televisor de LCD convencional, na mesma figura observa- se a quantidade de informações que o sistema ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) disponibiliza aos usuários, tais como: núme- ro do canal sintonizado, horário, próxima programação, conteúdo do momen- to, etc.

Em uma primeira variação configurativa do aparelho 100, a câ- mera 1 tem a capacidade de capturar uma porção da tela necessitando en- tão que a instalação seja personalizada de televisor a televisor, uma vez que cada televisor faz o uso do seu OSD (on screen display) em um canto supe- rior da tela. É possível, entretanto, utilizar uma câmera com maior campo de visão, que consiga capturar imagens de toda a tela do televisor.

A câmera 1 do aparelho 100 é disposta na face inferior de uma projeção externa 2 sob um determinado grau de inclinação capaz de tornar possível a captura de imagens 8 da tela 4 do televisor 200.

Esta inclinação pode ser provida pela própria forma física da pro- jeção externa 2, tal como pode ser percebido pela figura 6 deste relatório. Nesta figura é possível perceber que a projeção externa 2 compreende uma primeira porção 2a e uma segunda porção 2b, sendo a primeira porção 2a associada ao aparelho 100 e a segunda porção 2b suspensa no ambiente externo ao aparelho 100 e inclinada em relação à primeira porção 2a (vide ângulo α na figura 6).

De modo preferível, a câmera 1 deve ser posicionada de tal for- ma que se verifique que o ângulo de captura de imagens (ângulo entre o plano da tela do televisor e o eixo ortogonal ao plano focai da câmera) esteja entre 30° e 60° (trinta e sessenta graus). Essa posição gera uma imagem final que é um produto do conteúdo exposto pelo televisor 200 (denominada imagem real). Assim, a imagem capturada pela câmera 1 é uma vista, em perspectiva, da imagem exposta na tela do televisor 200, mas permite a in- terpretação dos conteúdos do OSD (on screen display) que serão posterior- mente identificados.

É importante notar que a câmera 1 pode capturar reflexos que alteram os padrões de cores da imagem real (vide figura 9, que ilustra uma imagem OSD (on screen display) depois de capturada pela câmera 1 e cor- rígida por um processo computacional), o que pode acontecer dependendo do tipo de televisor e programação transmitida.

Evidentemente, a arquitetura geométrica do equipamento 100 pode variar livremente sem que a invenção resultante deixe de estar incluída no escopo de proteção das reivindicações apensas. Assim, em uma concretização possível, a projeção externa 2 po-

de apresentar meios que possibilitam o seu deslocamento em relação ao aparelho 100, tais como, por exemplo, parafusos 5 capazes de se deslocar por orifícios oblongos 6 definidos na primeira porção 2a da projeção externa 2 (vide figuras 5 e 6).

Em outra configuração alternativa, a referida inclinação da proje- ção externa 2 pode ser provida por um terceiro elemento 2c, cuja geometria de secção triangular permite a acomodação da câmera 1 em uma inclinação capaz de admitir a captura de imagens 8 da tela 4 do televisor 200 (vide figu- ra 7).

Ainda, a câmera 1 pode estar disposta na face frontal do apare- lho 100, o qual é configurado para ser posicionado com sua parte posterior se projetando em direção à tela 4 do televisor 200.

É possível ainda configurar o aparelho 100 de forma que a câ- mera 1 reste localizada frontal ou lateralmente posicionada, de forma que o aparelho 100 seja anterior ou lateral ao televisor 200, ou ainda qualquer ou- tra configuração necessária ou desejável. Na concretização preferível da presente invenção, a câmera 1

trabalha com imagens do quadrante superior direito do televisor 200, tal e qual ilustrado na figura 9. A partir daquela imagem, o aparelho deve identifi- car o canal assistido.

Quando o espectador assiste TV, na maioria do tempo as ima- gens capturadas não contêm nenhum número de canal, pois o mesmo é co- locado apenas em duas ocasiões (i) quando existe uma mudança de canal, ou (ii) pelo pedido do usuário ao televisor via controle remoto para por e- xemplo verificar que canal está assistindo (nesta segunda situação, entretan- to, não há mudança na audiência). O aparelho 100 tem meios computacionais (por exemplo, um mi-

croprocessador amparado por um software) para, a partir da imagem obtida pela câmera 1, "extrair" a informação sobre o canal sintonizado. Ou seja, ele é dotado de capacidade computacional e pelo menos um software capazes de interpretar as imagens 8 obtidas pela câmera 1 e enviar os dados resul- tantes da interpretação destas imagens 8 a uma central coletora de dados.

De modo preferível, a rotina de funcionamento do aparelho é programável, dando a liberdade de se obter um melhor desempenho nos diversos modelos de televisores existentes. Em alguns casos, existem diver- sas informações na tela que podem orientar a câmera 1 dizendo que um OSD (on screen display) válido está na tela, para isso, é possível definir á- reas de análise na imagem, onde cada área pode realizar uma tarefa.

Por exemplo, o aparelho 100 pode ser programado para que, to-

da vez que aparecer a expressão "próximo programa", leia o número do ca- nal que está acima desta referência.

Após serem capturadas pela câmera 1, as imagens sofrem pro- cessos de filtragem a fim de que seja possível a segmentação dos caracte- res dos demais elementos pertencentes ao background (fundo da imagem com o conteúdo da emissora, ou uma tela negra que normalmente é apre- sentada quando há uma troca de emissora). Existem várias informações re- levantes quanto à forma, cor, brilho, textura, etc., que são utilizadas no pro- cesso de filtragem e segmentação, posteriormente ao qual o usuário pode escolher dentre dois processos distintos de identificação de caracteres: tem- plate matching (verificação de semelhança através da análise dentre um banco de dados existente no aparelho) ou OCR (optical caracter recognition - processo de identificação de caracteres que leva em consideração diver- sos fatores como: forma, momentos de imagem, etc; processo resistente a rotação, escala e brilho).

Cada fabricante de televisor possui uma regra própria para inse- rir as mensagens de OSD (on screen display), às vezes, variando até mes- mo de modelo para modelo e tamanho para tamanho. Desta forma o apare- lho 1 foi construído para que sua instalação seja totalmente manuseável. Alguns modelos de televisores possuem OSD (on screen dis-

play) no canto superior direito, enquanto outros o possuem no canto superior esquerdo e, da mesma forma, a altura em que o OSD (on screen display) vai aparecer também irá variar. Ademais, existem variações consistentes no tamanho dos caracteres, brilho, forma e cor. Devido a esses fatores, deve-se fazer alguns ajustes para o po-

sicionamento do aparelho 100 em relação ao televisor 200, quais sejam (i) ajuste do suporte da base da câmera 1 (projeção externa 2) ao televisor e (ii) ajuste da inclinação da câmera.

O primeiro ajuste, que associa a projeção externa 2 ao televisor 200, tem como finalidade regular a câmera 1 em relação a posição horizon- tal, em função do quadrante do televisor em que é exibido o OSD (on screen display).

O segundo ajuste, por seu turno, visa regular o ângulo de captu- ra da câmera 1, a fim de ajustar a posição vertical de alcance na tela para capturar o OSD (on screen display).

Desta forma, ajusta-se a posição da câmera nas coordenadas χ e y (posição horizontal e vertical respectivamente).

Na concretização preferível ilustrada nas figuras, a câmera 1 captura imagens de uma porção pequena da tela do televisor 200, onde as informações do OSD (on screen display) são dispostas. Com isso, os recur- sos computacionais necessários para identificação de canais sintonizados pelo televisor são minimizados já que as imagens resultantes têm uma ca- pacidade baixa (em bytes) e como conseqüência o aparelho 100 apresenta custo de fabricação e consumo de corrente elétrica contidos.

Ainda acerca da concretização preferível da invenção, cada i- magem capturada possui o tamanho de 160 χ 120 pixels no sistema de co- res RGB com resolução de 8 (oito) bits por pixel. Este frame ainda pode ser subdividido em vários boxes, áreas de análise, aumentando ainda mais a performance computacional.

A calibração da câmera 1 é imperiosa para que as imagens se- jam capturadas corretamente, especificamente a fim de que se evite impre- cisões devido à distorção de perspectiva criado pelo ângulo de captura, que é variável dependendo do tamanho do televisor e a localização do OSD (on screen display) na tela. Assim existe um procedimento de calibração, que preferível mas não obrigatoriamente é efetuado com o uso de um gabarito e um computador, de forma que seu funcionamento pode ser verificado à dis- tância via internet.

O processo de calibração preferível consiste em posicionar um gabarito no mesmo ponto na tela do televisor onde o número do canal apa- rece. Este gabarito é um retângulo com linhas negras e espessura de 5 pi- xels. Depois de fixado o gabarito, o instalador aciona o aparelho 100 para que a câmera 1 capture uma imagem deste gabarito e efetue as configura- ções necessárias.

Ato contínuo, a imagem capturada pela câmera 1 é processada

no computador e o responsável pela calibragem (um profissional instalador) deve então confirmar ou não se a imagem capturada é um trapézio com su- as bordas marcadas em vermelho. Essa marcação indica que os contornos do gabarito foram reconhecidos corretamente. O fato de a figura ser um trapézio e não o mesmo retângulo que

foi fixado na tela do televisor mostra o efeito de perspectiva descrito anteri- ormente. Com o trapézio assinalado em vermelho o instalador determina que o equipamento computacionalmente efetue a correção da perspectiva (trans- formando o trapézio um retângulo, tal e qual o gabarito) e a câmera 1 captu- re uma imagem novamente. Assim, essa nova imagem sofrerá um proces- samento computacional e aparecerá sem a deformação causada pelo efeito de perspectiva.

De outro lado, quando a câmera 1 captura imagens da tela intei- ra do televisor 200, é necessário que o aparelho 100 tenha um poder compu- tacional um pouco maior.

Essa solução pode ser mais interessante notadamente quando o televisor 200 utilizado é pequeno e/ou quando se deseja monitorar outras informações descritas pelo televisor quando, por exemplo, da troca de um canal sintonizado por um conteúdo de outro dispositivo eletrônico presente no domicílio.

Porém, a determinação do local exato em que o aparelho 100 deve ser posicionado é mais complexa, uma vez que a câmera 1 deve ficar mais distante do televisor 200 de modo a capturar imagens da tela inteira. De modo preferível, isso é conseguido com o uso de uma base auxiliar ade- quadamente dimensionada e, dependendo do tamanho do televisor 200, po- de-se lançar mão de duas câmeras 1, cujas imagens são então integradas graças ao processamento computacional (que gera uma imagem única). Neste tipo de instalação existem várias informações que são re- levantes para a medição de audiência como o próprio OSD (on screen dis- play), logotipo da emissora (utilizando o método de detecção objeto do do- cumento de patente brasileiro Pl 0704122-5), o nome da emissora (quando o sistema é o ISDB-T), banners ou infoboxes, TiVo1 etc.

Com a câmera 1 posicionada longe, para a captura da tela intei- ra, o efeito de perspectiva é menor uma vez que ela é posicionada de forma a ter uma visão quase frontal do televisor. Dessa forma, as imagens obtidas pela câmera 1 têm como função inicial identificar o televisor e fazer uma segmentação da tela separando o que faz parte das bordas do televisor 200 e demais objetos pertencentes ao background do domicílio.

Todas as funções possíveis para a instalação são programáveis pelo instalador, de maneira que instalações complexas ou simples convivem na mesma versão aparelho 100. Assim, seleciona-se quantos boxes (áreas da tela do televisor)

devem ser analisados e quais as funções em cada box devem ser analisa- das, tornando possível extrair informações visuais de time-shift viewing em alguns boxes além da audiência atual em outro, ou somente utilizar o OSD (on screen display) como identificador de audiência em um único box. O aparelho de medição de audiência 100 objeto da presente in-

venção contém vários métodos de identificação de audiência, utilizando o áudio emitido pelos equipamentos eletrônicos, medindo a freqüência de sin- tonia, medindo as tensões de sintonia, analisando sinais de vídeo, etc. O presente método, por não ser evasivo, não necessita de centrais de valida- ção de assinatura além de não necessitar de transmissão de dados para gerar a audiência.

Em outras palavras, o próprio aparelho 100 efetua a análise das imagens e detecta qual o canal assistido. A partir daí, basta que ele envie essa informação ao seu destinatário (a empresa que o opera e realiza as medições de audiência de uma dada amostra de espectadores, por exem- plo).

Adicionalmente, quando efetua a análise da tela inteira do televi- sor, o aparelho 100 é capaz de descobrir se o conteúdo a ser mostrado é proveniente da própria sintonização do televisor ou de alguma outra fonte: DVD, videogame, etc. Isso ocorre devido ao fato de que os televisores têm que interagir com o usuário para que a troca de fonte de sintonização seja feita. Nesse instante, palavras como AV1, AV2, HDMI, USB, etc., aparecem em algum ponto da tela. Assim, torna-se possível descobrir, por exemplo, que o espectador deixou de assistir TV e passou a acompanhar um filme em DVD.

A grande originalidade no aparelho 100 e no método de medição e audiência objeto da presente invenção reside no fato de que adquirem i- magens e geram audiência a partir de sua análise/processamento. Assim, não há necessidade de uma entrada de vídeo no aparelho 100 para que as imagens sejam captadas. Também se mostra original por integrar mais de uma câmera 1 para a geração de imagens quando o aparelho 100 está con- figurado para obter imagens da tela inteira do televisor.

O sistema de medição de audiência já comentado anteriormente compreende, além do aparelho de medição de audiência 100, o televisor 200 ao qual está instalado, o software existente e pelo menos uma conexão a qualquer meio para transmissão das informações de audiência (linha de tele- fone fixo, celular, rede dedicada, dentre outras). Evidentemente, o sistema pode compreender uma pluralidade de aparelhos 100, cada qual associado a um televisor 200.

A esse respeito, cumpre notar que os dados enviados pelo apa- relho 100 podem sê-lo enviados em tempo real, (instantaneamente ao mo- mento da captura e processamento de imagem 8) ou podem ser realizados a determinados intervalos de tempo, sendo que para que essa segunda opção se torne possível é necessário que o aparelho 100 compreenda um disposi- tivo de memória capaz de armazenar estas informações durante os interva- los entre as comunicações com a central de coleta de dados. O processo de medição de audiência que utiliza o aparelho 100

é uma invenção nova e inventiva, e compreende as seguintes etapas:

Etapa (i): o processo de interpretação do aparelho 100 identifica quando o espectador liga o televisor 200 ou troca de canal (detecção de mu- dança de canal);

Etapa (ii): a câmera 1 captura uma imagem 8 exibida em pelo menos parte da tela 4 do televisor 200;

Etapa (iii): o aparelho 100 cronometra um tempo específico (pre-

ferencialmente quinze segundos) para determinar se o canal relacionado à imagem está efetivamente sendo assistido pelo telespectador ou se corres- ponde apenas a um canal intermediário, acessado de forma rápida e inad- vertidamente entre uma troca de canais distantes entre si. Se após o tempo determinado o aparelho 100 concluir que o te-

lespectador continua assistindo o mesmo canal, o processo prossegue para a próxima etapa (etapa (iv)), caso contrário, o processo se reinicia na etapa

0);

Etapa (iv): o aparelho 100 processa a imagem 8 visando identifi- car a qual canal ela pertence;

Etapa (ν): o aparelho 100 registra o resultado do processamento da imagem 8, ou seja, a informação sobre o canal sintonizado e a data (ano, mes, dia, hora minuto e segundo) da observação.

Contudo, como pode ser percebido a seguir, pequenas modifica- ções podem ser realizadas no conceito revelado acima sem que estas modi- ficações alterem o cerne desta invenção.

Quanto às vantagens alcançadas pela tecnologia descrita neste relatório podemos citar: (i) o baixo custo empregado na utilização deste sis- tema de medição; (ii) a adaptabilidade deste sistema aos mais diversos mo- delos de televisor 200; (iii) a característica não invasiva desta tecnologia; e (iv) a precisão na medição de audiência.

O baixo custo desta tecnologia, decorre dos seguintes fatores:

• Esta tecnologia permite que seja fabricado apenas um modelo de aparelho 100, que é capaz de se adequar a qualquer tipo televisor 200. · Esta tecnologia elimina os custos com instalação existentes

nos outros set-top-boxes, que precisam ser plugados aos meios eletrônicos do televisor 200 a fim de que sejam obtidas as informações necessárias à detecção de audiência.

A referida adaptabilidade, por sua vez, está relacionada ao fato de o aparelho 100 compreender uma câmera 1 capaz de obter imagens 8 provenientes de qualquer modelo de televisor 200, diferentemente dos mo- delos de medidores compreendidos pelo estado da técnica.

A característica não invasiva desta tecnologia representa ainda mais uma vantagem a este produto, pois além de estar vinculada à adaptabi- lidade e custo de instalação do produto final, esta característica não com- promete ou põe em risco os aparelhos eletrônicos aos quais os set-top- boxes outrora se conectavam, isto é, o próprio televisor 200 e os cabos e antenas a ele associados.

É válido reiterar ainda que, tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente in- venção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.

Claims (10)

1. Aparelho de medição de audiência (100) associável a um te- levisor (200) dotado de uma tela (4) que exibe pelo menos uma informação OSD (on screen display) referente ao canal sintonizado, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos uma câmera (1) configurada para regis- trar pelo menos uma imagem (8) de pelo menos parte da área da tela (4) do televisor (200), onde é exibida a informação OSD (on screen display) e mei- os para processar a imagem (8) e detectar o canal sintonizado.

2. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que é dotado de capacidade computacional e pelo menos um software capazes de interpretar as imagens (8) obtidas pela câmera (1) e enviar os dados resultantes da interpretação destas imagens (8) a uma cen- tral coletora de dados.

3. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3 carac- terizado pelo fato de que compreende uma projeção externa (2) que consiste em uma primeira porção (2a) disposta sob a superfície inferior do aparelho (100) e uma segunda porção (2b) suspensa no ambiente exterior ao televisor (200), a projeção externa (2) sendo configurada para prover acesso visual de uma câmara (1) instalada sob sua face inferior a pelo menos parte da área compreendida pela tela (4) do televisor (200).

4. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 3, caracteriza- do pelo fato de que a segunda porção (2b) da projeção externa (2) define uma inclinação em um ângulo agudo (a) em relação ao plano compreendido pela primeira porção (2a) da projeção externa (2), esta inclinação projeta-se em direção à tela (4).

5. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 3, caracteriza- do pelo fato de que a primeira porção (2a) da projeção externa (2) se asso- cia ao aparelho (100) por meio de parafusos (5) capazes de se deslocar por meio de orifícios oblongos (6) em relação à projeção externa (2), sendo os conjuntos parafusos (5) e orifícios oblongos (6) capazes de prover mobilida- de entre a projeção externa (2) e o aparelho (100).

6. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 3, caracteriza- do pelo fato de que a câmera (1) é disposta na face frontal do aparelho (100), o aparelho (100) sendo configurado para ser posicionado em frente à tela (4) do televisor (200), com sua face frontal voltada para a tela (4).

7. Aparelho (100) de acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que compreende duas câmeras (1) que captu- ram imagens, as imagens das duas câmeras (1) são integradas graças ao processamento computacional, gerando uma imagem.

8. Sistema de medição de audiência, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos um aparelho de medição de audiência (100) tal e qual como definido nas reivindicações 1 a 7, associado a pelo menos um televisor (200), o aparelho (100) possuindo capacidade computacional, pelo menos um software e pelo menos uma conexão a qualquer meio para transmissão das informações de audiência.

9. Processo de medição de audiência que utiliza pelo menos um aparelho de medição de audiência (100) dotado de pelo menos uma câmera (1) tal e qual como definido nas reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: Etapa (i): o processo computacional do aparelho (100) é detecta quando um espectador liga o televisor (200) ou troca de canal; Etapa (ii): a câmera (1) captura uma imagem (8) exibida em pelo menos parte da tela (4) do televisor (200); Etapa (iii): o aparelho (100) cronometra um tempo específico pa- ra determinar se o canal relacionado à imagem está efetivamente sendo as- sistido pelo telespectador ou se corresponde apenas a um canal intermediá- rio; e Etapa (iv): o aparelho (100) processa a imagem (8) identificando a qual canal ela pertence.

10. Processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pe- lo fato de que compreende adicionalmente uma etapa (v), na qual o aparelho (100) envia a informação sobre o canal sintonizado ao destinatário.